2 Samuel 16:1-23

  • Ziba calunia Mefibosete (1-⁠4)

  • Simei amaldiçoa David (5-14)

  • Absalão recebe Husai (15-19)

  • Conselho de Aitofel (20-23)

16  David tinha acabado de passar um pouco além do cume do monte,+ quando viu Ziba,+ ajudante de Mefibosete,+ que o esperava lá, com dois jumentos selados, carregados com duzentos pães, cem tortas de passas, cem tortas de frutas de verão* e um odre grande de vinho.+  O rei perguntou a Ziba: “Porque é que trouxeste estas coisas?” Ziba respondeu: “Os jumentos são para os da casa do rei montarem, o pão e as frutas de verão são para os homens comerem, e o vinho é para os que ficarem exaustos no deserto.”+  O rei perguntou: “E onde é que está o filho* do teu senhor?”+ Ziba disse então ao rei: “Ele ficou em Jerusalém, pois disse: ‘É hoje que a casa de Israel vai restituir-me o reino do meu pai.’”+  O rei disse a Ziba: “Tudo o que pertence a Mefibosete agora é teu.”+ Ziba disse: “Eu curvo-me diante de si. Que eu ache favor aos seus olhos, meu senhor, o rei.”+  Quando o rei David chegou a Baurim, um homem da família da casa de Saul, chamado Simei,+ filho de Gera, veio na sua direção, amaldiçoando-o.+  Ele atirava pedras ao rei David e a todos os servos do rei David, bem como a todo o povo e aos homens valentes que estavam à direita e à esquerda do rei.  Ao amaldiçoá-lo, Simei dizia o seguinte: “Desaparece, vai-te embora daqui, homem culpado de sangue! Homem desprezível!  Jeová está a fazer com que recaia sobre ti toda a culpa de sangue pela casa de Saul, no lugar de quem reinaste, e Jeová está a entregar o reino nas mãos de Absalão, teu filho. Agora veio sobre ti a calamidade, porque és um homem culpado de sangue!”+  Então, Abisai, filho de Zeruia,+ disse ao rei: “Porque é que se havia de permitir que este cão morto+ amaldiçoe o meu senhor, o rei?+ Deixe-me ir lá e cortar-lhe a cabeça.”+ 10  Todavia, o rei disse: “O que é que eu tenho a ver convosco, filhos de Zeruia?+ Deixem-no amaldiçoar-me,+ pois Jeová disse-lhe:+ ‘Amaldiçoa David!’ Portanto, quem é que tem o direito de lhe perguntar: ‘Porque é que estás a fazer isto?’” 11  David disse então a Abisai e a todos os seus servos: “Se o meu próprio filho, sangue do meu sangue,* tenta tirar-me a vida,*+ quanto mais um benjaminita!+ Deixem-no amaldiçoar-me, pois Jeová disse-lhe para fazer isso. 12  Talvez Jeová veja a minha aflição+ e Jeová me dê bênçãos em vez das maldições que hoje são invocadas sobre mim.”+ 13  Assim, David e os seus homens continuaram a andar pela estrada. Entretanto, Simei acompanhava o seu passo, ao lado do monte, enquanto o amaldiçoava+ e lhe atirava pedras e muita poeira. 14  Por fim, o rei e todos os que estavam com ele chegaram exaustos ao seu destino e descansaram. 15  Entretanto, Absalão e todos os homens de Israel chegaram a Jerusalém, e Aitofel+ estava com ele. 16  Quando Husai,+ o arquita,+ amigo* de David, compareceu perante Absalão, Husai disse a Absalão: “Viva o rei!+ Viva o rei!” 17  Em vista disso, Absalão perguntou a Husai: “É assim que demonstras amor leal ao teu amigo? Porque é que não foste com o teu amigo?” 18  Husai disse então a Absalão: “Eu não faria tal coisa; eu estou do lado daquele que foi escolhido por Jeová, por este povo e por todos os homens de Israel, e é com ele que ficarei. 19  E digo mais: A quem é que eu devo servir? Não é ao filho? Assim como servi o teu pai, também te servirei a ti.”+ 20  Absalão pediu a Aitofel: “Dá-me um conselho. O que é que devemos fazer?”+ 21  Aitofel disse então a Absalão: “Tem relações com as concubinas do teu pai,+ aquelas que ele deixou a tomar conta da casa.*+ Quando todo o Israel souber que o teu pai passou a odiar-te,* os que te apoiam serão fortalecidos.” 22  Assim, armaram uma tenda para Absalão no terraço,+ e Absalão teve relações com as concubinas do seu pai+ à vista de todo o Israel.+ 23  Naqueles dias, o conselho que Aitofel+ dava era considerado como* a palavra do verdadeiro Deus. Era assim que tanto David como Absalão consideravam todos os conselhos de Aitofel.

Notas

Especialmente figos, e talvez também tâmaras.
Ou: “neto”.
Ou: “procura a minha alma”.
Ou: “que saiu do meu próprio corpo”.
Ou: “confidente”.
Ou: “do palácio”.
Ou: “que fizeste de ti um mau cheiro para o teu pai”.
Ou: “era como se alguém estivesse a consultar”.