Atos dos Apóstolos 1:1-26
Notas de rodapé
Notas de estudo
Atos dos Apóstolos: Em grego, o título deste livro é Práxeis Apostólon. Esse título aparece em alguns manuscritos a partir do século 2 EC, mas não existem evidências de que o livro tivesse originalmente um título. Atos é uma continuação do Evangelho de Lucas. (Veja a nota de estudo em At 1:1.) Em vez de relatar as atividades de todos os apóstolos, o livro concentra-se principalmente nas atividades de Pedro e de Paulo. Contém um registo confiável e detalhado do impressionante começo da congregação cristã e do rápido crescimento dela, primeiro entre os judeus, depois, entre os samaritanos e, finalmente, entre as pessoas de outras nações. (Veja a nota de estudo em Mt 16:19.) O livro também explica o contexto histórico por trás das cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs.
No primeiro relato: O relato a que Lucas se refere aqui é o Evangelho que ele escreveu sobre a vida de Jesus. Nele, Lucas concentrou-se em escrever sobre “todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”. No livro de Atos, Lucas continua a partir de onde tinha parado e regista as coisas que os seguidores de Jesus fizeram e disseram. Os dois relatos são parecidos no estilo e na escolha de palavras, e foram escritos para a mesma pessoa, Teófilo. A Bíblia não diz especificamente que Teófilo era discípulo de Cristo. (Veja a nota de estudo em Lu 1:3.) Fica claro que Lucas escreveu o livro de Atos como uma continuação do seu Evangelho, visto que ele começa Atos com um resumo de vários acontecimentos registados no fim do seu primeiro relato. No entanto, ao fazer este resumo, Lucas não usa exatamente as mesmas palavras. Além disso, ele fornece alguns detalhes adicionais. — Compare Lu 24:49 com At 1:1-12.
Teófilo: Tanto o Evangelho de Lucas como o livro de Atos dos Apóstolos foram escritos para Teófilo. Em Lu 1:3, Lucas usou a expressão “Excelentíssimo” para se dirigir a ele. — Para mais informações sobre o uso desta expressão ou sobre Teófilo, veja a nota de estudo em Lu 1:3.
o Reino de Deus: O tema principal da Bíblia, o Reino de Jeová Deus, ganha destaque em todo o livro de Atos. (At 8:12; 14:22; 19:8; 20:25; 28:31) O livro não deixa dúvidas de que os apóstolos realizaram plenamente o seu ministério e deram “testemunho cabal” sobre esse Reino. — At 2:40; 5:42; 8:25; 10:42; 20:21, 24; 23:11; 26:22; 28:23.
os tempos ou as épocas: As duas palavras que o texto grego usa aqui para se referir ao tempo têm sentidos diferentes. A primeira delas, traduzida aqui como os tempos, é a forma plural de khrónos. Pode referir-se a um período de tempo indefinido, que pode ser curto ou longo. A outra palavra, traduzida aqui como as épocas, é a forma plural de kairós, que, às vezes, é traduzida como “tempo(s) determinado(s)”. Com frequência, essa palavra refere-se a tempos ou épocas futuras dentro do cronograma ou planeamento de Deus, especialmente quando se fala sobre a presença de Jesus e sobre o seu Reino. — At 3:19; 1Te 5:1; veja as notas de estudo em Mr 1:15; Lu 21:24.
sob a sua própria autoridade: Ou: “sob a sua própria jurisdição”. Estas palavras indicam que Jeová decidiu que apenas ele tem o direito de determinar “os tempos ou as épocas” em que os seus propósitos se vão cumprir. Ele é o Senhor do Tempo. Jesus disse, quando esteve na Terra, que nem mesmo ele sabia ‘o dia e a hora’ em que o fim viria; “somente o Pai” sabia. — Mt 24:36; Mr 13:32.
o espírito santo: Ou: “a santa força ativa”. No livro de Atos, a expressão grega para “espírito santo” aparece 41 vezes. Além disso, a palavra grega para “espírito” (pneúma) foi usada para se referir ao espírito santo de Deus pelo menos outras 15 vezes. (Veja alguns exemplos em At 2:4, 17, 18; 5:9; 11:28; 21:4; veja também o Glossário, “Espírito”.) Vez após vez, o livro de Atos deixa claro que seria impossível que os seguidores de Jesus realizassem a obra mundial de pregação e ensino sem a ajuda da força ativa de Deus. — Compare com a nota de estudo em Mr 1:12.
minhas testemunhas: Os primeiros discípulos de Jesus eram judeus fiéis e, por isso, já eram testemunhas de Jeová e davam testemunho de que ele é o único Deus verdadeiro. (Is 43:10-12; 44:8) No entanto, agora os discípulos passariam a ser testemunhas não só de Jeová, mas também de Jesus. Eles tornariam conhecido um novo aspeto do propósito de Jeová: o papel fundamental que Jesus tem em santificar o nome de Jeová por meio do Reino messiânico. O livro de Atos usa as palavras gregas para “testemunha” (mártys), “dar testemunho” (martyréo), “dar testemunho cabal” (diamartýromai) e outras palavras relacionadas mais vezes do que qualquer outro livro da Bíblia, com exceção do Evangelho de João. (Veja a nota de estudo em Jo 1:7.) O livro inteiro destaca a ideia de se ser uma testemunha e de dar testemunho cabal sobre o propósito de Deus, o que inclui falar do seu Reino e do importantíssimo papel de Jesus. (At 2:32, 40; 3:15; 4:33; 5:32; 8:25; 10:39; 13:31; 18:5; 20:21, 24; 22:20; 23:11; 26:16; 28:23) Alguns cristãos do primeiro século EC deram testemunho sobre o que eles mesmos tinham visto, confirmando factos históricos sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus. (At 1:21, 22; 10:40, 41) Outros, que se tornaram cristãos mais tarde, deram testemunho por proclamar a importância que a vida, a morte e a ressurreição de Jesus tiveram. — At 22:15; veja a nota de estudo em Jo 18:37.
até à parte mais distante da terra: Ou: “até aos confins (a extremidade) da terra”. A expressão grega que foi usada aqui também aparece em At 13:47, que cita a profecia de Is 49:6. Nesse versículo de Isaías, a Septuaginta usa a mesma expressão grega. Portanto, quando Jesus disse as palavras registadas aqui em At 1:8, ele talvez estivesse a pensar na profecia de Isaías, que predisse que o servo de Jeová seria uma “luz para as nações” para que a salvação chegasse “até aos confins da terra”. Isso estaria de acordo com o facto de que Jesus predisse que os seus seguidores fariam “obras maiores” do que as dele. (Veja a nota de estudo em Jo 14:12.) As palavras de Jesus “até à parte mais distante da terra” também estão de acordo com o que Jesus tinha dito sobre o alcance mundial que a obra de pregação teria. — Veja as notas de estudo em Mt 24:14; 26:13; 28:19.
homens com roupas brancas: Estes homens eram, na verdade, anjos. (Compare com Lu 24:4, 23.) A palavra grega para “anjo” (ággelos) aparece 21 vezes no livro de Atos, a primeira delas em At 5:19.
o céu: A palavra grega para “céu”, ouranós, aparece três vezes neste versículo e pode referir-se ao céu físico (visível) ou ao céu espiritual (invisível).
virá da mesma maneira: A palavra grega para “vir” (érkhomai) aparece muitas vezes nas Escrituras e é usada de várias formas. Em alguns contextos, refere-se a Jesus “vir” como Juiz para proferir a sentença e executar o julgamento durante a grande tribulação. (Mt 24:30; Mr 13:26; Lu 21:27) Mas também é usada para falar de Jesus “vir” em outras situações. (Mt 16:28; 21:5, 9; 23:39; Lu 19:38) Por isso, para entender em que sentido a palavra “virá” foi usada aqui, é preciso analisar o contexto. Os anjos disseram que Jesus ‘viria’, ou voltaria, da mesma “maneira” (em grego, trópos) que partiu. A palavra trópos transmite a ideia de “modo; maneira”, não de “formato; corpo”. Como mostra o contexto, as pessoas em geral não viram Jesus partir. Somente os apóstolos souberam que Jesus tinha deixado a Terra e retornado ao céu, para a companhia do seu Pai. O próprio Jesus indicou que a volta dele como Rei do “Reino de Deus” não seria percebida por todos, mas apenas pelos seus discípulos. (Lu 17:20; veja a nota de estudo.) Outra ‘vinda’ de Jesus é mencionada em Ap 1:7, mas essa vinda é diferente porque o versículo diz que, nessa ocasião, “todos os olhos o verão”. Assim, aqui em At 1:11, a palavra “vir”, pelos vistos, refere-se à vinda invisível de Jesus como Rei do Reino no início da sua presença. — Mt 24:3.
uma jornada de sábado: Ou seja, a distância máxima que os israelitas podiam percorrer no sábado. Neste versículo, a expressão é usada para se referir à distância entre o monte das Oliveiras e a cidade de Jerusalém. A Lei limitava deslocações no sábado, mas não especificava uma distância máxima. (Êx 16:29) Mesmo assim, os rabinos, mais tarde, determinaram que a distância máxima era de cerca de 2000 côvados (890 metros). Eles usaram como base Núm 35:5, que diz que “do lado de fora da cidade” os israelitas deviam “medir 2000 côvados”, e Jos 3:3, 4, que diz que os israelitas deviam manter uma distância de cerca de 2000 côvados entre eles e a “Arca do Pacto”. Os rabinos chegaram à conclusão de que um israelita precisaria de poder percorrer pelo menos essa distância no sábado para adorar no tabernáculo. (Núm 28:9, 10) O historiador Josefo falou nos seus escritos da distância entre Jerusalém e o monte das Oliveiras. Numa passagem, ele disse que essa distância era de 5 estádios (925 metros) e, noutra passagem, ele disse que era de 6 estádios (1110 metros). Ele talvez tenha usado pontos de partida diferentes. De qualquer forma, as distâncias mencionadas por Josefo são parecidas com a distância que os rabinos determinaram como uma jornada de sábado, confirmando o que Lucas diz neste versículo.
o Zeloso: Esta expressão ajudava a diferenciar esse apóstolo do outro Simão, o apóstolo Pedro. (Lu 6:14, 15) A palavra grega zelotés, usada aqui e no texto de Lu 6:15, significa “zeloso; entusiasta”. Os relatos paralelos em Mt 10:4 e Mr 3:18 usam a expressão “o Cananita”. Acredita-se que a palavra “Cananita” venha de uma palavra hebraica ou aramaica que também significa “zeloso; entusiasta”. É possível que, antes, Simão fosse um dos zelotes, um partido judaico que lutava contra os romanos. Mas também é possível que ele fosse chamado assim por causa do seu zelo e entusiasmo.
os irmãos dele: Ou seja, os meios-irmãos de Jesus. Os quatro Evangelhos, o livro de Atos dos Apóstolos e duas cartas de Paulo usam expressões como “os irmãos do Senhor”, “o irmão do Senhor”, “os seus irmãos” e “as suas irmãs”, e mencionam o nome de quatro desses “irmãos” – Tiago, José, Simão e Judas. (1Co 9:5; Gál 1:19; Mt 12:46; 13:55, 56; Mr 3:31; Lu 8:19; Jo 2:12) Todos os irmãos de Jesus nasceram depois dele. A maioria dos estudiosos aceita que Jesus teve, pelo menos, quatro irmãos e duas irmãs e que eles eram filhos naturais de José e Maria, ao contrário de Jesus, que foi gerado por meio de um milagre. — Veja a nota de estudo em Mt 13:55.
dos irmãos: Às vezes, as Escrituras usam a palavra “irmão” para falar de um cristão e a palavra “irmã” para falar de uma cristã. (1Co 7:14, 15) Outras vezes, como acontece aqui, usam o plural masculino “irmãos” para falar de um grupo formado por homens e mulheres. (At 1:13, 14) Era costume usar o termo “irmãos” ao cumprimentar um grupo de cristãos, mesmo que incluísse mulheres. (Ro 1:13; 1Te 1:4) É nesse sentido mais abrangente que a palavra “irmãos” é usada na maioria das cartas inspiradas. No versículo anterior (At 1:14), o plural da palavra grega adelfós (irmão) é usado em sentido literal para se referir aos meios-irmãos de Jesus, os filhos que José e Maria tiveram depois dele. — Veja as notas de estudo em Mt 13:55; At 1:14.
os que lá estavam: Lit.: “a multidão de nomes”. Neste versículo, a palavra grega ónoma (lit.: “nome”) é usada no plural e refere-se a pessoas. Isso também acontece em Ap 3:4 (nota de rodapé).
Homens, irmãos: Neste versículo, a palavra “irmãos” é usada de forma diferente da forma usada no versículo 15. Aqui, aparece com a palavra grega anér que significa “homem; pessoa do sexo masculino”. Esse uso das duas palavras juntas pode indicar que Pedro se dirigiu apenas aos homens da congregação quando levantou a questão sobre quem substituiria Judas Iscariotes como apóstolo.
ao cair de cabeça, o seu corpo rebentou: O Evangelho de Mateus diz que Judas ‘se enforcou’, dando destaque a como ele cometeu suicídio. (Mt 27:5) Aqui em Atos, Lucas dá destaque ao resultado. Comparando os dois relatos, tudo indica que Judas se enforcou à beira de um penhasco, mas, num certo momento, a corda ou o galho da árvore partiu-se. Então, Judas caiu e o seu corpo rebentou, ou bateu, nas rochas. Essa conclusão é possível visto que a região à volta de Jerusalém é rochosa e muito íngreme.
o seu cargo de superintendente: Ou: “a sua designação de supervisão”. A palavra grega episkopé, traduzida neste versículo como “cargo de superintendente”, está relacionada com o substantivo epískopos, “superintendente”, e com o verbo episkopéo, traduzido em He 12:15 como ‘prestar cuidadosa atenção’. Aqui, Pedro estava a sugerir que alguém substituísse Judas Iscariotes como apóstolo e, para apoiar isso, citou o Sal 109:8. Nesse salmo, a palavra que aparece no texto hebraico é pequddáh, que pode transmitir a ideia de “cargo de superintendente; supervisão; superintendentes”. (Núm 4:16; Is 60:17) Na tradução da Septuaginta do Sal 109:8 (108:8, LXX), a palavra hebraica pequddáh foi traduzida como episkopé, a mesma palavra que Lucas usou aqui em At 1:20. A declaração inspirada de Pedro mostra que os apóstolos tinham o cargo, ou a designação, de superintendente. Eles tinham sido escolhidos pelo próprio Jesus. (Mr 3:14) Por isso, quando a congregação cristã começou no dia de Pentecostes de 33 EC, tinha 12 superintendentes. Naquele mesmo dia, aumentou de cerca de 120 para cerca de 3000 pessoas. (At 1:15; 2:41) Conforme a congregação continuou a crescer, outros foram designados como superintendentes para ajudar a cuidar dela. Mas os 12 apóstolos continuaram a ter um papel especial já que Jeová, pelos vistos, decidiu que, no futuro, eles seriam as “12 pedras de alicerce” da Nova Jerusalém. — Ap 21:14; veja a nota de estudo em At 20:28.
realizou as suas atividades entre nós: Lit.: “entrava e saía entre nós”. A expressão grega que foi usada aqui vem de uma expressão idiomática semítica que se referia a realizar atividades do dia a dia com outras pessoas. Também pode ser traduzida como “viveu entre nós”. — Compare com as notas de rodapé em De 28:6, 19; Sal 121:8.
Matias: O nome grego Maththías é provavelmente uma forma mais curta de Mattathías. A forma mais longa vem de um nome hebraico que é traduzido como “Matitias” (1Cr 15:18) e que significa “presente de Jeová”. De acordo com as palavras de Pedro em At 1:21, 22, Matias foi um seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério. Ele acompanhou de perto os apóstolos e é possível que tenha sido um dos 70 discípulos que Jesus enviou para pregar. (Lu 10:1) Depois de Matias ter sido escolhido, “foi contado com os 11 apóstolos”. (At 1:26) Nos capítulos seguintes, quando o livro de Atos usa as expressões “os apóstolos” ou “os Doze”, Matias está incluído. — At 2:37, 43; 4:33, 36; 5:12, 29; 6:2, 6; 8:1, 14.
Jeová: Os manuscritos gregos disponíveis hoje usam a palavra Kýrios (Senhor) aqui. No entanto, como explicado no Apêndice C1, há bons motivos para acreditar que o nome de Deus aparecia no texto original deste versículo e que, mais tarde, foi substituído pelo título “Senhor”. Por isso, o nome “Jeová” é usado aqui no texto principal.
tu que conheces o coração de todos: As Escrituras Hebraicas com frequência falam de Jeová Deus como aquele que tem a habilidade de ler corações. (De 8:2; 1Sa 16:7; 1Rs 8:39; 1Cr 28:9; Sal 44:21; Je 11:20; 17:10) Os cristãos que estavam a fazer esta oração eram judeus e falavam hebraico. Portanto, neste contexto que faz referência a ler corações, seria natural para eles usar o nome de Deus. A palavra grega traduzida aqui como “que conheces o coração”, kardiognóstes (lit.: “conhecedor de corações”), aparece apenas aqui e em At 15:8, que diz em parte: “Deus, que conhece os corações.” — Veja o Apêndice C3 (introdução e At 1:24).
lançaram sortes: Antes dos tempos cristãos, os servos de Deus lançavam sortes para saber qual era a vontade de Jeová em diferentes assuntos. (Le 16:8; Núm 33:54; 1Cr 25:8; Pr 16:33; 18:18; veja o Glossário, “Sortes”.) No entanto, nas Escrituras Gregas Cristãs, esta é a única vez que se fala de os seguidores de Jesus lançarem sortes. Eles lançaram sortes para saber qual dos dois homens indicados deveria substituir Judas Iscariotes. Os discípulos reconheciam que precisavam da orientação de Jeová. Eles sabiam que o próprio Jesus só escolheu os 12 apóstolos depois de ter orado a noite inteira. (Lu 6:12, 13) É interessante notar que antes de a ‘sorte cair em Matias’ os discípulos tinham considerado textos das Escrituras e tinham orado especificamente a pedir que Jeová ‘indicasse qual dos dois homens’ é que ele tinha escolhido. (At 1:20, 23, 24) Mas não existe nenhum registo na Bíblia de que, depois do Pentecostes de 33 EC, os cristãos tenham lançado sortes para escolher superintendentes ou os seus ajudantes, ou para decidir qualquer outro assunto importante. Quando o espírito santo começou a atuar na congregação, deixou de ser necessário lançar sortes. (At 6:2-6; 13:2; 20:28; 2Ti 3:16, 17) Em vez disso, os superintendentes passaram a ser escolhidos com base em como demonstravam as qualidades do fruto do espírito santo na sua vida. (1Ti 3:1-13; Tit 1:5-9) Outros povos, além dos israelitas, também tinham o costume de lançar sortes. (Est 3:7; Jl 3:3; Ob 11) Por exemplo, os soldados romanos ‘lançaram sortes sobre a vestimenta’ de Jesus para decidir quem ficaria com ela, como predito no Sal 22:18. Eles fizeram isso, pelos vistos, não para cumprir a profecia desse salmo, mas por causa do valor que a roupa tinha. — Jo 19:24; veja a nota de estudo em Mt 27:35.
contado com: Ou: “considerado como”. Ou seja, visto da mesma forma que os outros 11 apóstolos. Assim, no dia de Pentecostes de 33 EC, havia 12 apóstolos para servir como pedras de alicerce do Israel espiritual. Isso também significa que Matias estava entre “os Doze” que, mais tarde, ajudaram a resolver o problema que estava a afetar os discípulos que falavam grego. — At 6:1, 2.
Multimédia
Os acontecimentos foram alistados por ordem cronológica
1. No monte das Oliveiras, perto de Betânia, Jesus diz aos discípulos para serem testemunhas dele “até à parte mais distante da terra” (At 1:8)
2. No Pentecostes, espírito santo é derramado sobre os discípulos e eles começam a pregar em línguas (At 2:1-6)
3. Um homem coxo é curado no portão do templo chamado Portão Belo (At 3:1-8)
4. Diante do Sinédrio, os apóstolos dizem: “Temos de obedecer a Deus como governante em vez de a homens” (At 5:27-29)
5. Do lado de fora de Jerusalém, Estêvão é apedrejado até à morte (At 7:54-60)
6. Depois de os discípulos serem espalhados, Filipe vai a Samaria e começa a pregar ali; Pedro e João são enviados a Samaria para que os batizados recebam espírito santo (At 8:4, 5, 14, 17)
7. Na estrada de Jerusalém para Gaza, Filipe prega a um eunuco etíope e batiza-o. — Veja o mapa “Atividades de Filipe, o evangelizador” (At 8:26-31, 36-38)
8. Jesus aparece a Saulo na estrada para Damasco (At 9:1-6)
9. Jesus pede a Ananias para ir até à rua chamada Direita para ajudar Saulo; Saulo é batizado (At 9:10, 11, 17, 18)
10. Dorcas morre em Jope e os discípulos pedem a Pedro que venha de Lida, uma cidade próxima dali; quando Pedro chega a Jope, ressuscita Dorcas (At 9:36-41)
11. Enquanto está em Jope, Pedro tem uma visão em que aparecem animais purificados (At 9:43; 10:9-16)
12. Pedro vai a Cesareia e prega a Cornélio e a outros não judeus incircuncisos; eles acreditam, recebem espírito santo e são batizados (At 10:23, 24, 34-48)
13. Em Antioquia da Síria, os discípulos são chamados cristãos pela primeira vez (At 11:26)
14. Herodes mata Tiago e prende Pedro; um anjo liberta Pedro (At 12:2-4, 6-10)
15. Início da primeira viagem missionária de Paulo; Barnabé e João Marcos viajam com ele. — Veja o mapa “Primeira viagem missionária de Paulo” (At 12:25; 13:4, 5)
16. Quando surge uma discussão em Antioquia sobre a circuncisão, Paulo e Barnabé levam o assunto aos apóstolos e aos anciãos em Jerusalém; os dois voltam para Antioquia depois da reunião (At 15:1-4, 6, 22-31)
17. Início da segunda viagem missionária de Paulo. — Veja o mapa “Segunda viagem missionária de Paulo”
18. Início da terceira viagem missionária de Paulo. — Veja o mapa “Terceira viagem missionária de Paulo”
19. Quando Paulo está em Jerusalém, uma multidão invade o templo; Paulo é preso e, da escada da Fortaleza de Antónia, fala ao povo (At 21:27-40)
20. Quando uma conspiração para matar Paulo é descoberta, ele é escoltado por soldados até Antipátride e, depois, é transferido para Cesareia (At 23:12-17, 23, 24, 31-35)
21. Paulo é julgado por Festo; Paulo apela a César (At 25:8-12)
22. Primeira parte da viagem de Paulo a Roma. — Veja o mapa “Viagem de Paulo a Roma”
Este vídeo mostra um trajeto para chegar a Jerusalém vindo do leste. Começa no que hoje é o bairro de At-Tur (provavelmente onde ficava a aldeia de Betfagé citada na Bíblia) e vai até um dos pontos mais altos do monte das Oliveiras. A leste de Betfagé, na encosta leste do monte das Oliveiras, ficava a aldeia de Betânia. Jesus e os seus discípulos costumavam passar a noite ali quando iam a Jerusalém. Betânia é hoje a cidade de el-ʽAzariyeh (Al ʽEizariya), nome árabe que significa “o lugar de Lázaro”. Tudo indica que Jesus se hospedava na casa de Lázaro, Marta e Maria. (Mt 21:17; Mr 11:11; Lu 21:37; Jo 11:1) Quando Jesus ia da casa de Lázaro, em Betânia, para Jerusalém, ele talvez seguisse um trajeto parecido com o que o vídeo mostra. No dia 9 de nisã de 33 EC, é bem possível que Jesus tenha saído de Betfagé quando montou num jumentinho, passou pelo monte das Oliveiras e foi para Jerusalém.
1. Estrada que vai de Betânia a Betfagé
2. Betfagé
3. Monte das Oliveiras
4. Vale do Cédron
5. Monte do Templo
Algumas casas em Israel tinham dois andares. O acesso ao andar de cima podia ser por dentro da casa, por meio de uma escada móvel ou de uma escada fixa construída com madeira. Também podia ser pelo lado de fora da casa, por meio de uma escada móvel ou de uma escada fixa feita de pedra. Foi numa grande sala no andar de cima, possivelmente parecida com a mostrada aqui, que Jesus celebrou a última Páscoa com os seus discípulos e realizou a primeira Ceia do Senhor. (Lu 22:12, 19, 20) Parece que, quando o espírito de Deus foi derramado sobre cerca de 120 discípulos no dia da Festividade de Pentecostes, em 33 EC, eles estavam numa sala no andar de cima de uma casa em Jerusalém. — At 1:13, 15; 2:1-4.