Atos dos Apóstolos 18:1-28
Notas de rodapé
Notas de estudo
Corinto: Esta era uma das cidades mais antigas e importantes da antiga Grécia. Ficava cerca de 5 quilómetros a sudoeste de onde hoje fica a Corinto moderna. A importância e a riqueza da cidade vinham, em grande parte, da sua localização estratégica. Corinto ficava no istmo (uma estreita faixa de terra) que liga a Grécia continental, a norte, com a península do Peloponeso, a sul. Assim, a cidade controlava o fluxo de mercadorias entre o norte e o sul da Grécia. Corinto também controlava as rotas comerciais entre o leste e o oeste do mar Mediterrâneo, já que era mais seguro fazer essa parte da viagem por terra, através do istmo, do que contornar a Grécia pelo mar. Corinto era a capital da Acaia, que era como os romanos chamavam à província que abrangia toda a Grécia, com exceção da Macedónia. Durante o reinado de César Augusto, a Acaia tornou-se uma província senatorial e Corinto foi escolhida como sua capital. (Veja a nota de estudo em At 18:12.) Um grande número de judeus morava em Corinto e tinha estabelecido ali uma sinagoga, o que atraiu alguns gregos à fé judaica. (At 18:4) A presença de judeus na antiga Corinto é comprovada pelos escritos de Fílon, do primeiro século EC, e por uma antiga inscrição grega feita numa peça de mármore. Essa peça foi encontrada perto do portão que dava para o porto de Lecaion e tem as seguintes palavras: “[Syna]gogé Hebr[aíon]” (“Sinagoga dos Hebreus”). Alguns estudiosos sugerem que essa peça de mármore é da época de Paulo, mas a maioria acredita que é de um período posterior. — Veja o Apêndice B13.
Áquila: Este cristão fiel e a sua leal esposa, Priscila (também chamada Prisca), são descritos como “colaboradores” de Paulo. (Ro 16:3) Este casal é mencionado seis vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, sempre juntos. (At 18:18, 26; 1Co 16:19; 2Ti 4:19) O nome Priscila é o diminutivo do nome Prisca. Paulo usou a forma “Prisca” nas suas cartas. Já Lucas usou “Priscila”. Esse tipo de variação era comum nos nomes romanos. No ano 49 ou no início do ano 50 EC, o imperador Cláudio emitiu um decreto a expulsar os judeus de Roma. Por causa disso, Áquila e Priscila mudaram-se para Corinto. Alguns meses mais tarde, ainda no ano 50 EC, Paulo chegou a Corinto e começou a trabalhar com este casal, visto que os três eram fabricantes de tendas. Áquila e Priscila, sem dúvida, ajudaram Paulo a fortalecer a nova congregação naquela cidade. Áquila era natural de Ponto, uma região que ficava no norte da Ásia Menor, nas margens do Mar Negro. — Veja o Apêndice B13.
fabricantes de tendas: A palavra grega que aparece aqui é skenopoiós. Foi usada para se referir à profissão de Paulo, Áquila e Priscila. Existem diferentes opiniões sobre o tipo exato de artesão a que essa palavra grega se refere (fabricante de tendas, tecelão de tapeçarias ou fabricante de cordas). Mas vários estudiosos acreditam que o significado mais provável seja “fabricante de tendas”. Paulo era de Tarso, na Cilícia, uma região famosa por fabricar um tecido chamado cilicium, que era feito de pelos de cabra e era usado para fabricar tendas. (At 21:39) Os judeus do primeiro século EC achavam que era bom os meninos aprenderem um trabalho manual, mesmo que depois tivessem uma educação superior. Por isso, é possível que Paulo tenha aprendido a fabricar tendas enquanto ainda era jovem. O trabalho não era nada fácil. Pelo que parece, o cilicium normalmente era grosso e áspero e, por isso, era um material difícil de cortar e coser.
fazia um discurso: Ou: “raciocinava com eles”. O verbo grego dialégomai pode ser definido como “conversar; discutir”. Pode passar a ideia tanto de um discurso como de uma interação entre pessoas em que há troca de opiniões. Esse mesmo verbo grego aparece em At 17:2, 17; 18:19; 19:8, 9 e 20:7, 9.
dedicar-se inteiramente à pregação da palavra: Ou: “ocupar-se intensamente com a palavra”. Isso indica que Paulo passou a dedicar todo o seu tempo à pregação.
ele sacudiu a roupa: Paulo fez isso para indicar que ele não era responsável pelo que poderia acontecer àqueles judeus em Corinto. Eles tinham-se recusado a aceitar a mensagem sobre Cristo, uma mensagem que significava salvação. Paulo tinha cumprido a sua obrigação, por isso, já não tinha de prestar contas pela vida deles. (Veja a nota de estudo neste versículo sobre Que o vosso sangue recaia sobre a vossa própria cabeça.) As Escrituras mostram que esse gesto de Paulo não era algo novo. Por exemplo, nos dias de Neemias, os judeus que tinham voltado para Jerusalém fizeram uma promessa e Neemias sacudiu as dobras da sua roupa para indicar que quem não cumprisse o que tinha prometido seria rejeitado por Deus. (Ne 5:13) O próprio Paulo já tinha feito algo parecido em Antioquia, na Pisídia, quando ‘sacudiu o pó dos seus pés’ em testemunho contra os que se opuseram a ele. — Veja as notas de estudo em At 13:51; Lu 9:5.
Que o vosso sangue recaia sobre a vossa própria cabeça: Paulo usou estas palavras para mostrar que não seria responsável pelo que acontecesse àqueles judeus que não quiseram aceitar a mensagem sobre Jesus, o Messias. As Escrituras Hebraicas também têm passagens que indicam que, quando uma pessoa escolhe fazer algo que merece a morte, ela própria é responsável pela perda da sua vida. (Jos 2:19; 2Sa 1:16; 1Rs 2:37; Ez 33:2-4; veja a nota de estudo em Mt 27:25.) Paulo acrescentou: Eu estou limpo, ou seja, “Eu sou inocente [“não tenho culpa; estou livre de responsabilidade”]”. — Veja a nota de estudo em At 20:26.
saiu de lá: Ou seja, saiu da sinagoga. Então, Paulo foi para a casa de Tício Justo, onde continuou a pregar. Paulo continuou a morar com Áquila e Priscila enquanto estava em Corinto, mas, pelos vistos, a casa de Tício Justo tornou-se o centro das suas atividades de pregação. — At 18:3.
Tício Justo: Este cristão de Corinto é aqui identificado como adorador de Deus, o que indica que ele era um prosélito. — Veja as notas de estudo em At 13:43; 16:14.
procônsul: Este era o título dado aos governantes das províncias que ficavam debaixo da autoridade do Senado romano, chamadas províncias senatoriais. Aqui, Lucas diz que Gálio era o procônsul da província da Acaia. Lucas estava correto ao usar o termo “procônsul”, visto que a Acaia realmente foi uma província senatorial entre 27 AEC e 15 EC e, novamente, depois de 44 EC. (Veja a nota de estudo em At 13:7.) Na cidade de Delfos, foi encontrada uma inscrição que menciona o procônsul Gálio. Isso não apenas comprova a exatidão do relato de Lucas como também ajuda a determinar o período do governo de Gálio.
Acaia: Nas Escrituras Gregas Cristãs, o nome Acaia refere-se à província romana da parte sul da Grécia. A capital da Acaia era Corinto. Em 27 AEC, quando César Augusto reorganizou os territórios das duas províncias da Grécia (Macedónia e Acaia), o nome Acaia referia-se a toda a península do Peloponeso e a parte da Grécia continental. A província da Acaia estava debaixo da autoridade do Senado romano e era governada por um procônsul a partir da sua capital. (2Co 1:1) Outras cidades da província da Acaia mencionadas nas Escrituras Gregas Cristãs são Atenas e Cencreia. (At 18:1, 18; Ro 16:1) A Acaia é muitas vezes citada juntamente com a Macedónia, a província vizinha que ficava a norte. — At 19:21; Ro 15:26; 1Te 1:7, 8; veja o Apêndice B13.
Cencreia: Este era um dos portos que servia a cidade de Corinto, que ficava num istmo (uma estreita faixa de terra). Cencreia ficava cerca de 11 quilómetros a leste de Corinto, no lado do istmo que dá para o golfo Sarónico. Cencreia era o porto de Corinto para rotas a leste da Grécia. No outro lado do istmo, Lecaion era o porto de Corinto para Itália e outras rotas a oeste da Grécia. Na região onde ficava Cencreia, próximo do local onde hoje está a vila de Kehries (Kechriais), existem ruínas que incluem construções e molhes. De acordo com Ro 16:1, existia uma congregação em Cencreia. — Veja o Apêndice B13.
se Jeová quiser: Esta expressão mostra que é necessário levar em conta a vontade de Deus ao fazer ou planear algo. O apóstolo Paulo tinha bem em mente este princípio. (1Co 4:19; 16:7; He 6:3) O discípulo Tiago também incentivou os seus leitores a dizer: “Se Jeová quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.” (Tg 4:15) Estas expressões não devem ser algo apenas da boca para fora; quem é sincero ao dizer “se Jeová quiser” precisa de se esforçar para agir de acordo com a vontade de Jeová. A pessoa nem sempre precisa de dizer essas palavras em voz alta; muitas vezes, isso é feito só no íntimo. — Veja as notas de estudo em At 21:14; 1Co 4:19; Tg 4:15 e o Apêndice C3 (introdução e At 18:21).
Subiu: Aqui, o texto grego não especifica para onde Paulo estava a ir, mas tudo indica que foi para Jerusalém. Já que Jerusalém ficava cerca de 750 metros acima do nível do mar, a Bíblia muitas vezes diz que as pessoas ‘subiam para Jerusalém’. Na verdade, o verbo grego anabaíno (“subir”) aparece em muitas passagens onde fica claro que Jerusalém era o destino da viagem. (Mt 20:17; Mr 10:32; Lu 18:31; 19:28; Jo 2:13; 5:1; 11:55; At 11:2; 21:12, 15; 24:11; 25:1, 9; Gál 2:1) Além disso, neste versículo também aparece um verbo grego que significa “descer” (katabaíno) e que, às vezes, era usado para se referir a sair de Jerusalém. — Mr 3:22; Lu 10:30, 31; At 24:1, 22; 25:7.
Apolo: Pelos vistos, este cristão judeu tinha sido criado na cidade de Alexandria, que era a capital da província romana do Egito. A cidade era um centro de educação superior, famosa pela sua grande biblioteca. Alexandria era a segunda maior cidade do Império Romano (a seguir a Roma) e tinha uma grande população de judeus. Era um dos mais importantes centros de cultura e ensino, tanto para judeus como para gregos. A tradução das Escrituras Hebraicas para o grego conhecida como Septuaginta foi feita ali. Esses factos talvez ajudem a explicar por que motivo o versículo diz que Apolo tinha um grande conhecimento das [lit.: “era poderoso nas”] Escrituras, ou seja, as Escrituras Hebraicas.
instruído: O verbo grego katekhéo significa literalmente “fazer ressoar” e pode incluir a ideia de instruir oralmente. Quando se faz “ressoar” as verdades da Palavra de Deus constantemente na mente e no coração de um estudante, ele fica qualificado para ensinar outros. — Compare com Gál 6:6, onde o mesmo verbo grego foi usado duas vezes.
caminho de Jeová: No versículo seguinte, foi usada a expressão paralela “caminho de Deus”. O modo de vida cristão gira em torno da adoração ao único Deus verdadeiro, Jeová, e da fé no seu Filho, Jesus Cristo. O livro de Atos refere-se a esse modo de vida simplesmente como o “Caminho”. (At 19:9, 23; 22:4; 24:22; veja a nota de estudo em At 9:2.) Além disso, a mesma expressão grega aparece quatro vezes nos Evangelhos, onde é parte de uma citação de Is 40:3 e foi traduzida como “caminho para Jeová”. (Veja as notas de estudo em Mt 3:3; Mr 1:3; Lu 3:4; Jo 1:23.) No texto hebraico original de Is 40:3, aparece o Tetragrama. A expressão “caminho de Jeová” também aparece em Jz 2:22 e Je 5:4, 5. — Veja a nota de estudo em At 19:23 e o Apêndice C3 (introdução e At 18:25).
fervoroso no espírito: Lit.: “fervente ao espírito”. A palavra grega traduzida aqui como “fervoroso” significa literalmente “ferver”. Mas neste versículo esta palavra é usada como uma metáfora e passa a ideia de transbordar ou irradiar zelo e entusiasmo. Nesta expressão, a palavra grega para “espírito” (pneúma), pelos vistos, refere-se ao espírito santo de Deus, que pode atuar como uma força que impele ou motiva a pessoa e dá-lhe poder para fazer as coisas de acordo com a vontade de Jeová. (Veja a nota de estudo em Mr 1:12.) Por outro lado, a palavra “espírito” também se pode referir à força que vem do coração figurativo da pessoa e que a motiva a falar e a fazer coisas de certo modo. Portanto, neste versículo o sentido poderia ser uma combinação dessas duas ideias, ou seja, que a pessoa mostra zelo e entusiasmo pelo que é certo, ao passo que é guiada pelo espírito de Deus. Mas alguns estudiosos acreditam que neste contexto “fervente ao espírito” seja simplesmente uma expressão idiomática que se refere a alguém cheio de disposição e entusiasmo. Se esse for o caso, isso talvez explique porque é que Apolo podia ser “fervoroso no espírito”, apesar de ainda não conhecer o batismo em nome de Jesus. De qualquer forma, era necessário que o espírito de Deus influenciasse o espírito de Apolo para que ele tivesse entusiasmo pelas coisas certas e estivesse disposto a aceitar ensinos mais exatos. — Veja o Glossário, “Espírito”.
o batismo de João: Este batismo era uma demonstração pública de que uma pessoa estava arrependida dos pecados que tinha cometido contra a Lei que Jeová deu a Moisés, uma lei que os judeus tinham concordado em seguir. (Êx 24:7, 8) Mas o batismo de João deixou de ser válido depois de Pentecostes de 33 EC, quando o pacto da Lei foi abolido. (Ro 10:4; Gál 3:13; Ef 2:13-15; Col 2:13, 14) A partir dali, o único batismo aprovado por Jeová passou a ser o batismo que Jesus instruiu os seus discípulos a realizar. (Mt 28:19, 20) Os acontecimentos que envolveram Apolo e que são descritos aqui ocorreram por volta do ano 52 EC.
Multimédia
Esta fotografia mostra as ruínas de uma sinagoga em Óstia, a cidade que servia como porto para a cidade de Roma. O edifício, que foi construído na segunda metade do primeiro século EC, passou por renovações e alterações, mas acredita-se que originalmente fosse uma sinagoga. O facto de uma sinagoga ter sido construída ali indica que houve judeus a morar nos arredores de Roma durante um bom tempo. Apesar de os judeus terem sido expulsos da cidade de Roma pelo imperador Cláudio por volta do ano 49 ou 50 EC, é possível que comunidades de judeus tenham permanecido na região. (At 18:1, 2) Depois da morte de Cláudio em 54 EC, muitos judeus voltaram para Roma. Quando Paulo escreveu a sua carta aos irmãos em Roma (por volta do ano 56 EC), a congregação era formada por cristãos judeus e não judeus. Foi por isso que Paulo falou na sua carta sobre assuntos relacionados com esses dois grupos, mostrando o que eles deviam fazer para viverem juntos em união. — Ro 1:15, 16.
1. Roma
2. Óstia
O apóstolo Paulo visitou Corinto mais do que uma vez durante as suas viagens missionárias. Na sua primeira visita, ele ficou lá durante 18 meses. (At 18:1, 11; 20:2, 3) Nessa altura, a cidade de Corinto era um próspero centro de negócios, graças em grande parte à sua localização estratégica no istmo que liga a Península do Peloponeso à Grécia continental. Isso permitia que a cidade controlasse o fluxo de bens em dois portos, Lecaion e Cencreia. Mercadores e viajantes de todo o império romano encontravam-se em Corinto. Isso tornava a cidade um ponto ideal para se pregar. Neste vídeo, aprenda mais sobre a história de Corinto, incluindo descobertas arqueológicas, como a inscrição de Erasto. Veja a ágora (mercado), béma (tribunal), e um dos seus teatros como devia ter sido nos dias de Paulo.
O imperador Cláudio é mencionado por nome duas vezes no livro de Atos. (At 11:28; 18:2) Ele foi o quarto imperador de Roma e governou de 41 a 54 EC. Cláudio foi o sucessor do seu sobrinho Calígula, que tinha governado de 37 a 41 EC e não é mencionado nas Escrituras. Por volta do ano 49 ou 50 EC, Cláudio ordenou que todos os judeus deixassem Roma. Por causa disso, Áquila e Priscila mudaram-se para Corinto, onde conheceram o apóstolo Paulo. Cláudio, segundo se diz, foi envenenado pela sua quarta esposa em 54 EC. O seu sucessor foi o imperador Nero.
A inscrição que aparece nesta fotografia menciona o procônsul Gálio (o nome está em destaque). Foi encontrada em Delfos, na Grécia, e é da metade do primeiro século EC. Isso comprova que o registo de At 18:12 está correto ao dizer que “Gálio era procônsul da Acaia” quando os judeus de Corinto levaram o apóstolo Paulo até ele para ser julgado.
Esta fotografia mostra as ruínas do bema de Corinto, chamado “tribunal” em At 18:12. Era uma grande plataforma elevada usada para falar em público. Em Corinto, o bema ficava mais ou menos no meio da ágora, uma grande área pública da cidade. Era dali que os magistrados anunciavam o veredito dos julgamentos. A estrutura, feita de mármore azul e branco, estava belamente decorada. Havia áreas de espera ao lado da plataforma, onde as pessoas aguardavam a sua vez de falar com o magistrado. Essas áreas tinham bancos e o piso era decorado com mosaicos. A segunda imagem mostra como esse local talvez fosse no primeiro século EC. Acredita-se que tenha sido para esse lugar que os judeus levaram Paulo e o acusaram diante do procônsul Gálio.
As ruínas que aparecem aqui são do porto de Cencreia, que ficava num istmo (uma estreita faixa de terra) e era um dos portos que servia a cidade de Corinto. Parece que Paulo navegou desse porto para Éfeso durante a sua segunda viagem missionária. (At 18:18) Cencreia ficava cerca de 11 quilómetros a leste de Corinto, no lado do istmo que dá para o golfo Sarónico. Havia uma série de fortificações militares que ligavam Cencreia a Corinto. No primeiro século EC, Cencreia era o porto de Corinto para rotas a leste da Grécia. No outro lado do istmo, ficava Lecaion, que era o porto de Corinto para Itália e outras rotas a oeste da Grécia.
1. Teatro romano
2. Palácio
3. Hipódromo
4. Templo pagão
5. Porto
Este vídeo das ruínas de Cesareia usa reconstruções em 3D para mostrar como talvez fossem algumas das principais construções da cidade. Cesareia e o seu porto foram construídos por Herodes, o Grande, por volta do fim do século 1 AEC. Herodes deu esse nome à cidade em homenagem a César Augusto. Cesareia ficava cerca de 87 quilómetros a noroeste de Jerusalém, na costa do Mediterrâneo, e tornou-se um importante centro marítimo. A cidade tinha (1) um teatro romano, (2) um palácio que avançava para dentro do mar, (3) um hipódromo (estádio para corridas de cavalos) com capacidade estimada para 30 000 pessoas e (4) um templo pagão. O porto artificial de Cesareia (5) era uma maravilha da engenharia. A cidade recebia água potável por meio de um aqueduto e tinha o seu próprio sistema de esgotos. Cesareia foi o ponto de partida ou de chegada de viagens de barco feitas tanto pelo apóstolo Paulo como por outros cristãos. (At 9:30; 18:21, 22; 21:7, 8, 16) Paulo ficou preso ali durante dois anos. (At 24:27) Filipe, o evangelizador, foi para Cesareia no fim de uma viagem de pregação e possivelmente passou a morar ali. (At 8:40; 21:8) Também era em Cesareia que morava Cornélio, o primeiro não judeu incircunciso que se tornou cristão. (At 10:1, 24, 34, 35, 45-48) É provável que tenha sido ali que Lucas escreveu o seu Evangelho.
Os acontecimentos foram alistados por ordem cronológica
1. Paulo parte de Antioquia da Síria para a Galácia e a Frígia e fortalece os discípulos nas congregações (At 18:23)
2. Paulo passa pelas regiões do interior e chega a Éfeso; alguns ali precisam de ser batizados novamente; eles recebem espírito santo (At 19:1, 5-7)
3. Paulo prega na sinagoga em Éfeso, mas os judeus recusam-se a acreditar; Paulo passa a fazer discursos diários no auditório da escola de Tirano (At 19:8, 9)
4. O ministério de Paulo em Éfeso dá bons resultados (At 19:18-20)
5. Uma multidão invade o teatro em Éfeso (At 19:29-34)
6. Paulo viaja de Éfeso para a Macedónia e depois para a Grécia (At 20:1, 2)
7. Depois de passar três meses na Grécia, Paulo viaja de volta pela Macedónia (At 20:3)
8. Paulo viaja de Filipos para Tróade, onde ressuscita Êutico (At 20:5-11)
9. Os companheiros de viagem de Paulo navegam para Assos; Paulo faz a viagem por terra e encontra-os lá (At 20:13, 14)
10. Paulo e os seus companheiros navegam para Mileto, onde Paulo se encontra com os anciãos de Éfeso e lhes dá vários conselhos (At 20:14-20)
11. Paulo ora com os anciãos e diz-lhes que não voltarão a ver o seu rosto; os anciãos acompanham-nos até ao navio (At 20:36-38)
12. Paulo e os seus companheiros partem de Mileto e navegam para Cós, Rodes e Pátara, onde embarcam num navio para a Síria; o navio passa pela extremidade sudoeste da ilha de Chipre e chega a Tiro (At 21:1-3)
13. Os discípulos em Tiro, por meio do espírito santo, pedem repetidas vezes a Paulo para não ir a Jerusalém (At 21:4, 5)
14. Paulo chega a Cesareia; o profeta Ágabo avisa-o de que ele enfrentará problemas em Jerusalém (At 21:8-11)
15. Paulo vai a Jerusalém, apesar de saber dos perigos que o aguardam (At 21:12-15, 17)