2 Reis 6:1-33

  • Eliseu faz flutuar o ferro de um machado (1-7)

  • Eliseu e os sírios (8-23)

    • Os olhos do ajudante de Eliseu são abertos (16, 17)

    • Os sírios são atingidos de cegueira mental (18, 19)

  • Fome durante o cerco de Samaria (24-33)

6  Os filhos dos profetas+ disseram a Eliseu: “Como vê, o lugar em que estamos a morar consigo é demasiado apertado para nós.  Por favor, deixe-nos ir até ao Jordão. Cada um tirará dali um tronco e ali faremos um lugar para morar.” Ele respondeu: “Vão.”  Um deles disse: “Poderia, por favor, vir com os seus servos?” Ele respondeu: “Eu irei.”  Portanto, foi com eles. Ao chegarem ao Jordão, começaram a cortar árvores.  Quando um dos profetas estava a cortar uma árvore, o ferro do machado caiu na água, e ele gritou: “Ai, meu senhor, era emprestado!”  O homem do verdadeiro Deus perguntou: “Onde é que ele caiu?” Ele mostrou-lhe o lugar. Por conseguinte, Eliseu cortou um pedaço de madeira e atirou-o à água naquele lugar, e fez o ferro do machado flutuar.  Ele disse: “Apanha-o.” O homem estendeu a mão e apanhou-o.  O rei da Síria foi guerrear contra Israel.+ Ele consultou os seus servos e disse: “Acamparei convosco em tal lugar.”  Então, o homem do verdadeiro Deus+ mandou dizer ao rei de Israel: “Cuidado, não passe por tal lugar, porque é para lá que os sírios estão a ir.” 10  Portanto, o rei de Israel enviou uma mensagem para o lugar que o homem do verdadeiro Deus lhe tinha mencionado. Eliseu continuou a alertar o rei, e ele mantinha-se afastado desses locais; isto aconteceu em várias ocasiões.*+ 11  Isso deixou o rei* da Síria furioso, de modo que ele convocou os seus servos e disse-lhes: “Digam-me! Quem dentre nós está do lado do rei de Israel?” 12  Um dos seus servos respondeu: “Nenhum de nós, meu senhor, o rei! É Eliseu, o profeta que está em Israel, que informa o rei de Israel sobre as coisas que o senhor diz no seu quarto.”+ 13  Ele disse: “Vão e descubram onde ele está, para que eu mande homens para o capturar.” Mais tarde, informaram-no: “Ele está em Dotã.”+ 14  O rei enviou imediatamente para lá cavalos, carros de guerra e um grande exército; eles chegaram de noite e cercaram a cidade. 15  Quando o ajudante* do homem do verdadeiro Deus se levantou cedo e saiu, viu que um exército cercava a cidade com cavalos e carros de guerra. Imediatamente, o ajudante disse-lhe: “Ai, meu senhor! O que é que vamos fazer?” 16  Ele, porém, respondeu: “Não tenhas medo!+ Pois os que estão connosco são mais numerosos do que os que estão com eles.”+ 17  Então, Eliseu começou a orar, dizendo: “Ó Jeová, por favor, abre-lhe os olhos para que veja.”+ Jeová abriu imediatamente os olhos do ajudante, e ele viu que a região montanhosa estava cheia de cavalos e carros de guerra, de fogo,+ em volta de Eliseu.+ 18  Quando os sírios desceram na sua direção, Eliseu orou a Jeová, dizendo: “Por favor, atinge esta nação com cegueira.”+ Por conseguinte, ele atingiu-os com cegueira, assim como Eliseu tinha pedido. 19  Eliseu disse-lhes então: “Este não é o caminho, e esta não é a cidade. Sigam-me, vou levar-vos até ao homem que procuram.” Todavia, ele levou-os até Samaria.+ 20  Quando eles chegaram a Samaria, Eliseu disse: “Ó Jeová, abre-lhes os olhos para que vejam.” Então, Jeová abriu-lhes os olhos e eles viram que estavam no meio de Samaria. 21  Quando o rei de Israel os viu, perguntou a Eliseu: “Devo matá-los, meu pai? Devo matá-los?” 22  Contudo, ele respondeu: “Não os mate. Por acaso mataria os que tivesse capturado com a espada e com o arco? Dê-lhes pão e água para que comam, bebam+ e depois voltem para o seu senhor.” 23  Assim, o rei fez-lhes um grande banquete, e eles comeram e beberam; depois, mandou-os embora e voltaram para o seu senhor. E os bandos de saqueadores sírios+ não voltaram nem mais uma única vez à terra de Israel. 24  Depois disso, Ben-Hadade, rei da Síria, reuniu todo o seu exército,* subiu até Samaria e cercou-a.+ 25  Por isso, houve uma grande fome+ em Samaria, e os sírios mantiveram o cerco até a cabeça de um jumento+ valer 80 peças de prata, e um quarto de um cabo* de esterco de pomba valer cinco peças de prata. 26  Enquanto o rei de Israel caminhava em cima da muralha, uma mulher gritou-lhe: “Ajude-nos, ó meu senhor, o rei!” 27  Então, ele disse: “Se Jeová não te ajuda, onde é que eu encontrarei ajuda para ti? Sobrou, por acaso, algo na eira e no lagar de vinho ou de azeite?” 28  O rei perguntou-lhe: “Qual é o teu problema?” Ela respondeu: “Esta mulher disse-me: ‘Dá cá o teu filho para que o comamos hoje, e amanhã comeremos o meu filho.’+ 29  Assim, cozinhámos o meu filho e comemo-lo.+ No dia seguinte, eu disse-lhe: ‘Dá cá o teu filho para que o comamos.’ Mas ela escondeu o filho.” 30  Assim que o rei ouviu as palavras da mulher, rasgou a sua roupa.+ Enquanto caminhava em cima da muralha, o povo viu que ele estava vestido de serapilheira* por baixo da roupa.* 31  Então, ele disse: “Que Deus me castigue, e que o faça severamente, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, continuar hoje sobre ele!”+ 32  Eliseu estava sentado na sua casa, e os anciãos estavam sentados com ele. O rei enviou um mensageiro à sua frente, mas, antes de ele chegar, Eliseu disse aos anciãos: “Viram como é que este filho de um assassino+ mandou cortar a minha cabeça? Fiquem atentos. Quando o mensageiro chegar, fechem a porta e segurem-na para que ele não entre. Não estão a ouvir os passos do seu senhor atrás dele?” 33  Enquanto ainda falava com eles, o mensageiro chegou, e o rei disse: “Esta calamidade é da parte de Jeová. Porque é que eu deveria continuar à espera de Jeová?”

Notas de rodapé

Ou: “Isto aconteceu mais do que uma ou duas vezes”.
Lit.: “o coração do rei”.
Ou: “servo”.
Lit.: “acampamento”.
Um cabo equivalia a 1,22 l. Veja o Ap. B14.
Ou: “por baixo, junto à pele”.