Jeremias 8:1-22

  • O povo age como a maioria (1-7)

  • Que sabedoria há sem a palavra de Jeová? (8-17)

  • Jeremias lamenta as feridas de Judá (18-22)

    • “Não há bálsamo em Gileade?” (22)

8  “Nesse tempo”, diz Jeová, “os ossos dos reis de Judá, os ossos dos seus príncipes, os ossos dos sacerdotes, os ossos dos profetas e os ossos dos habitantes de Jerusalém serão tirados das sepulturas. 2  Serão espalhados debaixo do sol, da lua e de todo o exército dos céus, aos quais eles amaram, serviram, seguiram e buscaram, e diante dos quais se curvaram.+ Eles não serão recolhidos nem enterrados. Irão tornar-se como estrume sobre o solo.”+ 3  “E, em todos os lugares por onde eu os espalhar, o restante que sobreviver dentre essa nação* má preferirá a morte à vida”, diz Jeová dos exércitos. 4  “Diz-lhes: ‘Assim diz Jeová: “Será que eles cairão e não voltarão a levantar-se? Se alguém voltar atrás, será que o outro não voltará atrás também?  5  Porque é que este povo de Jerusalém persiste na sua infidelidade? Eles apegam-se à falsidade;Recusam-se a voltar atrás.+  6  Eu prestei atenção e fiquei a ouvir, mas o modo como falavam não era correto. Ninguém se arrependeu da sua maldade nem perguntou: ‘O que é que eu fiz?’+ Todos eles voltam sempre a agir como a maioria, como cavalos que se lançam na batalha.  7  Até mesmo a cegonha nos céus conhece as suas estações;*A rola, o andorinhão e o tordo* apegam-se ao tempo do seu retorno.* Porém, o meu próprio povo não entende o julgamento de Jeová.”’+  8  ‘Como é que podem dizer: “Somos sábios e temos a lei* de Jeová”? Na realidade, a pena*+ mentirosa* dos escribas* só é usada para a falsidade.  9  Os sábios foram envergonhados.+ Ficaram apavorados e serão apanhados. Rejeitaram a palavra de Jeová;Que sabedoria é que eles têm? 10  Por isso, entregarei as suas esposas a outros homens,E os seus campos a novos donos.+Pois, desde o menor até ao maior, todos eles obtêm lucro desonesto;+Desde o profeta até ao sacerdote, todos cometem fraudes.+ 11  E tratam superficialmente as feridas* da filha do meu povo, dizendo:“Há paz! Há paz!”, Quando não há paz.+ 12  Será que eles se envergonham das coisas detestáveis que fizeram? Eles não sentem a mínima vergonha! Nem sequer sabem o que é sentir vergonha!+ Por isso, cairão entre os que já caíram. Tropeçarão quando eu lhes trouxer a punição’,+ diz Jeová. 13  ‘Quando os colher, acabarei com eles’, diz Jeová. ‘Não restarão uvas na videira nem figos na figueira, e as folhas murcharão. E eles perderão as coisas que lhes dei.’” 14  “Porque é que estamos aqui sentados? Vamos reunir-nos e entrar nas cidades fortificadas,+ para morrermos ali, Pois Jeová, nosso Deus, vai eliminar-nos.Jeová está a dar-nos água envenenada para beber+Porque pecámos contra ele. 15  Esperava-se a paz, mas não veio nada de bom;Um tempo de cura, mas só há terror!+ 16  A partir de Dã, consegue-se ouvir os relinchos dos cavalos. Com o relinchar dos garanhões,Toda esta terra treme. Os inimigos entram e devoram esta terra e tudo o que nela há,A cidade e os seus habitantes.” 17  “Pois, vou mandar-vos serpentes,Cobras venenosas que não podem ser dominadas com encantamentosE, certamente, elas irão morder-vos”, diz Jeová. 18  A minha tristeza é incurável;O meu coração está doente. 19  De uma terra distante vem o grito de socorroDa filha do meu povo: “Será que Jeová não está em Sião? Não está lá o seu rei?” “Porque é que eles me ofenderam com as suas imagens esculpidas,Com os seus deuses estrangeiros que não valem nada?” 20  “Já passou a colheita, acabou o verão,Mas nós ainda não fomos salvos!” 21  Estou arrasado com as feridas* da filha do meu povo;+Estou muito triste. O pavor apoderou-se de mim. 22  Será que não há bálsamo* em Gileade?+ Não há lá nenhum médico?*+ Porque é que a filha do meu povo não se recuperou?+

Notas de rodapé

Ou: “família”.
Ou: “da sua migração”.
Ou, possivelmente: “grou”.
Ou: “os seus tempos determinados”.
Ou: “instrução”.
Lit.: “o estilo”. Veja o Glossário.
Ou: “falsa”.
Ou: “secretários”.
Ou: “a fratura; o quebrantamento”.
Ou : “o quebrantamento”.
Ou: “bálsamo calmante”.
Ou: “ninguém que cure”.