O ano de 2020 foi marcado por um grande número de desastres naturais e pelo surgimento da pandemia da COVID-19. De que forma é que as Testemunhas de Jeová prestaram ajuda aos que foram afetados por estas adversidades?

 No ano de serviço de 2020, a a Comissão dos Coordenadores, do Corpo Governante, aprovou gastar 28 milhões de dólares b (mais de 23 milhões de euros) em ajuda humanitária. Dessa forma, providenciou-se ajuda a vítimas de mais de 200 catástrofes, entre os quais estão a doença pandémica da COVID-19, vários ciclones tropicais, cheias em África, escassez de alimentos na Venezuela e seca no Zimbabué. Os fundos doados ajudaram a cobrir as despesas com alimentos, água, abrigo, vestuário e cuidados médicos, bem como produtos de limpeza e materiais para reparação e reconstrução de edifícios. Note alguns exemplos do trabalho de ajuda humanitária realizado.

 COVID-19. A pandemia afetou os nossos irmãos e irmãs em todo o mundo, física, emocional e economicamente. Para os socorrer, foram formadas mais de 800 Comissões de Ajuda Humanitária (CAH). Estas comissões avaliaram quais eram as necessidades dos nossos irmãos, e, de imediato, fizeram relatórios que ajudaram a Comissão dos Coordenadores a melhor saber direcionar os recursos.

 Ao longo do ano, graças ao trabalho das CAH, muitos receberam alimentos, água, artigos de higiene e medicamentos essenciais. Em algumas zonas, as CAH também trabalharam ao lado dos anciãos locais, para ajudar os irmãos a receberem os apoios governamentais que estavam disponíveis.

 Pessoas que não são Testemunhas de Jeová repararam no nosso trabalho de ajuda humanitária. Por exemplo, Field Simwinga, comissário do distrito de Nakonde, na Zâmbia, disse aos nossos irmãos: “Sentimo-nos em dívida para convosco por terem providenciado às famílias afetadas, exatamente no tempo certo, a ajuda tão necessária.”

 Escassez de alimentos em Angola. A pandemia da COVID-19 afetou a quantidade de alimentos disponível em Angola, e isso fez com que os preços disparassem. Muitos dos nossos irmãos e irmãs foram tendo cada vez mais dificuldade em comprar comida.

 Solicitou-se à filial do Brasil que enviasse cabazes de alimentos aos nossos irmãos angolanos. Para usarem os donativos da melhor maneira, os irmãos pesquisaram, cuidadosamente, qual seria a melhor forma de comprar e de enviar os bens alimentares, que foram adquiridos a granel. No final, cada cabaz, transporte incluído, custou, em média, 22 dólares (cerca de 18 euros), mas continha quase 20 quilos de bens alimentares, tais como arroz, feijão e óleo alimentar. Até à data, já foram enviados 33 544 cabazes, com um total de 654 toneladas. Estas provisões, juntamente com produtos locais, ajudaram a alimentar mais de 50 000 pessoas!

 Como se sentem os nossos irmãos ao receber esta ajuda? Alexandre, que vive numa área isolada de Angola, afirma: “Eu vejo isto como uma prova de que Jeová me ama e de que não estou sozinho. Sinto que a organização de Jeová me dá valor!” Mariza, que é mãe solteira, diz: “Jeová ouviu o meu clamor por ajuda. Agradeço-lhe a ele e à sua organização!”

 Alívio dos efeitos da seca no Zimbabué. Ao longo do ano de serviço de 2020, o Zimbabué enfrentou uma seca severa que deixou milhões de pessoas em risco de morrer de fome. Milhares de irmãos nossos não tinham comida suficiente.

 Foram formadas cinco Comissões de Ajuda Humanitária para ajudar os nossos irmãos. Centenas de publicadores deram o seu contributo, embalando alimentos, preparando os carregamentos ou emprestando os seus próprios veículos. c No ano de serviço de 2020, foram gastos 691 561 dólares (cerca de 574 mil euros), para ajudar a alimentar mais de 22 700 pessoas!

 Houve casos em que os irmãos já não tinham nada para comer quando, justamente, a ajuda chegou. Nessa altura, os nossos irmãos louvaram a Jeová. Alguns começaram até mesmo a cantar cânticos do Reino.

 Numa zona, duas irmãs nossas, ambas viúvas, assistiram a uma reunião organizada pela comunidade para debater a ajuda alimentar oferecida por uma organização não-governamental (ONG). Contudo, o debate foi, progressivamente, assumindo contornos marcadamente políticos, e as irmãs decidiram que não podiam aceitar as condições impostas para receberem ajuda. Ao saírem da reunião, humilharam-nas e disseram-lhes: “Depois, não nos venham pedir comida!” Mas, passadas duas semanas, as nossas irmãs já estavam a receber ajuda alimentar da organização de Jeová – bem antes de chegarem os suprimentos da organização não-governamental!

 A ajuda humanitária no Zimbabué também resultou num bom testemunho. Veja, por exemplo, a experiência de Prisca, que vive numa pequena povoação. Apesar das dificuldades causadas pela seca, Prisca dedicava sempre as quartas e as sextas-feiras ao ministério, mesmo durante a época da sementeira. As pessoas ridicularizavam-na por isso, dizendo-lhe: “Por causa da tua pregação, vais fazer com que a tua família morra de fome.” Prisca respondia: “Jeová nunca abandonou os seus servos.” Pouco depois, ela recebeu suprimentos da nossa organização. Isto impressionou alguns dos seus vizinhos, que lhe disseram: “Deus nunca te abandonou; portanto, nós queremos aprender mais sobre ele.” Agora, sete vizinhos (homens e mulheres) ouvem o programa das reuniões congregacionais, que é transmitido pela rádio.

 À medida que nos aproximamos do fim, continuaremos a deparar-nos com desastres naturais. (Mateus 24:3, 7) Apreciamos muito os vossos generosos donativos, feitos pelos diferentes meios indicados em donate.pr418.com. Eles são usados para, na hora certa, suprir as necessidades daqueles que precisam de ajuda.