29 DE MARÇO DE 2022
CHIPRE
1922-2022: Cem anos de pregação em Chipre
Em 2022, faz 100 anos que as Testemunhas de Jeová começaram a pregar em Chipre, uma ilha no mar Mediterrâneo. Na sua primeira viagem missionária, o apóstolo Paulo visitou esta ilha com Barnabé, que era natural de Chipre. Nos tempos modernos, parece que as boas novas chegaram à ilha pela primeira vez em 1922, quando um clérigo recebeu uma publicação que respondia à seguinte pergunta: “Será que a alma morre?”.
Dois anos depois, um Estudante da Bíblia chamado Cyrus Charalambous, que vivia nos Estados Unidos, regressou a Chipre. Ele começou a pregar com zelo e enviou o folheto Onde Estão os Mortos? para todas as cidades e outras localidades do país.
Uma das pessoas que recebeu esse folheto foi Antonis Spetsiotes. Ele ficou impressionado com o que leu e falou sobre o assunto com o seu vizinho, Andreas Christou. Depois, os dois começaram a falar do que tinham aprendido com outras pessoas.
Eles sofreram oposição por parte da Igreja Ortodoxa Grega e foram excomungados, mas isso não os fez parar de pregar. Na década de 1930, os seus esforços levaram à formação da primeira congregação da ilha, na localidade de Xylophagou.
A partir de 1947, a obra de pregação ganhou um novo ânimo. Nesse ano, Chipre recebeu, pela primeira vez, um missionário formado na Escola Bíblica de Gileade, o irmão Antonios Karandinos. No ano seguinte, havendo 50 publicadores no país, a filial de Chipre foi aberta. Em 1960, os irmãos formaram uma entidade jurídica e o primeiro Salão do Reino foi construído apenas dois anos depois, em Nicósia. O número de Testemunhas de Jeová continuou a aumentar e a filial foi transferida para umas instalações novas e maiores, que foram dedicadas em 1969.
No entanto, juntamente com o crescimento, veio o aumento da perseguição contra os nossos irmãos. Em meados dos anos 60, os jovens que se recusavam a servir nas forças armadas eram condenados a penas de prisão. Alguns deles foram torturados pelo exército num esforço de os fazer transigir.
Em 1974, surgiram outros desafios, quando surgiu uma guerra na ilha. Cerca de 300 dos nossos irmãos tornaram-se refugiados e o Betel teve de ser evacuado. Os irmãos de outros países enviaram bens de primeira necessidade para Chipre, e os que podiam fazê-lo acolheram os seus irmãos refugiados em casa.
Nos anos que se seguiram, a obra de pregação continuou a progredir. Além disso, o Congresso de Distrito “Aproxima-se o Livramento!”, realizado em Limassol, em 2006, foi um evento histórico. Nesse congresso, pela primeira vez, depois de muitos anos, todas as Testemunhas de Jeová de Chipre puderam estar juntas.
Neste país, há agora 2866 publicadores, que pregam em 14 línguas diferentes, e servem em 41 congregações e 17 grupos. Em 2021, 5588 pessoas assistiram ao Memorial da morte de Jesus.
Alegramo-nos com os nossos irmãos em Chipre, pois sabemos que, com a ajuda de Jeová, eles continuarão a andar no mesmo rumo. — Filipenses 3:16.