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Comissionado para falar no nome Divino

Comissionado para falar no nome Divino

Capítulo 4

Comissionado para falar no nome Divino

1. Ao ter a visão do carro celeste e de seu Ocupante, junto ao rio Quebar, por que se prostrou Ezequiel, e o que talvez se perguntasse ele?

FAÇAMOS a nós mesmos a pergunta: O que faria eu se o imperador, rei ou presidente de meu país viesse no seu carro oficial à minha casa, e, desde o seu veículo, me desse pessoalmente uma comissão nacional? Pois bem, algo assim aconteceu a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, junto ao rio Quebar, no ano 613 A. E. C., quando, em visão o carro celeste de Jeová, acompanhado por quatro querubins, veio do norte e parou diante dele. Vencido por este espetáculo atemorizante da “semelhança da glória de Jeová”, Ezequiel prostrou-se em reverência. Ao ficar prostrado, com a face por terra, perguntando-se sobre o objetivo desta visão, ele ouviu a voz Daquele que andava no carro celestial falar-lhe. (Ezequiel 1:1-28) O que dizia? Ezequiel informa-nos:

2. De que maneira se fala a Ezequiel? Fazia-se isso para torná-lo tipo de Cristo, ou para que servia então?

2 “E ele passou a dizer-lhe: ‘Filho do homem, põe-te de pé para que fale contigo.’” (Ezequiel 2:1) Fala-se a Ezequiel não pelo seu nome pessoal, mas chamando-o de “filho do homem [Ben adám]”. Em todo o livro de sua profecia, Ezequiel é chamado assim noventa e três vezes. Só mais uma vez aparece o nome pessoal do profeta no livro, e esta vez no capítulo vinte e quatro, versículo vinte e quatro, onde o profeta cita Jeová como dizendo à casa de Israel: “E Ezequiel tornou-se para vós um portento. Fareis segundo tudo o que ele fez. Quando vier, então tereis de saber que eu sou o [Soberano] Senhor Jeová.” (NM, ed. ingl. 1971) Desta maneira não se dava destaque ao próprio nome do profeta, mas ele foi continuamente lembrado de sua condição e origem humildes. Ele era apenas descendente dum homem terreno. Mais de seiscentos e quarenta anos depois, relata-se (em Mateus 8:20 a João 13:31) que Jesus Cristo chama a si mesmo setenta e seis vezes de “Filho do homem”. Mas com isto ele não se comparava a Ezequiel, nem torna isso Ezequiel típico de Cristo. * O companheiro de exílio de Ezequiel, Daniel, também é chamado “filho do homem”. *

3. A ordem divina de se por de pé concedeu o que a Ezequiel? E por que era melhor para Ezequiel que estivesse de pé diante de quem falava?

3 A ordem de Jeová a Ezequiel, de que se levantasse, concedeu força ativa a Ezequiel, tornando possível que se levantasse do chão. Conforme ele mesmo nos diz: “E assim que ele falou comigo, passou a entrar em mim espírito e este finalmente me fez ficar de pé para ouvir Aquele que falava comigo.” (Ezequiel 2:2) Ao ficar em pé perante a Presença Divina, Ezequiel estava mais atento a ouvir o que se dizia.

4. A quem foi enviado Ezequiel, conforme se lhe disse, e depois de ele lhes transmitir as palavras de Jeová, o que saberiam com certeza?

4 “E ele prosseguiu, dizendo-me: ‘Filho do homem, envio-te aos filhos de Israel, a nações rebeldes que se rebelaram contra mim. Eles mesmos, bem como seus antepassados, transgrediram contra mim até o próprio dia de hoje. E a filhos de face insolente e de coração duro — a estes te envio, e tens de dizer-lhes: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová.” E quanto a eles, quer ouçam quer se refreiem de ouvir — pois são uma casa rebelde — hão de saber também que veio a haver mesmo um profeta no seu meio.”’ — Ezequiel 2:3-5.

5. Portanto, o que prova que Ezequiel não se arvorou em profeta, nem presumiu falar em nome de Deus?

5 Ali, Ezequiel foi definitivamente informado de que doravante devia servir como profeta. Foi comissionado a falar no nome divino, dizendo: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová.” (NM, ed. ingl. 1971) Assim como Jeová havia enviado Moisés como seu profeta novecentos anos antes, assim enviava agora Ezequiel. Ezequiel não se arvorava em profeta, nem presumia falar no nome divino. Era realmente profeta enviado pelo Deus Altíssimo. Aparecer Jeová a Ezequiel em visão e falar-lhe desde o seu trono no seu carro celestial, enviando Ezequiel diretamente numa missão específica, com uma mensagem específica, prova que Ezequiel era verdadeiro profeta, enviado por Deus, e que aquilo que falava sob inspiração era a verdadeira palavra de Deus. Ter ele sido enviado numa missão tão difícil aumenta a prova de que ele não presumiu ser profeta que falasse no nome de Jeová, mas que a Autoridade mais Elevada existente enviou-o a falar no nome divino. Deste modo notável ele foi feito testemunha de Jeová.

6. Não só as palavras de Ezequiel eram proféticas, mas ele também era o que, ao mesmo tempo?

6 Não só eram proféticas as palavras inspiradas de Ezequiel, mas ele mesmo era figura profética na sua ação, conforme se demonstrou depois em diversas ocasiões. (Ezequiel 24:24) Visto que o próprio Ezequiel era “portento” ou sinal” (Al) de alguém que viria, e visto que não era tipo ou figura profética de Jesus Cristo, a quem tipificou o profeta Ezequiel na execução de sua comissão divina?

7. Em que período de tempo devemos procurar o antítipo de Ezequiel, e desde quando estamos neste período de tempo?

7 Embora Ezequiel não o soubesse na ocasião em que foi comissionado para ser profeta de Jeová, a cidade de Jerusalém havia de ser destruída pelos babilônios apenas seis anos depois, em 607 A. E. C. Desde que fora suscitado um antigo conhecido de Ezequiel, Jeremias, filho de Hilquias, o sacerdote, lá em Jerusalém, no ano 647 A. E. C., no décimo terceiro ano do reinado do Rei Josias de Jerusalém, aquela cidade e a nação de Judá haviam estado no seu tempo do fim. (Jeremias 1:1-3; 25:10, 11) Na cronologia certa das coisas, devíamos hoje procurar o equivalente moderno do qual Ezequiel era tipo ou figura profética no “tempo do fim” em que nós nos encontramos. Os historiadores modernos concordam que no ano de 1914 E. C. terminou uma era, no ano em que a Primeira Guerra Mundial começou seu rumo violento e destrutivo de mais de quatro anos e três meses. O que estes historiadores não levam em conta é que, segundo a Bíblia Sagrada, os “tempos dos gentios” terminaram no princípio do outono (do hemisfério setentrional) daquele mesmo ano de 1914. (Lucas 21:24, Al) Desde então estamos no “tempo do fim” do mundo.

8. Durante o exílio de quem, em Babilônia, começaram estes Tempos dos Gentios, e como? Portanto, quando começou o tempo para procurarmos o equivalente moderno de Ezequiel?

8 Enquanto o profeta Ezequiel ainda estava exilado em Babilônia, começaram aqueles Tempos dos Gentios em 607 A. E. C., quando os exércitos do rei de Babilônia causaram a destruição de Jerusalém, e, dois meses depois, sobreveio a desolação completa à terra inteira de Judá, incluindo Jerusalém. (2 Reis 25:1-26; Jeremias 39:1 a 43:7; 52:1-27) Um companheiro de exílio de Ezequiel, o profeta Daniel, foi usado para indicar que estes Tempos dos Gentios durariam um período de sete “tempos” proféticos, ou seja, 2.520 anos. (Daniel 4:1-28) A contagem dos 2.520 anos desde a desolação da terra de Judá, no ano 607 A. E. C., prova que estes anos de regência ininterrupta de toda a terra por parte das nações gentias terminaram em 1914 E. C. Desde aquela data, as nações gentias, inclusive as nações da cristandade, estão no seu “tempo do fim”. Não indicam os acontecimentos e desenvolvimentos mundiais desde então que é assim? (Mateus 24:3-44) Portanto, é agora, desde 1914, e especialmente desde o ano de 1919, após o fim da Primeira Guerra Mundial, que devemos procurar o equivalente moderno do profeta Ezequiel.

9. É o Ezequiel hodierno uma única pessoa? E como ilustra o apóstolo Paulo como poderia ser o equivalente de Ezequiel?

9 Quem é o equivalente atual de Ezequiel, cuja mensagem e conduta correspondem às daquele antigo profeta de Jeová? De quem, na atualidade, era ele “sinal” ou “portento”? Não de algum homem individual, mas de um grupo de pessoas. Constituído de um grupo unido de pessoas, o hodierno Ezequiel é uma pessoa composta, constituída de muitos membros, do mesmo modo como o corpo humano. Isto nos faz lembrar do que o antigo perseguidor, o apóstolo cristão Paulo, escreveu a concristãos em Roma, na Itália, dizendo: “Assim como nós temos em um só corpo muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em união com Cristo, porém, membros que individualmente se pertencem uns aos outros.” (Romanos 12:4, 5) Usando a mesma ilustração, Paulo disse na sua carta à congregação em Corinto, Grécia: “Assim como o corpo é um só, mas tem muitos membros, e todos os membros daquele corpo, embora muitos, são um só corpo, assim também é o Cristo. Pois, deveras, todos nós fomos batizados por um só espírito em um só corpo, quer judeus quer gregos, quer escravos quer livres, e a todos nós se fez beber de um só espírito.” — 1 Coríntios 12:12, 13.

10. Para sabermos que grupo é o equivalente moderno de Ezequiel, o que teremos de fazer?

10 Assim se dá com o equivalente hodierno de Ezequiel: não é o corpo de uma só pessoa, mas é um corpo composto, constituído de muitos membros. Todos estes membros haviam de fazer juntos a vontade de Jeová, que é o Criador deste “Ezequiel” moderno. Então, quem é o grupo de pessoas, que, perto do início deste “tempo do fim”, foi comissionado a servir como porta-voz e agente ativo de Jeová? A fim de determinar isso, verifique a história de 1919, o primeiro ano do após-guerra depois da Primeira Guerra Mundial.

11. Que negação encontramos ao olhar para os judeus naturais e depois para a cristandade para encontrar o grupo certo?

11 Não o procuramos entre os judeus naturais, circuncisos, porque eles tomaram parte ativa na Primeira Guerra Mundial, tendo o famoso líder sionista, Chaim Weizmann, prestado serviço como descobridor no campo da química ao Governo Britânico, durante aquele conflito mundial. Em 1919, eles estavam principalmente interessados em estabelecer uma Pátria Nacional para os judeus, na Palestina, em vez de cumprirem qualquer comissão religiosa igual à do antigo Ezequiel. Mas que dizer da cristandade religiosa? Sua aparência perante Jeová também era horrendamente sangrenta, pois, a Primeira Guerra Mundial foi principalmente uma guerra dela, sendo que vinte e quatro dos vinte e oito participantes na guerra carnal afirmavam ser nações cristãs. Quando este primeiro conflito mundial terminou em (11 de novembro de) 1918, a vitoriosa Grã-Bretanha e seus aliados estavam interessados em estabelecer um arranjo de paz com as nações vencidas, além de lidarem com o recém-surgido estado comunista na Rússia. Estava longe das suas cogitações desempenhar o papel moderno do “Ezequiel” da Bíblia.

12. O que encontramos, ao olharmos para as igrejas da cristandade, inclusive o Vaticano, para encontrar o grupo certo?

12 As igrejas da cristandade não deram nenhum passo cristão corajoso para impedir a Primeira Guerra Mundial. Haviam ficado divididas em dois grandes campos por causa das questões nacionalistas da guerra. O fim da guerra encontrou-as desunidas, necessitando de reconciliação e de se tornarem novamente amigos religiosos. De acordo com o Tratado de Londres, assinado em 9 de maio de 1915 pela Itália, pela Grã-Bretanha, pela França e pela Rússia, a “Santa Sé [o papa de Roma] não foi permitida intervir por ação diplomática com respeito à paz ou a questões surgidas da guerra”. * De modo que não se permitiu que o Vaticano pro-germânico participasse na elaboração do Tratado de Paz de Versalhes, de 1919, que foi ratificado em 13 de outubro daquele ano pelo número exigido de governos nacionais envolvidos. O Pacto da Liga das Nações foi constituído parte deste tratado de paz.

13. Para salvar as aparências, o que fizeram as igrejas da cristandade, manchadas de sangue, com respeito à paz e à segurança?

13 Para “salvar as aparências”, as igrejas da cristandade, manchadas de sangue, que haviam apoiado ativamente a guerra, na qual os membros das igrejas lutaram contra seus companheiros de crença, expressaram-se a favor da proposta Liga das Nações, porque ela foi apresentada como organização internacional em prol de paz e segurança mundiais.

14. Que atitude para com a Liga das Nações foi adotada pelas igrejas da Inglaterra, do Canadá e dos Estados Unidos?

14 A Igreja Anglicana apoiou a Liga das Nações, visto que seu chefe religioso era o Rei da Grã-Bretanha, proponente e principal apoiador da Liga das Nações. As igrejas do Canadá, ligadas com votos de lealdade ao Soberano da Grã-Bretanha, também favoreceram a Liga. No país aliado dos Estados Unidos da América, existia o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América, uma organização ecumênica composta de representantes de diversas seitas protestantes. * Em 18 de dezembro de 1918, enviou sua Declaração adotada ao presidente estadunidense e exortou-o a empenhar-se pela Liga. A Declaração dizia, em parte:

Tal Liga não é apenas uma conveniência política; é antes a expressão política do Reino de Deus na terra. . . . A Igreja pode contribuir o espírito de boa vontade, sem o qual nenhuma Liga das Nações pode perdurar . . . A Liga das Nações está arraigada no Evangelho. Igual ao Evangelho, seu objetivo é “paz na terra, boa vontade para com os homens”.

15. Contrário a que palavras de Jesus, ao se julgar sua vida, agia o Conselho Federal, e, portanto, que Reino de Deus falhou quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial?

15 Ao recomendar e apoiar a Liga das Nações como “expressão política do Reino de Deus na terra”, o Conselho Federal das igrejas estadunidenses agia diretamente contrário às palavras de Jesus Cristo, quando sua vida estava sendo julgada perante o governador romano Pôncio Pilatos, em 33 E. C., dizendo: “Meu reino não pertence a este mundo. Se pertencesse, meus seguidores lutariam para salvar-me de ser preso pelos judeus. Minha autoridade régia procede de outra parte.” (João 18:36, NEB) Por aceitarem a Liga das Nações como “expressão política do Reino de Deus na terra”, os membros do Conselho Federal das igrejas estadunidenses estavam realmente aceitando um falsificado “Reino de Deus na terra”. Portanto, vinte anos depois, quando a Liga das Nações deixou de funcionar com o irrompimento da Segunda Guerra Mundial e foram tiradas a “paz na terra, boa vontade para com os homens”, foi a falsificada “expressão política” que fracassou, e não o verdadeiro Reino de Deus, conforme proclamado no Evangelho de Cristo.

16. Diante de que espécie de grupo podia o “carro” da organização de Jeová chegar em 1919 E. C., para dar a comissão de falar em nome de Deus?

16 Certamente, pois, lá no ano de após-guerra de 1919, não havia ninguém entre os elementos religiosos, culpados da guerra, do judaísmo e da cristandade, que estivesse habilitado para ser comissionado como o equivalente moderno ou o antítipo de Ezequiel. Não havia então ninguém a quem Jeová pudesse suscitar para servir dum modo correspondente àquele antigo exilado em Babilônia? A quem podia o verdadeiro “carro” da organização de Jeová dirigir-se e confrontar, para que Ele pudesse dar a tal habilitado a comissão de falar como profeta em nome de Jeová? Ora, havia um grupo, cujos membros haviam sofrido perseguição religiosa durante a Primeira Guerra Mundial às mãos de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, e cujos membros, de fato, haviam saído das organizações religiosas de Babilônia, a Grande. De fato, haviam recusado a participar ativamente com a cristandade e com todos os demais de Babilônia, a Grande, na guerra carnal durante a Primeira Guerra Mundial. Quem eram eles?

O “EZEQUIEL” HODIERNO

17. Em que se distinguiu este grupo como verdadeiros cristãos?

17 Eram um pequeno grupo minoritário de homens e mulheres que se dedicaram a Jeová como Deus por seguirem as pisadas de Seu Filho Jesus Cristo. A fim de darem evidência pública desta dedicação a Jeová, submeteram-se ao batismo em água assim como seu Líder Jesus Cristo fez quando foi imerso no rio Jordão, por João Batista. (Mateus 3:13-17; 28:19, 20; 1 Pedro 2:21) Estavam muito ativos na pregação das boas novas do reino de Deus, porque seu Líder Jesus Cristo apresentara-lhes esta pregação como obra deles, na sua profecia de Mateus 24:14. Tomaram literalmente as palavras de Jesus Cristo, quando ele estava perante o governador romano, de que seu reino não pertencia a este mundo, e, por isso, rejeitaram ter qualquer parte na política deste mundo e nas suas lutas e nos seus conflitos políticos. Tomaram a peito as palavras de Jesus dirigidas aos seus seguidores: “Não fazeis parte do mundo, mas eu vos escolhi do mundo.” (João 15:19) Por isso esperavam sofrer o ódio do mundo por viverem segundo esta regra cristã. O ódio para com eles tornou-se violento durante a Primeira Guerra Mundial.

18. Em que livro profético da Bíblia estava este grupo interessado, e como foi este interesse satisfeito em 1917, com que acontecimentos posteriores?

18 Tinha o antigo profeta Ezequiel algum significado para eles? Sim, tinha! Um dos livros proféticos que estes estudantes da Bíblia queriam entender já por anos era o de Ezequiel. Depois de anos de espera, acharam que se dera atenção ao seu desejo, quando se publicou em julho do ano de 1917 o livro intitulado “O Mistério Consumado”. Este livro de 608 páginas, publicado em inglês pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), continha não só uma explicação do último livro da Bíblia, Revelação, mas também do vigésimo sexto livro da Bíblia, Ezequiel. Criticava severamente os sistemas religiosos da cristandade e expunha os clérigos da cristandade como sendo falsos quanto à palavra de Jeová. É de se admirar que este livro tivesse uma circulação de menos de nove meses nos Estados Unidos e no Canadá? Isto se deu porque o livro foi proscrito, aproveitando-se para isso as condições do tempo de guerra em ambos os países. O presidente e o secretário-tesoureiro da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.), junto com mais seis membros da Sociedade, relacionados com O Mistério Consumado, foram encarcerados na Penitenciária Federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A.

19. Com que livramento alegrou-se este grupo em 1919, e por meio de que revista estimulou-se a obra do após-guerra?

19 O enfraquecimento da obra de pregação do reino de Deus durante a Primeira Guerra Mundial entristeceu muito estes seguidores dedicados, batizados e amantes de paz, de Jesus Cristo. A questão acesa era: Teriam a oportunidade de renovar suas atividades pacíficas no serviço de Jeová, seu Deus? A resposta mostrou ser um Sim! A Primeira Guerra Mundial não levou a um Armagedom para as nações gentias, mas terminou em 11 de novembro de 1918. Houve empenho para tirar da Penitenciária Federal os funcionários encarcerados da Sociedade Torre de Vigia e seus companheiros de prisão. Seus esforços foram abençoados pelo Céu. Depois de nove meses de encarceramento, estes servos de Jeová, falsamente acusados, foram libertos em março de 1919, nunca mais voltando à prisão. Todos os servos dedicados e batizados de Jeová se alegraram com isso. Reconheceram que sua dedicação a Ele era vitalícia e que por isso precisavam fazer a Sua vontade no período de após-guerra, que então se iniciava. A exortação para se ser destemido e fazer isso veio por meio das colunas da revista A Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo (agora A Sentinela).

20. Como foi o temor dos homens desestimulado numa série de artigos nos números de 1°. e 15 de agosto de 1919 de Sentinela em inglês?

20 Nos números de 1.º e 15 de agosto de 1919, em inglês, esta revista publicou uma série de dois artigos sobre o tema “Benditos os Destemidos”. No terceiro e no quinto parágrafos deste artigo fizeram-se as seguintes declarações que desestimulavam todo o temor dos homens: “Há um temor que é bem próprio e que cada um precisa ter se quiser agradar a Deus, e este é conhecido como ‘temor piedoso’. Significa reverência santa por Jeová e temor de não o agradarmos e de perdermos as bênçãos que ele nos prometeu. . . . As Escrituras estão cheias de testemunho, de que os aprovados por Deus não temem o homem, nem qualquer outra criatura, mas têm temor reverente e santo de Jeová. Nos tempos antigos, Jeová justificou alguns homens para terem amizade com ele, e o registro dos seus tratos com eles foi escrito em benefício da igreja.” Depois destes artigos, publicou-se o artigo “Oportunidades de Serviço”, com os subtítulos “Há Trabalho a Fazer?”, “Trabalho Para o Pequeno Rebanho” e “Benefícios das Reuniões”. Anunciou-se também um Congresso Geral a ser realizado em Cedar Point, Lago Erie, E. U. A.

21. Como aceitou este grupo o anúncio feito no congresso de Cedar Point, em 1919, e que declaração a respeito da Liga das Nações, feita no discurso público, foi aprovada de coração?

21 Esta assembléia geral em Cedar Point, Ohio, E. U. A. foi realizada com bom êxito no tempo marcado, de 1.º a 8 de setembro de 1919. Milhares de servos dedicados e batizados de Jeová estiveram presentes, procedentes dos Estados Unidos da América e do Canadá. O presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.) exortou a prosseguirem destemidamente com a obra de Jeová, e isto por meio duma nova revista que seria companheira da Torre de Vigia, a saber, a revista de trinta e duas páginas intitulada “A Idade de Ouro”. Os milhares de servos de Jeová reunidos aclamaram este anúncio da renovação da obra em escala maior com enorme alegria e o espírito de dedicação a Jeová. O discurso público do congresso foi proferido às 15 horas de domingo, 7 de setembro de 1919, sobre o tema “A Esperança Para a Humanidade Angustiada”. Os congressistas aprovaram calorosamente quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia, no decorrer deste discurso público, conforme noticiado no dia seguinte pelo jornal Star-Journal de Sandusky (Ohio),

declarou que uma Liga das Nações, formada pelas forças políticas e econômicas, induzida pelo desejo de melhorar a humanidade pelo estabelecimento de paz e abundância, realizaria um grande bem, e daí afirmou que é certo, porém, que o desagrado do Senhor recairá sobre a Liga, porque os clérigos — católicos e protestantes — que afirmam ser representantes de Deus, abandonaram o plano Dele e endossaram a Liga das Nações, aclamando-a como expressão política do reino de Cristo na terra. *

22. Quando a Liga das Nações foi ratificada em 1919, como reagiram os clérigos da cristandade e como reagiram os servos de Jeová?

22 Os clérigos da cristandade obtiveram sua satisfação quando o Tratado de Paz de Versalhes foi ratificado pelas nações necessárias em 13 de outubro de 1919, e assim veio à existência a Liga das Nações. A Liga das Nações começou realmente a funcionar em 10 de janeiro de 1920, quando se trocaram formalmente as ratificações de todas as potências signatárias, em Paris, na França. Mas os servos dedicados e batizados de Jeová não aceitaram esta falsificada “expressão política do Reino de Deus na terra”. Reconheceram que o verdadeiro reino de Deus havia sido estabelecido nas mãos de Jesus Cristo, nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, e empreendiam então, mais vigorosamente do que nunca antes, pregá-lo “em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”. Fizeram isso com a ajuda adicional da Idade de Ouro (agora a revista Despertai!).

23. Desde que se anulou a proscrição do livro O Mistério Consumando, em junho de 1920, em que livro profético mostraram os servos de Jeová ter vivo interesse, e como? Por quê?

23 Em junho de 1920, quando o livro O Mistério Consumado deixou de ser proscrito, estes servos de Jeová prosseguiram com a distribuição do livro. Usando-o como compêndio, continuaram a estudar o livro bíblico de Ezequiel. Mais tarde, nos anos 1931 e 1932, publicou-se um entendimento mais adiantado e atualizado da profecia de Ezequiel, na forma dos três volumes do livro intitulado “Vindicação”, publicado em inglês pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Até hoje têm vivo interesse no livro profético de Ezequiel e estudam-no com determinação para saber que luz adicional lança sobre a vontade de Jeová para eles, nestes dias finais do “tempo do fim”.

24. Darmos atenção a estes fatos da história ajuda-nos a identificar a quem, hoje em dia, e que nome foi adotado na ocasião em que se lançou o livro Vindicação?

24 Mas, por que se trazem todos estes fatos da história à nossa atenção? É para mostrar o cumprimento da profecia. Jeová achou e comissionou seu “Ezequiel” hodierno. Trata-se dum Ezequiel composto. Compõe-se dos proclamadores dedicados e batizados do reino de Deus, que foram ungidos pelo Seu espírito para fazerem a sua obra. (Isaías 61:1-3) É evidente que, no ano de 1919, a organização celestial invisível de Jeová, igual ao carro celeste visto na visão de Ezequiel, chegou e parou, não diante dos da cristandade, que defendiam a Liga das Nações, mas perante os proclamadores ungidos do reino celestial de Deus, nas mãos de Jesus Cristo. Jeová, de cima desta organização celestial semelhante a um carro, comissionou os desta classe dedicada, batizada e ungida de servos para falarem a todas as nações em Seu nome. Assim, iguais a Ezequiel, tornaram-se testemunhas de Jeová. Era bem apropriado que, depois de doze anos de atividade mundial tal como esta, adotassem o nome distintivo de testemunhas de Jeová, em meados de 1931, e isto relacionado com a publicação do livro Vindicação.

QUEM COMISSIONOU O “EZEQUIEL” HODIERNO?

25. De que interesse é que os rabinos judaicos e os clérigos da cristandade não foram os que designaram as testemunhas de Jeová como Ezequiel antitípico, e o que é que importa? Por quê?

25 Não digam os rabinos do judaísmo e os clérigos da cristandade: “Nós não ordenamos nem comissionamos estas testemunhas de Jeová para serem o antítipo moderno do profeta Ezequiel.” Mas, que importa isso? Quem constituiu esses rabinos e clérigos sectários em um corpo religioso para designar os servos oficiais do Deus Altíssimo? Qualquer ordenação e comissão procedente destes religiosos não seria de valor, nem vigoraria neste sentido. O todo-essencial é que alguém ou um grupo de pessoas tenha uma designação e comissão do próprio Deus Altíssimo Jeová. Isto é o que importa. Como Ser Supremo, ele pode passar por cima destes religiosos e decidir por Si mesmo quem está habilitado para a obra especial que Ele deseja que se faça neste “tempo do fim”.

26. Quem foi desconsiderado, na designação de Ezequiel, quanto a ser profeta e testemunha, e procedente de quem reconhecem hoje as testemunhas de Jeová a sua designação?

26 Lá no ano de 613 A. E. C., Jeová passou por cima do Sumo Sacerdote Seraías e do segundo sacerdote Sofonias, no templo em Jerusalém, e designou Ezequiel, filho de Buzi, um subsacerdote, para ser seu profeta na terra de Babilônia, a fim de falar em seu nome e para dar testemunho Dele. (2 Reis 25:18) Jeová disse a Ezequiel, de cima de seu carro celeste: “Filho do homem, envio-te aos filhos de Israel, a nações rebeldes que se rebelaram contra mim.” (Ezequiel 2:3) O mesmo se deu com as testemunhas ungidas e dedicadas de Jeová lá no ano de 1919 E. C. Os fatos desde então provam que receberam sua ordenação, designação e comissão para seu trabalho neste “tempo do fim” do próprio Jeová, mediante sua organização celestial semelhante a um carro. Por isso têm tomado muito a sério sua comissão divina, como sendo a verdadeira coisa bíblica, e têm procurado cumpri-la fielmente, apesar das críticas e das objeções dos clérigos da cristandade.

27. Que pergunta surge quanto aos “filhos de Israel, . . . nações rebeldes”, aos quais foi enviado o Ezequiel hodierno, e que dizer dos judeus naturais lá em 1919 E. C.?

27 Então, quem são os “filhos de Israel, . . . nações rebeldes que se rebelaram contra” Jeová, aos quais o antitípico Ezequiel hodierno é enviado neste “tempo do fim”? Não são os “filhos de Israel” naturais, circuncisos, que procuravam uma Pátria Nacional dos judeus lá no ano 1919 E. C., tendo a Chaim Weizmann por seu líder sionista. Não, mas há um equivalente moderno destes antigos “filhos de Israel, . . . nações rebeldes”.

28. Qual é o equivalente hodierno dos “filhos de Israel, . . . nações rebeldes”, segundo que afirmação religiosa?

28 Este equivalente é a cristandade, que afirma ser um Israel cristão. A cristandade aplicou a si mesma as palavras do apóstolo Paulo em Gálatas 6:15, 16 (Al): “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura. E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.” Por exemplo, no seu “Comentário e Notas Críticas” (edição de 1836 E. C., em inglês), o ministro metodista wesleyano Dr. Adam Clarke faz o seguinte comentário sobre a expressão “O Israel de Deus”: “Os verdadeiros cristãos, chamados aqui Israel de Deus, para distingui-los do Israel segundo a carne. Veja as notas sobre Rom. ii. 29, e Rom. iv. 12.”

29. O que diz Romanos 2:29, e como comenta isso o Dr. Adam Clarke?

29 Romanos 2:29 (Al) reza: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra: cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” Sobre a expressão: “Mas é judeu”, o Dr. Adam Clarke comenta: “Um verdadeiro membro da Igreja de Deus.” Sobre a expressão: “Cujo louvor não provém dos homens”, ele comenta: “Conjeturou-se, com muita probabilidade, que o apóstolo se tenha referido ao significado do nome Judeu ou Judá, יהודה Iehudah, LOUVOR, de ידה Iadah, ele LOUVOU. Este é um verdadeiro israelita, que anda em conformidade com o espírito de sua religião: seus patrícios podem louvá-lo porque é firme na sua profissão da fé judaica; mas Deus o louva, porque entrou no espírito e no desígnio do pacto feito com Abraão, e obteve o fim de sua fé, a salvação de sua alma. Sentimentos semelhantes a estes, sobre o mesmo assunto, podem ser encontrados nos antigos escritores judaicos.”

30. Como se pode dizer que os “filhos de Israel” são “nações”, e como veio a cristandade a corresponder a isso em 1054 E. C.?

30 A cristandade, porém, não tem sido fiel à sua afirmação de ser “o Israel de Deus”. Sua história, desde o quarto século, prova que ela tem sido semelhante aos “filhos de Israel” aos quais Ezequiel foi enviado, “nações rebeldes que se rebelaram contra [Jeová]”. “Nações”? * Sim, porque lá em 997 A. E. C. houve uma revolta contra o governo da linhagem real de Davi, e as doze tribos de Israel foram divididas em dois reinos, o Reino de Israel e o Reino de Judá, e assim veio a haver duas nações da estirpe israelita. Muitos israelitas tementes a Deus abandonaram o rebelde Reino de Israel e se bandearam para o Reino de Judá. Havia também muitos exilados do Reino de Israel nas províncias que o império de Babilônia havia tomado da Assíria. De modo correspondente, na cristandade, houve em 1054 E. C. o rompimento final entre as igrejas gregas e as igrejas latinas, quando os legados do papa romano excomungaram o Patriarca Miguel Cerulário, de Constantinopla.

31. Que divisão adicional ocorreu a partir do século dezesseis, e por que se pode chamar a cristandade corretamente de “nações”?

31 Mais tarde, no século dezesseis, houve uma divisão adicional, quando no ano de 1529 E. C. os seguidores do ex-sacerdote Martinho Lutero estabeleceram o movimento protestante. Mais tarde, em 1534 E. C., o Parlamento inglês passou atas declarando que o rei da Inglaterra, Henrique VIII, seria o Chefe Supremo da Igreja Anglicana, com autoridade para desagravar erros, heresias e abusos na Igreja Anglicana. Depois disso, surgiram centenas de seitas religiosas não-católico-romanas em toda a cristandade. A cristandade pode ser chamada em sentido religioso de “nações”, visto que vários países chamados “cristãos” têm as suas próprias igrejas estatais, nacionais. É a esta cristandade do século vinte que a classe do Ezequiel hodierno foi enviada por Jeová.

NECESSÁRIO DESTEMOR PARA A DESIGNAÇÃO

32. Por que era difícil a missão em que Ezequiel foi enviado, e que expectativa, segundo a predição de Deus, seria de consolo e de força para Ezequiel?

32 Para o Ezequiel da antiguidade, era uma missão difícil na qual Jeová o enviou, sendo ele enviado a um povo “de face insolente e de coração duro”. Para cumprir com a sua missão até o fim, ele precisava que se cumprisse para com ele o significado de seu nome Ezequiel, a saber, “Deus Fortalece”. Na ocasião, talvez não o considerassem nem apreciassem como profeta de Jeová. Mas, quer o ouvissem como tal ou deixassem de ouvi-lo e prestar-lhe atenção, viria a ocasião quando estas pessoas rebeldes chegariam a “saber também que veio a haver mesmo um profeta no seu meio”. Jeová o confirmaria como profeta diante delas por fazer com que se cumprisse o que Ezequiel profetizou. (Ezequiel 2:3-5) A expectativa disso seria de consolo e força para Ezequiel, para que não ficasse desanimado por causa do modo em que estava sendo considerado e tratado no momento.

33. Por que é igualmente difícil a missão dos da classe do Ezequiel hodierno, mas, também, o que precisará a cristandade chegar a saber?

33 Do mesmo modo, a moderna classe de Ezequiel foi enviada numa missão provadora a pessoas religiosas do mesmo tipo como as dos dias de Ezequiel. Mas não importa como a cristandade considera ou encara este grupo de testemunhas ungidas de Jeová, terá de vir o tempo, e isto em breve, quando os que compõem a cristandade saberão que houve realmente um “profeta” de Jeová entre eles.

34. Apesar de que circunstância da casa rebelde de Israel foi Ezequiel mandado falar destemidamente a palavra de Deus, e por que precisa o restante ungido das testemunhas de Jeová também falar com destemor?

34 Gostaríamos de proclamar hoje a mensagem de Jeová entre coisas que nos picassem e entre escorpiões? Isto exigiria muita coragem e confiança Naquele que nos enviasse a fazer isso. Esta era a situação em que Ezequiel foi enviado, segundo as palavras que Jeová lhe disse adicionalmente: “E tu, ó filho do homem, não tenhas medo deles; e não tenhas medo das suas palavras, por haver os obstinados, e coisas que te picam e por estares morando entre escorpiões. Não tenhas medo das suas palavras e não fiques aterrorizado diante das suas faces, pois são uma casa rebelde. E tens de falar-lhes as minhas palavras, quer ouçam quer se refreiem de ouvir, pois são um caso de rebelião.” (Ezequiel 2:6, 7) Os do restante ungido das testemunhas de Jeová verificaram que é exatamente assim desde o ano de 1919 E. C. ao passo que proclamaram destemidamente a palavra de Jeová no meio da cristandade.

35. Como respondeu a cristandade à palavra de Jeová apresentada por todos os meios de comunicação, conforme mostra hoje a condição dela, e, por isso, em que sentido não deve ser imitada a cristandade?

35 A atual condição religiosa da cristandade atesta que ela, rebeldemente, não escutou a palavra das Escrituras Sagradas de Jeová, que lhe foi transmitida por todos os meios de comunicação, por visitas de casa em casa com a página impressa, por discos tocados em vitrolas portáteis, por alto-falantes em carros sonantes, por conferências públicas diretas, por redes de rádio e pela televisão. Apesar da indiferença ou mesmo rebeldia da cristandade, as testemunhas ungidas de Jeová fizeram exatamente conforme Ele mandou que Ezequiel fizesse, dizendo: “E tu, ó filho do homem, ouve o que te falo. Não te tornes rebelde igual à casa rebelde. Abre a tua boca e come o que te dou.” — Ezequiel 2:8.

36. O que se deu a Ezequiel para comer e o que continha para sua informação?

36 O que se deu a comer a Ezequiel? Sua narrativa escrita nos diz: “E comecei a ver, e eis que se estendia para mim uma mão, e eis que havia nela o rolo dum livro. E ele o estendeu diante de mim, aos poucos, e escrevera-se nele na frente e no verso; e estavam escritos nele endechas, e gemidos, e lamúria.” (Ezequiel 2:9, 10) Ezequiel soube, do que estava escrito no rolo, o conteúdo da mensagem que devia transmitir à casa rebelde de Israel, em nome de Jeová.

37. Como foi indicada a plenitude da mensagem a ser transmitida, e por que era esta mensagem a correta a ser transmitida, tanto por Ezequiel como pelas testemunhas de Jeová da atualidade?

37 Visto que não se desperdiçara espaço no rolo, mas se escrevera nele em ambos os lados, na frente e no verso, havia de ser uma mensagem plena a ser proclamada por Ezequiel, contendo muitas endechas sombrias, gemidos e lamúrias. Não seria uma mensagem agradável e não seria nada agradável para Ezequiel ao transmiti-la. Mas, quando pessoas rebeldes se negam a se desviar de seu caminho ímpio, que outra espécie de mensagem senão esta pode-se proclamar para elas? Do mesmo modo, ao passo que as testemunhas ungidas de Jeová, da atualidade, examinaram o livro profético de Ezequiel e as outras partes da Palavra de Jeová, encontraram exatamente tal mensagem para a cristandade.

38. Como se ofereceu o rolo a Ezequiel e que pergunta surge quanto à aceitação dele?

38 A mão que se estendia para Ezequiel, a fim de oferecer-lhe o rolo, era provavelmente a mão que havia por baixo da asa de uma das quatro criaturas querubínicas viventes, que acompanhavam o carro celeste de Jeová. (Ezequiel 1:8) Relata-se mais tarde que a mão de um destes querubins foi usada para colocar fogo na mão do “homem vestido de linho”. (Ezequiel 10:6-8) Mas aceitou Ezequiel o rolo daquela mão, apesar de seu conteúdo revelado, e comeu-o então, tornando-o parte de si mesmo? O que indicou ele, como “sinal” ou “portento” do futuro, que os do restante das testemunhas ungidas de Jeová fariam neste século vinte?

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 2 Por chamar a si mesmo de “Filho do homem”, Jesus Cristo não se identificava diretamente como o Cristo, mas comparava-se com o “filho do homem visto na visão de Daniel 7:13 (Al). Veja também Atos 7:56.

^ parágrafo 12 Citado da Encyclopedia Americana, Volume 17, edição de 1929, página 633.

^ parágrafo 14 O Conselho Federal foi substituído em 1950 pela organização do Conselho Nacional das Igrejas de Cristo nos E.U.A., uma federação de 33 igrejas protestantes e ortodoxas, para a promoção de programas e de orientação de interesse mútuo.

^ parágrafo 26 Veja Federal Council Bulletin, Volume II, N.º 1, do ano de 1919, páginas 12-14.

^ parágrafo 30 Alguns acham que as “nações” aqui se referem às tribos de Judá e de Benjamim, as quais, juntas, constituíam o Reino de Judá. Cada tribo podia ser considerada como nação, segundo Gênesis 35:11, dirigido a Jacó ou Israel.

[Perguntas de Estudo]