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Ressurreição à união num “Jardim do Éden”

Ressurreição à união num “Jardim do Éden”

Capítulo 18

Ressurreição à união num “Jardim do Éden”

1. A ressurreição à vida de uma nação morta, ao seu domínio, precede que outra ressurreição?

A RESSURREIÇÃO à vida duma nação morta, no seu próprio domínio, precede à ressurreição dos bilhões de humanos mortos à vida numa terra paradísica.

2. Com relação àquele que pode milagrosamente reviver uma nação que fizeram Elias e Eliseu, que disse Ana e em que cria Abraão?

2 Quem pode realizar tal milagroso reavivamento duma nação? Há apenas Um que pode fazer isso, Aquele que usou o antigo profeta Elias e seu sucessor Eliseu para ressuscitar os mortos à vida. (1 Reis 17:8-24; 2 Reis 4:11-37; 8:4, 5; Hebreus 11:35) Isto ocorreu no décimo século antes de nossa Era Comum, e, portanto, centenas de anos antes de a cidade de Jerusalém ser destruída pelos babilônios, em 607 A. E. C. Ana, mãe do profeta Samuel, disse sob inspiração ao Ser Divino que a curou da esterilidade: “Jeová é Quem faz morrer e Quem preserva a vida, Quem faz descer ao Seol, e Ele faz subir.” (1 Samuel 2:1, 6) Séculos antes de Ana, seu antepassado Abraão cria no poder de Jeová de fazer coisas mortas viver, e lemos a respeito desta sua fé: “Isto se deu à vista Daquele em quem tinha fé, sim, de Deus, que vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se fossem.” (Romanos 4:17) Ele pode ressuscitar uma nação com a mesma facilidade como pode ressuscitar um homem.

3. Qual era a situação das esperanças dos exilados judeus, o que parecia ser a terra de Babilônia para sua nação, mas, em que pensava Jeová?

3 Depois da destruição de Jerusalém, quando os judeus sobreviventes foram levados a Babilônia, para um exílio de setenta anos, eles eram praticamente uma nação morta. Por não terem tido fé nas profecias da Palavra de Deus, sua esperança de viver novamente como nação unida, na pátria que Deus lhes dera, estava morta para a maioria dos judeus exilados. A terra de Babilônia parecia ser a sepultura de sua nação. Babilônia talvez também pensasse assim. Mas Jeová, que predissera a repovoação dos montes, dos morros e dos vales da então desolada terra de Israel, pensava num milagre. O profeta Ezequiel teve uma visão dele, e ele nos espanta ao nos contar isso nas seguintes palavras:

4. Onde colocou Jeová a Ezequiel, na visão, e o que perguntou a Ezequiel sobre o que este via ali?

4 “A mão de Jeová veio a estar sobre mim, de modo que ele me levou para fora no espírito de Jeová e me pousou no meio do vale plano, e este estava cheio de ossos. E fez-me passar por eles ao redor, e eis que havia muitíssimos na superfície do vale plano, e eis que estavam muito secos. E ele começou a dizer-me: ‘Filho do homem, poderão reviver estes ossos?’ A isto eu disse: ‘[Soberano] Senhor Jeová, tu mesmo o sabes muito bem.’ E ele prosseguiu, dizendo-me: ‘Profetiza a respeito destes ossos, e tens de dizer-lhes: “Ó ossos secos, ouvi a palavra de Jeová.”’” — Ezequiel 37:1-4.

5. O que se poderia pensar hoje em vista de tal ordem?

5 Alguém poderia hoje pensar: Que adianta profetizar a respeito dum vale cheio de ossos secos, espalhados? Como poderiam responder à profecia de um mero homem?

6. Mas, as palavras de quem devia Ezequiel falar ao profetizar, e que poder dinâmico foi demonstrado por esta palavra já muito tempo antes?

6 Mas não nos precipitemos nas conclusões nesta moderna era científica. O que se deve falar na profecia é a palavra de Jeová, e sua palavra tem poder sobre-humano, sobrenatural. Há seis mil anos atrás, ele falou para haver a criação de todas as formas de vida na nossa terra, e ele pode falar para haver a recriação de vida numa terra desolada. (Gênesis 1:11-25) Ouça agora suas palavras dinâmicas:

7. O que disse Jeová àqueles ossos secos, por meio de Ezequiel?

7 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová a estes ossos: ‘Eis que introduzirei fôlego em vós e tereis de reviver. E vou por tendões sobre vós e fazer que venha carne sobre vós, e vou revestir-vos de pele e pôr fôlego em vós, e tereis de reviver; e tereis de saber que eu sou Jeová.’” — Ezequiel 37:5, 6.

8. Revestirem-se os ossos de corpos e soprar-se neles para revivê-los lembra que passos na criação dos primeiros homem e mulher?

8 Isto nos faz perguntar como o Criador fez quando criou uma esposa para o primeiro homem no jardim do Éden, sobre o que lemos: “Por isso, Jeová Deus fez cair um profundo sono sobre o homem, e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das costelas e fechou então a carne sobre o seu lugar. E da costela que havia tirado do homem, Jeová Deus passou a construir uma mulher e a trazê-la ao homem.” (Gênesis 2:21, 22) No entanto, para que mesmo um corpo plenamente formado viva, precisa ter nele fôlego da parte de Jeová. A narrativa a respeito da criação do homem enfatiza este essencial, dizendo: “Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente. Além disso, Jeová Deus plantou um jardim no Éden, do lado do oriente, e ali pôs o homem que havia formado.” (Gênesis 2:7, 8) O mesmo se deu também quando este mesmo Criador introduziu fôlego nestes corpos que reviveram, que ele formou do vale cheio de ossos secos.

9. O que vieram a saber estes ossos secos, quando foram revestidos e receberam novamente vida?

9 Quando estes ossos secos se revestiram de tendões, carne e pele, e receberam o fôlego de vida, forçosamente deviam saber alguma coisa. Sabiam que não se haviam criado ou recriado sozinhos. Deu-se com eles o que seu Criador e Revivificador predissera: “E tereis de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 37:6.

10. Quando Ezequiel profetizou às ordens de Deus, o que aconteceu com aqueles ossos secos, e o que fez Jeová, que é impossível para os cientistas?

10 Jeová é o Deus Todo-poderoso, porque ele pode fazer o que para nós homens, neste século vinte, é impossível. Por isso não devemos pensar que estamos observando uma visão impossível, ao Ezequiel nos dizer o que se seguiu, ao obedecer ele em fé ao Deus Todo-poderoso: “E eu profetizei assim como fora mandado. E assim que profetizei veio a haver um ruído, e eis que havia um som retinente, e os ossos começaram a chegar-se osso a osso. E eu vi, e eis que vieram sobre eles os próprios tendões e a própria carne, e começaram a ser revestidos de pele por cima. Mas, quanto a fôlego, não havia neles nenhum.” (Ezequiel 37:7, 8) Os cientistas sabem hoje como juntar um esqueleto humano, mas não podem revestir de tendões e de carne os ossos reconstituídos e colocar neles os órgãos vitais. Mas Jeová se retrata aqui como podendo realizar o impossível!

11. O que se mandou que Ezequiel dissesse ao profetizar para o vento?

11 “E ele prosseguiu”, diz Ezequiel, “dizendo-me: ‘Profetiza ao vento. Profetiza, ó filho do homem, e tens de dizer ao vento: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Entra dos quatro ventos, ó vento, e sopra sobre estes mortos para que revivam.’”’” — Ezequiel 37:9.

12. Quando Ezequiel profetizou assim para o vento, o que aconteceu?

12 Ezequiel não chamou um vento poluído para soprar sobre aqueles corpos humanos reconstituídos, para que seus pulmões começassem a funcionar, a fim de que vivessem. Jeová esperou que Ezequiel profetizasse antes de reativar aqueles corpos milagrosamente formados, pois lemos: “E profetizei assim como me mandara, e passou a entrar fôlego neles, e começaram a viver e a por-se de pé, uma força militar muitíssimo grande.” — Ezequiel 37:10.

OS REPRESENTADOS PELOS REVIVIFICADOS

13. O que é indicado por se chamar aqueles corpos revivificados de “força militar muitíssimo grande”?

13 Visto que se fala de todos estes corpos reanimados como sendo uma “força militar” ou um exército, indica-se que não eram fracalhões; eram pessoas vigorosas, aptas para o serviço militar. Mas a quem representavam todos estes “mortos” que Ezequiel viu revivificados na visão? Ezequiel nos conta a própria explicação de Deus, dizendo:

14. Quem foi identificado por Jeová como sendo “estes mortos”, e o que disse que faria para eles?

14 “E ele prosseguiu, dizendo-me: ‘Filho do homem, no que se refere a estes ossos, são a casa inteira de Israel. Eis que estão dizendo: “Nossos ossos ficaram secos e nossa esperança pereceu. Fomos cerceados, ficando sozinhos.” Por isso profetiza, e tens de dizer-lhes: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eis que estou abrindo as vossas sepulturas e vou fazer-vos subir das vossas sepulturas, ó meu povo, e vou fazer-vos chegar ao solo de Israel. E tereis de saber que eu sou Jeová, quando eu abrir as vossas sepulturas e quando vos fizer subir das vossas sepulturas, ó meu povo.’ ‘E vou por em vós o meu espírito e tereis de reviver, e vou estabelecer-vos sobre o vosso solo; e tereis de saber que eu, Jeová, é que falei e fiz isso”, é a pronunciação de Jeová.’” — Ezequiel 37:11-14.

15. Que parte tinha Ezequiel na reanimação daqueles judeus sem esperança, mas que papel desempenhou Jeová em fazê-los voltar ao “solo de Israel”?

15 De modo que os judeus exilados, então inclinados ao desespero, haviam de ficar reanimados com uma nova esperança baseada na palavra inquebrantável de Jeová. Ezequiel, como porta-voz de Jeová, por meio de sua profecia, havia de ter parte na revivificação daqueles israelitas deprimidos, com a esperança dum restabelecimento à sua querida pátria, centenas de quilômetros distante. Mas seria Jeová quem, por dar seu espírito santo aos israelitas arrependidos, realmente os reorganizaria e os vivificaria, dando-lhes avidez e disposição para serem restabelecidos no seu próprio solo, no tempo devido de Jeová. Seria Ele quem abriria milagrosamente o caminho para que saíssem de suas “sepulturas” na terra de Babilônia e voltassem ao “solo de Israel”.

16. Quantos deviam participar na oportunidade do repatriamento, e como prova isso que a afirmação dos israelitas britânicos não tem fundamento?

16 A “casa inteira de Israel” havia de participar nesta oportunidade de ser repatriada. Uma vez que isto significava todas as tribos de Israel, inclusive as dez tribos que estabeleceram o reino setentrional de Israel, tira-se a base para a alegação dos religiosos israelitas britânicos que acham que aquelas “dez tribos” se perderam no território assírio para o qual foram deportados e que estes israelitas britânicos são realmente estas tribos, que ressurgiram novamente.

17. Tinham aqueles israelitas depois motivos para saber que Jeová havia cumprido o que dissera, e no decreto do Rei Ciro a favor deles, a quem atribuiu ele a responsabilidade pela ação?

17 Jeová havia falado isso por meio de seus profetas, inclusive por Ezequiel. Tiveram os israelitas de saber depois que Jeová realmente fez isso, fiel à sua palavra falada? A história registrada responde que sim! Ele usou o predito Ciro, o Persa, para causar a queda surpreendente de Babilônia diante dos medos e dos persas, numa noite de outono de 539 A. E. C. No segundo ano depois disso, a saber, em 537 A. E. C., o Rei Ciro, o Vencedor, emitiu seu decreto libertando os israelitas do exílio em Babilônia e deixando-os voltar a Jerusalém para reconstruir o templo de seu Deus. Agora, vejamos a quem Ciro atribuiu a responsabilidade disso, na seguinte narrativa:

“Para se cumprir a palavra de Jeová pela boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus sábados. Todos os dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir setenta anos.

“E no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se consumasse a palavra de Jeová pela boca de Jeremias, Jeová despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que fez passar uma proclamação através de todo o seu reino, e também por escrito, dizendo: ‘Assim disse Ciro, rei da Pérsia: “Jeová, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e ele mesmo me comissionou para lhe construir uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem dentre vós for de todo o seu povo, esteja com ele Jeová, seu Deus. Portanto, que suba!’”

Estas palavras de 2 Crônicas 36:21-23 não dizem por que devia subir. Mas as palavras de Esdras 1:1-4 complementam o decreto de Ciro, dizendo:

“Portanto, suba ele a Jerusalém, que está em Judá, e reconstrua a casa de Jeová, o Deus de Israel — ele é o verdadeiro Deus — que havia em Jerusalém. Quanto a todo aquele que restou de todos os lugares onde reside como forasteiro, auxiliem-no os homens do seu lugar com prata, e com ouro, e com bens, e com animais domésticos, junto com a oferta voluntária para a casa do verdadeiro Deus, que havia em Jerusalém.”

18. Em vista da fraseologia do decreto de Ciro, o que sabiam os israelitas a respeito de seu Deus, e quantos aproveitaram a oportunidade de repovoar a pátria desolada?

18 Quando Ciro, o Grande, rei da Pérsia, associou assim Jeová com este acontecimento inesperado e incomum, como era possível que os israelitas deixassem de saber que era Jeová quem lhes abria as sepulturas em Babilônia e os trazia para fora vivos, para mais atividade no seu serviço e adoração na sua pátria desolada? Ajudados por israelitas simpatizantes, que então não podiam convenientemente sair de Babilônia, 42.360 israelitas corresponderam ao espírito derramado de Jeová e animaram-se para a oportunidade de repovoar os morros, os montes e os vales do solo de Israel, para reconstruir Jerusalém e seu templo e para restabelecer ali a adoração de Jeová, para a glória do Seu nome no campo internacional. Mais de 7.500 escravos não-israelitas e cantores profissionais aceitaram o privilégio de acompanhá-los para o serviço unido de Jeová. (Esdras 2:64-67) Era deveras como “uma força militar muitíssimo grande”. — Ezequiel 37:10.

19. Além da própria visão, que mais relacionado com ela era também profético, e como foi isto retratado no último livro da Bíblia?

19 O cumprimento histórico da visão de Ezequiel a respeito do vale plano cheio de ossos secos foi tão profético como a própria visão. Teve seu cumprimento adicional em nosso século vinte. Este cumprimento é indicado como estando prestes a ocorrer, no último livro bíblico, escrito por volta de 96 E. C., ou mais de sete séculos depois da visão de Ezequiel. Notemos como se representa ali a revivificação dos israelitas espirituais:

“E quando tiverem terminado seu testemunho, a fera que ascende do abismo [a terceira cabeça desta fera de sete cabeças, representando a Potência Mundial Babilônica] far-lhes-á guerra, e as vencerá, e as matará e os seus cadáveres jazerão na rua larga da grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi pendurado numa estaca. E os dos povos, e tribos, e línguas, e nações olharão para os seus cadáveres por três dias e meio, e não deixam que os seus cadáveres sejam colocados num túmulo. E os que moram na terra alegram-se por causa deles e regalam-se, e enviarão dádivas uns aos outros, porque estes dois profetas atormentavam os que moram na terra.

“E depois dos três dias e meio entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os observavam. E ouviram uma voz alta dizer-lhes desde o céu: ‘Subi para cá.’ E subiram para o céu, numa nuvem, e seus inimigos os observavam.” — Revelação 11:7-12.

20. Como se cumpriu este quadro de Revelação, e em que período de tempo se deu isso, como que com a ascensão de “duas testemunhas”, ao céu?

20 No cumprimento moderno deste quadro profético, os do restante dos israelitas espirituais, cristãos, foram mortos, no que se refere a profetizarem e darem testemunho livre e publicamente, no auge da perseguição internacional movida contra eles no último ano da Primeira Guerra Mundial. Passaram para uma condição espiritual semelhante à dos ossos secos vistos por Ezequiel no vale plano, em Babilônia. (Gênesis 11:2-9) Não permaneceram por tanto tempo nesta condição como os setenta anos que os antigos israelitas permaneceram no exílio em Babilônia, mas o tempo foi representado como sendo de três dias e meio, o bastante para o cadáver estar em rigor mortis, em rigidez cadavérica. De modo que já no fim do primeiro trimestre do ano seguinte (1919 E. C.), entrou neles “espírito de vida da parte de Deus” e ressuscitou-os para uma nova atividade pública, vigorosa, na pregação destas “boas novas do reino” em escala internacional. (Mateus 24:14) ‘Subirem para o céu numa nuvem’ certamente indicava que estavam religiosamente separados da “grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito”, que é a antitípica Jerusalém ou a cristandade, o membro religioso predominante de Babilônia, a Grande. Abandonaram aquele império mundial da religião falsa.

21. A quem vieram os do restante do Israel espiritual a reconhecer como sendo aquele que os tirou de sua sepultura em Babilônia, a Grande, e como tiveram de imitar os antigos israelitas para fazer de seu domínio um Paraíso espiritual?

21 Os do restante libertado dos israelitas espirituais vieram a saber definitivamente que foi Jeová quem abriu suas “sepulturas” em Babilônia, a Grande, e os tirou de lá espiritualmente vivos, para restabelecê-los no seu devido domínio espiritual nesta terra dilacerada pela guerra. No caso de seus antigos protótipos, os israelitas restabelecidos tinham de trabalhar arduamente para cultivar o solo de Israel, desolado por tanto tempo, a fim de levá-lo ao estado que fez com que os observadores dissessem: “Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden.” (Ezequiel 36:35) Do mesmo modo também os do restante restabelecido dos israelitas espirituais tiveram de trabalhar arduamente no cultivo dos “frutos do espírito” e na produção dos “frutos” do reino de Deus, a fim de que seu domínio do após-guerra se tornasse “como o jardim do Éden”, um Paraíso espiritual. (Gálatas 5:22, 23; Mateus 21:43) Isto exigiu um esforço unido da sua parte. Jeová mandou que Ezequiel retratasse com uma bela ilustração que haveria tal união interna da organização, do seguinte modo:

22. Que ilustração se mandou Ezequiel encenar, para mostrar a unificação do restante israelita, e que explicação disso deu Jeová?

22 “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘E quanto a ti, ó filho do homem, toma para ti uma vareta e escreve nela: “Para Judá e para os filhos de Israel, seus associados.” E toma outra vareta e escreve nela: “Para José, a vareta de Efraim, e para toda a casa de Israel, seus associados.” E faze chegar uma à outra para serem para ti uma só vareta, e elas realmente se tornarão uma só na tua mão. E quando os filhos do teu povo começarem a dizer-te: “Não nos contarás o que significam estas coisas para ti?” fala-lhes: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eis que tomo a vareta de José, que está na mão de Efraim, e as tribos de Israel, seus associados, e vou pô-las sobre ela, isto é, sobre a vareta de Judá, e realmente farei delas uma só vareta e terão de tornar-se uma só na minha mão.’” E as varetas em que escreverás terão de vir a estar na tua mão diante dos seus olhos.’” — Ezequiel 37:15-20.

RESTABELECIDA A UNIÃO INTERNA DA ORGANIZAÇÃO

23. Por que eram apropriadas as marcações nas duas varetas, em harmonia com a história?

23 A tribo de Efraim descendia de José, filho de Jacó (Israel). As dez tribos que se revoltaram contra a casa real de Davi após a morte do Rei Salomão incluíam a tribo de Efraim, sua tribo mais poderosa. O primeiro rei do novo Reino de Israel de dez tribos era desta tribo, a saber, “Jeroboão, filho de Nebate, efraimita”. (1 Reis 11:26 a 12:25) Apropriadamente, pois, uma vareta foi inscrita por Ezequiel para representar os exilados daquele reino caído. A tribo de Judá, junto com a tribo de Benjamin e os sacerdotes e levitas permaneceram leais à família real de Davi. A outra vareta foi devidamente inscrita por Ezequiel para representar os exilados do recém-caído Reino de Judá. Profeticamente, as duas varetas foram unidas na mão de Ezequiel, quer por apenas serem seguradas juntas na sua mão, quer por se fundirem milagrosamente. O que predizia isso?

24. Como explicou Jeová o significado de se reunir as varetas na mão de Ezequiel?

24 Jeová disse a Ezequiel o que ele pensava neste respeito: “E fala-lhes: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Eis que tomo os filhos de Israel dentre as nações às quais foram e vou reuni-los de todo o redor e trazê-los ao seu solo. E realmente farei deles uma só nação no país, nos montes de Israel, e um só rei é o que todos eles virão a ter como rei, e não mais continuarão a ser duas nações, nem mais ficarão divididos em dois reinos. E eles não mais se aviltarão com os seus ídolos sórdidos, e com as suas coisas repugnantes, e com todas as suas transgressões; e eu hei de salvá-los de todos os seus lugares de morada em que pecaram e vou purificá-los, e terão de tornar-se meu povo e eu mesmo me tornarei seu Deus.”’” — Ezequiel 37:21-23.

25. Que evidência surgiu em 2 A. E. C. para mostrar que não havia “dez tribos perdidas de Israel”, e quem foi identificado ali como sendo o futuro “um só rei” sobre todo o Israel?

25 Portanto, não havia “dez tribos perdidas de Israel” que ficassem atrás nos territórios da Babilônia caída. Membros de todas as doze tribos originais de Israel voltaram ao solo de Israel depois do decreto de libertação do Rei Ciro, em 537 A. E. C. Por conseguinte, no ano 2 A. E. C., quando o menino Jesus, de quarenta dias de idade, foi levado ao templo reconstruído em Jerusalém, havia ali um membro da anterior tribo rebelde de Aser, e Deus se agradou em usá-la como profetisa. Quem era ela? Ana, a filha de Fanuel. (Lucas 2:36-38) Aquele a respeito de quem Ana profetizou então, a saber, Jesus, era quem se havia de tornar o “um só rei” que estaria sobre as doze tribos reunidas de Israel.

26. No dia de Pentecostes, quem devia saber que Deus fizera de Jesus “tanto Senhor como Cristo”, conforme disse Pedro?

26 Foi por isso bastante correto que o apóstolo cristão Simão Pedro, no dia de Pentecostes, trinta e três anos mais tarde, dissesse a uma multidão de milhares de Israelitas, em Jerusalém, a respeito do ressuscitado Jesus, que havia subido ao céu: “Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” (Atos 2:36) Por meio dele podiam ser reconciliados com Jeová, seu Deus.

27. Quando foi este empossado por Jeová como rei com o “direito legal”?

27 No fim dos “tempos designados das nações”, no ano 1914 E. C., Jeová empossou a Jesus Cristo como rei nos céus, para reinar como descendente de Davi que tinha o “direito legal” à coroa real. — Ezequiel 21:25-27; Lucas 21:24.

28. Que esforços se fizeram para romper a união dos do restante do Israel espiritual, e, em 1919 E. C., debaixo de quem se uniram como sendo seu “um só rei” designado por Jeová?

28 O restante ungido do Israel espiritual tinha de se unir sob ele como seu “um só rei” por designação de Jeová. Durante a Primeira Guerra Mundial, depois da morte do primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), em 31 de outubro de 1916, certos ambiciosos na Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia fizeram esforços para desfazer a união do restante, dividindo-o em diversas seitas religiosas. Mas os membros fiéis do restante resistiram às diversas pressões para com a desunião e o sectarismo, tais como prevalecem na cristandade. Daí, no ano de libertação de 1919, os sobreviventes fiéis da Primeira Guerra Mundial reuniram-se com um só objetivo, a saber, ser leais ao Rei reinante de Jeová, Jesus Cristo, e pregar em todo o mundo “estas boas novas do reino”. Jeová perdoou-lhes as transgressões e purificou-os dos “ídolos sórdidos” do nacionalismo mundial e de outras coisas religiosas, repugnante.

29. Antes de sua morte, como orou Jesus com seus apóstolos a favor da união do Israel espiritual, e alcançou-se ela agora?

29 Antes de Jesus Cristo sofrer sua morte sacrificial, ele orou com seus fiéis apóstolos a favor desta união entre todos os verdadeiros israelitas espirituais, dizendo: “Faço solicitação, não somente a respeito destes, mas também a respeito daqueles que depositam fé em mim por intermédio da palavra deles; a fim de que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em união comigo e eu estou em união contigo, para que eles também estejam em união conosco, a fim de que o mundo acredite que me enviaste. Também, eu lhes tenho dado a glória que tu me tens dado, a fim de que sejam um, assim como nós somos um.’ (João 17:20-22) Aquilo que Jesus pediu em oração foi conseguido agora no Israel espiritual.

30. Desde 1935 E. C., quem se tem unido aos do restante ungido debaixo do “um só rei”, e o que se tornaram todos eles juntos?

30 Não só isso, mas desde 1935 E. C., os da “grande multidão” das “outras ovelhas” mencionadas por Jesus venceram as barreiras e diferenças raciais, nacionais, tribais e lingüísticas, e, iguais aos mais de 7.500 não-israelitas que deixaram Babilônia junto com o restante voltando à pátria, uniram-se com os do restante ungido do Israel espiritual para servir o “um só rei” de Jeová, Jesus Cristo. Hoje em dia, todos eles, os do restante e os das “outras ovelhas”, tornaram-se “um só rebanho” debaixo de “um só pastor”. — Revelação 7:9-17; Esdras 2:64, 65; João 10:11-16.

31. De quem disse Jeová que o constituiria rei sobre seu povo restabelecido, e onde devia morar este povo?

31 Que esta condição unificada sob o “um só rei” e o “um só pastor” resultaria em paz dentro do espiritual “jardim do Éden”, desde o ano de 1919 E. C., foi predito por Jeová, quando ele passou a dizer ao seu profeta Ezequiel: “E meu servo Davi será rei sobre eles e todos eles virão a ter um só pastor; e andarão nas minhas decisões judiciais e guardarão os meus estatutos, e certamente os cumprirão. E realmente hão de morar na terra que dei ao meu servo, a Jacó, na qual moravam os vossos antepassados, e realmente hão de morar nela, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, por tempo indefinido, e Davi, meu servo, será seu maioral por tempo indefinido.

32. Que espécie de pacto celebraria Jeová com seu povo restabelecido, e por se por o que no meio deles saberiam as nações que Ele estava santificando seu povo restabelecido?

32 “E vou concluir com eles um pacto de paz; um pacto de duração indefinida é que virá a haver com eles. E vou estabelecê-los e multiplicá-los, e vou pôr meu santuário no seu meio por tempo indefinido. E meu tabernáculo virá realmente a estar sobre eles, e hei de tornar-me seu Deus e eles mesmos se tornarão meu povo. E as nações terão de saber que eu, Jeová, estou santificando Israel, quando meu santuário vier a estar no seu meio por tempo indefinido.” — Ezequiel 37:24-28.

33. Como se produziu a paz do pacto de Jeová entre Seu povo restabelecido, qual é a evidência de que se pôs o santuário dele no seu meio e de que modo se ergue sobre eles o tabernáculo Dele?

33 Jeová deu seu Rei reinante Jesus Cristo como “pacto” ou solene promessa garantida de paz entre todos os seus súditos obedientes. Jeová, por meio de seu espírito, que produz os frutos de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura e autodomínio, removeu toda a ferocidade animalesca da personalidade de seu povo restabelecido. Seu santuário, como representando a adoração pura, cristã, está entre estes firmes aderentes à sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada. Seu tabernáculo de proteção divina e de relação familiar ergue-se sobre eles. Para todos os observadores sinceros é bem evidente que estes súditos dedicados e batizados do Rei reinante tornaram-se o povo de Jeová, pois, abandonaram realmente todas as formas mundanas de idolatria e tomaram a Jeová por único Deus a quem adoram. — Isaías 42:6; 49:8; Oséias 2:18-20; Miquéias 4:1-5.

34. Visto que o tabernáculo de Jeová mostra estar no meio destes súditos de Seu Rei reinante, o que viriam as nações a saber a respeito destas testemunhas cristãs de Jeová?

34 Embora estes súditos devotos do Rei reinante de Jeová não façam parte deste mundo que não é pacífico, ainda assim estão nele fisicamente. (João 17:14-16; 15:19) Por isso, as nações mundanas da atualidade estão observando algo; estão chegando a saber algo sobre estas testemunhas cristãs de Jeová. O que é? Que seu Deus é um Deus vivente, superior a todas as nações da humanidade, e que ele deve estar habitando ou morando entre eles, visto que faz para eles o que Sua Bíblia predisse. Sim, e que também os santifica notavelmente, tornando-os santos, puros, moral e religiosamente diferentes dos demais da humanidade. O único que pode fazer isso é o Deus vivente e verdadeiro, e é Ele quem se chama Jeová. — Salmo 83:18.

[Perguntas de Estudo]