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Seu próprio povo tinha de saber quem Ele é

Seu próprio povo tinha de saber quem Ele é

Capítulo 2

Seu próprio povo tinha de saber quem Ele é

1. Em vista do desastre dos egípcios e do triunfo de seus anteriores escravos, o que veio a saber cada nação respectiva?

O EGITO, de fato, deve ter sofrido uma queda como principal potência militar daqueles tempos antigos. Quando as notícias deste desastre atingiram os egípcios que ficaram em casa, eles devem ter sabido, por fim, que o Deus de seus ex-escravos era Jeová, o único Deus vivente e verdadeiro. Quanto aos israelitas libertos, nesta hora triunfante, podiam apreciar o que seu Deus dissera a Moisés a respeito deles: “Certamente vos tomarei para mim como um povo e deveras mostrarei ser Deus para vós; e sabereis certamente que eu sou Jeová, vosso Deus, que vos faz sair de debaixo dos fardos do Egito.” (Êxodo 6:7) Podiam então apreciar o nome de Deus dum modo como nem seus antepassados puderam apreciar, assim como Ele dissera também a Moisés: “Eu sou o SENHOR. Eu apareci a Abraão, Isaque e Jacó como Deus Todo-poderoso. Mas não me dei a conhecer a eles pelo meu nome JEOVÁ.” — Êxodo 6:2, 3, NEB; veja VB; PIB.

2. Para com quem tinham os israelitas libertos então a obrigação de se tornar testemunhas, e a respeito de quê?

2 Recaía então sobre aqueles israelitas libertos a responsabilidade de servirem como testemunhas perante seus descendentes. Passavam a ter a obrigação de servir como testemunhas de Jeová perante seus descendentes, assim como ele dissera a Moisés antes de golpear o Egito com a oitava praga, a praga dos gafanhotos: “Entra até Faraó porque eu é que deixei seu coração e o coração de seus servos ficar insensível para por estes meus sinais diretamente na frente dele, e para que declares aos ouvidos de teu filho e do filho de teu filho quão severamente lidei com o Egito e meus sinais que estabeleci entre eles; e sabereis certamente que eu sou Jeová.” (Êxodo 10:1, 2) Ele tinha então bons motivos para dizer àquela nação, por meio de seu profeta Isaías, cerca de oitocentos anos depois:

3. Para dizer o que, em Isaías 43:1-12, à nação liberta, tinha então Jeová bons motivos?

3 “E agora, assim disse Jeová, teu Criador, ó Jacó e teu Formador, ó Israel: ‘Não tenhas medo, porque eu te resgatei. Eu te chamei pelo teu nome. Tu és meu. Se passares pelas águas, vou estar contigo; e pelos rios, eles não passarão por cima de ti. Se andares através do fogo, não ficarás chamuscado, nem te crestará a própria chama. Porque eu sou Jeová, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador. . . . Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo. Antes de mim não foi formado nenhum Deus [pelas nações idólatras] e depois de mim continuou a não haver nenhum. Eu é que sou Jeová, e além de mim não há salvador. Eu mesmo o comuniquei, e salvei, e fiz que fosse ouvido, quando entre vós não havia nenhum Deus estranho. Portanto, vós sois as minhas testemunhas, é a pronunciação de Jeová, ‘e eu sou Deus’.” — Isaías 43:1-12.

4. Durante a sua longa viagem através do ermo ardente, o que aprenderam os israelitas sobre quem era seu Provedor, e de que modo?

4 Conforme veio a acontecer, a nação liberta de Israel ainda tinha de atravessar o deserto ardente no seu caminho para a Terra da Promessa. Visto que este ermo não era nenhuma “terra de leite e mel”, conforme se dizia da Terra da Promessa, a nação de suas testemunhas precisava chegar a conhecer a Jeová como Aquele que podia suprir suas necessidades ao longo do caminho. Pense na provisão de alimento e de água a vários milhões de pessoas e seu gado, lá no ermo da península de Sinai! Cerca de um mês depois de terem saído do Egito e quando o povo estava disposto a murmurar a respeito da questão do alimento, Jeová declarou que não permitiria que seu nome fosse vituperado neste respeito, dizendo a Moisés: “Tenho ouvido os resmungos dos filhos do Israel. Fala-lhes, dizendo: ‘Entre as duas noitinhas comereis carne e de manhã vos fartareis de pão; e sabereis certamente que eu sou Jeová, vosso Deus.’” Assim chegaram a conhecê-lo como seu Provedor e sustentador, quando lhes forneceu uma abundância de codornizes à noitinha e o maná milagroso de manhã. (Êxodo 16:1-18) Durante as quatro décadas de sua jornada para a Terra da Promessa, de leite e mel, Jeová proveu-lhes regularmente o maná sustentador da vida. Não se tratava dum pão comum.

5, 6. O que deviam ter passado a saber em vista da provisão de Deus para Israel no ermo, e, contudo, no fim de sua jornada, o que se podia dizer a respeito de seu coração, de seus olhos e de seus ouvidos?

5 Que diríamos nós, hoje, se tivéssemos quarenta anos de tratos particulares com Deus, nosso Criador, assim como os israelitas tiveram lá naquele tempo, naquele ermo do Oriente Médio? Ficaria nosso coração cheio de afeto por causa do conhecimento que Deus transmite? Chegariam nossos olhos ao ponto de ver com entendimento e apreço o que Deus está fazendo e ouviriam nossos ouvidos o que Deus diz, com a inclinação de obedecer? Sentiríamos então que conhecemos a Deus, nosso Criador? Deveria ser assim. Contudo, perto do fim dos quarenta anos de peregrinação no ermo, o profeta Moisés resumiu o efeito dos tratos de Deus com os israelitas, quando lhes disse:

6 “Contudo, Jeová não vos deu um coração para saber e olhos para ver, e ouvidos para ouvir até o dia de hoje. ‘Enquanto eu vos guiava por quarenta anos no ermo, vossos mantos não se gastaram sobre vós, e tua sandália não se gastou no teu pé. Não comestes pão nem tomastes vinho e bebida inebriante, a fim de que soubésseis que eu sou Jeová, vosso Deus.’” — Deuteronômio 29:1-6.

7, 8. Em Refidim, no ermo, como ficaram os israelitas sabendo quem era seu Protetor, e como é isto confirmado pelo nome do altar recém-construído?

7 Logo no início destes quarenta anos de experiência íntima com Deus, eles deviam ter aprendido a conhecê-lo como seu Protetor contra inimigos violentos. No segundo mês de sua jornada no ermo, por etapas, chegaram a Refidim. Ali poderiam ter observado que, embora eles mesmos lutassem em defesa própria, foi seu Deus quem lhes deu a vitória sobre os seus inimigos. Como? O que aconteceu ali? Vejamos:

8 “Então veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim. Disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã estarei eu no cume do outeiro, tendo na mão a vara de Deus. Assim fez Josué como Moisés lhe dissera, e pelejou contra Amaleque; e Moisés, Aarão e Hur subiram ao cume do outeiro. Quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Porém as mãos de Moisés eram pesadas; tomando, pois, uma pedra, puseram-na por baixo dele, e nela se assentou. Aarão e Hur sustentavam-lhe as mãos, estando um de um lado e o outro do outro; assim ficaram firmes as mãos até o por-do-sol. Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo ao fio da espada. Então disse Jeová a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e fazei-o ouvir a Josué; porque eu hei de extinguir totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu. Moisés edificou um altar, e pôs-lhe este nome: Jeová-Nissi; e disse: Jeová jurou isto: Jeová fará guerra contra Amaleque de geração em geração.” — Êxodo 17:8-16, VB. (O nome “Jeová-Nissi” significa “Jeová É Meu Poste de Sinal”.)

9. Segundo a história posterior dos amalequitas, a quem é melhor ajuntar-se como a um Poste de Sinal?

9 Conforme mostra a história, levou gerações, de fato, séculos, para exterminar os últimos amalequitas, inimigos tradicionais do povo de Deus. A decisão de Jeová contra eles não foi frustrada. Portanto, a história prova que é melhor ajuntarmo-nos a Jeová como nosso Poste de Sinal do que ir em ajuda dos que são inimigos Dele e de seu povo. Faremos isso se o conhecermos.

A ESPÉCIE DE DEUS QUE ELE É

10. Junto ao monte Sinai, o que mostrou que a situação era crítica, em vista da violação do Primeiro e do Segundo dos Mandamentos?

10 Todos estes acontecimentos históricos ajudam-nos a apreciar que espécie de Deus este Jeová é. Em certa ocasião crítica, ele forneceu a Moisés uma descrição da espécie de Deus que ele é. Isto aconteceu aproximadamente no quarto mês depois de os israelitas terem saído da escravidão no Egito. Enquanto ainda estavam junto ao monte Sinai, milhares de israelitas violaram os primeiros dois dos Dez Mandamentos, cometendo idolatria com um bezerro de ouro. Moisés, como mediador da nação, teve de interceder por ela, a fim de assegurar que a presença de Deus continuasse com eles na sua jornada através do ermo. Daí, enquanto estava no monte, junto com o anjo de Deus, Moisés fez um pedido, e Deus favoreceu Moisés com uma Revelação especial a respeito do Nome divino. Lemos sobre isso:

11. A pedido de Moisés, lá no monte, que proclamação se fez a respeito do nome de Deus?

11 “E Moisés orou: ‘Mostra-me a tua glória.’ O SENHOR respondeu: ‘Farei toda a minha bondade passar diante de ti e pronunciarei aos teus ouvidos o Nome JEOVÁ. Serei clemente para com quem eu for clemente e terei compaixão para com quem eu tiver compaixão.’ . . . E o SENHOR desceu na nuvem e parou ao lado dele, e pronunciou o Nome JEOVÁ. Daí, o SENHOR passou diante dele e clamou alto: ‘JEOVÁ, o SENHOR, Deus compassivo e clemente, longânime, sempre constante e veraz, mantendo a constância para com milhares, perdoando a iniqüidade, a rebelião e o pecado, e não arrasando completamente os culpados; mas que pune os filhos e os netos até a terceira e a quarta geração pela iniqüidade de seus pais!”’ — Êxodo 33:18 a 34:7, NEB; também VB; veja Al. (Na versão NEB a expressão “O SENHOR” também representa o nome hebraico de Deus, “Jeová”.) Veja também Atos 7:37, 38, 53; Gálatas 3:19.

12. O que pode tal Deus mandar com justiça que todas as suas criaturas lhe devem prestar, e que arranjos se fizeram para isso entre os israelitas no ermo?

12 Estas qualidades citadas distinguem a Jeová de todos os outros chamados deuses, adorados por homens e nações. Moisés ficou profundamente comovido a adorar um Deus assim como Jeová. Qual a pessoa razoável, com o devido apreço, que não gostaria de adorar um Deus assim como Jeová é? Ele merece ser adorado. Ele tem o direito exclusivo e justo de ordenar que seja adorado por todas as suas criaturas no céu e na terra. Ele exigiu a adoração dos israelitas que havia liberto do Egito opressivo. Mandou construir uma tenda sagrada de reunião, na qual seu povo escolhido podia adorá-lo lá no ermo. Proveu-lhe um sacerdócio na família de Arão, irmão de Moisés. Prescreveu uma lista de sacrifícios que podiam oferecer-lhe em certas ocasiões e por certos motivos, sacrifícios que tinham um significado especial e apontavam para o Grande Sacrifício que Jeová proveria no tempo devido, para tirar o pecado de todo o mundo da humanidade. A respeito desta tenda sagrada de reunião e seu sacerdócio, Deus disse a Moisés:

13. Por Deus santificar a tenda de reunião, seu altar e seu sacerdócio, o que viriam a saber os israelitas?

13 “E ali vou apresentar-me aos filhos de Israel, e ele certamente será santificado pela minha glória. E vou santificar a tenda de reunião e o altar; e santificarei Arão e seus filhos, a fim de atuarem para mim como sacerdotes. E vou residir no meio dos filhos de Israel e vou mostrar-me seu Deus. E saberão certamente que eu sou Jeová, seu Deus, que os fiz sair da terra do Egito para residir no meio deles. Eu sou Jeová, seu Deus.” — Êxodo 29:43-46.

14. Séculos depois, o que substituiu aquela tenda de reunião e a favor de que orou seu construtor?

14 Esta tenda portátil de reunião foi substituída, séculos depois, por um templo fixo, construído no monte Moriá, na cidade de Jerusalém. O Rei Salomão, filho de Davi, de Belém, foi o construtor dele, durante os anos 1034-1027 antes de nossa Era Comum. Jeová santificou este templo como lugar de adoração, assim como tinha feito com a tenda de reunião construída por Moisés. (1 Reis 6:1-38) O Rei Salomão orou para que fosse assim, e lemos a respeito da resposta divina à sua oração, em 1 Reis 9:2, 3:

15. Com que palavras respondeu Jeová à oração de Salomão a respeito do templo?

15 “Então Jeová apareceu a Salomão pela segunda vez, assim como lhe havia aparecido em Gibeão. E Jeová passou a dizer-lhe: ‘Ouvi a tua oração e o teu pedido de favor com que pediste um favor diante de mim. Santifiquei esta casa que construíste, pondo ali meu nome por tempo indefinido; e meus olhos e meu coração certamente mostrarão estar ali para sempre.”’

16. Quem se interessava corretamente no que se fazia ali naquele templo, e por quê?

16 Por este motivo, o nome de Jeová ficou associado com aquele templo em Jerusalém, e até mesmo nações longínquas vieram a saber disso. Apropriadamente, Jeová estava muito interessado no que se fazia ali naquele templo, visto que refletiria sobre o seu santo nome. Profanar alguém seu templo não era uma ofensa de somenos importância.

ISRAEL E SÍRIA FORAM OBRIGADOS A SABER QUEM ELE É

17. Que novo reino foi estabelecido por causa da infidelidade de Salomão, e como lhe deu Jeová ainda motivos de saber quem ele é?

17 Visto que o construtor do templo, o Rei Salomão, na sua velhice, tornou-se infiel a Jeová, Deus arrancou dez das doze tribos de Israel do filho e sucessor de Salomão, Roboão. Permitiu assim o estabelecimento do Reino de Israel de dez tribos, com uma capital real diferente. Este novo reino desviou-se prontamente da adoração de Jeová em Jerusalém e estabeleceu a adoração de bezerros de ouro, nas cidades de Dã e de Betel, no ano 997 A. E. C. Cinqüenta e sete anos depois, Acabe, filho do iníquo Rei Onri, tornou-se rei destas dez tribos de Israel. Ele avançou ainda mais na idolatria por casar-se com a filha dum sacerdote estrangeiro do deus falso, Baal, e por estabelecer a adoração de Baal na sua capital, Samaria. (1 Reis 16:29-32) Jeová, não querendo que este reino das dez tribos o esquecesse completamente, enviou-lhes seus profetas e ainda deu ao reino idólatra motivos para saber que ele era Jeová, o Deus de seus antepassados.

18, 19. Quando Ben-Hadade da Síria e seus aliados vieram para atacar Samaria, que mensagem deu o profeta de Jeová ao Rei Acabe?

18 Uma ocasião dessas foi nos dias do Rei Acabe. Ben-Hadade, o rei da Síria, junto com trinta e dois reis aliados a ele, veio com uma enorme força militar e sitiou a capital Samaria. Depois de algumas negociações dessatisfatórias com o Rei Acabe, os sírios e seus aliados aprontaram-se para atacar Samaria com todas as suas forças. O que aconteceu então?

19 “E eis que se aproximou de Acabe, rei de Israel, certo profeta e disse então: ‘Assim disse Jeová: “Viste toda esta grande massa de gente? Eis que hoje a dou na tua mão e certamente saberás que eu sou Jeová.”’” — 1 Reis 20:1-13.

20. Que aprenderam então os israelitas quanto a quem era o Deus da vitória, mas que aviso antecipado se deu então ao Rei Acabe?

20 Sob o comando direto do Rei Acabe, designado por Jeová, os israelitas sitiados passaram para o ataque e puderam causar uma grande matança entre os sírios. O Rei Ben-Hadade da Síria conseguiu escapar a cavalo, junto com seus cavalarianos. Quanto motivo não tinha o Reino de Israel, de dez tribos, para saber que o Deus da vitória era Jeová! Contudo, Jeová sabia que os sírios não haviam aprendido a lição, mas interpretariam erroneamente sua derrota humilhante e que, portanto, o Rei Ben-Hadade recrutaria novas forças militares e reiniciaria o ataque contra Samaria, no ano seguinte. Jeová, mediante um profeta, misericordiosamente avisou de antemão o Rei Acabe a respeito disso e disse-lhe que se fortificasse para isso com antecedência. — 1 Reis 20:22-25.

21. Quando o Rei Ben-Hadade voltou em força, por que interviria Deus esta vez a favor dos israelitas, conforme Ele disse?

21 A profecia de Jeová não falhou, pois, no ano seguinte, o Rei Ben-Hadade voltou com forças militares aparentemente sobrepujantes, para lutar contra o Deus de Israel, esta vez em terreno plano. “E os filhos de Israel”, diz o relato histórico, “foram acampar-se defronte deles como dois minúsculos rebanhos de caprídeos, ao passo que os sírios, da sua parte, enchiam a terra. Aproximou-se então o homem do verdadeiro Deus e disse ao rei de Israel, sim, ele prosseguiu, dizendo: ‘Assim disse Jeová: “Visto que os sírios disseram: ‘Jeová é Deus de monte, e não é Deus de baixadas’, terei de entregar na tua mão toda esta grande massa de gente e certamente sabereis que eu sou Jeová.”’” — 1 Reis 20:26-28.

22. Qual foi depois o resultado da batalha, e por que voltou o Rei Acabe abatido para Samaria?

22 Uma semana depois, travou-se a batalha, e mostrou-se que os sírios estavam errados na sua avaliação de Jeová. Em um só dia, os israelitas, aos quais Ele apoiava, mataram cem mil soldados de infantaria sírios, e, não por mero acaso, a muralha da cidade de Afeque, à qual os sírios sobreviventes haviam fugido, caiu sobre vinte e sete mil deles, matando-os. O derrotado Rei Ben-Hadade viu-se obrigado a se entregar aos vencedores e a confiar na misericórdia deles. Visto que o Rei Acabe não rematou esta vitória dada por Deus, por agir como executor de Jeová e matar o Rei Ben-Hadade, que desafiara a Deus, Jeová expressou a sua desaprovação do Rei Acabe. Uma vez que o Rei Acabe tinha então motivos de crer que aquilo que o profeta de Jeová dissera viria em punição desta falta, o Rei Acabe voltou a Samaria, não orgulhoso da vitória, mas abatido. — 1 Reis 20:29-43.

23, 24. Que calamidade nacional sofreu por fim o Reino de Israel, de dez tribos, e o que diz 2 Reis 18:11, 12, sobre o motivo disso?

23 O resultado nacional para o Reino de Israel, de dez tribos, apresenta-se como aviso solene às nações atuais da cristandade. Visto que os israelitas deixaram de tirar proveito religioso de terem aprendido que o Deus da salvação é Jeová, sofreram um desastre nacional no ano 740 A. E. C. Naquele ano, por continuarem a adorar deuses falsos e a violar os mandamentos de Jeová, sua ruína como nação independente completou-se com a destruição de sua capital, não por parte dos sírios, mas pela então Segunda Potência Mundial, a Assíria. Os israelitas sobreviventes foram levados ao exílio em províncias distantes da Assíria, onde não foram visitados pelos profetas de Jeová. De modo que o Reino de Israel, abandonado por Jeová, durou apenas 257 anos. As nações da cristandade não tem hoje nenhum motivo para se enganarem quanto ao motivo de esta calamidade nacional sobrevir ao Reino de Israel de dez tribos, pois o profeta inspirado e escritor bíblico (Jeremias) declara o motivo, dizendo:

24 “Por causa do fato de que não tinham escutado a voz de Jeová, seu Deus, mas tinham persistido em infringir seu pacto, sim, tudo o que Moisés, servo de Jeová, ordenara. Não escutaram nem fizeram isso.” — 2 Reis 18:11, 12.

BABILÔNIA E OUTRAS NAÇÕES TIVERAM DE CONHECÊ-LO

25. O que predisse o profeta Isaías sobre o exílio do povo do Reino de Judá e o restabelecimento dele na sua Pátria?

25 O reino irmão, composto das duas tribos remanescentes de Judá e Benjamim, tendo por capital Jerusalém, continuou mais 133 anos. Neste reino de Judá, Jeová suscitou seu profeta Isaías, mais de trinta e cinco anos antes da destruição de Samaria pela Assíria, a Segunda Potência Mundial. Sob a inspiração do espírito de Jeová, o profeta Isaías predisse que, com o tempo, Jerusalém também seria destruída pela potência mundial seguinte, Babilônia, e que a terra de Judá ficaria desolada, porque os habitantes sobreviventes seriam levados ao exílio em Babilônia. Mas, no tempo devido de Jeová, a própria Babilônia seria derrubada como Terceira Potência Mundial, e o rei vencedor, Ciro, a quem Isaías predisse por nome, deixaria os judeus exilados voltar à sua pátria e cultivá-la novamente, para se tornar paraíso. Os exilados retornados deviam também reconstruir a cidade sagrada de Jerusalém e seu templo para a adoração de Jeová. (Isaías 44:24 a 45:7; 35:1-10) Usando este retorno dos judeus exilados como quadro profético de algo ainda maior a ocorrer em nosso próprio século vinte, Isaías passou a dizer:

26. Ao sinal de quem seriam os exilados trazidos de volta, como e com que conhecimento resultante?

26 “Assim disse o Soberano Senhor Jeová: ‘Eis que levantarei minha mão até para as nações e erguerei meu sinal de aviso para os povos. E eles trarão teus filhos ao colo e carregarão tuas próprias filhas sobre o ombro. E reis terão de tornar-se tutores para ti, e as princesas deles, amas para ti. Com os rostos para a terra curvar-se-ão diante de ti e lamberão o pó de teus pés; e tu terás de saber que eu sou Jeová, de quem não se envergonharão aqueles que esperam em mim.’” — Isaías 49:22, 23.

27, 28. Quão amplo se tornaria o conhecimento do restabelecimento dos exilados judeus, e, assim, quem saberia que ele é Jeová?

27 Por meio do restabelecimento dos exilados, que ocorreu no ano 537 A. E. C., mais do que apenas a organização terrestre de suas testemunhas havia de saber que ele é Jeová. As nações pagãs também o haviam de saber. Esta divulgação de tal conhecimento importante em escala internacional foi predita pelo profeta Ezequiel, após a desolação de Jerusalém e de Judá em 607 A. E. C., e enquanto os judeus desolados ainda estavam no exílio em Babilônia. O profeta Ezequiel foi inspirado a dizer aos desolados “montes de Israel”, como porta-voz de Jeová (segundo a Versão Brasileira da Bíblia):

28 “Eis que eu vos sou favorável, e me voltarei para vós, e sereis lavrados e semeados; multiplicarei os homens sobre vós, toda a casa de Israel, sim toda ela. As cidades serão habitadas, e as solidões serão edificadas. Sobre vós multiplicarei homens e animais; eles se aumentarão e frutificarão. Farei que sejais habitadas como dantes, e vos tratarei melhor do que nos vossos princípios; e sabereis que eu sou Jeová.” “Portanto dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Jeová: Não é por amor de vós, casa de Israel, que eu faço isto; mas é em atenção ao meu santo nome, que tendes profanado entre as nações, para onde fostes. Santificarei o meu grande nome, que tem sido profanado entre as nações, o qual tendes profanado no meio deles; as nações saberão que eu sou Jeová, diz o Senhor Jeová, quando eu for santificado em vós diante dos seus olhos.” — Eze. 36:8-11, 22, 23; veja também a versão Almeida, revista e corrigida.

29. Como já se salienta somente no livro profético de Ezequiel a importância de se saber quem é Deus?

29 É importante que o conhecimento de que ele é Jeová seja tão amplamente difundido? Pelo menos ele pensa assim! Só na profecia inteira de Ezequiel, o Soberano Senhor Deus indicou a importância disso por declarar repetidas vezes que nações, povos e pessoas terão de “saber que eu sou Jeová”, fazendo tal declaração sessenta e duas vezes. A última ocorrência desta expressão notável, na profecia de Ezequiel, encontra-se em Ezequiel 39:6, 7, onde o Soberano Senhor Deus diz em toda a seriedade:

30. Quem terá de “saber que eu sou Jeová”, segundo diz a última expressão na profecia de Ezequiel?

30 “E vou enviar fogo sobre Magogue e sobre os que habitam nas ilhas em segurança; e as pessoas terão de saber que eu sou Jeová. E tornarei conhecido meu santo nome no meio do meu povo de Israel e não mais deixarei meu santo nome ser profanado; e as nações terão de saber que eu sou Jeová, o Santo de Israel.” — NM; veja a versão Brasileira da Bíblia. Note também Ezequiel 29:17, 21.

31. Como se compara a profecia de Joel com a militarização das nações hoje em dia, e o que saberão com certeza os que estiverem do lado vencedor?

31 Nos atuais dias críticos de nosso século vinte, quando as nações se militarizaram com as armas mais mortíferas de guerra, as palavras do profeta Joel parecem mais apropriadas do que nunca antes, embora suas palavras fossem proferidas e escritas no nono século antes de nossa Era Comum, e, por isso, antes da profecia de Ezequiel: “Proclamai isto entre as nações: ‘Santificai a guerra! Despertai os poderosos! Aproximem-se eles! Subam todos os homens de guerra! Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças das vossas podadeiras.’” É iminente um conflito sobre o domínio do mundo. O que aprenderão as pessoas do lado vencedor do resultado do mesmo? O seguinte: “Vós tereis de saber que eu sou Jeová, vosso Deus, residindo em Sião, meu santo monte. E Jerusalém terá de tornar-se um lugar santo; e quanto aos estranhos [as nações mundanas], não mais passarão por ela.” — Joel 3:9, 10, 17.

32. Até que ponto é o nome divino trazido à atenção por Ezequiel?

32 Quanto ao profeta posterior, Ezequiel, chama atenção para o nome divino do começo ao fim. Nos versículos iniciais de seu livro profético, ele atribui sua profecia à inspiração de Jeová. No próprio fim de seu livro profético, nas últimas duas palavras hebraicas dele, ele menciona o nome do Soberano senhor Deus. Da maneira como a Nova Bíblia Inglesa (1970) traduz este último versículo, que prediz uma cidade notável na terra, ele diz: “O perímetro da cidade será de dezoito mil côvados e o nome da cidade, para todo o sempre, será Jeová-Samá.” Este nome significa “O Próprio Jeová Está Ali”. — Ezequiel 48:35; NEB; NM.

33. Desde o restabelecimento dos judeus em 537 A. E. C. que necessidade adicional há de Deus se dar a conhecer por nome a todas as nações e a todos os povos?

33 O profeta Ezequiel completou o livro de sua profecia em 591 A. E. C., cinqüenta e quatro anos antes de os judeus exilados serem restabelecidos na sua pátria, o que ocorreu em 537 A. E. C. (Ezequiel 29:17) Este acontecimento notável causou alguma impressão nas nações pagãs lá naquele tempo. Depois disso, não era mais importante ou necessário que o Soberano Senhor Deus obrigasse as nações e os povos a saber que ele é Jeová? Nos nossos dias, os dias dos dias, não teria Ele mais do que nunca a necessidade de fazer com que todas as nações da terra soubessem que Ele é Jeová? Nossos dias, certamente, são aqueles em que o único Deus vivente e verdadeiro haveria de apresentar-se e dar-se a conhecer pelo seu nome a todas as nações e todos os povos. Ele precisa fazer isso em vindicação de sua própria existência, de sua Divindade, de sua qualidade de Criador, de sua veracidade e de sua soberania universal. Sim! A própria expressão “Soberano Senhor Jeová” ocorre 215 vezes na profecia de Ezequiel. — Veja NM, ed. ingl. de 1971.

34. Segundo Ezequiel 38:8, 16, em que ponto no tempo devemos encontrar-nos em breve, e que conhecimento, como nunca antes, obterão todas as nações dentro em breve?

34 Neste último terço do século vinte, uma coisa não deve ser despercebida com respeito àquela última declaração do propósito de Deus, em Ezequiel 39:7, de que “as nações terão de saber que eu sou Jeová”. Qual é? A seguinte: a profecia terá de cumprir-se “nos últimos anos” “na parte final dos dias”. (Ezequiel 38:8, 16, VB, NM) Tomando em consideração todas as coisas desde o irrompimento da Primeira Guerra Mundial, em 1914 E. C., há mais de cinqüenta e sete anos atrás, os preditos últimos anos e dias, a parte final dos anos e dos dias, já devem vir em breve! Todas as nações da atualidade estão à beira de chegarem a conhecer este único Deus vivente e verdadeiro, Jeová, dum modo como nunca antes o conheciam. Nenhum de nós pode escapar disso. Todos nós fazemos parte destas nações. Podemos lucrar ou sair perdendo, quando recebermos este altamente importante conhecimento de Jeová?

35. Em vista do muitas vezes declarado propósito de Deus, que livro profético nos cabe investigar agora, e qual é o melhor modo de chegarmos a conhecer a Jeová?

35 Visto que Ele fez tantas declarações quanto a que as nações e os povos terão de chegar a saber, então, quer agora gostemos de Jeová e de seu nome, quer não, cabe-nos investigar o livro profético de Ezequiel. Assim poderemos observar de que modo partes notáveis dele tiveram um cumprimento moderno. Muitas pessoas sinceras, hoje em dia, ainda se sentem confusas quanto ao Ser Supremo, o Deus Todo-poderoso. Só podem tirar proveito de descobrirem seu conselho sábio e oportuno para hoje. Por que ver-se obrigado a saber que ele é Jeová de modo como se deu com Faraó antigo governante do Egito? E muito melhor que nós, amantes da vida e da felicidade, aceitemos seu convite bondoso de vir a conhecê-lo agora de maneira pacífica e amistosa.

[Perguntas de Estudo]