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Um “Jardim do Éden” por causa do seu nome

Um “Jardim do Éden” por causa do seu nome

Capítulo 17

Um “Jardim do Éden” por causa do seu nome

1, 2. No século vinte A. E. C., que parte da terra da Palestina era semelhante ao “jardim de Jeová” e como se tornou o Reino de Judá semelhante a uma selva?

NO SÉCULO vinte antes de nossa Era Comum, pelo menos uma parte da terra da Palestina era parecida ao jardim do Éden em que o Criador colocara o primeiro homem, Adão.

2 Gênesis 13:10 nos diz: “Ló levantou assim os seus olhos e viu todo o Distrito do Jordão, que todo ele era uma região bem regada, antes de Jeová arruinar Sodoma e Gomorra, semelhante ao jardim de Jeová.” (Gênesis 2:7-15) Quatrocentos anos depois, a Terra da Promessa, a Palestina, ainda era bela, igual a um “ornato” de nossa terra. Jeová falou dela como sendo “uma terra que espiei para eles [os israelitas] uma terra que manava leite e mel. Era o ornato de todas as terras”. (Ezequiel 20:5, 6) Incluía a parte que se tornou o território do Reino de Judá, da qual Jerusalém era a capital. A conquista da terra de Judá pelos babilônios, em 607 A. E. C. resultou em o país ficar desolado, sem habitante humano, nem animal doméstico. Tornou-se igual a uma selva. (Miquéias 3:12; Jeremias 26:17, 18) Seria ela novamente transformada numa terra semelhante ao jardim do Éden?

3, 4. Depois da destruição de Jerusalém, que mensagem animadora a respeito da terra deu Jeová a Ezequiel, e quando falaram os inimigos sobre o domínio espiritual do Seu restante ungido, assim como em Ezequiel 36:1, 2?

3 Pouco depois que os judeus exilados em Babilônia souberam de primeira mão dum fugitivo que Jerusalém havia sido golpeada pelos babilônios, Jeová deu a garantia animadora de que a terra de Judá, então desolada, não permaneceria para sempre assim sem homem, nem animal doméstico. Ele retiraria o opróbrio de cima do seu nome e magnificaria seu nome por meio do que faria milagrosamente para aquela terra. Ele disse ao seu fiel profeta Ezequiel: “E quanto a ti, ó filho do homem, profetiza concernente aos montes de Israel, e tens de dizer: ‘Ó montes de Israel, ouvi a palavra de Jeová. Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Visto que o inimigo disse contra ti: ‘Ah! Sim, os altos do tempo antigo — isso veio a ser possessão nossa!””” — Ezequiel 36:1, 2.

4 Era assim que os inimigos mundanos falavam contra o domínio espiritual dos do restante ungido do Israel espiritual depois de este domínio ter sido desolado pela perseguição religiosa e pela supressão durante a Primeira Guerra Mundial. A cristandade estava então pronta para tomar conta de todo o campo religioso, durante o período do após-guerra, com a exclusão do restante pisado dos israelitas espirituais. Mas Jeová tinha outras idéias e disse profeticamente por meio de Ezequiel:

5. Em que condição passaram a estar as diversas partes da terra de Israel e qual foi a atitude das nações remanescentes para com a terra?

5 “Por isso profetiza, e tens de dizer: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Pela razão, sim, pela razão de que houve desolação e fostes abocanhados de todos os lados, para que vos tornásseis possessão dos remanescentes das nações, e de que se continua a falar de vós com a língua e há um relato mau entre o povo, por isso, ó montes de Israel, ouvi a palavra do [Soberano] Senhor Jeová! Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová aos montes e aos morros, aos regos e aos vales, e aos lugares devastados que foram desolados, e às cidades abandonadas que vieram a ficar para saque e para caçoada para os remanescentes das nações ao redor; portanto, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová:

6. O que disse Jeová sobre como falaria a tais nações?

6 “‘“Eu certamente vou falar no fogo do meu zelo contra os remanescentes das nações e contra Edom, na sua inteireza, os que se deram a si mesmos a minha terra como possessão com alegria de todo o coração, com menosprezo na alma, por causa do seu pasto e para saque.’”’” — Ezequiel 36:3-5.

7, 8. Qual era o propósito de Jeová para com aquela terra, como teria de falar a fim de impedir os esforços gananciosos das nações contrários à Sua vontade, e, por isso, o que se tornaria a terra de Edom?

7 Em vista da repetida referência a si mesmo, Jeová não deixa margem para dúvida sobre quem está falando. As nações inimigas em volta da terra desolada de Judá tinham seus próprios objetivos egoístas para com o território vago, mas Ele, Jeová, tinha outro objetivo diferente. Aquelas nações mostravam seu ódio de Jeová por cobiçarem a terra desolada de Seu povo exilado, mas ele havia decretado que a terra devia guardar um sábado por ficar sem ser ocupada e lavrada durante setenta anos. (2 Crônicas 36:19-21; Daniel 9:2) Aquelas nações interesseiras tinham de ser impedidas de executar seus empenhos gananciosos, contrários à vontade de Jeová. Isto obrigou Jeová a falar, não só com palavras, mas de modo mais pleno com atos, “contra os remanescentes das nações e contra Edom, na sua inteireza”, no fogo do seu zelo pelo seu nome e pela sua causa. Isto cumpriria, por exemplo, o que havia falado, no capítulo anterior, contra Edom e sua região montanhosa de Seir:

8 “Baldios desolados de duração indefinida é o que farei de ti, e tuas próprias cidades não serão habitadas; e tereis de saber que eu sou Jeová. . . . Um baldio desolado é o que te tornarás, ó região montanhosa de Seir, sim, todo o Edom, na inteireza; e terão de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 35:9, 15.

9. Tinha de ficar a terra de Israel tanto tempo desolada como a terra de Edom, e o que levou a terra de Israel, que obrigou Jeová a falar?

9 A terra do povo exilado de Jeová devia jazer desolada, sem que edomitas e outras nações inimigas saqueassem suas cidades abandonadas e usassem seus pastos. Sim, a terra tinha de ficar “desolada”, mas não para sempre, assim como se decretou contra a terra de Edom. “Portanto”, disse Jeová ao seu profeta Ezequiel, “profetiza a respeito do solo de Israel, e tens de dizer aos montes e aos morros, aos regos e aos vales: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Eis que eu mesmo tenho de falar no meu zelo e no meu furor, por terdes levado humilhação da parte das nações.”’” — Ezequiel 36:6.

10. No fim da Primeira Guerra Mundial, por que se desagradou Jeová do modo em que os inimigos religiosos (especialmente os da cristandade) haviam agido, e por se devia ter respeitado o domínio espiritual de seu Israel espiritual?

10 Jeová ficou enfurecido com o modo em que as nações inimigas humilharam o “solo de Israel”, porque ele permitira que ficasse desolado em punição dos israelitas, por causa de sua culpa de sangue e de sua idolatria. No fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918 E. C., Jeová não se desagradou menos com o modo em que os religiosos inimigos, especialmente os da cristandade, falaram sobre o domínio religioso do povo dedicado de Jeová (Israel espiritual). Eles haviam desolado este domínio pela perseguição e pela ação arbitrária durante os dias histéricos da primeira guerra mundial da humanidade. É verdade que havia algumas faltas na atuação dos do Seu restante dos israelitas espirituais lá naquele tempo, mas, ainda assim, devia-se respeitar seu domínio religioso. Por quê? Porque se relacionava com o Seu santo nome, e Seu nome devia ser respeitado, não difamado. Então, como falaria ele no seu zelo e no seu furor no tempo do após-guerra? Haveria novamente um embelezamento do domínio espiritual dos israelitas espirituais devotados ao Seu nome? Escute:

11. Em Ezequiel 36:7-12, o que disse Jeová aos montes de Israel quanto a se tocariam novamente embelezados?

11 “Portanto, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eu mesmo levantei a minha mão em juramento de que as nações em volta de vós — elas é que levarão a sua própria humilhação. E vós mesmos, ó montes de Israel, produzireis os vossos próprios galhos e dareis os vossos próprios frutos para meu povo de Israel, pois chegaram-se perto ao ponto de entrar. Pois, eis que sou a favor de vós e hei de virar-me para vós, e sereis realmente cultivados e semeados com semente. E eu vou multiplicar em vós o gênero humano, toda a casa de Israel, na sua inteireza, e as cidades terão de ser habitadas e os próprios lugares devastados serão reconstruídos. Sim, vou multiplicar sobre vós o gênero humano e os animais, e eles certamente se multiplicarão e se tornarão fecundos, e realmente farei que sejais habitados, como na vossa condição anterior, e vou fazer mais bem do que na vossa situação inicial; e tereis de saber que eu sou Jeová. E farei andar sobre vós o gênero humano, sim, meu povo de Israel, e terão de tomar posse de vós e tereis de tornar-vos para eles uma propriedade hereditária, e vós não mais os privareis de filhos.” — Ezequiel 36:7-12.

MAIOR EMBELEZAMENTO DA CONDIÇÃO ESPIRITUAL

12. Que espécie de garantia jurou Jeová na sua declaração de propósito e que cumprimento de profecia houve em 537 A. E. C., mas que humilhação sofreram as nações inimigas?

12 Quando Jeová ergue a mão em juramento e quando jura que fará certa coisa, é impossível que não aconteça. (Hebreus 6:17, 18) Os fatos sólidos da história provam que as palavras juramentadas de Jeová se cumpriram na terra de Judá, depois de terminar jazer ela desolada, sem homem, nem animal doméstico, em 537 A. E. C. (Esdras 1:1 a 3:7) Mas, no que se refere a Edom, antes de ter terminado a desolação da terra de Judá, cumpriu-se a profecia de Jeremias 25:15-21 neste antigo inimigo de Israel, quando o rei de Babilônia subjugou a terra de Edom, em 602-601 A. E. C. Mais tarde, nas correntes da história, os edomitas tornaram-se um povo deslocado, e, após a segunda destruição de Jerusalém, em 70 E. C., os edomitas deixaram de existir como povo. Outras nações inimigas que se haviam regozijado com a desolação de Judá sofreram a sua própria humilhação respectiva às mãos do rei de Babilônia. (Jeremias 25:21-24) Isto foi retribuição divina!

13. No que se refere às suas predições e esperanças com respeito aos do restante dos israelitas espirituais que grande humilhação sofreu a cristandade em 1919 E. C.?

13 No cumprimento moderno da profecia de Ezequiel, a cristandade, com suas centenas de seitas religiosas, sofreu uma grande humilhação em 1919 E. C. De que modo? Porque não aconteceram coisas humilhantes que ela havia predito e esperado contra o restante perseguido dos israelitas espirituais. A condição espiritual destes israelitas espirituais não continuou desolada, mas naquele ano começou a reanimar-se para eles, ao renovarem destemidamente a sua obra mundial de dar testemunho do reino de Jeová. — Mateus 24:14.

14. Em vista de que ameaça houve um aumento nos membros da cristandade mas o que aconteceu com seu rol de membros segundo o relatório de 1969, e o que relataram os católicos romanos estadunidenses em 1970?

14 Em vista da crescente ameaça da dominação mundial pelo comunismo ateu, a cristandade foi recomendada pelos políticos democráticos como forte anteparo religioso contra a onda ameaçadora do comunismo internacional. Por fim, segundo o Britannica Book of the Year de 1968, o rol de membros das igrejas da cristandade aumentou ao número máximo de 977.383.000 católicos romanos, membros da igreja ortodoxa oriental e protestantes. Mas, logo no ano seguinte, relatou-se que a cristandade sofreu um declínio notável! Segundo o Britannica Book of the Year de 1969 (Página 647), o rol de membros da cristandade caiu para 924.274.000. Esta foi uma redução para menos do que o total de 933.055.000 calculado para o ano de 1963. * Nos dois anos seguintes (1970 e 1971) não se relatou que a perda tivesse sido recuperada, não se fornecendo algarismos novos. Indicando o que está realmente acontecendo, porém, o Times de Nova Iorque, de 21 de maio de 1970, sob a manchete “Católicos Relatam Queda nos Membros nos E. U. A., Primeira Neste Século”, declarou o seguinte:

A Igreja Católica Romana nos Estados Unidos sofreu seu primeiro declínio em membros neste século, segundo as cifras fornecidas na edição mais recente do Guia Católico Oficial.

O novo total dos membros da Igreja é 47.872.089, um decréscimo de 1.149 em relação com a cifra do ano passado segundo a edição de 1970 da compilação estatística publicada por P. J. Keney & Sons de Nova Iorque.

. . .

Quanto aos seminários, o total das matrículas neles decresceu para 17.317, uma queda de 2.256, e havia um total de 118 seminários diocesanos, 19 menos do que no ano anterior. . . .

No ínterim, a população do mundo havia explodido para mais de 3.552.000.000.

15. No entanto, que pergunta se faz a respeito da população dos “montes” simbólicos do domínio espiritual do “Israel de Deus”?

15 Que dizer, porém, dos “montes” simbólicos da condição espiritual do “Israel de Deus” desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918? Em vista da população destes “montes”, têm eles agora motivos de saber que Jeová está a favor deles e que Aquele que jurou a sua boa palavra de promessa é realmente Jeová? Que estes simbólicos “montes de Israel” se lembrem de sua própria história recente.

16. Que desolação se causou às atividades públicas do restante do Israel espiritual em 1918, mas o que aconteceu no ano seguinte?

16 Quando o governo do Canadá proscreveu o livro O Mistério Consumado, em fevereiro de 1918, e este comentário bíblico foi depois retirado da circulação, em março de 1918, em vista da censura do governo dos Estados Unidos, havia 7.000 membros do restante ungido ativamente empenhados na distribuição deste livro e de outras publicações da Sociedade Torre de Vigia, por irem pessoalmente de casa em casa. (Veja The Watch Tower de 15 de setembro de 1919, página 281, parágrafo 3; e de 1.º de março de 1918, página 78.) Pouco depois, houve a desolação das atividades públicas do restante do Israel espiritual, nos “montes de Israel”. Mas no ano seguinte (1919), a desolação do domínio foi interrompida, e estes “montes” começaram a ser repovoados por um restante revivificado, corajoso, de israelitas espirituais.

17. Daí em diante, o que aconteceu nos “montes” do domínio espiritual do Israel espiritual e como mostraram os israelitas espirituais que sabem que Quem fez isso foi Jeová?

17 Daí em diante, tem havido um constante aumento de israelitas espirituais ativos nestes montes de seu domínio espiritual, usufruindo os frutos abundantes com que Jeová abençoou sua relação restabelecida com Ele. No ano de 1928, houve 44.080 dos do restante que relataram participação ativa na proclamação das boas novas do reino messiânico de Jeová. Neste tempo já sabiam que o Divino que fazia tais coisas maravilhosas para eles, apesar da oposição mundial, era Jeová. Depois da pergunta suscitada no número inglês da Sentinela de 1.º de janeiro de 1926, página 3: “Quem honrará a Jeová?” responderam: “Nós o faremos.” Apoiaram esta decisão com ação vigorosa. Reconheceram que chegara o tempo para Jeová “fazer para si um nome de duração indefinida”. (Isaías 63:12; 2 Samuel 7:23) Reconhecendo mais do que nunca que ele estava tirando de todas as nações um “povo para o seu nome”, os do restante ungido acharam correto identificar-se perante todo o mundo com o nome tirado das Escrituras Sagradas: testemunhas de Jeová. — Isaías 43:10; 44:8.

18. Quem começou a ser ativo em 1935 junto com os do restante ungido dos simbólicos “montes de Israel”, e têm hoje estes “montes” mais motivos do que nunca para saber que “eu sou Jeová”?

18 Por volta do ano de 1935, os da “grande multidão” das “outras ovelhas” do Pastor Excelente começaram a associar-se com os do restante ungido de israelitas espirituais e assim se tornaram ativos nos simbólicos “montes de Israel”. Por conseguinte, o número dos que se empenhavam na pregação das boas novas do reino de Deus aumentou a 59.047 em 1938, incluindo os destas “outras ovelhas”. (João 10:16; Revelação [Apocalipse] 7:9-17) Nem mesmo as perseguições mundiais durante a Segunda Guerra Mundial privaram os simbólicos “montes de Israel” de sua população, nem mesmo a reduziram, pois, no fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, houve em todo o mundo 127.478 que anunciavam o reino messiânico, estabelecido, de Jeová. Nos anos desde então, tem sido constante o aumento anual da população nestes simbólicos “montes de Israel”, até haver em 1972 um auge de 1.658.990 relatando participação no testemunho mundial ao nome e reino de Deus. Foi deveras da parte de Jeová que o gênero humano se multiplicou sobre estes “montes de Israel”, e atualmente, mais do que nunca, têm motivos de saber que “eu sou Jeová”.

19. Quanto aos simbólicos “montes de Israel” se tornarem uma “propriedade hereditária” do restabelecido Israel espiritual, que pergunta surgiu quanto à sua ocupação, bem como quanto ao seu nome de identificação?

19 De modo que os do restante do Israel espiritual, desde 1919, tomaram posse destes “montes de Israel”, e estes se tornaram “para eles uma propriedade hereditária”. (Ezequiel 36:12) Compartilharam os frutos e privilégios do Reino deste domínio espiritual com os da crescente “grande multidão” dos semelhantes a ovelhas, que o Rei reinante, Jesus Cristo, separa agora dos semelhantes a cabritos dentre todas as nações. (Mateus 25:31-46) Quando o nome testemunhas de Jeová foi adotado pela primeira vez pelo restante ungido, no ano de 1931, surgiu na mente de muitos observadores mundanos a pergunta: “Vingará este nome?” Também outra pergunta exigiu uma resposta: “Mostrar-se-á o domínio espiritual representado pelos ‘montes de Israel’ ser responsabilidade e trabalho difícil demais para os do restante ungido dos israelitas espirituais o ocuparem e reterem? Isto especialmente no período do após-guerra, com seu comunismo ateu, seu fascismo e nazismo, os ditadores, a ‘Ação Católica’ militante, o nacionalismo, o intelectualismo da Era Cerebral, a irreligiosidade e o rebaixamento das normas de moral.”

20, 21. Por causa da pressão de tais coisas mundanas, que pergunta surgiu sobre como os “montes” tratariam os seus ocupantes, e que garantia forneceu Jeová ao falar a estes “montes”?

20 Fariam as pressões de tais coisas mundanas, nesta era de anarquia e violência, que os israelitas espirituais restabelecidos desaparecessem de seu recém-ocupado domínio espiritual, como que devorados e tragados por invasores agressivos ou por uma fome na sua terra? Não! Este domínio espiritual após o restabelecimento havia de reter e sustentar um restante fiel de israelitas espirituais. Seu Deus deu garantia disso nas seguintes palavras proféticas dirigidas à terra de Israel:

21 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Visto que há os que vos dizem: “Devorador da humanidade é o que tu és, e uma terra que priva as nações de filhos é o que te tornaste”’, ‘por isso, não mais devorarás o gênero humano e não mais privarás as tuas nações de filhos’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová. ‘E farei que não se ouça mais nenhuma conversa humilhante a teu respeito da parte das nações, e não levarás mais o vitupério dos povos, e não mais farás tropeçar as tuas nações’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová.” — Ezequiel 36:13-15.

22, 23. Como obteve a terra de Canaã uma reputação má como devoradora de seus habitantes, e como removeu Jeová o “vitupério” tanto no caso do Israel natural como no caso do Israel espiritual?

22 A terra de Canaã tinha má reputação quanto à destruição de seus povos, como se estes fossem devorados pela terra. (Números 13:32) Quando Jeová trouxe os israelitas à terra de Canaã, em 1473 A. E. C., e eles passaram a destruir sete nações, era como se a terra tragasse ou devorasse estes habitantes.

23 Em 607 A. E. C., o rei de Babilônia conquistou a terra de Judá e deportou muitas centenas de judeus sobreviventes, e a terra ficou desolada, sem homem, nem animal doméstico. Novamente parecia como se a terra tivesse devorado seus habitantes e tivesse privado a nação do Reino de Judá de seus filhos, assim como anteriormente, em 740 A. E. C., havia privado a nação do Reino de Israel de seus filhos. Mas, pela bênção e proteção especiais de Jeová, a anteriormente terra desolada não passaria por isso novamente no que se referia ao restante de israelitas fiéis, restabelecidos do exílio em Babilônia, em 537 A. E. C. e depois. O mesmo se deu também com o domínio espiritual ao qual um restante foi restabelecido no ano do após-guerra de 1919 E. C. Ainda estão nele, vivos, frutíferos e multiplicando-se.

COMPADECER-SE DO SEU SANTO NOME

24, 25. Foi por causa de seu próprio merecimento ou mérito que os do restante de Jeová receberam tal bondade divina, e como explicou Ele esta questão em Ezequiel 36:16-21?

24 Foi por causa de seu próprio merecimento ou mérito que toda esta bondade divina sobreveio ao restante típico em 537 A. E. C. e depois, e sobre o restante antitípico em 1919 E. C. e depois? Não! Por que não? Porque haviam tornado seu anterior domínio dado por Deus impuro por meio de derramamento de sangue e de idolatria. Por isso, Jeová explicou:

25 “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘Filho do homem, a casa de Israel está morando sobre o seu solo, e eles continuam a fazê-lo impuro com o seu procedimento e com as suas ações. Seu procedimento tornou-se diante de mim como a impureza da menstruação. E passei a derramar sobre eles meu furor por causa do sangue que derramaram sobre a terra, a qual tornaram impura com os seus ídolos sórdidos. E passei a espalhá-los entre as nações, de modo que ficaram dispersos entre as terras. Julguei-os segundo o seu procedimento e segundo as suas ações. E entraram nas nações em que tinham de entrar, e as pessoas passaram a profanar o meu santo nome, dizendo com referência a eles: ‘Este é o povo de Jeová, e saíram da sua terra.’ E eu me compadecerei do meu santo nome, que a casa de Israel tem profanado entre as nações nas quais entraram.’” — Ezequiel 36:16-21, NM ed. ingl. 1971.

26. Saírem os israelitas como exilados de sua própria terra deu que aparência a Jeová, afetando seu nome de que modo, e por que precisou ele mostrar respeito próprio também no caso do Seu restante hodierno?

26 Visto que os israelitas haviam saído como exilados da terra de Jeová, parecia que Jeová, seu professo Deus, não podia protegê-los contra seus inimigos. Isto trouxe vitupério sobre o seu santo nome. Fez com que as nações gentias profanassem o seu nome. De modo similar, quando os do restante ungido dos israelitas espirituais foram levados em servidão a Babilônia, a Grande, e seus amantes políticos e militares durante a Primeira Guerra Mundial, parecia como se os membros da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia não fossem cristãos genuínos. Parecia como se o verdadeiro Deus não estivesse de seu lado e não os protegesse. Isto lançou vitupério sobre o nome do Deus da Bíblia, ao qual estavam realmente dedicados como discípulos batizados de Cristo. Por isso, Jeová estava obrigado a mostrar respeito próprio por compadecer-se de seu próprio nome. É um nome santo e não merece ser profanado por mundanos. Visto que ele tinha um restante devotado, relacionado com o seu nome, então, tudo o que fizesse em compaixão com o seu nome exigiria compaixão para com este restante.

27, 28. Por causa de quem ou de que levou Jeová os israelitas de volta ao seu próprio solo, e que relação existiria então entre Ele e eles?

27 Deus esclareceu a Ezequiel que o seu próprio santo nome e sua reputação eram a coisa principal a ser tomada em consideração, dizendo:

28 “Portanto, dize à casa de Israel: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Não é por vós que eu faço isso, ó casa de Israel, mas por meu santo nome que tendes profanado entre as nações nas quais entrastes.”’ ‘E hei de santificar meu grande nome que tem sido profanado entre as nações, que tendes profanado no meio delas, e as nações terão de saber que eu sou Jeová’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová, ‘quando eu for santificado entre vós diante dos seus olhos. E vou tirar-vos dentre as nações e reunir-vos dentre todas as terras, e vou fazer-vos chegar ao vosso solo. E vou aspergir-vos com água limpa e vós vos tornareis limpos; purificar-vos-ei de todas as vossas impurezas e de todos os vossos ídolos sórdidos. E vou dar-vos um coração novo, e porei no vosso íntimo um espírito novo, e vou remover da vossa carne o coração de pedra e dar-vos um coração de carne. E porei meu espírito no vosso íntimo, e vou agir de modo a que andeis nos meus regulamentos, e guardareis as minhas decisões judiciais e realmente as cumprireis. E haveis de morar na terra que dei aos vossos antepassados, e tereis de tornar-vos meu povo e eu mesmo me tornarei o vosso Deus.’” — Ezequiel 36:22-28.

29. Por causa de que restabeleceu Jeová seu restante ungido em 1919, e como se tornou evidente que Ele se tornou seu libertador e restabelecedor?

29 Não por qualquer merecimento da parte deles, mas pela causa de seu próprio nome santo foi que Jeová restabeleceu os do restante ungido do Israel espiritual no seu domínio privilegiado, em 1919 E. C., pouco depois do fim da Primeira Guerra Mundial. Isto surpreendeu as nações da cristandade e do paganismo. Tornou-se-lhes evidente que o Senhor Deus apesar de tudo, agia a seu favor. E quando esses tornaram bem público que o nome de seu Deus é Jeová (como na página 14 de A Harpa de Deus, publicado em inglês em 1921; em português em 1925), * então as nações não tinham mais desculpa para não saber quem era o libertador e restabelecedor do restante dos israelitas espirituais. Então entrou em vigor a declaração do propósito de Jeová, que se aplica às nações que profanaram o nome de Deus, por causa do que aconteceu aos israelitas espirituais:

30. Que objetivo divino de importância internacional entrou em vigor?

30 “‘E as nações terão de saber que eu sou Jeová’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová, ‘quando eu for santificado entre vós diante dos seus olhos’.” — Ezequiel 36:23, NM; VB; veja Al.

31. Apesar de que procedimento da parte dos tradutores modernos da Bíblia ficou mais amplamente conhecido o nome divino?

31 Evidentemente porque o nome divino tem ficado ligado com muito destaque com as testemunhas cristãs de Jeová, os tradutores, na cristandade, que produzem versões novas e modernas da Bíblia Sagrada omitem o nome Jeová, na maior parte ou totalmente, e o substituem pela palavra “DEUS” ou “SENHOR”. Não obstante, o nome de Jeová torna-se cada vez mais conhecido, visto que Ele o santificou entre seu restante de israelitas espirituais perante os olhos de nações gentias, dentro e fora da cristandade.

32. Como se esforçou o povo dedicado de Jeová a santificar Seu nome entre as nações e o que descobriram as nações que tocaram no Seu povo fiel?

32 Mostra-se às nações que Jeová produziu um povo dedicado que considera Seu nome tão sagrado, tão santo, tão merecedor de reverência, que procuram mantê-lo livre do vitupério que qualquer mau procedimento de sua parte possa causar; procuram, antes, fazer todas as coisas para a glória de Seu nome. Por isso preferem antes obedecer a Ele como governante do que aos homens, quando há um conflito entre a lei de Deus e as leis formuladas por homens que desconsideram a Deus. (Atos 5:29) Quando as nações hostilizam e perseguem o povo que Jeová tem tirado para o seu nome, estas nações descobrem que têm um problema embaraçador nas mãos. Verificam que, quando usam seu poder político para forjar “desgraça por meio de decreto”, para forjar “o mal tendo por pretexto uma lei” contra o povo que leva o nome de Jeová, este subterfúgio legal no fim não funciona, e Jeová torna público que ele não se alia nem se associa com tais causadores de dificuldades. (Salmo 94:20; NM; Al; Zacarias 12:2-4) Nenhuma nação pode injustamente tocar nas Suas testemunhas fiéis sem, por fim, ter de prestar contas a Jeová.

33. Como purificou Jeová os de seu restante restabelecido até mesmo de “ídolos sórdidos” e que espécie de “coração” lhes deu?

33 Assim como as impurezas da menstruação são lavadas com água limpa, assim Jeová purificou seu restante restabelecido da impureza religiosa por meio de seus instrumentos purificadores, como que aspergindo água pura sobre eles. Visto que ele os purificou dos “ídolos sórdidos” deste sistema mundano de coisas, quão coerente então é que eles se recusem a idolatrar dignitários políticos, militares ou religiosos ou a fazer gestos idólatras e adotar atitudes idólatras para com imagens, estátuas ou emblemas! Tirou deles a dureza de coração e deu-lhes um “coração de carne”, que tem amor e afeição para induzi-los a guardar suas decisões judiciais e a andar nos seus regulamentos.

34. O que produz o “novo espírito” que lhes deu e até que ponto tornou-se ele seu Deus?

34 Ele pôs no seu íntimo um “espírito novo”, isto é, “meu espírito”, de modo a produzirem os frutos de Seu espírito, tais como “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”, contra os quais não há lei divina. (Gálatas 5:22, 23) Eles, como seguidores batizados de seu Filho Jesus Cristo, tornaram-se povo de Jeová, e ele tornou-se seu Deus, a quem dão sua devoção exclusiva. — Ezequiel 36:25-28.

35. De que modo prometeu Jeová abençoar seu povo restabelecido, e por que mostrariam os sentimentos deles que não era por causa deles que Ele fez isso?

35 Para corrigir qualquer impressão errônea que as nações possam ter sobre Ele, por ele ter disciplinado seu povo, Jeová abençoou abundantemente seu restante restabelecido, desde 1919. Foi exatamente assim como prometeu profeticamente por intermédio de seu profeta Ezequiel: “‘E vou salvar-vos de todas as vossas impurezas, e vou chamar o cereal e fazê-lo abundar, e não porei sobre vós nenhuma fome. E certamente farei abundar os frutos da árvore e os produtos do campo, para que não mais recebais entre as nações o vitupério da fome. E forçosamente haveis de lembrar-vos dos vossos maus caminhos e das vossas ações que não eram boas, e forçosamente tereis aversão à vossa própria pessoa por causa dos vossos erros e por causa das vossas coisas detestáveis. Não é por vós que faço isso’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová, ‘seja isso sabido por vós. Envergonhai-vos e senti-vos humilhados por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel’.” — Ezequiel 36:29-32.

36. Em vista de tal bondade imerecida para com eles, como se sentem para com as coisas que fizeram no passado, e eles são gratos por Deus os deixar saber o quê?

36 Por causa desta bondade divina para com eles no seu domínio espiritual restabelecido, os membros do restante ungido têm aversão a si mesmos ao olharem para trás, para o que eram no passado, percebendo seus erros e procedimentos maus que não glorificaram o nome de Deus. Sentem-se envergonhados, sentem-se humilhados só de pensar nisso. Esta atitude elimina deles qualquer inclinação de se empenhar novamente em impurezas espirituais e imorais de sua própria vontade. Assim, em vista do efeito que a benignidade imerecida de Jeová tem sobre eles no seu domínio restabelecido, ele os salva de todas as suas impurezas. Reconhecem vividamente que não foi por qualquer bondade sua no passado, que não foi por causa deles, que ele, figurativamente, fez brotar do solo o cereal sustentador da vida e produzir tão abundantemente, de modo que as nações mundanas não os podem vituperar por causa de alguma fome de alimento e provisões espirituais. São gratos que Deus lhes faz saber que fez tudo isso para eles por causa de Seu santo nome. Por isso, em toda a humildade, santificam o nome de Jeová na sua vida.

“COMO O JARDIM DO ÉDEN”, COM UMA POPULAÇÃO

37, 38. Por conseguinte, o que se tornou agora o domínio espiritual dos do restante restabelecido e como predisse isso Jeová a Ezequiel?

37 Por causa desta compaixão divina para com o nome de Jeová, o domínio espiritual do restante restabelecido tornou-se um Paraíso espiritual. Isto foi reconhecido por observadores informados, que notaram esta transformação. É assim como predisse o Deus que respeita seu nome:

38 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘No dia em que eu vos purificar de todos os vossos erros vou fazer também que as cidades sejam habitadas, e terão de ser reconstruídos os lugares devastados. E a própria terra desolada será cultivada, sendo que se tornará um baldio desolado diante dos olhos de todo transeunte. E as pessoas hão de dizer: “Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden, e as cidades que estavam devastadas e que tinham sido desoladas e derrotadas estão fortificadas; foram habitadas.” E as nações que se deixarão restar em volta de vós terão de saber que eu, Jeová, é que construí as coisas derrubadas, plantei o que estava desolado. Eu, Jeová, é que falei e fiz isso.”’ — Ezequiel 36:33-36.

39. O que nos diz Esdras 3:1, 2 sobre o início do cumprimento antigo desta profecia?

39 Escreveu-se a respeito do começo do cumprimento antigo desta profecia brilhante, em Esdras 3:1, 2: “Ao chegar o sétimo mês [tisri; no fim dos setenta anos de desolação, em 537 A. E. C.], os filhos de Israel estavam nas suas cidades. E o povo começou a ajuntar-se como um só homem em Jerusalém. E Jesus, filho de Jeozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel [o governador], filho de Sealtiel, e seus irmãos, passaram a levantar-se e a construir o altar do Deus de Israel, para oferecer sobre ele sacrifícios queimados, segundo o que está escrito na lei de Moisés, o homem do verdadeiro Deus.” Os israelitas que retornaram de Babilônia somaram então 42.360, acompanhados por 7.337 escravos e uns 200 a 245 cantores profissionais. Isto perfazia um total de quase 50.000 pessoas. — Esdras 2:64, 65; Neemias 7:66, 67.

40. O que aconteceu em 1919 E. C. com o povo restabelecido de Jeová, que corresponde àquela primeira reunião em Jerusalém após o exílio?

40 Assim também no ano 1919 de nossa Era Comum, o livramento de oito funcionários e representantes destacados da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), em março, da penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A., ocorreu em símbolo do livramento dos Estudantes Internacionais da Bíblia da servidão e opressão babilônica. Logo no mês seguinte, na noite de domingo, 13 de abril, muitos milhares destes dedicados Estudantes da Bíblia reuniram-se em gratidão, nas congregações em todo o mundo, para celebrar a Ceia do Senhor, que é o aniversário da instituição, por Jesus, desta comemoração de sua morte. Os primeiros relatórios das congregações que tinham uma assistência de trinta ou mais pessoas em apenas oito cidades européias e mais 164 cidades na América do Norte e do Sul mostraram uma assistência total de 17.961 pessoas. Os relatórios adicionais, posteriores, não foram publicados (Veja The Watch Tower de 15 de maio de 1919, página 151.) Mais tarde, naquele ano em 1.º a 8 de setembro, realizou-se o primeiro congresso geral do após-guerra da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Cedar Point, Ohio, E. U. A., ao qual assistiram cerca de 6.000 Estudantes da Bíblia. No domingo, 7 de setembro de 1919, a assistência foi de 7.000.

41. Como foram “fortificadas” e “habitadas” as “cidades” figurativas?

41 As congregações do restante restabelecido dos israelitas espirituais eram como as cidades do antigo Israel. Tornaram-se “fortificadas” especialmente pela organização melhor delas para atividade em cumprimento da profecia de Jesus em Mateus 24:14, de pregar as boas novas do reino estabelecido de Deus em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações. Ficaram fortificadas mais plenamente no ano 1938, quando se aplicou em todas as congregações em todo o globo a regência teocrática centralizada, em vez de a regência congregacional, local. Aumentou o número destas congregações fortalecidas e de seus habitantes.

42. Por que foi evidentemente Jeová quem fez isso, e como se ampliou a apresentação dos “frutos” do reino de Deus?

42 Foi evidentemente o próprio Jeová quem fez isso, visto que as nações da cristandade e do mundo estavam em oposição e não cooperavam com isso. Foi ele quem abençoou o domínio espiritual de seu restante restabelecido, para que se tornasse bem frutífero e produtivo. A fim de ampliar a apresentação dos “frutos” do reino de Deus em toda a terra habitada, a Sociedade Torre de Vigia estabeleceu e ampliou gráficas em muitas partes da terra, para a produção de literatura bíblica em milhões de exemplares, em muitos idiomas, para ser distribuída gratuitamente entre o povo pelos do restante restabelecido, ou então por uma contribuição nominal, surpreendentemente pequena. Os terríveis estragos causados pela Segunda Guerra Mundial, de 1939-1945, não diminuíram isso. — Mateus 21:43.

43. Além dos “frutos” do reino de Deus, de que outra maneira tornou-se frutífera a congregação do povo de Jeová, e o que tiveram de exclamar os observadores sinceros a respeito do seu domínio espiritual?

43 Não só aumentou a oferta dos “frutos” do Reino pela expansão da pregação do Reino em todo o mundo, mas também aumentou a espiritualidade das congregações: Isto se deu especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, apesar do ritmo então acelerado da desmoralização da sociedade humana dentro da cristandade, bem como fora dela. Nas congregações, os “frutos do espírito” de Deus tornaram-se mais abundantes em “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio’. (Gálatas 5:22, 23) Isto se evidenciou não só nas congregações locais das testemunhas de Jeová, mas também nas reuniões mais públicas, em assembléias de circuito, de distrito, nacionais e internacionais em toda a terra. Em contraste com a condição religiosa arruinada da cristandade, os observadores sinceros da prosperidade espiritual do domínio espiritual das testemunhas de Jeová se viram obrigados a exclamar: “Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden.” (Ezequiel 36:35) A quem se deve isso?

44. A quem se devia esta transformação e quem notaria isso?

44 O mérito real disso não cabe aos do restante ungido, nem aos da “grande multidão” de “outras ovelhas” de Cristo, mas sim a Jeová. Ele falou disso profeticamente há muito tempo atrás. Fez isso em nosso tempo. Pela causa de seu Nome muito difamado, ele transformou o anterior domínio espiritual desolado de seu restante ungido num Paraíso espiritual, num “jardim do Éden”, o qual, assim como o original jardim do Éden nos dias de Adão, é a plantação de Jeová. (Gênesis 2:7-9) Que as nações do mundo tomem nota disso.

45. Por meio de Ezequiel, o que prometeu Jeová fazer a respeito das cidades desabitadas de Judá, e o que fizeram neste respeito os israelitas exilados?

45 Lá nos dias do profeta Ezequiel, no exílio em Babilônia, esta transformação paradísica da pátria desolada era algo a ser ainda procurado e buscado, visto que passariam ainda décadas no exílio em Babilônia. Era esta situação, naquele tempo, que Deus comentou com seu profeta Ezequiel, dizendo: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Por isso é que me deixarei ainda ser buscado pela casa de Israel, para fazer para eles: Multiplicá-los-ei com homens qual rebanho. Qual rebanho de pessoas santas, qual rebanho de Jerusalém nas suas épocas festivas, assim é que as cidades que estavam devastadas se tornarão cheias de um rebanho de homens; e as pessoas terão de saber que eu sou Jeová.’” — Ezequiel 36:37, 38.

46. Quanto à profecia sobre a reprovação das cidades da terra de Judá, como se contrasta hoje a situação do restante ungido com a dos judeus exilados?

46 Lá naquele tempo, há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, esta reprovação das cidades devastadas da terra de Judá era algo a ser buscado de Jeová por parte daqueles judeus exilados que se arrependeram e que desejavam o cumprimento das promessas misericordiosas de Jeová, especialmente para a santificação e vindicação de seu santo nome. Certo número daqueles judeus exilados sobreviveu e retornou à sua pátria, presenciando a realização da promessa de Jeová, de repovoar a sua pátria amada. (Esdras 3:12) Atualmente, neste século vinte, já se passaram décadas desde o ano de libertação de 1919. Para os do restante ungido não é mais uma questão de buscar a Jeová, para que ele repovoe o domínio espiritual do “Israel de Deus” com pessoas santas. Isto já é agora um fato consumado, e ainda não chegou ao fim o cumprimento da profecia. — Gálatas 6:16.

47. Quão extensamente aumentaram as congregações das testemunhas cristãs de Jeová, e como se evidencia que Ele, com respeito a um “rebanho de pessoas santas”, fez um bem maior para seu estado espiritual do que no seu começo?

47 Nos seis grandes continentes acima da região antártica e nas ilhas dos sete mares, o número das congregações das testemunhas cristãs de Jeová tem aumentado, para se usufruir o mais amplamente possível o domínio espiritual, o Paraíso espiritual, do Israel cristão de Deus. Fazendo um bem maior e mais abundante para o domínio espiritual de Suas testemunhas cristãs do que no seu começo ou na sua “situação inicial”, Jeová o tem enchido dum vasto “rebanho de homens”. (Ezequiel 36:11) Assim como as doze tribos de Israel costumavam afluir a Jerusalém e seu templo durante as três “épocas festivas” do ano (na Páscoa, em Pentecostes e na festividade das barracas), assim as testemunhas cristãs de Jeová têm tido o prazer de se ajuntar, não só nos seus Salões do Reino locais, mas, de maneira espantosa, em suas assembléias regulares de circuito, de distrito, nacionais e internacionais.

48. Que exemplo de tal ajuntamento foi dado no caso das Assembléias de Distrito “Homens de Boa Vontade” de junho a dezembro de 1970?

48 Por exemplo, durante as assembléias de distrito chamadas “Homens de Boa Vontade”, no ano de 1970, as assistências ultrapassaram as expectativas. Nestas assembléias de distrito, em todos os seis continentes, o discurso para o público em geral era principalmente sobre o tema “A Salvação da Raça Humana — ao Modo do Reino”. * A assistência a elas, de junho a dezembro, ascendeu ao total de mais de um milhão de pessoas.

49. Em que modo de salvação, conforme declarado por Pedro aos judeus no dia de Pentecostes, crêem ainda as testemunhas cristãs de Jeová?

49 Lá no ano 33 E. C., na época festiva de Pentecostes, no início da congregação cristã, o apóstolo Pedro disse a um rebanho de judeus interessados na salvação eterna: “E todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Atos 2:21; citado de Joel 2:32) As testemunhas cristãs de Jeová, na atualidade, ainda crêem neste modo imutável de salvação.

50. Como se divulga o nome de Deus por meio deste ajuntamento das testemunhas cristãs de Jeová, e o que se pode dizer a respeito de pessoas procurarem a associação vitalizadora com elas?

50 Por este motivo, não só se reúnem, mas divulgam também o nome de Jeová, como o Autor divino da salvação por meio de seu Filho Jesus Cristo. (Romanos 10:10-14) De outro modo, apenas pela reunião de Seu povo dedicado, as pessoas não saberiam que, conforme Ele disse: “Eu sou Jeová.” Mas, visto que o crescente rebanho de testemunhas cristãs de Jeová proclama Seu nome em toda a parte, como o único nome a ser invocado para a salvação, por meio de Jesus Cristo, cada vez mais pessoas buscam a associação vitalizadora destas testemunhas. Na celebração anual da Ceia do Senhor, em 29 de março de 1972, qual foi o número dos presentes em todo o mundo? O total dos relatórios recebidos mostrou que era de 3.662.407. (Página 31 de 1973 Yearbook of Jehovah’s Witnesses) Isto em mais de 27.000 congregações das testemunhas de Jeová.

51. Em vista da comparação entre o número publicado dos proclamadores do Reino e dos que assistiram à Ceia do Senhor, que é evidente a respeito do propósito declarado de Jeová, e por quê?

51 Na época da sua celebração da comemoração anual da morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, apenas a média de 1.510.245 testemunhas de Jeová proclamavam regularmente o reino messiânico de Jeová em mais de duzentas terras. A diferença entre este número de proclamadores ativos e a assistência mundial à Ceia do Senhor evidencia que quase dois milhões de pessoas passaram então por aquilo que o Fazedor de todas estas coisas maravilhosas predisse, a saber: “As pessoas terão de saber que eu sou Jeová.” (Ezequiel 36:38) Além de qualquer refutação, Jeová transformou este domínio espiritual anteriormente desolado de suas testemunhas ungidas, o atual restante do Israel espiritual, num “jardim do Éden” espiritual, e Ele fez isso por causa de seu próprio nome digno. — Ezequiel 36:22.

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 14 Veja Britannica Book of the Year de 1964, página 728, coluna 1.

^ parágrafo 29 A Harpa de Deus atingiu uma tiragem de 5.819.037 exemplares em 22 idiomas. Esgotado.

^ parágrafo 48 Em Freetown, Serra Leoa, em Lagos, Nigéria, e em Nairobi, Quênia, na África, o discurso público era sobre o tema “O Restabelecimento de Todas as Coisas das Quais Deus Falou”.

[Perguntas de Estudo]

[Gráfico na página 296]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Aumento no número dos proclamadores do NOME DE DEUS (Cada pessoa representa 100.000 proclamadores)

ANO

1939 61.589

1942 106.000

1945 127.478

1948 230.532

1951 384.694

1954 525.924

1957 653.273

1960 851.378

1963 956.648

1966 1.058.675

1969 1.256.784

1971 1.502.180 (Fev.)