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Salvação e alegria sob o reinado do Messias

Salvação e alegria sob o reinado do Messias

Capítulo Treze

Salvação e alegria sob o reinado do Messias

Isaías 11:1–12:6

1. Descreva a condição espiritual do povo pactuado de Deus nos dias de Isaías.

NOS dias de Isaías, a condição espiritual do povo pactuado de Deus era ruim. Mesmo sob o reinado de reis fiéis, como Uzias e Jotão, muitos adoravam nos altos. (2 Reis 15:1-4, 34, 35; 2 Crônicas 26:1, 4) Quando Ezequias se tornou rei, teve de remover do país os acessórios da adoração de Baal. (2 Crônicas 31:1) Não é de admirar que Jeová exortasse seu povo a retornar a ele e os advertisse sobre a disciplina que sofreriam.

2, 3. Que encorajamento Jeová fornece para quem deseja servi-lo apesar da generalizada falta de fé?

2 Contudo, nem todos eram rebeldes insolentes. Jeová tinha profetas fiéis, e provavelmente havia alguns judeus que lhes davam ouvidos. Para eles, Jeová tinha palavras encorajadoras. Após descrever as terríveis depredações que Judá sofreria durante a invasão dos assírios, o profeta Isaías foi inspirado a escrever uma das mais belas passagens registradas na Bíblia, uma descrição das vindouras bênçãos sob o reinado do Messias. * Alguns aspectos dessas bênçãos se cumpriram em escala menor quando os judeus retornaram do cativeiro em Babilônia. Mas um cumprimento principal da profecia como um todo ocorre hoje. É verdade que Isaías e judeus fiéis, contemporâneos dele, não viveram para ver essas bênçãos. Mas eles as aguardavam ansiosamente, com fé, e verão o cumprimento das palavras de Isaías após a ressurreição. — Hebreus 11:35.

3 Atualmente, o povo de Jeová também precisa de encorajamento. Os valores morais em rápido declínio no mundo, a feroz oposição à mensagem do Reino e as fraquezas pessoais constituem desafios para todos eles. As maravilhosas palavras de Isaías sobre o Messias e seu reinado podem fortalecer e ajudar o povo de Deus a enfrentar esses desafios.

O Messias — um líder capaz

4, 5. O que Isaías profetizou com respeito à vinda do Messias, e que aplicação Mateus parece ter feito dessas palavras?

4 Séculos antes do nascimento de Isaías, outros escritores bíblicos, hebreus, profetizaram a vinda do Messias, o verdadeiro Líder, a quem Jeová enviaria a Israel. (Gênesis 49:10; Deuteronômio 18:18; Salmo 118:22, 26) Agora, Jeová fornece mais detalhes por meio de Isaías, que escreve: “Do toco de Jessé terá de sair um renovo; e das suas raízes frutificará um rebentão.” (Isaías 11:1; note Salmo 132:11.) As palavras “renovo” e “rebentão” indicam que o Messias seria o descendente de Jessé por meio de seu filho Davi, que havia sido ungido com óleo para ser rei de Israel. (1 Samuel 16:13; Jeremias 23:5; Revelação [Apocalipse] 22:16) Quando chegasse o verdadeiro Messias, esse “rebentão” da casa de Davi produziria frutos de boa qualidade.

5 Jesus é o prometido Messias. Mateus, escritor do Evangelho que leva seu nome, aludiu às palavras de Isaías 11:1 quando disse que o fato de Jesus ser chamado de “Nazareno” cumpria as palavras dos profetas. Por ter sido criado na cidade de Nazaré, Jesus era chamado de Nazareno, nome aparentemente relacionado com a palavra hebraica usada em Isaías 11:1 para “rebentão”. * — Mateus 2:23, nota; Lucas 2:39, 40.

6. De acordo com a profecia, que tipo de governante seria o Messias?

6 Que tipo de governante seria o Messias? Seria como o cruel e obstinado assírio que destruiu o reino setentrional de dez tribos de Israel? É óbvio que não. Isaías diz a respeito do Messias: “Sobre ele terá de pousar o espírito de Jeová, o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová; e deleitar-se-á no temor de Jeová.” (Isaías 11:2, 3a) O Messias seria ungido, não com óleo, mas com o espírito santo de Deus. Isso aconteceu no batismo de Jesus, quando João, o Batizador, viu o espírito santo de Deus descer sobre Jesus em forma de pomba. (Lucas 3:22) O espírito de Jeová ‘pousou sobre Jesus’, e ele deu evidência de ter esse espírito ao agir com sabedoria, compreensão, obediência, poder e conhecimento. Que excelentes qualidades para um governante!

7. Que promessa Jesus fez aos seus seguidores leais?

7 Os seguidores de Jesus também podem receber espírito santo. Jesus declarou num de seus discursos: “Se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o Pai, no céu, dará espírito santo aos que lhe pedirem!” (Lucas 11:13) Por isso, jamais devemos hesitar em pedir espírito santo a Deus, nem deixar de desenvolver seus frutos salutares — “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. (Gálatas 5:22, 23) Jeová promete atender os seguidores de Jesus que pedem “sabedoria de cima” a fim de ajudá-los a ser bem-sucedidos em lidar com os desafios da vida. — Tiago 1:5; 3:17.

8. Como Jesus deriva alegria por ter temor de Jeová?

8 Em que sentido o Messias teria temor de Jeová? Jesus obviamente não teria medo de Jeová, ficando temeroso de ser condenado por ele. Em vez disso, o Messias teria respeitoso temor de Deus, uma amorosa reverência por ele. Assim como Jesus, a pessoa que teme a Deus sempre deseja fazer ‘as coisas que Lhe agradam’. (João 8:29) Jesus nos ensina, por palavra e exemplo, que não há alegria maior do que viver cada dia no temor salutar de Jeová.

Um juiz justo e misericordioso

9. Que exemplo Jesus dá aos que precisam atuar como juízes na congregação cristã?

9 Isaías prediz mais sobre as características do Messias: “Não julgará pelo que meramente parece aos seus olhos, nem repreenderá simplesmente segundo a coisa ouvida pelos seus ouvidos.” (Isaías 11:3b) Se você tivesse de comparecer perante um tribunal, não gostaria de ser julgado por um juiz assim? Como Juiz de toda a humanidade, o Messias não é influenciado por argumentos falsos, manobras jurídicas astutas, boatos ou coisas superficiais, como riqueza, por exemplo. Ele detecta qualquer trapaça e vê além das aparências externas desfavoráveis, discernindo “a pessoa secreta do coração”, “o homem oculto”. (1 Pedro 3:4, nota) O exemplo superlativo de Jesus serve de modelo para todos que precisam atuar como juízes na congregação cristã. — 1 Coríntios 6:1-4.

10, 11. (a) De que maneira Jesus corrige seus seguidores? (b) Que sentença Jesus aplicará aos perversos?

10 Como as qualidades superlativas do Messias influenciarão suas decisões judiciais? Isaías explica: “Terá de julgar com justiça os de condição humilde e terá de dar repreensão com retidão em benefício dos mansos da terra. E terá de golpear a terra com a vara da sua boca; e ao iníquo entregará à morte com o espírito de seus lábios. E a justiça terá de mostrar ser o cinto de seus quadris, e a fidelidade, o cinto de seus lombos.” — Isaías 11:4, 5.

11 Quando seus seguidores precisam de correção, Jesus a aplica de uma maneira que possam tirar o maior benefício — um excelente exemplo para os anciãos cristãos. Por outro lado, os que praticam atos perversos podem esperar uma sentença severa. Quando Deus ajustar as contas com este sistema, o Messias irá “golpear a Terra” com sua voz de autoridade, proferindo uma sentença de destruição para todos os perversos. (Salmo 2:9; note Revelação 19:15.) Por fim, não haverá mais pessoas perversas para perturbar a paz da humanidade. (Salmo 37:10, 11) Jesus, que tem os quadris e os lombos cingidos com justiça e fidelidade, tem poder para fazer isso. — Salmo 45:3-7.

Mudança de condições na Terra

12. Que preocupações poderia ter um judeu ao pensar em voltar de Babilônia para a Terra Prometida?

12 Pense num israelita que tivesse acabado de tomar conhecimento do decreto emitido por Ciro para que os judeus voltassem a Jerusalém e reconstruíssem o templo. Deixaria ele a segurança de Babilônia para fazer a longa viagem para casa? Durante os 70 anos de ausência do povo de Israel, o mato tomou conta dos campos abandonados. Lobos, leopardos, leões e ursos vagueavam livremente por eles. Najas também passaram a habitar ali. Para sobreviver, os judeus que regressassem à sua terra teriam de depender de animais domésticos — rebanhos e manadas proveriam leite, lã e carne, e bois puxariam o arado. Seriam os animais devorados por predadores? As crianças seriam picadas por cobras? Que dizer do perigo de caírem em emboscadas durante a viagem?

13. (a) Que quadro emocionante Isaías descreve? (b) Como sabemos que a paz descrita por Isaías envolveria mais do que a segurança contra animais selvagens?

13 A seguir, Isaías descreve um quadro emocionante das condições que Deus implantaria no país. Ele diz: “O lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles. E a própria vaca e a ursa pastarão; juntas se deitarão as suas crias. E até mesmo o leão comerá palha como o touro. E a criança de peito há de brincar sobre a toca da naja; e a criança desmamada porá realmente sua própria mão sobre a fresta de luz da cobra venenosa. Não se fará dano, nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” (Isaías 11:6-9) Palavras emocionantes, não é verdade? Observe que a paz descrita aqui resultaria de terem conhecimento de Jeová. Assim, não se tratava apenas de estarem seguros contra animais selvagens. O conhecimento de Jeová não mudaria animais, mas influenciaria pessoas. Quer em viagem a caminho de casa, quer em sua terra restaurada, os israelitas não precisariam temer os animais selvagens nem os homens com personalidades animalescas. — Esdras 8:21, 22; Isaías 35:8-10; 65:25.

14. Qual é o cumprimento maior de Isaías 11:6-9?

14 Mas essa profecia tem um cumprimento maior. Em 1914, Jesus, o Messias, foi entronizado no monte Sião celestial. Em 1919, os remanescentes do “Israel de Deus” foram libertados do cativeiro babilônico e participaram na restauração da adoração verdadeira. (Gálatas 6:16) Isso abriu caminho para o cumprimento moderno da profecia de Isaías sobre o paraíso. O “conhecimento exato”, o conhecimento sobre Jeová, tem feito com que as pessoas transformem sua personalidade. (Colossenses 3:9, 10) Pessoas violentas tornaram-se pacíficas. (Romanos 12:2; Efésios 4:17-24) Esses acontecimentos já envolveram milhões, porque a profecia de Isaías engloba agora os cristãos com esperança terrestre, cujo número aumenta rapidamente. (Salmo 37:29; Isaías 60:22) Essas pessoas aprenderam a aguardar o tempo em que toda a Terra será transformada num paraíso seguro, pacífico, de acordo com o propósito original de Deus. — Mateus 6:9, 10; 2 Pedro 3:13.

15. É razoável esperarmos que as palavras de Isaías se cumpram literalmente no novo mundo? Explique.

15 Será que a profecia de Isaías terá um cumprimento adicional, talvez mais literal, no Paraíso restaurado? Parece razoável pensar que sim. A profecia dá a todos os que viverão sob o reinado do Messias a mesma garantia que deu aos israelitas que retornavam do cativeiro; eles e seus filhos não sentirão ameaça de fonte alguma — humana ou animal. Sob o reinado do Messias, todos os habitantes da Terra usufruirão condições pacíficas, similares às que Adão e Eva usufruíam no Éden. Obviamente, as Escrituras não revelam cada detalhe sobre como era a vida no Éden ou sobre como será no Paraíso. Mas podemos ter confiança de que, sob o governo sábio e amoroso do Rei Jesus Cristo, todas as coisas serão exatamente como deviam ser.

Restauração da adoração pura por meio do Messias

16. O que serviu como sinal para o povo de Deus em 537 AEC?

16 O primeiro ataque contra a adoração pura se deu no Éden, quando Satanás conseguiu influenciar Adão e Eva a desobedecer a Jeová. Até hoje, Satanás não desistiu do objetivo de desviar de Deus o maior número possível de pessoas. Mas Jeová jamais permitirá que a adoração pura seja eliminada da Terra. Seu nome está envolvido, e ele se importa com os que o servem. Por isso, ele faz uma notável promessa por meio de Isaías: “Naquele dia terá de acontecer que haverá a raiz de Jessé posta de pé qual sinal de aviso para os povos. A ele é que irão consultar as nações, e seu lugar de descanso terá de tornar-se glorioso.” (Isaías 11:10) Em 537 AEC, Jerusalém, a cidade que Davi havia transformado em capital nacional, serviu como sinal, chamando um restante fiel do povo judeu disperso para retornar e reconstruir o templo.

17. Como Jesus ‘surgiu para governar nações’, tanto no primeiro século como em nossos dias?

17 Contudo, a profecia chama atenção para mais do que isso. Como já vimos, ela aponta para o reinado do Messias, o verdadeiro Líder para pessoas de todas as nações. O apóstolo Paulo citou Isaías 11:10 para mostrar que, nos seus dias, as pessoas das nações teriam um lugar na congregação cristã. Citando a tradução desse versículo conforme a versão Septuaginta, ele escreveu: “Isaías diz: ‘Haverá a raiz de Jessé, e haverá um surgindo para governar as nações; nele é que as nações basearão a sua esperança.’” (Romanos 15:12) Além disso, o alcance da profecia se estende até os nossos dias, quando pessoas de todas as nações demonstram amor a Jeová por apoiar os irmãos ungidos do Messias. — Isaías 61:5-9; Mateus 25:31-40.

18. Como Jesus tem servido como “ponto de agrupamento” em nossos dias?

18 No cumprimento moderno, ‘aquele dia’ mencionado por Isaías começou quando o Messias foi entronizado como Rei do Reino celestial de Deus, em 1914. (Lucas 21:10; 2 Timóteo 3:1-5; Revelação 12:10) Desde então, Jesus tem servido como sinal claro, um “ponto de agrupamento” para o Israel espiritual e para pessoas de todas as nações, que anseiam um governo justo. Sob a orientação do Messias, as boas novas do Reino têm sido pregadas a todas as nações, como Jesus predisse. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Essas boas novas têm um efeito poderoso. “Uma grande multidão, que nenhum homem [pode] contar, de todas as nações”, tem se submetido ao Messias por juntar-se ao restante ungido na adoração pura. (Revelação 7:9) À medida que muitos novos continuam a associar-se com o restante na “casa de oração” espiritual de Jeová, eles aumentam a glória do “lugar de descanso” do Messias, o grande templo espiritual de Deus. — Isaías 56:7; Ageu 2:7.

Um povo unido serve a Jeová

19. Em que duas ocasiões Jeová restaurou um restante de seu povo espalhado por toda a Terra?

19 A seguir, Isaías lembra aos israelitas que Jeová os havia salvado numa ocasião em que a nação estava sendo oprimida por um inimigo poderoso. Os judeus fiéis prezavam muito aquela parte da história de Israel — o fato de Jeová ter libertado a nação do cativeiro no Egito. Isaías escreve: “Naquele dia terá de acontecer que Jeová oferecerá novamente a sua mão, pela segunda vez, para adquirir o restante do seu povo, que remanescerá da Assíria, e do Egito, e de Patros, e de Cus, e de Elão, e de Sinear, e de Hamate, e das ilhas do mar. E ele há de levantar um sinal de aviso para as nações e ajuntar os dispersos de Israel; e reunirá os espalhados de Judá desde as quatro extremidades da terra.” (Isaías 11:11, 12) Como que levando-os pela mão, Jeová tiraria um fiel restante, tanto de Israel como de Judá, das nações às quais haviam sido espalhados e os levaria em segurança para casa. Isso aconteceu em pequena escala, em 537 AEC. Mas o cumprimento principal foi muito mais glorioso. Em 1914, Jeová suscitou o entronizado Jesus Cristo como “sinal de aviso para as nações”. Começando em 1919, os remanescentes do “Israel de Deus” passaram a ajuntar-se a esse sinal, ansiosos de participar na adoração pura sob o Reino de Deus. Essa nação espiritual ímpar procede de “toda tribo, e língua, e povo, e nação”. — Revelação 5:9.

20. Que união o povo de Deus usufruiria ao retornar de Babilônia?

20 A seguir, Isaías descreve a união da nação restaurada. Referindo-se ao reino setentrional como Efraim e ao reino meridional como Judá, ele diz: “O ciúme de Efraim terá de afastar-se, e até mesmo os que são hostis a Judá serão decepados. O próprio Efraim não terá ciúmes de Judá, nem será Judá hostil para com Efraim. E terão de voar contra o ombro dos filisteus ao oeste; juntos saquearão os filhos do Oriente. Edom e Moabe serão os sobre quem estenderão sua mão, e os filhos de Amom serão os seus súditos.” (Isaías 11:13, 14) Ao retornarem de Babilônia, os judeus não mais estariam divididos em duas nações. Membros de todas as tribos de Israel voltariam unidos ao seu país. (Esdras 6:17) Não mais demonstrariam ressentimentos e hostilidade uns para com os outros. Como povo unido, assumiriam uma posição triunfante perante seus inimigos das nações vizinhas.

21. Em que sentido é realmente notável a união do povo de Deus hoje?

21 Mais impressionante ainda é a união do “Israel de Deus”. Já por quase 2 mil anos, as 12 tribos simbólicas do Israel espiritual usufruem uma união baseada no amor a Deus e a seus irmãos e irmãs espirituais. (Colossenses 3:14; Revelação 7:4-8) Atualmente, o povo de Jeová em todo o mundo — tanto os do Israel espiritual como os que têm esperança de viver na Terra — desfruta de paz e união sob o governo do Messias, condições que as igrejas da cristandade desconhecem. As Testemunhas de Jeová formam uma frente espiritual unida contra os empenhos de Satanás de interferir na adoração que prestam a Deus. Como um só povo, cumprem a comissão dada por Jesus de pregar e ensinar as boas novas sobre o Reino do Messias em todas as nações. — Mateus 28:19, 20.

Obstáculos a vencer

22. Como Jeová ‘cortaria o esteiro do mar egípcio’ e ‘sacudiria sua mão contra o Rio’?

22 Havia muitos obstáculos, tanto literais como figurativos, dificultando a volta dos israelitas do exílio. Como seriam vencidos? Isaías diz: “Jeová certamente cortará o esteiro do mar egípcio e sacudirá sua mão contra o Rio, no fulgor do seu espírito. E terá de golpeá-lo nas suas sete torrentes e fará as pessoas realmente andar nas suas sandálias.” (Isaías 11:15) O próprio Jeová removeria todos os empecilhos ao retorno de seu povo. Mesmo um obstáculo tão assustador como um esteiro do mar Vermelho (como o golfo de Suez) ou tão intransponível como o poderoso rio Eufrates seria drenado, por assim dizer, para que se pudesse atravessá-lo sem ter de tirar as sandálias!

23. Em que sentido ‘viria a haver uma estrada principal saindo da Assíria’?

23 Nos dias de Moisés, Jeová preparou um caminho para Israel escapar do Egito e marchar para a Terra Prometida. Agora, ele faria algo similar: “Terá de vir a haver uma estrada principal saindo da Assíria para o restante do seu povo, que remanescerá, assim como veio a haver uma para Israel, no dia em que subiu da terra do Egito.” (Isaías 11:16) Jeová conduziria seu povo exilado ao retorno como se estivessem andando por uma estrada desde o exílio até sua terra natal. Opositores tentariam impedi-los, mas seu Deus, Jeová, estaria com eles. Atualmente, os cristãos ungidos e seus companheiros também sofrem ataques violentos, mas prosseguem corajosamente. Saíram da moderna Assíria, o mundo de Satanás, e ajudam outros a fazer o mesmo. Sabem que a adoração pura será bem-sucedida e prosperará. A obra não é de homens, mas de Deus.

Alegria infindável para os súditos do Messias!

24, 25. Que expressões de louvor e gratidão seriam proferidas pelo povo de Jeová?

24 Numa linguagem alegre, Isaías passa a descrever a extrema alegria do povo de Jeová por causa do cumprimento de Sua palavra: “Naquele dia seguramente dirás: ‘Agradecer-te-ei, ó Jeová, pois, embora te irasses comigo, tua ira recuou gradualmente e passaste a consolar-me.’” (Isaías 12:1) Jeová aplicaria uma disciplina severa ao seu povo rebelde. Mas cumpriria o objetivo de restabelecer a relação do povo com ele e restaurar a adoração pura. Jeová reassegurava a salvação aos seus adoradores fiéis. Não é de admirar que expressassem apreço!

25 Os israelitas repatriados teriam sua confiança em Jeová completamente confirmada, e clamariam: “‘Eis que Deus é minha salvação. Confiarei e não ficarei apavorado; porque Jah Jeová é minha força e meu poder, e ele veio a ser minha salvação.’ Com exultação haveis de tirar água dos mananciais de salvação.” (Isaías 12:2, 3) A palavra hebraica traduzida “poder”, no versículo 2 de Is 12, aparece como “louvor” na versão Septuaginta. Os adoradores irromperiam em cantos de louvor devido à salvação da parte de “Jah Jeová”. O termo “Jah”, uma forma abreviada do nome Jeová, é usado na Bíblia para expressar profundos sentimentos de louvor e gratidão. O fato de usarem a expressão “Jah Jeová” — menção dupla do nome divino — aumentaria ainda mais a intensidade do louvor a Deus.

26. Quem atualmente divulga em toda a Terra as ações de Deus?

26 Os verdadeiros adoradores de Jeová não conseguiriam esconder sua alegria. Isaías prediz: “Naquele dia certamente direis: ‘Agradecei a Jeová! Invocai o seu nome. Tornai conhecidas entre os povos as suas ações. Fazei menção de que seu nome deve ser sublimado. Entoai melodias a Jeová, porque agiu magnificamente. Isto se deve dar a conhecer em toda a terra.’” (Isaías 12:4, 5) Desde 1919, os cristãos ungidos — ajudados posteriormente por seus companheiros das “outras ovelhas” — têm ‘divulgado as excelências daquele que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz’. Eles compõem a “raça escolhida”, a “nação santa” reservada para esse propósito. (João 10:16; 1 Pedro 2:9) Os ungidos declaram que o santo nome de Jeová é sublime e participam em divulgá-lo em toda a Terra. Lideram todos os adoradores de Jeová em alegrar-se com a provisão que ele fez para salvá-los. É exatamente como Isaías exclama: “Grita estridentemente e grita de júbilo, ó moradora de Sião, pois grande no teu meio é o Santo de Israel.” (Isaías 12:6) O Santo de Israel é o próprio Jeová Deus.

Encare o futuro com confiança!

27. Enquanto aguardam a concretização de sua esperança, em que confiam os cristãos?

27 Nos nossos dias, milhões têm se ajuntado ao “sinal de aviso para os povos” — Jesus Cristo entronizado no Reino de Deus. Eles se alegram de ser súditos desse Reino e ficam emocionados por conhecer a Jeová Deus e seu Filho. (João 17:3) Derivam grande felicidade de seu companheirismo cristão unido e empenham-se com determinação para manter a paz, sinal distintivo dos verdadeiros servos de Jeová. (Isaías 54:13) Convencidos de que Jah Jeová é um Deus que cumpre suas promessas, têm confiança na esperança que nutrem e sentem grande alegria de partilhá-la com outros. Cada adorador de Jeová precisa continuar a usar todas as suas forças para servir a Deus e ajudar outros a fazer o mesmo. Que todos tomem a peito as palavras de Isaías e se alegrem na salvação por meio do Messias de Jeová!

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 2 “Messias” deriva-se da palavra hebraica ma·shí·ahh, que significa “o Ungido”. A palavra grega equivalente é Khri·stós, ou “Cristo”. — Mateus 2:4, nota.

^ parágrafo 5 A palavra hebraica para “rebentão” é né·tser, e para “Nazareno” é Nots·rí.

[Perguntas de Estudo]

[Fotos na página 158]

O Messias seria “um renovo” de Jessé, por meio do Rei Davi

[Foto de página inteira na página 162]

[Foto na página 170]

Isaías 12:4, 5, conforme aparece nos Rolos do Mar Morto (As ocorrências do nome de Deus estão em destaque.)