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A deslumbrante cidade

A deslumbrante cidade

Capítulo 43

A deslumbrante cidade

Visão 16 — Revelação 21:9–22:5

Assunto: A descrição da Nova Jerusalém

Tempo do cumprimento: Depois da grande tribulação e do lançamento de Satanás no abismo

1, 2. (a) Aonde um anjo leva João para ver a Nova Jerusalém, e que contraste observamos aqui? (b) Por que este é o grandioso clímax de Revelação?

UM ANJO havia levado João ao ermo para mostrar-lhe Babilônia, a Grande. Agora, um do mesmo grupo angélico leva João a um alto monte. Que contraste ele vê ali! Não há ali nenhuma cidade impura, imoral, tal como a meretriz babilônica, mas a Nova Jerusalém — pura, espiritual, santa — e ela desce do próprio céu. — Revelação 17:1, 5.

2 Nem mesmo a Jerusalém terrestre teve alguma vez tal glória. João informa-nos: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete tigelas cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: ‘Vem para cá, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.’ Levou-me assim no poder do espírito para um grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém descendo do céu, da parte de Deus, e tendo a glória de Deus.” (Revelação 21:9-11a) Do ponto de observação daquele alto monte João examina a bela cidade em todos os seus lindos pormenores. Homens de fé estiveram em viva expectativa da vinda dela, desde a queda da humanidade no pecado e na morte. Por fim, aqui está ela! (Romanos 8:19; 1 Coríntios 15:22, 23; Hebreus 11:39, 40) É uma magnífica cidade espiritual, composta de 144.000 leais mantenedores da integridade, deslumbrante na sua santidade e refletindo a própria glória de Jeová. Este é o grandioso clímax de Revelação!

3. Como João descreve a beleza da Nova Jerusalém?

3 A Nova Jerusalém é de uma empolgante beleza: “Seu resplendor era semelhante a uma pedra mui preciosa, como pedra de jaspe, brilhando como cristal. Tinha uma grande e alta muralha, e tinha doze portões, e, junto aos portões, doze anjos, e havia nomes inscritos, os quais são os das doze tribos dos filhos de Israel. Ao leste havia três portões, e ao norte havia três portões, e ao sul havia três portões, e ao oeste havia três portões. A muralha da cidade tinha também doze pedras de alicerce, e sobre elas os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.” (Revelação 21:11b-14) Quão apropriado é que a primeira impressão que João registra seja de uma resplandecente luminosidade! Radiante como noiva, a Nova Jerusalém é consorte apropriada para Cristo. Ela deveras resplandece, assim como é próprio para uma criação do “Pai das luzes celestiais”. — Tiago 1:17.

4. O que indica que a Nova Jerusalém não é a nação carnal de Israel?

4 Nos seus 12 portões há inscritos os nomes das 12 tribos de Israel. Portanto, essa simbólica cidade compõe-se dos 144.000, que foram selados “de toda tribo dos filhos de Israel”. (Revelação 7:4-8) Em harmonia com isso, as pedras de alicerce têm inscritos nelas os nomes dos 12 apóstolos do Cordeiro. Sim, a Nova Jerusalém não é a nação carnal de Israel, fundada nos 12 filhos de Jacó. Ela é o Israel espiritual, fundada nos “apóstolos e profetas”. — Efésios 2:20.

5. O que denota a “grande e alta muralha” da Nova Jerusalém e haver anjos postados em cada entrada dela?

5 A cidade simbólica tem uma enorme muralha. Nos tempos antigos, as muralhas das cidades eram construídas para segurança, a fim de manter os inimigos fora. A “grande e alta muralha” da Nova Jerusalém mostra que ela é espiritualmente segura. Nenhum inimigo da justiça, nenhum impuro ou desonesto, jamais conseguirá entrar nela. (Revelação 21:27) Mas, para aqueles que são admitidos nela, entrar nessa bela cidade é como entrar no Paraíso. (Revelação 2:7) Depois da expulsão de Adão, postaram-se querubins diante do Paraíso original, a fim de manter fora os humanos impuros. (Gênesis 3:24) De modo similar, há anjos postados em cada uma das entradas da santa cidade de Jerusalém, para garantir a segurança espiritual da cidade. De fato, no decorrer dos últimos dias, anjos têm resguardado de contaminação babilônica a congregação de cristãos ungidos, a qual se torna a Nova Jerusalém. — Mateus 13:41.

A Medição da Cidade

6. (a) Como João descreve a medição da cidade, e o que essa medição indica? (b) O que pode explicar que a medida usada era “segundo a medida de homem, sendo também a de anjo”? (Queira ver a nota de rodapé.)

6 João prossegue com o seu relato: “Ora, aquele que falava comigo segurava como medida uma cana de ouro, para medir a cidade, e os seus portões, e a sua muralha. E a cidade é quadrada, e o seu comprimento é tão grande como a sua largura. E ele mediu a cidade com a cana, doze mil estádios; o comprimento, e a largura, e a altura dela são iguais. Ele mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, segundo a medida de homem, sendo também a de anjo.” (Revelação 21:15-17) Quando se mediu o santuário do templo, isso garantiu o cumprimento dos propósitos de Jeová para com ele. (Revelação 11:1) Agora, medir o anjo a Nova Jerusalém mostra quão imutáveis são os propósitos de Jeová para com essa gloriosa cidade. *

7. O que é notável a respeito das medidas da cidade?

7 Que cidade notável! Ela é um perfeito cubo de 12.000 estádios (cerca de 2.220 quilômetros) de perímetro, cercada por uma muralha de 144 côvados, ou 64 metros, de altura. Nenhuma cidade literal poderia ter tais medidas. Abrangeria um território cerca de 14 vezes maior do que o do moderno Israel, e se elevaria a quase 560 quilômetros para dentro do espaço sideral! Revelação foi dada em sinais. Portanto, o que nos dizem essas medidas a respeito da Nova Jerusalém celestial?

8. O que denotam (a) a muralha da cidade, de 144 côvados de altura, (b) a medida da cidade, de 12.000 estádios, e (c) ter a cidade a forma de um perfeito cubo?

8 A muralha de 144 côvados de altura nos lembra que a cidade se compõe de 144.000 filhos de Deus, adotados espiritualmente. O número 12, que aparece na medida da cidade, de 12.000 estádios — com comprimento, largura e altura iguais — é usado figurativamente em contextos organizacionais nas profecias bíblicas. Portanto, a Nova Jerusalém é um arranjo organizacional de projeto sublime para a realização do propósito eterno de Deus. A Nova Jerusalém, junto com o Rei Jesus Cristo, é a organização do Reino de Jeová. Há também o formato da cidade: um perfeito cubo. No templo de Salomão, o Santíssimo, contendo uma representação simbólica da presença de Jeová, era um perfeito cubo. (1 Reis 6:19, 20) Quão apropriado é, assim, que a Nova Jerusalém, iluminada pela glória do próprio Jeová, seja vista como perfeito cubo em larga escala! Todas as suas medidas estão em perfeito equilíbrio. É uma cidade sem irregularidades ou defeitos. — Revelação 21:22.

Preciosos Materiais de Construção

9. Como João descreve os materiais de construção da cidade?

9 João continua com a sua descrição: “Ora, a estrutura da sua muralha era de jaspe, e a cidade era de ouro puro, como vidro límpido. E os alicerces da muralha da cidade estavam adornados com toda sorte de pedra preciosa: o primeiro alicerce era jaspe, o segundo, safira, o terceiro, calcedônia, o quarto, esmeralda, o quinto, sardônio, o sexto, sárdio, o sétimo, crisólito, o oitavo, berilo, o nono, topázio, o décimo, crisópraso, o undécimo, jacinto, o duodécimo, ametista. Também, os doze portões eram doze pérolas; cada um dos portões era de uma só pérola. E a rua larga da cidade era ouro puro, como vidro transparente.” — Revelação 21:18-21.

10. O que denota a cidade estar construída com jaspe, ouro e “toda sorte de pedra preciosa”?

10 A estrutura da cidade é deveras deslumbrante. Em vez de materiais de construção comuns, terrestres, tais como argila ou pedra, lemos sobre jaspe, ouro refinado e “toda sorte de pedra preciosa”. Quão apropriadamente isso retrata materiais de construção celestiais! Nada poderia ser mais magnífico. A antiga arca do pacto estava revestida de ouro puro, e, na Bíblia, esse elemento frequentemente representa coisas boas e valiosas. (Êxodo 25:11; Provérbios 25:11; Isaías 60:6, 17) Mas a inteira Nova Jerusalém, e mesmo sua rua larga, são construídas com “ouro puro, como vidro transparente”, retratando uma beleza e um valor intrínseco, que foge à imaginação.

11. O que garante que os que compõem a Nova Jerusalém brilharão com a mais elevada pureza espiritual?

11 Nenhum fundidor humano poderia produzir ouro de tal pureza. Mas Jeová é o Refinador Mestre. Ele está assentado “como refinador e purificador de prata”, e ele refina os membros individuais, fiéis, do Israel espiritual “como o ouro e como a prata”, removendo deles todas as impurezas. Somente aqueles que realmente tiverem sido refinados e purificados constituirão finalmente a Nova Jerusalém, e é desse modo que Jeová constrói a cidade com materiais de construção vivos, que brilham com a mais elevada excelência de pureza espiritual. — Malaquias 3:3, 4.

12. O que é indicado por (a) estarem os alicerces da cidade adornados com 12 pedras preciosas, e (b) os portões da cidade serem pérolas?

12 Até mesmo os alicerces da cidade são belos, adornados com 12 pedras preciosas. Isso traz à mente o antigo sumo sacerdote judeu, o qual, em dias cerimoniosos, usava um éfode incrustado de 12 pedras preciosas diferentes, parecidas às descritas aqui. (Êxodo 28:15-21) Isso certamente não é mera coincidência! Antes, enfatiza a função sacerdotal da Nova Jerusalém, de que Jesus, o grande Sumo Sacerdote, é a “lâmpada”. (Revelação 20:6; 21:23; Hebreus 8:1) Também, é por meio da Nova Jerusalém que os benefícios do ministério sumo sacerdotal de Jesus são canalizados para a humanidade. (Revelação 22:1, 2) Os 12 portões da cidade, cada um deles uma pérola de grande beleza, fazem lembrar a ilustração de Jesus, que comparou o Reino a uma pérola de grande valor. Todos os que entrarem por esses portões terão mostrado verdadeiro apreço por valores espirituais. — Mateus 13:45, 46; compare isso com Jó 28:12, 17, 18.

Uma Cidade de Luz

13. O que João diz a seguir a respeito da Nova Jerusalém, e por que a cidade não precisa dum templo literal?

13 No tempo de Salomão, um templo construído na maior elevação da cidade, no monte Moriá, ao norte, destacava-se na cidade. Mas que dizer da Nova Jerusalém? João diz: “E não vi templo nela, pois Jeová Deus, o Todo-poderoso, é o seu templo, também o Cordeiro o é. E a cidade não tinha necessidade do sol, nem da lua, para brilhar sobre ela, pois a glória de Deus a iluminava, e a sua lâmpada era o Cordeiro.” (Revelação 21:22, 23) Na verdade, não há nenhuma necessidade de construir ali um templo literal. O antigo templo judaico era apenas um modelo, e a realidade daquele modelo, o grande templo espiritual, existe desde que Jeová ungiu a Jesus como Sumo Sacerdote em 29 EC. (Mateus 3:16, 17; Hebreus 9:11, 12, 23, 24) Um templo também pressupõe uma classe sacerdotal oferecendo a Jeová sacrifícios a favor do povo. Mas todos os que fazem parte da Nova Jerusalém são sacerdotes. (Revelação 20:6) E o grande sacrifício, a vida humana perfeita de Jesus, foi oferecido de uma vez para sempre. (Hebreus 9:27, 28) Além disso, Jeová está pessoalmente acessível a todos os que moram na cidade.

14. (a) Por que a Nova Jerusalém não precisa que o sol e a lua raiem sobre ela? (b) O que a profecia de Isaías predisse a respeito da organização universal de Jeová, e como isso envolve a Nova Jerusalém?

14 No monte Sinai, quando a glória de Jeová passou por Moisés, isso fez com que o rosto de Moisés brilhasse tanto, que ele teve de cobri-lo diante de seus companheiros israelitas. (Êxodo 34:4-7, 29, 30, 33) Pode imaginar, então, o brilho duma cidade permanentemente iluminada pela glória de Jeová? Tal cidade não teria período noturno. Não teria necessidade de sol e lua literais. Irradiaria luz eternamente. (Veja 1 Timóteo 6:16.) A Nova Jerusalém é banhada por essa espécie de brilho radiante. De fato, essa noiva e seu Rei Noivo tornam-se a capital da organização universal de Jeová — a “mulher” dele, “a Jerusalém de cima” — a respeito da qual Isaías profetizou: “Para ti, o sol não mais se mostrará uma luz de dia, e para claridade, a própria lua não mais te dará luz. E Jeová terá de tornar-se para ti uma luz de duração indefinida, e teu Deus, a tua beleza. Não mais se porá o teu sol, nem minguará a tua lua; pois o próprio Jeová se tornará para ti uma luz de duração indefinida e terão acabado os dias do teu pranto.” — Isaías 60:1, 19, 20; Gálatas 4:26.

Uma Luz Para as Nações

15. Que palavras de Revelação a respeito da Nova Jerusalém são similares à profecia de Isaías?

15 Essa mesma profecia predisse também: “E nações hão de ir à tua luz e reis à claridade do teu raiar.” (Isaías 60:3) Revelação mostra que essas palavras incluiriam a Nova Jerusalém: “E as nações andarão por meio da sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória. E os seus portões de modo algum se fecharão de dia, porque não haverá ali noite. E trarão a ela a glória e a honra das nações.” — Revelação 21:24-26.

16. Quem são as “nações” que andarão por meio da luz da Nova Jerusalém?

16 Quem são essas “nações” que andam por meio da luz da Nova Jerusalém? São pessoas, outrora parte das nações deste mundo iníquo, que reagem favoravelmente à luz lançada por meio dessa gloriosa cidade celestial. As que mais se destacam entre elas são as da grande multidão, que já saíram “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, adorando a Deus dia e noite em associação com os da classe de João. (Revelação 7:9, 15) Depois de a Nova Jerusalém descer do céu e de Jesus usar as chaves da morte e do Hades para ressuscitar os mortos, juntar-se-ão a elas milhões de outras pessoas, originárias das “nações”, que passam a amar a Jeová e o Filho dele, o Marido-Cordeiro da Nova Jerusalém. — Revelação 1:18.

17. Quem são “os reis da terra” que ‘trazem a sua glória’ à Nova Jerusalém?

17 Então, quem são “os reis da terra” que “lhe trarão a sua glória”? Não são os reis literais da Terra, como grupo, porque eles desaparecem na destruição ao lutarem contra o Reino de Deus no Armagedom. (Revelação 16:14, 16; 19:17, 18) São esses reis pessoas em altos postos, das nações, que se tornam parte da grande multidão, ou são reis ressuscitados que se sujeitam ao Reino de Deus no novo mundo? (Mateus 12:42) Dificilmente, porque, na maior parte, a glória de tais reis era mundana e já desapareceu há muito tempo. “Os reis da terra”, portanto, que trazem sua glória à Nova Jerusalém, devem ser os 144.000, que são ‘comprados dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação’, para reinarem com o Cordeiro, Jesus Cristo. (Revelação 5:9, 10; 22:5) Trazem à cidade a sua glória dada por Deus para aumentar o resplendor dela.

18. (a) Quem ficará excluído da Nova Jerusalém? (b) Somente quem terá permissão de entrar na cidade?

18 João prossegue: “Mas, tudo o que não for sagrado, e todo aquele que praticar uma coisa repugnante e a mentira, de modo algum entrará nela; somente os escritos no rolo da vida do Cordeiro entrarão.” (Revelação 21:27) Nada maculado pelo sistema de coisas de Satanás pode ter parte na Nova Jerusalém. Embora os portões dela estejam permanentemente abertos, ninguém que “praticar uma coisa repugnante e a mentira” terá permissão de entrar. Não haverá apóstatas naquela cidade, nem quaisquer membros de Babilônia, a Grande. E se alguém tentar dessacrar a cidade por corromper seus futuros membros enquanto eles ainda estão na Terra, os esforços dele fracassarão. (Mateus 13:41-43) Apenas “os escritos no rolo da vida do Cordeiro”, os 144.000, entrarão finalmente na Nova Jerusalém. * — Revelação 13:8; Daniel 12:3.

O Rio de Água da Vida

19. (a) Como João descreve que a Nova Jerusalém canaliza bênçãos para a humanidade? (b) Quando corre o “rio de água da vida”, e como sabemos isso?

19 A deslumbrante Nova Jerusalém canalizará grandiosas bênçãos para a humanidade na Terra. Isso é o que João fica sabendo a seguir: “E ele me mostrou um rio de água da vida, límpido como cristal, correndo desde o trono de Deus e do Cordeiro, pelo meio de sua rua larga.” (Revelação 22:1, 2a) Quando corre esse “rio”? Visto que corre “desde o trono de Deus e do Cordeiro”, só pode ser depois do começo do dia do Senhor em 1914. Esse foi o tempo para o evento proclamado pelo toque da sétima trombeta e do grandioso anúncio: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo.” (Revelação 11:15; 12:10) Durante o tempo do fim, o espírito e a noiva têm convidado os de disposição correta a tomar de graça a água da vida. A água desse rio continuará à disposição de pessoas assim até o fim do atual sistema, e ainda depois no novo mundo, quando a Nova Jerusalém ‘descer do céu da parte de Deus’. — Revelação 21:2.

20. O que indica que certa medida de água da vida já está disponível?

20 Essa não é a primeira vez que se oferece água vitalizadora à humanidade. Quando Jesus esteve na Terra, ele falou sobre água que dava vida eterna. (João 4:10-14; 7:37, 38) Além disso, João está prestes a ouvir o amoroso convite: “O espírito e a noiva estão dizendo: ‘Vem!’ E quem ouve diga: ‘Vem!’ E quem tem sede venha; quem quiser tome de graça a água da vida.” (Revelação 22:17) Esse convite está sendo feito mesmo agora, indicando que certa medida de água da vida já está disponível. Mas no novo mundo, essas águas correrão desde o trono de Deus e pelo meio da Nova Jerusalém como verdadeiro rio.

21. O que o “rio de água da vida” representa, e como a visão que Ezequiel teve desse rio nos ajuda a saber isso?

21 O que é esse “rio de água da vida”? Água literal é um elemento vital para a vida. Sem alimento, o homem pode sobreviver por algumas semanas, mas sem água ele morre em cerca de uma semana. A água é também agente de limpeza e é vital para a saúde. Assim a água da vida deve representar algo essencial à vida e à saúde da humanidade. Ao profeta Ezequiel também se concedeu uma visão desse “rio de água da vida”, e, na sua visão, o rio corria desde o templo e desembocava no Mar Morto. Daí, milagre dos milagres! Aquele corpo de água sem vida, quimicamente saturado, foi convertido em água doce, pululando de peixes! (Ezequiel 47:1-12) Sim, o rio da visão restaura a vida a algo anteriormente morto, confirmando que o rio de água da vida representa a provisão de Deus, por meio de Jesus Cristo, para devolver a vida humana perfeita à raça humana ‘morta’. Esse rio é “límpido como cristal”, mostrando a pureza e a santidade das provisões de Deus. Não é como as “águas” sangrentas e mortíferas da cristandade. — Revelação 8:10, 11.

22. (a) Onde nasce o rio, e por que isso é apropriado? (b) O que está envolvido na água da vida, e o que está incluído nesse rio simbólico?

22 O rio nasce do “trono de Deus e do Cordeiro”. Isso é apropriado, visto que a base das provisões vitalizadoras de Jeová é o sacrifício resgatador, e este foi provido porque Jeová “amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. (João 3:16) A água da vida envolve também a Palavra de Deus, chamada de água na Bíblia. (Efésios 5:26) Entretanto, o rio de água da vida não inclui apenas a verdade, mas também todas as outras provisões de Jeová, baseadas no sacrifício de Jesus, para recuperar humanos obedientes do pecado e da morte, e para conceder-lhes a vida eterna. — João 1:29; 1 João 2:1, 2.

23. (a) Por que é apropriado que o rio de água da vida corra pelo meio da rua larga da Nova Jerusalém? (b) Que promessa divina feita a Abraão será cumprida quando a água da vida fluir abundantemente?

23 Durante o Reinado Milenar, os benefícios do resgate são aplicados plenamente por meio do sacerdócio de Jesus e de seus 144.000 subsacerdotes. Assim, é apropriado que o rio de água da vida corra pelo meio da rua larga da Nova Jerusalém. Esta é composta do Israel espiritual, o qual, junto com Jesus, constitui o verdadeiro descendente de Abraão. (Gálatas 3:16, 29) Portanto, quando a água da vida corre em abundância pelo meio da rua larga da cidade simbólica, “todas as nações da terra” terão plena oportunidade de abençoar a si mesmas por meio do descendente de Abraão. A promessa que Jeová fez a Abraão será plenamente cumprida. — Gênesis 22:17, 18.

Árvores da Vida

24. O que João vê agora em ambas as margens do rio de água da vida, e o que elas representam?

24 Na visão de Ezequiel, o rio tornava-se até mesmo uma torrente, e o profeta viu crescer em ambas as margens dele toda espécie de árvores frutíferas. (Ezequiel 47:12) Mas o que é que João vê? O seguinte: “E deste lado do rio e daquele lado havia árvores da vida, produzindo doze safras de frutos, dando os seus frutos cada mês. E as folhas das árvores eram para a cura das nações.” (Revelação 22:2b) Essas “árvores da vida” também devem representar parte da provisão de Jeová para dar vida eterna à humanidade obediente.

25. Que abundante provisão Jeová faz para os humanos dóceis no Paraíso global?

25 Que abundante provisão feita por Jeová para os humanos dóceis! Eles não somente podem tomar dessas refrescantes águas, mas podem apanhar dessas árvores uma contínua variedade de frutos sustentadores. Quem dera que nossos primeiros pais tivessem ficado satisfeitos com uma similar provisão “desejável” no Paraíso do Éden! (Gênesis 2:9) Mas agora há aqui um Paraíso global, e Jeová até mesmo faz provisões por meio das folhas dessas árvores simbólicas para “a cura das nações”. * A aplicação calmante dessas folhas simbólicas, muito superior a qualquer remédio, herbáceo ou outro, hoje aplicado, levará a humanidade crente à perfeição espiritual e física.

26. O que as árvores da vida podem incluir, e por quê?

26 Essas árvores, bem regadas pelo rio, podem incluir os 144.000 membros da esposa do Cordeiro. Enquanto na Terra, eles também bebem da provisão de vida feita por Deus por meio de Jesus Cristo. É interessante que esses irmãos de Jesus, gerados pelo espírito, são profeticamente chamados de “grandes árvores de justiça”. (Isaías 61:1-3; Revelação 21:6) Já produziram muito fruto espiritual para o louvor de Jeová. (Mateus 21:43) E, durante o Reinado Milenar, participarão em conferir as provisões do resgate que servirão para ‘curar as nações’ do pecado e da morte. — Veja 1 João 1:7.

Não Haverá Mais Noite

27. Que bênçãos adicionais para os privilegiados a entrar na Nova Jerusalém João menciona, e por que se diz que “não haverá mais nenhuma maldição”?

27 Poder entrar na Nova Jerusalém — certamente, não pode haver privilégio mais maravilhoso do que esse! Imagine só — os anteriormente humildes e imperfeitos humanos seguirão a Jesus para o céu, a fim de se tornar parte de tal arranjo glorioso! (João 14:2) João fornece uma ideia sobre as bênçãos a serem usufruídas por eles, dizendo: “E não haverá mais nenhuma maldição. Mas o trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade e os seus escravos lhe prestarão serviço sagrado; e verão o seu rosto, e o seu nome estará nas testas deles.” (Revelação 22:3, 4) Quando o sacerdócio israelita se tornou corrupto, incorreu na maldição de Jeová. (Malaquias 2:2) A “casa” de Jerusalém, sem fé, foi declarada por Jesus como abandonada. (Mateus 23:37-39) Mas na Nova Jerusalém, “não haverá mais nenhuma maldição”. (Veja Zacarias 14:11.) Todos os seus habitantes foram testados no fogo de provações aqui na Terra, e tendo obtido a vitória, ter-se-ão revestido de incorrupção e de imortalidade’. No caso deles, Jeová sabe, assim como sabia no caso de Jesus, que nunca se afastarão. (1 Coríntios 15:53, 57) Além disso, haverá ali “o trono de Deus e do Cordeiro”, tornando a posição da cidade segura por toda a eternidade.

28. Por que os membros da Nova Jerusalém têm o nome de Deus escrito na testa, e que emocionante perspectiva se lhes apresenta?

28 Iguais ao próprio João, todos os futuros membros daquela cidade celestial são “escravos” de Deus. Como tais, têm o nome de Deus escrito com destaque na sua testa, identificando-o como seu Dono. (Revelação 1:1; 3:12) Eles acharão ser um inestimável privilégio prestar-lhe serviço sagrado como parte da Nova Jerusalém. Enquanto Jesus estava na Terra, ele fez uma emocionante promessa a tais prospectivos governantes, dizendo: “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mateus 5:8) Quão felizes serão esses escravos por realmente verem e adorarem a Jeová em pessoa!

29. Por que João diz a respeito da Nova Jerusalém celestial que “tampouco haverá mais noite”?

29 João prossegue: “Tampouco haverá mais noite, e eles não têm necessidade de luz de lâmpada, nem têm eles luz do sol, porque Jeová Deus lançará luz sobre eles.” (Revelação 22:5a) A antiga Jerusalém, igual a qualquer outra cidade na Terra, dependia da luz do sol de dia, e da luz da lua e de luz artificial à noite. Mas, na Nova Jerusalém celestial, tal iluminação não será necessária. A cidade será iluminada pelo próprio Jeová. “Noite” pode também ser usada em sentido figurativo, referindo-se a uma adversidade ou à separação de Jeová. (Miqueias 3:6; João 9:4; Romanos 13:11, 12) Nunca poderia haver tal espécie de noite na gloriosa e radiante presença do Deus todo-poderoso.

30. Como João conclui a magnífica visão, e o que Revelação nos assegura?

30 João encerra o relato dessa magnífica visão por dizer a respeito desses escravos de Deus: “E eles reinarão para todo o sempre.” (Revelação 22:5b) É verdade que, no fim dos mil anos, os benefícios do resgate terão sido inteiramente aplicados, e Jesus apresentará ao seu Pai uma raça humana aperfeiçoada. (1 Coríntios 15:25-28) O que Jeová tem em mente para Jesus e os 144.000 depois disso, não sabemos. Mas Revelação assegura-nos que o privilegiado serviço sagrado deles a Jeová continuará por toda a eternidade.

O Clímax Feliz de Revelação

31. (a) Que culminação é marcada pela visão da Nova Jerusalém? (b) O que a Nova Jerusalém realiza para outros fiéis da humanidade?

31 A realização dessa visão da Nova Jerusalém, a noiva do Cordeiro, é o clímax feliz indicado por Revelação, e isso apropriadamente. Todos os concristãos de João no primeiro século, aos quais o livro foi inicialmente dirigido, esperavam entrar nessa cidade como imortais corregentes espirituais de Jesus Cristo. O restante dos cristãos ungidos ainda vivos hoje na Terra tem a mesma esperança. Assim, Revelação avança para o seu grandioso clímax, ao passo que a noiva completa é unida ao Cordeiro. A seguir, por meio da Nova Jerusalém, aplicar-se-ão à humanidade os benefícios do sacrifício resgatador de Jesus, para que finalmente todos os fiéis entrem na vida eterna. Dessa maneira, a noiva, a Nova Jerusalém, como ajudadora leal do seu Noivo, o Rei, participará em edificar para toda a eternidade uma nova terra justa — tudo para a glória de nosso Soberano Senhor Jeová. — Mateus 20:28; João 10:10, 16; Romanos 16:27.

32, 33. O que aprendemos de Revelação, e qual deve ser nossa reação de coração?

32 Quanta alegria sentimos, assim, ao nos aproximarmos do fim da nossa consideração do livro de Revelação! Vimos serem totalmente frustrados os esforços finais de Satanás e seu descendente, e executados plenamente os julgamentos justos de Jeová. Babilônia, a Grande, tem de desaparecer para sempre, seguida por todos os outros elementos irremediavelmente corruptos do mundo de Satanás. O próprio Satanás e seus demônios serão lançados no abismo e mais tarde destruídos. A Nova Jerusalém governará com Cristo desde os céus, ao prosseguir a ressurreição e o julgamento, e a humanidade aperfeiçoada finalmente passará a usufruir vida eterna na Terra paradísica. Quão vividamente Revelação retrata todas essas coisas! Quanto isso fortalece nossa determinação de ‘declarar estas boas novas eternas como boas notícias a toda nação, tribo, língua e povo’ hoje na Terra! (Revelação 14:6, 7) Você se empenha plenamente nessa grande obra?

33 Com o coração cheio de gratidão, demos atenção às palavras concludentes de Revelação.

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 6 Ser a medida usada “segundo a medida de homem, sendo também a de anjo”, pode ter que ver com o fato de que a cidade é composta dos 144.000, os quais originalmente eram humanos, mas que se tornam criaturas espirituais entre os anjos.

^ parágrafo 18 Note que o “rolo da vida do Cordeiro” contém apenas os nomes dos 144.000 do Israel espiritual. Difere assim do “rolo da vida” que inclui aqueles que recebem a vida na Terra. — Revelação 20:12.

^ parágrafo 25 Note que a expressão “as nações” frequentemente se refere àqueles que não pertencem ao Israel espiritual. (Revelação 7:9; 15:4; 20:3; 21:24, 26) O uso da expressão aqui não sugere que a humanidade continuará a ficar organizada em grupos nacionais separados durante o Reinado Milenar.

[Perguntas de Estudo]