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A magnificência do trono celestial de Jeová

A magnificência do trono celestial de Jeová

Capítulo 14

A magnificência do trono celestial de Jeová

Visão 2 — Revelação 4:1–5:14

Assunto: Espantosos acontecimentos perante o trono de julgamento de Deus

Tempo do cumprimento: Esta visão destaca eventos que ocorrem desde 1914 até o fim do Milênio e mais além, quando toda criatura que está no céu e na Terra louvará a Jeová. — Revelação 5:13

1. Por que devemos estar vivamente interessados nas visões relatadas a nós por João?

JOÃO passa a relatar para nós outras visões emocionantes. Por inspiração ele ainda se encontra no dia do Senhor. Portanto, o que ele descreve tem um profundo significado para nós, os que realmente vivemos neste dia. Por meio dessas visões, Jeová ergue o véu de invisibilidade que encobre realidades celestiais e nos apresenta o seu próprio conceito sobre os seus julgamentos a serem executados na Terra. Além disso, quer tenhamos esperança celestial, quer esperança terrestre, essas revelações nos ajudam a ver que lugar ocupamos no propósito de Jeová. Todos nós, portanto, devemos continuar a estar vivamente interessados na expressão de João: “Feliz é quem lê em voz alta, e os que ouvem as palavras desta profecia e observam as coisas escritas nela.” — Revelação 1:3.

2. Que experiência João tem agora?

2 O que João vê a seguir ultrapassa tudo o que se possa apresentar em vídeo ao homem da atualidade! Ele escreve: “Depois destas coisas vi, e eis uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi era como a duma trombeta, falando comigo e dizendo: ‘Sobe para cá e eu te mostrarei as coisas que têm de ocorrer.’” (Revelação 4:1) Em visão, João penetra nos céus invisíveis da presença de Jeová, enaltecido muito acima do espaço sideral físico explorado por astronautas humanos, e mesmo muito acima das galáxias do Universo material. Como que entrando por uma porta aberta, João é convidado a deliciar os olhos com um panorama deslumbrante dos derradeiros céus espirituais, onde o próprio Jeová está entronizado. (Salmo 11:4; Isaías 66:1) Que privilégio!

3. O que a voz “como a duma trombeta” faz lembrar, e quem indubitavelmente é a Fonte dela?

3 A Bíblia não identifica esta “primeira voz”. Igual à forte voz de Jesus, ouvida anteriormente, ela tem um tom impressionante, igual a uma trombeta. (Revelação 1:10, 11) Isso faz lembrar o toque penetrante de buzina que marcava a presença de Jeová no monte Sinai. (Êxodo 19:18-20) Sem dúvida, Jeová é a majestosa Fonte da convocação. (Revelação 1:1) Ele abriu a porta para que João, em visão, pudesse entrar no lugar mais santo em todo o vasto domínio da soberania de Jeová.

A Resplandecente Presença de Jeová

4. (a) Que significado tem a visão de João para os cristãos ungidos? (b) Que significado tem a visão para aqueles que esperam viver para sempre na Terra?

4 O que João vê ali? Escute, à medida que ele compartilha conosco a sua grandiosa experiência: “Depois destas coisas vim a estar imediatamente no poder do espírito: e eis que havia um trono na sua posição no céu, e havia alguém sentado no trono.” (Revelação 4:2) Num instante, João é espiritualmente transportado pela força ativa de Deus até o próprio trono de Jeová. Quão emocionante para João! Ele obtém ali uma ofuscante previsão dos próprios céus em que ele e outros cristãos ungidos têm à sua espera “uma herança incorruptível, e imaculada, e imarcescível”. (1 Pedro 1:3-5; Filipenses 3:20) Para aqueles que esperam viver para sempre na Terra, a visão de João também tem um profundo significado. Ajuda-os a compreender a glória da presença de Jeová e da estrutura governante, celestial, usada por Jeová para julgar as nações e depois governar as vidas humanas na Terra. Jeová, de fato, é o Deus de excelente organização!

5. Que realidade João vê, simbolizada pela tampa da arca do pacto?

5 Grande parte do que João observa ali no céu é parecido a particularidades do tabernáculo no ermo. Este fora construído uns 1.600 anos antes, como santuário da verdadeira adoração para os israelitas. No Santíssimo daquele tabernáculo havia a arca do pacto, e era de cima da tampa de ouro maciço dessa Arca que o próprio Jeová falava. (Êxodo 25:17-22; Hebreus 9:5) Portanto, a tampa da Arca servia de símbolo do trono de Jeová. João vê agora a realidade daquela representação simbólica: o próprio Soberano Senhor Jeová está sentado em esplendorosa grandiosidade no seu sublime trono celestial!

6. Que impressão de Jeová nos fornece João, e por que é apropriada?

6 Diferentemente dos anteriores profetas que tiveram visões do trono de Jeová, João não descreve em pormenores o Santo que o ocupa. (Ezequiel 1:26, 27; Daniel 7:9, 10) Mas João nos dá a sua impressão do Entronizado, nas seguintes palavras: “E o sentado é, em aparência, semelhante à pedra de jaspe e a uma pedra preciosa de cor vermelha, e ao redor do trono há um arco-íris, em aparência semelhante à esmeralda.” (Revelação 4:3) Que incomparável magnificência! João percebe uma serena beleza cintilante, como a de pedras preciosas, lustrosas e brilhantes. Como isto concorda apropriadamente com a descrição que o discípulo Tiago fez de Jeová, qual “Pai das luzes celestiais”! (Tiago 1:17) Pouco depois de escrever Revelação, o próprio João declarou: “Deus é luz e não há nenhuma escuridão em união com ele.” (1 João 1:5) Que Personagem magnificamente glorioso Jeová realmente é!

7. O que podemos aprender do fato de que há um arco-íris ao redor do trono de Jeová?

7 Note que João vê ao redor do trono um arco-íris da cor verde-esmeralda. A palavra grega traduzida aqui por arco-íris (ír·is) sugere uma forma inteiramente circular. O arco-íris é na Bíblia mencionado pela primeira vez em conexão com os dias de Noé. Depois de terem baixado as águas do Dilúvio, Jeová fez aparecer na nuvem um arco-íris, e explicou o que simbolizava nas seguintes palavras: “Dou deveras o meu arco-íris na nuvem, e ele terá de servir de sinal do pacto entre mim e a terra. E hei de lembrar-me do meu pacto entre mim e vós, e toda alma vivente dentre toda a carne; e as águas não se tornarão mais um dilúvio para arruinar toda a carne.” (Gênesis 9:13, 15) Então, de que lembraria a visão celestial a João? O arco-íris que viu deve ter-lhe lembrado a necessidade duma relação pacífica com Jeová, assim como é hoje usufruída pelos da classe de João. Também o impressionariam a serenidade e a paz da presença de Jeová, serenidade que se estenderá a todos os humanos obedientes, quando Jeová estender sua tenda sobre a humanidade na sociedade da nova terra. — Salmo 119:165; Filipenses 4:7; Revelação 21:1-4.

A Identificação dos 24 Anciãos

8. A quem João vê ao redor do trono, e a quem representam estes?

8 João sabia que foram designados sacerdotes para servir no antigo tabernáculo. Portanto, o que ele descreve a seguir pode tê-lo deixado surpreso: “E ao redor do trono há vinte e quatro tronos, e nestes tronos vi sentados vinte e quatro anciãos, trajados de roupas exteriores brancas, e nas suas cabeças coroas de ouro.” (Revelação 4:4) Sim, em vez de sacerdotes há 24 anciãos, entronizados e coroados como reis. Quem são esses anciãos? São os próprios ungidos da congregação cristã, já ressuscitados e ocupando a posição celestial que Jeová lhes prometera. Como sabemos isso?

9, 10. Como sabemos que os 24 anciãos representam a congregação ungida, cristã, na sua gloriosa posição celestial?

9 Em primeiro lugar, eles usam coroas. A Bíblia fala dos cristãos ungidos como recebendo ‘uma coroa incorruptível’ e como obtendo vida infindável — imortalidade. (1 Coríntios 9:25; 15:53, 54) Mas, visto que esses 24 anciãos estão sentados em tronos, as coroas de ouro, neste contexto, representam autoridade régia. (Compare isso com Revelação 6:2; 14:14.) Isto dá apoio à conclusão de que os 24 anciãos retratam os seguidores ungidos dos passos de Jesus, na posição celestial deles, porque Jesus fez com eles um pacto, para se sentarem em tronos no Reino dele. (Lucas 22:28-30) Somente Jesus e esses 24 anciãos — nem mesmo os anjos — são descritos como governando no céu na presença de Jeová.

10 Isso se harmoniza com a promessa feita por Jesus à congregação laodicense: “Àquele que vencer, concederei assentar-se comigo no meu trono.” (Revelação 3:21) Mas a tarefa celestial dos 24 anciãos não se limita à administração governamental. Na introdução do livro de Revelação, João disse a respeito de Jesus: “Ele fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai.” (Revelação 1:5, 6) Eles são tanto reis como sacerdotes. “Serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.” — Revelação 20:6.

11. Por que é apropriado que o número de anciãos seja 24, e o que indica esse número?

11 O que há de significativo no número 24, visto que João vê 24 anciãos ao redor do trono? Estes, em muitos sentidos, foram prefigurados pelos sacerdotes fiéis do antigo Israel. O apóstolo Pedro escreveu a cristãos ungidos: “Vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial’.” (1 Pedro 2:9) É interessante notar que o antigo sacerdócio judaico passou a ficar dividido em 24 turmas. Cada turma tinha as suas respectivas semanas no ano para servir perante Jeová, de modo que se prestava serviço sagrado sem interrupção. (1 Crônicas 24:5-19) Portanto, é apropriado que na visão de João a respeito do sacerdócio celestial se descrevam 24 anciãos, porque esse sacerdócio serve a Jeová continuamente, sem cessar. Quando o grupo estiver completo, haverá 24 turmas, cada uma com 6.000 vencedores, porque Revelação 14:1-4 nos informa que 144.000 (24 x 6.000) são “comprados dentre a humanidade” para ficar em pé no Monte Sião celestial, junto com o Cordeiro, Jesus Cristo. Visto que o número 12 indica uma organização equilibrada em sentido divino, o número 24 dobra — ou reforça — esse arranjo.

Relâmpagos, Vozes e Trovões

12. O que João vê e ouve a seguir, e de que fazem lembrar os “relâmpagos, e vozes, e trovões”?

12 O que João vê e ouve a seguir? “E do trono procedem relâmpagos, e vozes, e trovões.” (Revelação 4:5a) Como isso faz lembrar outras manifestações espantosas do poder celestial de Jeová! Por exemplo, quando Jeová “desceu” sobre o monte Sinai, Moisés relatou: “No terceiro dia, quando amanheceu, sucedeu que começou a haver trovões e relâmpagos, e uma pesada nuvem sobre o monte e um som muito forte de buzina. . . . Quando o som da buzina ficou cada vez mais alto, Moisés começou a falar e o verdadeiro Deus começou a responder-lhe com uma voz.” — Êxodo 19:16-19.

13. O que é retratado pelos relâmpagos procedentes do trono de Jeová?

13 Durante o dia do Senhor, Jeová manifesta seu poder e sua presença de maneira sublime. Não, não por relâmpagos literais, porque João vê sinais. Então, o que representam os relâmpagos? Ora, relâmpagos podem iluminar, mas podem também matar. Portanto, esses relâmpagos procedentes do trono de Jeová representam muito bem os lampejos de esclarecimentos que ele tem concedido continuamente ao seu povo e, o que é ainda mais significativo, suas ardentes mensagens de julgamento. — Compare isso com o Salmo 18:14; 144:5, 6; Mateus 4:14-17; 24:27.

14. Como vozes ressoam hoje?

14 Que dizer das vozes? Durante a descida de Jeová sobre o monte Sinai, uma voz falou a Moisés. (Êxodo 19:19) Vozes do céu emitiram muitas das ordens e das proclamações no livro de Revelação. (Revelação 4:1; 10:4, 8; 11:12; 12:10; 14:13; 16:1, 17; 18:4; 19:5; 21:3) Hoje, Jeová também emite ordens e proclamações ao seu povo, iluminando-lhes o entendimento de profecias e princípios bíblicos. Informações esclarecedoras muitas vezes foram reveladas em congressos internacionais, e essas verdades bíblicas, por sua vez, foram divulgadas mundialmente. O apóstolo Paulo disse a respeito de pregadores fiéis das boas novas: “Ora, de fato, ‘o som deles saiu por toda a terra, e as suas pronunciações, até às extremidades da terra habitada’.” — Romanos 10:18.

15. Que trovões têm procedido do trono durante esta parte do dia do Senhor?

15 O trovão costuma seguir o relâmpago. Davi referiu-se ao trovão literal como “a voz de Jeová”. (Salmo 29:3, 4) Quando Jeová lutou por Davi contra os inimigos deste, dizia-se que o trovão provinha Dele. (2 Samuel 22:14; Salmo 18:13) Eliú disse a Jó que a voz de Jeová soa como um trovão quando Ele faz “grandes coisas que não podemos saber”. (Jó 37:4, 5) Durante esta parte do dia do Senhor, Jeová tem ‘trovejado’, avisando a respeito dos grandes atos que realizará contra os seus inimigos. Esses trovões simbólicos têm ecoado e retumbado pela Terra inteira. Feliz é você se tem prestado atenção a essas proclamações trovejantes e se faz uso sábio da sua língua para aumentar seu volume! — Isaías 50:4, 5; 61:1, 2.

Lâmpadas de Fogo e um Mar Vítreo

16. O que as “sete lâmpadas de fogo” indicam?

16 O que mais João vê? O seguinte: “E há sete lâmpadas de fogo acesas diante do trono, e estas significam os sete espíritos de Deus. E diante do trono há como que um mar vítreo, semelhante a cristal.” (Revelação 4:5b, 6a) O próprio João nos explica o significado das sete lâmpadas: “Estas significam os sete espíritos de Deus.” O número sete simboliza inteireza divina; de modo que as sete lâmpadas devem representar a inteireza da força esclarecedora do espírito santo. Quão gratos são hoje os da classe de João de que foram incumbidos desse esclarecimento, junto com a responsabilidade de transmiti-lo aos povos espiritualmente famintos da Terra! Quanto nos alegramos de que todo ano centenas de milhões de exemplares da revista A Sentinela continuam a irradiar esta luz em cerca de 150 línguas! — Salmo 43:3.

17. O que o “mar vítreo, semelhante a cristal”, simboliza?

17 João vê também “um mar vítreo, semelhante a cristal”. O que simbolizaria isso com respeito aos convidados à corte celestial de Jeová? Paulo falou sobre a maneira de Jesus santificar a congregação, “purificando-a com o banho de água por meio da palavra”. (Efésios 5:26) Antes de morrer, Jesus dissera aos seus discípulos: “Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos falei.” (João 15:3) Portanto, esse mar vítreo, semelhante a cristal, deve representar a purificadora Palavra registrada de Deus. Os do sacerdócio real, que entram na presença de Jeová, têm de ter sido cabalmente purificados por meio da Palavra dele.

Eis — “Quatro Criaturas Viventes”!

18. O que João vê no meio e em volta do trono?

18 João observa a seguir outra particularidade. Ele escreve: “E no meio do trono e em volta do trono há quatro criaturas viventes, cheias de olhos na frente e atrás.” — Revelação 4:6b.

19. O que é representado pelas quatro criaturas viventes, e como sabemos isso?

19 O que essas criaturas representam? Uma visão contada por outro profeta, Ezequiel, ajuda-nos a obter a resposta. Ezequiel viu Jeová entronizado num carro celestial, o qual estava acompanhado por criaturas viventes que tinham características similares às descritas por João. (Ezequiel 1:5-11, 22-28) Mais tarde, Ezequiel viu novamente esse carro-trono acompanhado pelas criaturas viventes. Esta vez, porém, ele chamou as criaturas viventes de querubins. (Ezequiel 10:9-15) As quatro criaturas viventes que João vê devem representar os muitos querubins de Deus — criaturas de elevada categoria na Sua organização espiritual. João não acharia incomum ver querubins posicionados tão perto da pessoa de Jeová, visto que no antigo arranjo do tabernáculo havia dois querubins de ouro representados sobre a tampa da arca do pacto, que representava o trono de Jeová. De entre esses querubins, a voz de Jeová emitia mandamentos à nação. — Êxodo 25:22; Salmo 80:1.

20. Como se pode dizer que as quatro criaturas viventes estão “no meio do trono e em volta do trono”?

20 Essas quatro criaturas viventes se encontram “no meio do trono e em volta do trono”. Exatamente o que significa isso? Pode significar que sua posição em volta do trono era tal que no meio de cada lado havia uma delas. Neste respeito, os tradutores da Bíblia na Linguagem de Hoje parafrasearam a expressão grega original do seguinte modo: “em volta do trono, em cada um dos seus lados”. Alternativamente, a expressão poderia significar que as quatro criaturas viventes se encontram na posição central no céu onde está o trono. É provável que esse seja o motivo de a edição em inglês de A Bíblia de Jerusalém verter esta frase: ‘no centro, agrupadas ao redor do próprio trono’. O importante é a proximidade dos querubins do trono de Jeová, comparável à dos querubins que Ezequiel viu em cada canto do carro organizacional de Jeová. (Ezequiel 1:15-22) Tudo isso harmoniza-se com as palavras do Salmo 99:1: “O próprio Jeová se tornou rei. . . . Ele está sentado sobre os querubins.”

21, 22. (a) Como João descreve as quatro criaturas viventes? (b) O que representa a aparência de cada uma das quatro criaturas viventes?

21 João prossegue: “E a primeira criatura vivente é semelhante a um leão, e a segunda criatura vivente é semelhante a um novilho, e a terceira criatura vivente tem rosto semelhante ao de homem, e a quarta criatura vivente é semelhante a uma águia voando.” (Revelação 4:7) Por que essas quatro criaturas viventes têm um aspecto tão diferente umas das outras? Essas criaturas viventes distintivas evidentemente destacam qualidades piedosas específicas. Primeiro, há o leão. O leão é usado na Bíblia como símbolo de coragem, especialmente no empenho pela justiça e pelo juízo. (2 Samuel 17:10; Provérbios 28:1) De modo que o leão representa bem a qualidade piedosa de justiça corajosa. (Deuteronômio 32:4; Salmo 89:14) A segunda criatura vivente parece-se a um novilho. De que qualidade o faz lembrar o novilho, ou touro novo? Para os israelitas, o touro era um bem valioso por causa da sua força. (Provérbios 14:4; veja também Jó 39:9-11.) O novilho, portanto, representa poder, energia dinâmica, conforme suprida por Jeová. — Salmo 62:11; Isaías 40:26.

22 A terceira criatura vivente tem rosto semelhante ao de homem. Isso deve representar amor divino, visto que, na Terra, só o homem foi criado à imagem de Deus, com a qualidade superlativa do amor. (Gênesis 1:26-28; Mateus 22:36-40; 1 João 4:8, 16) Sem dúvida, os querubins demonstram essa qualidade ao servirem ao redor do trono de Jeová. Que dizer, então, da quarta criatura vivente? Esta tem a aparência de uma águia voando. O próprio Jeová traz à atenção a extraordinária visão da águia: “Seus olhos olham para longe.” (Jó 39:29) De modo que a águia simboliza bem a sabedoria previdente. Jeová é a Fonte da sabedoria. Seus querubins exercem sabedoria divina ao obedecerem às ordens dele. — Provérbios 2:6; Tiago 3:17.

Ressoam os Louvores a Jeová

23. O que simboliza estarem as quatro criaturas viventes “cheias de olhos”, e o que é enfatizado por terem três pares de asas?

23 João prossegue com a sua descrição: “E quanto às quatro criaturas viventes, cada uma delas, respectivamente, tem seis asas; ao redor e por baixo estão cheias de olhos. E elas não têm descanso, dia e noite, ao dizerem: ‘Santo, santo, santo é Jeová Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que vem.’” (Revelação 4:8) Estarem cheias de olhos sugere visão plena e perspicaz. As quatro criaturas viventes usam-na incessantemente, pois não têm necessidade de dormir. Elas imitam Aquele sobre quem se escreveu: “Quanto a Jeová, seus olhos percorrem toda a terra, para mostrar a sua força a favor daqueles cujo coração é pleno para com ele.” (2 Crônicas 16:9) Com tão grande número de olhos, os querubins podem olhar em toda a parte. Nada escapa da sua atenção. Estão assim bem equipados para servir a Deus na Sua obra de julgamento. A respeito dele se diz: “Os olhos de Jeová estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.” (Provérbios 15:3) E por terem três pares de asas — o número três sendo usado na Bíblia para dar ênfase —, os querubins podem locomover-se com a velocidade dum relâmpago para proclamar os julgamentos de Jeová e executá-los.

24. Como os querubins louvam a Jeová, e com que significância?

24 Escute! O cântico de louvor que os querubins entoam para Jeová é melodioso, emocionante: “Santo, santo, santo é Jeová Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que vem.” Novamente, o número três indica intensidade. Os querubins afirmam fortemente a santidade de Jeová Deus. Ele é a Fonte e o derradeiro Padrão de santidade. Ele é também o “Rei da eternidade”, sempre “o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim”. (1 Timóteo 1:17; Revelação 22:13) Os querubins não descansam ao proclamarem as qualidades inigualáveis de Jeová perante toda a criação.

25. Como as quatro criaturas viventes e os 24 anciãos se unem em adorar a Jeová?

25 O céu dos céus ressoa com os louvores a Jeová! A descrição de João prossegue: “E sempre que as criaturas viventes dão glória, e honra, e agradecimento ao Que está sentado no trono, Aquele que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostram-se diante Daquele que está sentado no trono e adoram Aquele que vive para todo o sempre, e lançam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.’” (Revelação 4:9-11) Em todas as Escrituras esta é uma das declarações mais grandiosas de homenagem a Jeová, nosso Deus e Soberano Senhor!

26. Por que os 24 anciãos lançam as suas coroas diante de Jeová?

26 Os 24 anciãos mostram ter a mesma atitude mental demonstrada por Jesus, até mesmo lançando as suas coroas diante de Jeová. Nem lhes vem à ideia exaltarem a si mesmos na presença de Deus. Reconhecem humildemente que o único objetivo de seu reinado é dar honra e glória a ele, assim como Jesus sempre faz. (Filipenses 2:5, 6, 9-11) Em submissão, reconhecem sua própria inferioridade e confessam que seu governo é dependente da soberania de Jeová. Estão assim de coração em harmonia com os querubins e os demais da criação fiel em dar louvor e glória ao Deus que criou todas as coisas. — Salmo 150:1-6.

27, 28. (a) Como a descrição que João fez desta visão deve nos afetar? (b) Que perguntas surgem quanto ao que João vê e ouve a seguir?

27 Quem não se comove com a leitura do relato de João sobre esta visão? Ela é esplendorosa, grandiosa! Mas, então, como não deve ser a realidade? A própria majestade de Jeová deve animar a todos os de coração apreciativo a se juntar às quatro criaturas viventes e aos 24 anciãos em louvá-Lo, tanto em oração como por publicamente proclamar Seu nome. Este é o Deus de quem os cristãos hoje têm o privilégio de ser testemunhas. (Isaías 43:10) Lembre-se de que a visão de João se aplica ao dia do Senhor, em que nos encontramos agora. Os “sete espíritos” estão sempre disponíveis para guiar-nos e orientar-nos. (Gálatas 5:16-18) A Palavra de Deus está hoje disponível para nos ajudar a ser santos em servir a um Deus santo. (1 Pedro 1:14-16) Certamente, sentimo-nos felizes de ler em voz alta as palavras desta profecia. (Revelação 1:3) Que induzimento elas proveem para sermos fiéis a Jeová e para não deixar que o mundo nos desvie de ativamente cantarmos os Seus louvores! — 1 João 2:15-17.

28 Até agora, João descreveu o que ele vê quando é convidado a entrar no céu pela porta aberta. Mais notavelmente ele relata que Jeová, em toda a magnificência da Sua majestade e dignidade, está sentado no Seu trono celestial. Está cercado pela mais poderosa organização de todas — radiante em esplendor e lealdade. A Corte divina está em sessão. (Daniel 7:9, 10, 18) O cenário está pronto para um acontecimento extraordinário. Qual é, e como afeta a nós, hoje? Vejamos o desenrolar da cena!

[Perguntas de Estudo]

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