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O Rei Guerreiro triunfa no Armagedom

O Rei Guerreiro triunfa no Armagedom

Capítulo 39

O Rei Guerreiro triunfa no Armagedom

Visão 13 — Revelação 19:11-21

Assunto: Jesus conduz os exércitos do céu para destruir o sistema de Satanás

Tempo do cumprimento: Após a destruição de Babilônia, a Grande

1. O que é o Armagedom, e o que levará a ele?

ARMAGEDOM — uma palavra temida por muitos! Mas, para os que amam a justiça, indica o há muito aguardado dia em que Jeová executará o julgamento final nas nações. Não se trata duma guerra de homens, mas ela é “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” — seu dia de vingança contra os governantes da Terra. (Revelação 16:14, 16; Ezequiel 25:17) Com a desolação de Babilônia, a Grande, a grande tribulação já terá começado. Daí, instigada por Satanás, a fera cor de escarlate e seus dez chifres concentrarão seu ataque no povo de Jeová. O Diabo, mais irado do que nunca com a organização-esposa de Deus, está decidido a usar seus joguetes em travar guerra até o fim com os remanescentes da semente dela. (Revelação 12:17) Essa é a última oportunidade de Satanás!

2. Quem é Gogue de Magogue, e como Jeová o manobra para que ataque o próprio povo Dele?

2 O ataque feroz do Diabo é vividamente descrito no capítulo 38 de Ezequiel. Ali, o rebaixado Satanás é chamado de “Gogue da terra de Magogue”. Jeová põe ganchos figurativos nas maxilas de Gogue, puxando a ele e suas numerosas forças militares ao ataque. Como faz isso? Por fazer Gogue encarar Suas Testemunhas como povo indefeso, “reunido dentre as nações, que está acumulando riqueza e bens, morando no meio da terra”. Esse povo ocupa o centro do cenário na Terra, como o único que se nega a adorar a fera e sua imagem. Sua força e prosperidade espirituais enfurecem a Gogue. De modo que Gogue e sua numerosa força militar, incluindo a fera que ascendeu do mar com seus dez chifres, afluirão todos para aplicar o golpe final. O povo limpo de Deus, porém, dessemelhantemente de Babilônia, a Grande, tem proteção divina! — Ezequiel 38:1, 2, 4, 11, 12, 15; Revelação 13:1.

3. Como Jeová elimina as forças militarizadas de Gogue?

3 Como Jeová elimina Gogue e toda a sua multidão? Escute! “‘Vou chamar contra ele uma espada em toda a minha região montanhosa’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová. ‘A espada de cada um virá a ser contra o seu próprio irmão.’” Mas nem as armas nucleares, nem as convencionais, adiantarão alguma coisa naquela luta, porque Jeová declara: “Vou pôr-me em julgamento contra ele, com peste e com sangue; e farei cair um aguaceiro inundante e pedras de saraiva, fogo e enxofre sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos com ele. E eu hei de magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a conhecer aos olhos de muitas nações; e terão de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 38:21-23; 39:11; compare isso com Josué 10:8-14; Juízes 7:19-22; 2 Crônicas 20:15, 22-24; Jó 38:22, 23.

O Chamado “Fiel e Verdadeiro”

4. Como João descreve a Jesus Cristo trajado para a batalha?

4 Jeová convoca uma espada. Quem é aquele que brande essa espada? Voltando a Revelação, encontramos a resposta em mais outra emocionante visão. Os céus se abrem perante os olhos de João para revelar algo realmente espantoso — o próprio Jesus Cristo trajado para a batalha! João informa-nos: “E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça. Seus olhos são chama ardente e na sua cabeça há muitos diademas.” — Revelação 19:11, 12a.

5, 6. O que é indicado (a) pelo “cavalo branco”, (b) pelo nome “Fiel e Verdadeiro”, (c) pelos olhos semelhantes a uma “chama ardente” e (d) pelos “muitos diademas”?

5 Como na anterior visão sobre os quatro cavaleiros, esse “cavalo branco” é símbolo apropriado de guerra justa. (Revelação 6:2) E qual dos filhos de Deus seria mais justo do que esse Guerreiro poderoso? Visto que ele é chamado de “Fiel e Verdadeiro”, deve tratar-se da “testemunha fiel e verdadeira”, Jesus Cristo. (Revelação 3:14) Ele guerreia para executar os julgamentos justos de Jeová. De modo que age na sua qualidade de Juiz designado por Jeová, de “Deus Poderoso”. (Isaías 9:6) Seus olhos são atemorizantes, como uma “chama ardente”, à espera da iminente destruição ardente dos seus adversários.

6 A cabeça desse Rei Guerreiro está coroada com diademas. A fera que João viu sair do mar tinha dez diademas, representando seu domínio temporário do cenário terrestre. (Revelação 13:1) Jesus, no entanto, tem “muitos diademas”. Seu glorioso domínio não tem igual, visto que ele é “o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam”. — 1 Timóteo 6:15.

7. O que é o nome escrito que Jesus tem?

7 A descrição feita por João prossegue: “Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, exceto ele mesmo.” (Revelação 19:12b) A Bíblia já chama o Filho de Deus por nomes tais como Jesus, Emanuel e Miguel. Mas esse “nome” não especificado parece representar a posição e os privilégios que Jesus usufrui durante o dia do Senhor. (Veja Revelação 2:17.) Isaías, descrevendo a Jesus na situação desde 1914, diz: “Será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6) O apóstolo Paulo associou o nome de Jesus com os Seus bem elevados privilégios de serviço, ao escrever: “Deus o enalteceu [a Jesus] a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho.” — Filipenses 2:9, 10.

8. Por que apenas Jesus pode conhecer o nome escrito, e com quem compartilha alguns dos seus elevados privilégios?

8 Os privilégios de Jesus são inigualáveis. À parte do próprio Jeová, somente Jesus pode compreender o que significa ocupar uma posição tão elevada. (Veja Mateus 11:27.) Portanto, dentre todas as criaturas de Deus, apenas Jesus pode avaliar plenamente esse nome. Não obstante, Jesus deveras inclui sua noiva em alguns desses privilégios. De modo que ele faz a seguinte promessa: “Aquele que vencer . . . escreverei sobre ele . . . aquele meu novo nome.” — Revelação 3:12.

9. O que é indicado por (a) Jesus estar “vestido duma roupa exterior manchada de sangue” e (b) Jesus ser chamado de “A Palavra de Deus”?

9 João acrescenta: “E está vestido duma roupa exterior manchada de sangue, e o nome pelo qual é chamado é A Palavra de Deus.” (Revelação 19:13) De quem é esse “sangue”? Poderia ser o sangue vital de Jesus, derramado a favor da humanidade. (Revelação 1:5) Mas, neste contexto, é mais provável que se refira ao sangue dos seus inimigos, que é derramado quando se executam neles os julgamentos de Jeová. Somos lembrados da visão anterior, na qual se ceifa e pisa a videira da terra no grande lagar da ira de Deus, até o sangue atingir a “altura dos freios dos cavalos” — significando uma grande vitória sobre os inimigos de Deus. (Revelação 14:18-20) Do mesmo modo, o sangue que mancha a roupa exterior de Jesus confirma que sua vitória é decisiva e completa. (Veja Isaías 63:1-6.) Agora, João fala novamente de Jesus ser chamado por um nome. Dessa vez é um nome amplamente conhecido — “A Palavra de Deus” — identificando esse Rei Guerreiro como Principal Porta-Voz e Defensor da verdade, de Jeová. — João 1:1; Revelação 1:1.

Companheiros Guerreiros de Jesus

10, 11. (a) Como João mostra que Jesus não está sozinho na batalha? (b) O que denota o fato de os cavalos serem brancos e os cavaleiros trajarem “linho fino, branco e puro”? (c) Quem compõe os “exércitos” celestiais?

10 Jesus não trava sozinho essa batalha. João informa-nos: “Seguiam-no também os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro.” (Revelação 19:14) O fato de os cavalos serem “brancos” denota uma guerra justa. “Linho fino” é apropriado para os cavaleiros do Rei, e a brancura cintilante e limpa dele indica uma posição pura e justa diante de Jeová. Então de quem se compõem esses “exércitos”? Sem dúvida, incluem os santos anjos. Foi logo cedo no dia do Senhor que Miguel e seus anjos lançaram Satanás e seus demônios para fora do céu. (Revelação 12:7-9) Além disso, “todos os anjos” estarão com Jesus quando ele sentar no seu trono glorioso e passar a julgar as nações e as pessoas da Terra. (Mateus 25:31, 32) Com certeza, na guerra decisiva, quando se executarem terminantemente os julgamentos de Deus, Jesus será de novo acompanhado pelos seus anjos.

11 Outros também estarão envolvidos. Quando Jesus enviou sua mensagem à congregação em Tiatira, ele prometeu: “Àquele que vencer e observar as minhas ações até o fim, eu darei autoridade sobre as nações, e ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu Pai.” (Revelação 2:26, 27) Sem dúvida, quando chegar o tempo, aqueles dos irmãos de Cristo que já estiverem no céu terão parte em pastorear as pessoas e as nações com essa vara de ferro.

12. (a) Os servos de Deus na Terra participarão na luta no Armagedom? (b) Como o povo de Jeová na Terra está envolvido no Armagedom?

12 No entanto, que dizer dos servos de Deus aqui na Terra? Os da classe de João não terão parte ativa na luta no Armagedom; tampouco terão seus leais companheiros, aquelas pessoas de todas as nações que têm afluído à espiritual casa de adoração de Jeová. Esses humanos pacíficos já forjaram das espadas relhas de arado. (Isaías 2:2-4) Todavia, estão bem envolvidos nisso! Conforme já notamos, é o aparentemente indefeso povo de Jeová que está sendo ferozmente atacado por Gogue e toda a sua multidão. Esse é o sinal para o Rei Guerreiro de Jeová, apoiado pelos exércitos no céu, começar a travar a guerra de extermínio contra essas nações. (Ezequiel 39:6, 7, 11; veja Daniel 11:44–12:1.) Os do povo de Deus, quais espectadores na Terra, estarão muito interessados nisso. O Armagedom significará sua salvação, e eles viverão por toda a eternidade como tendo sido testemunhas oculares da grande guerra de vindicação de Jeová.

13. Como sabemos que as Testemunhas de Jeová não são contra todo governo?

13 Significa isso que as Testemunhas de Jeová são contra todo governo? Longe disso! Obedecem ao conselho do apóstolo Paulo: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores.” Reconhecem que, enquanto o atual sistema durar, essas “autoridades superiores” existem pela permissão de Deus para manter certa medida de ordem na sociedade humana. De modo que as Testemunhas de Jeová pagam seus impostos, obedecem às leis, respeitam as regras de trânsito, acatam ordens de cadastramento, e assim por diante. (Romanos 13:1, 6, 7) Além disso, seguem os princípios bíblicos por serem verazes e honestas; mostram amor ao próximo; constituem unidades familiares fortes e de boa moral; e educam os filhos para ser cidadãos exemplares. Assim retribuem não só “a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus”. (Lucas 20:25; 1 Pedro 2:13-17) Visto que a Palavra de Deus mostra que os poderes governamentais deste mundo são temporários, as Testemunhas de Jeová preparam-se agora para a vida mais plena, a vida real, a ser em breve usufruída sob o Reinado de Cristo. (1 Timóteo 6:17-19) Embora não tenham nenhuma participação na derrubada dos poderes deste mundo, as Testemunhas têm espanto reverente diante do que a Palavra inspirada de Deus, a Bíblia Sagrada, diz a respeito do julgamento que Jeová está prestes a executar no Armagedom. — Isaías 26:20, 21; Hebreus 12:28, 29.

Para a Batalha Final!

14. O que é simbolizado pela “longa espada afiada” que se estende da boca de Jesus?

14 Com que autoridade Jesus completa a sua vitória? João informa-nos: “E da sua boca se estende uma longa espada afiada, para que golpeie com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro.” (Revelação 19:15a) Essa “longa espada afiada” representa a autoridade que Deus concedeu a Jesus para emitir ordens para a execução de todos os que se negam a apoiar o Reino de Deus. (Revelação 1:16; 2:16) Esse vívido simbolismo é paralelo às palavras de Isaías: “[Jeová] passou a fazer a minha boca igual a uma espada afiada. Escondeu-me na sombra da sua mão. E aos poucos fez de mim uma flecha polida.” (Isaías 49:2) Isaías prefigura aqui a Jesus, que proclama os julgamentos de Deus e os executa, como que com uma flecha certeira.

15. A essa altura, quem já terá sido exposto e julgado, marcando assim o início de quê?

15 A essa altura, Jesus já terá agido em cumprimento das palavras de Paulo: “Então, deveras, será revelado aquele que é contra a lei, a quem o Senhor Jesus eliminará com o espírito de sua boca e reduzirá a nada pela manifestação de sua presença.” Sim, a presença (em grego: pa·rou·sí·a) de Jesus tem sido demonstrada a partir de 1914 pela exposição e pelo julgamento do homem que é contra a lei, o clero da cristandade. Essa presença se manifestará notavelmente quando os dez chifres da fera cor de escarlate executarem esse julgamento e devastarem a cristandade, junto com o restante de Babilônia, a Grande. (2 Tessalonicenses 2:1-3, 8) Esse será o começo da grande tribulação! Depois disso, Jesus voltará a sua atenção para o que resta da organização de Satanás, em harmonia com a profecia: “Terá de golpear a terra com a vara da sua boca; e ao iníquo entregará à morte com o espírito de seus lábios.” — Isaías 11:4.

16. Como os Salmos e Jeremias descrevem o papel desempenhado pelo Rei Guerreiro designado por Jeová?

16 O Rei Guerreiro, como designado por Jeová, diferenciará aqueles que hão de sobreviver daqueles que hão de morrer. Jeová, falando profeticamente a esse Filho de Deus, diz: ‘Tu quebrantarás os governantes da terra com um cetro de ferro, espatifá-los-ás como se fossem um vaso de oleiro.’ E Jeremias dirige-se a tais corruptos líderes governamentais e seus lacaios, dizendo: “Uivai, pastores, e clamai! E revolvei-vos, majestosos do rebanho, porque se cumpriram os dias para serdes abatidos e serdes espalhados, e tereis de cair como um vaso desejável!” Não importa quão desejáveis esses governantes possam ter parecido ao mundo iníquo, um só golpe com o cetro de ferro do Rei os despedaçará, como que destroçando um vaso atraente. Será assim como Davi profetizou a respeito do Senhor Jesus: “Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.’ O próprio Jeová, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da sua ira. Executará julgamento entre as nações; causará uma plenitude de corpos mortos.” — Salmo 2:9, 12; 83:17, 18; 110:1, 2, 5, 6; Jeremias 25:34.

17. (a) Como João descreve a ação executora do Rei Guerreiro? (b) Relate algumas profecias que mostram quão calamitoso o dia da ira de Deus será para as nações.

17 Esse poderoso Rei Guerreiro aparece novamente na próxima cena da visão: “Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso.” (Revelação 19:15b) Numa visão anterior, João já havia visto o pisar do “lagar da ira de Deus”. (Revelação 14:18-20) Também Isaías descreve um lagar de execução, e outros profetas contam quão calamitoso será o dia da ira de Deus para todas as nações. — Isaías 24:1-6; 63:1-4; Jeremias 25:30-33; Daniel 2:44; Sofonias 3:8; Zacarias 14:3, 12, 13; Revelação 6:15-17.

18. O que o profeta Joel revela sobre Jeová julgar todas as nações?

18 O profeta Joel associa um lagar com a vinda de Jeová para “julgar todas as nações ao redor”. E é Jeová quem dá a ordem, sem dúvida ao Seu Juiz associado, Jesus, e seus exércitos celestiais: “Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde, descei, porque o lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão realmente transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente, massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Jeová na baixada da decisão. Mesmo o sol e a lua hão de ficar escuros e as próprias estrelas recolherão realmente a sua claridade. E de Sião bramirá o próprio Jeová e de Jerusalém fará ouvir a sua voz. E hão de tremer o céu e a terra; mas Jeová será refúgio para o seu povo e baluarte para os filhos de Israel. E vós tereis de saber que eu sou Jeová, vosso Deus.” — Joel 3:12-17.

19. (a) Como se responderá à pergunta feita em 1 Pedro 4:17? (b) Que nome está escrito na roupa exterior de Jesus, e por que se mostrará apropriado?

19 Será deveras um dia de ruína para nações e humanos desobedientes, mas um dia de alívio para todos os que se refugiaram em Jeová e no seu Rei Guerreiro! (2 Tessalonicenses 1:6-9) O julgamento que começou com a casa de Deus, em 1918, terá sido levado ao seu clímax, respondendo à pergunta em 1 Pedro 4:17: “Qual será o fim daqueles que não são obedientes às boas novas de Deus?” O glorioso Vencedor terá pisado o lagar até terminar, demonstrando que ele é o Enaltecido a respeito de quem João diz: “E sobre a sua roupa exterior, sim, sobre a sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” (Revelação 19:16) Ele mostrou-se muitíssimo superior a qualquer governante terrestre, a qualquer rei ou senhor humano. Sua dignidade e seu esplendor são transcendentes. Ele cavalgou “na causa da verdade, e da humildade, e da justiça”, e triunfou para todo o sempre! (Salmo 45:4) Na sua roupa manchada de sangue está escrito o nome que lhe foi concedido pelo Soberano Senhor Jeová, cujo Vindicador ele é!

A Grande Refeição Noturna de Deus

20. Como João descreve “a grande refeição noturna de Deus”, fazendo recordar que profecia anterior, mas similar?

20 Na visão de Ezequiel, após a destruição da multidão de Gogue, convidam-se as aves e os animais selvagens para um banquete! Eles eliminam da vista os cadáveres por consumir os corpos dos inimigos de Jeová. (Ezequiel 39:11, 17-20) As próximas palavras de João trazem vividamente à memória essa profecia anterior: “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá, ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.’” — Revelação 19:17, 18.

21. O que é indicado (a) por estar o anjo “em pé no sol”, (b) pelo fato de que os mortos são deixados na superfície do solo, (c) pela lista daqueles cujos cadáveres jazeriam sobre o solo e (d) pela expressão “a grande refeição noturna de Deus”?

21 O anjo está “em pé no sol”, numa posição dominante para atrair a atenção das aves. Ele as convida a se prepararem para se fartar da carne dos prestes a serem mortos pelo Rei Guerreiro e seus exércitos celestiais. Serem os cadáveres deixados na superfície do solo indica que morrerão em opróbrio público. Iguais à Jezabel da antiguidade, não terão um enterro honroso. (2 Reis 9:36, 37) A lista daqueles cujos cadáveres jazeriam ali mostra o alcance da destruição: reis, comandantes militares, homens fortes, homens livres e escravos. Não há exceções. Todos os vestígios do mundo rebelde em oposição a Jeová serão eliminados. Depois disso, não haverá mais mar desassossegado de humanos confusos. (Revelação 21:1) Esta é “a grande refeição noturna de Deus”, visto que é Jeová quem convida as aves para participarem nela.

22. Como João resume o rumo da guerra final?

22 João resume o rumo da guerra final: “E eu vi a fera e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele que está sentado no cavalo e com o seu exército. E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.” — Revelação 19:19-21.

23. (a) Em que sentido “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” é travada no “Armagedom”? (b) Que aviso “os reis da terra” deixaram de acatar, e com que consequência?

23 Depois do derramamento da sexta tigela do furor de Jeová, João relatou que os “reis de todo o mundo” foram ajuntados por propaganda demoníaca para “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso”. Esta é travada no Armagedom — não um lugar literal, mas a situação global que requer a execução do julgamento feito por Jeová. (Apocalipse [Revelação] 16:12, 14, 16, Almeida, IBB) João vê agora as frentes de batalha. Ali, enfileirados contra Deus, estão todos “os reis da terra, e os seus exércitos”. Eles se negaram obstinadamente a se sujeitar ao Rei de Jeová. Ele lhes dera o devido aviso na mensagem inspirada: “Beijai ao filho, para que [Jeová] não se ire e não pereçais no caminho.” Não se tendo sujeitado ao domínio de Cristo, eles têm de morrer. — Salmo 2:12.

24. (a) Que julgamento é executado na fera e no falso profeta, e em que sentido estão ainda “vivos”? (b) Por que o “lago de fogo” deve ser figurativo?

24 A fera que ascendeu do mar, de sete cabeças e dez chifres, representando a organização política de Satanás, é lançada no esquecimento, e junto com ela o falso profeta, a sétima potência mundial. (Revelação 13:1, 11-13; 16:13) Ainda “vivos”, ou ainda funcionando na sua oposição unida ao povo de Deus na Terra, são lançados “no lago de fogo”. Trata-se dum literal lago de fogo? Não, assim como tampouco a fera e o falso profeta são animais literais. Antes, trata-se dum símbolo de destruição completa, terminante, dum lugar sem retorno. É nele que mais tarde serão lançados a morte e o Hades, bem como o próprio Diabo. (Revelação 20:10, 14) Certamente não se trata dum inferno de tortura eterna dos iníquos, visto que a própria ideia de tal lugar é detestável para Jeová. — Jeremias 19:5; 32:35; 1 João 4:8, 16.

25. (a) Quem são os “mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo”? (b) Devemos esperar que quaisquer desses “mortos” tenham uma ressurreição?

25 Todos os outros, que não faziam diretamente parte do governo, mas que não obstante eram parte irreformável deste mundo corrupto da humanidade, também serão “mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo”. Jesus os declarará merecedores da morte. Visto que no seu caso não se menciona o lago de fogo, devemos esperar que terão uma ressurreição? Em parte alguma somos informados de que os executados pelo Juiz de Jeová naquele tempo hão de ser ressuscitados. Conforme o próprio Jesus declarou, todos aqueles que não são “ovelhas” irão “para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”, isto é, “para o decepamento eterno”. (Mateus 25:33, 41, 46) Isso leva ao clímax “o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. — 2 Pedro 3:7; Naum 1:2, 7-9; Malaquias 4:1.

26. Declare resumidamente o resultado do Armagedom.

26 Dessa maneira, toda a organização terrestre de Satanás tem fim. O “céu anterior”, de governo político, desapareceu. A “terra”, o aparentemente permanente sistema que Satanás edificou no decorrer dos séculos, encontra-se agora totalmente destruída. O “mar”, a massa da humanidade iníqua, oposta a Jeová, não existe mais. (Revelação 21:1; 2 Pedro 3:10) Mas o que reserva Jeová para o próprio Satanás? João passa a contar-nos isso.

[Perguntas de Estudo]