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“Persiste em apegar-te ao que tens”

“Persiste em apegar-te ao que tens”

Capítulo 12

“Persiste em apegar-te ao que tens”

FILADÉLFIA

1. À congregação de que cidade foi dirigida a sexta mensagem de Jesus, e o que significa o nome dessa cidade?

AFEIÇÃO FRATERNAL — que qualidade desejável! Sem dúvida, Jesus pensa nela ao apresentar a sua sexta mensagem, que é dirigida à congregação em Filadélfia, pois este nome significa “Afeição Fraternal”. O idoso João ainda se lembra da ocasião, mais de 60 anos antes, quando Pedro asseverara três vezes a Jesus que ele, Pedro, tinha cordial afeição pelo seu Senhor. (João 21:15-17) Será que os cristãos em Filadélfia, da sua parte, mostram afeição fraternal? Parece que sim!

2. Que tipo de cidade era Filadélfia, que espécie de congregação se encontrava ali, e o que Jesus diz ao anjo dessa congregação?

2 Situada uns 48 quilômetros a sudeste de Sardes (no lugar da moderna cidade turca de Alasehir), a Filadélfia dos dias de João era uma cidade bastante próspera. Mais notável, porém, era a prosperidade da congregação cristã ali. Com quanta alegria eles devem ter acolhido o ministro que provavelmente veio a eles pelo caminho de Sardes! A mensagem que ele traz tem um emocionante conselho para eles. Mas primeiro cita a autoridade do seu ilustre Remetente. Este diz: “E ao anjo da congregação em Filadélfia escreve: Estas coisas diz aquele que é santo, que é verdadeiro, que tem a chave de Davi, que abre de modo que ninguém feche, e fecha de modo que ninguém abra.” — Revelação 3:7.

3. Por que é apropriado que Jesus seja chamado de “santo”, e como se pode dizer que ele “é verdadeiro”?

3 João ouvira Pedro dizer ao homem Jesus Cristo: “Tu tens declarações de vida eterna; e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus.” (João 6:68, 69) Visto que Jeová Deus é a própria essência da santidade, seu Filho unigênito também deve ser “santo”. (Revelação 4:8) Jesus é também “verdadeiro”. A palavra grega usada aqui (a·le·thi·nós) implica genuinidade. Neste sentido, Jesus é a verdadeira luz e o verdadeiro pão que desceu do céu. (João 1:9; 6:32) Ele é a verdadeira videira. (João 15:1) Jesus é também verdadeiro no sentido de que é digno de confiança. Sempre fala a verdade. (Veja João 8:14, 17, 26.) Esse Filho de Deus é deveras digno de servir como Rei e Juiz. — Revelação 19:11, 16.

“A Chave de Davi”

4, 5. Com que pacto estava associada “a chave de Davi”?

4 Jesus tem “a chave de Davi”. Usando-a, ele “abre de modo que ninguém feche, e fecha de modo que ninguém abra”. O que é esta “chave de Davi”?

5 Foi com o Rei Davi de Israel que Jeová fez um pacto para um reino eterno. (Salmo 89:1-4, 34-37) A casa de Davi governou desde o trono de Jeová em Jerusalém, de 1070 a 607 AEC, mas depois se executou o julgamento de Deus neste reino, porque se tornara iníquo. Jeová começou assim a cumprir a sua profecia de Ezequiel 21:27: “Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei [i.e., a Jerusalém terrestre]. Também, quanto a esta [a regência ou o cetro do reinado na linhagem de Davi], certamente não virá a ser de ninguém, até que venha aquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de dá-lo.”

6, 7. Quando e como havia de aparecer aquele que tem “o direito legal”?

6 Quando e como apareceria este que tem “o direito legal”? Como lhe seria entregue o cetro do reino de Davi?

7 Cerca de 600 anos mais tarde, uma descendente do Rei Davi, a moça judia Maria, ficou grávida por espírito santo. Deus enviou o anjo Gabriel para informar Maria de que ela teria um filho, a ser chamado Jesus. Gabriel acrescentou: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” — Lucas 1:31-33.

8. Como Jesus se mostrou qualificado para herdar o reinado davídico?

8 Em 29 EC, quando Jesus foi batizado no rio Jordão e foi ungido com espírito santo, ele se tornou o Rei Designado da linhagem de Davi. Mostrou zelo exemplar na pregação das boas novas do Reino e comissionou seus discípulos a pregarem também. (Mateus 4:23; 10:7, 11) Jesus humilhou-se, mesmo até a morte numa estaca de tortura, mostrando-se assim plenamente qualificado para herdar o reinado davídico. Jeová ressuscitou Jesus como espírito imortal e o enalteceu à Sua própria mão direita nos céus. Ali ele herdou todos os direitos do reino davídico. No tempo devido, Jesus exerceria seu direito de ‘subjugar no meio dos seus inimigos’. — Salmo 110:1, 2; Filipenses 2:8, 9; Hebreus 10:13, 14.

9. Como Jesus usa a chave de Davi para abrir e para fechar?

9 No ínterim, Jesus poderia usar a chave de Davi, abrindo oportunidades e privilégios relacionados com o Reino de Deus. Jeová, por meio de Jesus, libertaria então cristãos ungidos, na Terra, “da autoridade da escuridão”, transferindo-os “para o reino do Filho do seu amor”. (Colossenses 1:13, 14) A chave seria também usada para vedar esses privilégios aos que se mostrassem infiéis. (2 Timóteo 2:12, 13) Visto que este herdeiro permanente do reino de Davi tem o apoio de Jeová, nenhuma criatura pode impedir que ele cumpra com esses deveres. — Veja Mateus 28:18-20.

10. Que encorajamento Jesus dá à congregação em Filadélfia?

10 Procedendo de tal autoridade, as palavras de Jesus aos cristãos em Filadélfia devem ser especialmente confortadoras! Ele os elogia, dizendo: “Conheço as tuas ações — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens um pouco de poder, e que guardaste a minha palavra e não te mostraste falso para com o meu nome.” (Revelação 3:8) A congregação é ativa, e abre-se diante dela uma porta — sem dúvida, uma porta de oportunidade de prestar serviço ministerial. (Compare isso com 1 Coríntios 16:9; 2 Coríntios 2:12.) Portanto, Jesus incentiva a congregação a aproveitar plenamente a oportunidade de pregar. Eles têm perseverado e mostrado que têm poder suficiente, com a ajuda do espírito de Deus, para continuar a fazer “ações” adicionais no serviço de Jeová. (2 Coríntios 12:10; Zacarias 4:6) Têm obedecido às ordens de Jesus Cristo e não o têm negado, quer em palavras, quer em ações.

“Curvar-se-ão Diante de Ti”

11. Que bênção Jesus promete aos cristãos, e como se realizou isso?

11 Por isso, Jesus promete-lhes resultados: “Eis que darei os da sinagoga de Satanás, que se dizem judeus, e que não são, mas estão mentindo — eis que os farei vir e prestar homenagem diante dos teus pés e os farei saber que eu te tenho amado.” (Revelação 3:9) Possivelmente, assim como em Esmirna, a congregação tem tido problemas com os judeus locais. Jesus classifica estes como a “sinagoga de Satanás”. Não obstante, pelo menos alguns desses judeus estão prestes a reconhecer que aquilo que os cristãos têm pregado sobre Jesus é verdade. ‘Prestarem homenagem’ provavelmente se dará da maneira descrita por Paulo em 1 Coríntios 14:24, 25, de modo que realmente se arrependam e se tornem cristãos, reconhecendo plenamente o grande amor de Jesus em depor até mesmo a sua alma em favor de seus discípulos. — João 15:12, 13.

12. Por que provavelmente ficariam surpresos os membros da sinagoga judaica em Filadélfia de saber que alguns deles ‘se curvariam’ diante da comunidade cristã local?

12 Membros da sinagoga judaica em Filadélfia provavelmente ficariam surpresos de saber que alguns deles haviam de “prestar homenagem” à comunidade cristã local. Visto que, sem dúvida, há muitos não judeus naquela congregação, eles esperariam que se desse exatamente o contrário. Por quê? Porque Isaías predissera: “Reis [não judeus] terão de tornar-se tutores para ti [povo de Israel], e as princesas deles, amas para ti. Com os rostos para a terra, curvar-se-ão diante de ti.” (Isaías 49:23; 45:14; 60:14) Em sentido similar, Zacarias foi inspirado a escrever: “Naqueles dias, dez homens [não judeus] dentre todas as línguas das nações agarrarão, sim, agarrarão realmente a aba da veste dum homem judeu, dizendo: ‘Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco.’” (Zacarias 8:23) Sim, não judeus haviam de curvar-se diante de judeus, não ao inverso!

13. Quem são os judeus que sentiriam o cumprimento de profecias dirigidas ao Israel antigo?

13 Essas profecias foram dirigidas à nação escolhida de Deus. Quando foram proferidas, o Israel carnal ocupava aquela posição de honra. Mas, quando a nação judaica repeliu o Messias, Jeová a rejeitou. (Mateus 15:3-9; 21:42, 43; Lucas 12:32; João 1:10, 11) Em Pentecostes de 33 EC, ele escolheu em lugar dela o verdadeiro Israel de Deus, a congregação cristã. Os membros desta são os judeus espirituais que têm a verdadeira circuncisão do coração. (Atos 2:1-4, 41, 42; Romanos 2:28, 29; Gálatas 6:16) Depois disso, a única maneira de os judeus carnais, individualmente, poderem tornar a ter uma relação favorável com Jeová seria por depositarem fé em Jesus como o Messias. (Mateus 23:37-39) Evidentemente, isto estava para acontecer com alguns em Filadélfia. *

14. Como os textos de Isaías 49:23 e Zacarias 8:23 têm tido um significativo cumprimento nos tempos modernos?

14 Nos tempos modernos, profecias tais como Isaías 49:23 e Zacarias 8:23 têm tido um cumprimento bem significativo. Em resultado da pregação dos da classe de João, um enorme número de pessoas ingressou pela porta aberta no serviço do Reino. * A maioria delas saiu da cristandade, cujas religiões alegam falsamente ser o Israel espiritual. (Veja Romanos 9:6.) Essas pessoas, como uma grande multidão, lavam suas vestes compridas e as embranquecem por exercer fé no sangue sacrificial de Jesus. (Revelação 7:9, 10, 14) Por obedecerem ao Reinado de Cristo, esperam herdar as bênçãos dele aqui na Terra. Vêm aos irmãos ungidos de Jesus e ‘se curvam’ diante deles, em sentido espiritual, porque ‘ouviram que Deus está com eles’. Ministram a estes ungidos, com os quais ficam unidos numa associação mundial de irmãos. — Mateus 25:34-40; 1 Pedro 5:9.

A “Hora da Prova”

15. (a) O que Jesus promete aos cristãos em Filadélfia, e o que foram exortados a fazer? (b) Que “coroa” os cristãos esperavam receber?

15 Jesus prossegue: “Porque guardaste a palavra a respeito da minha perseverança, eu também te guardarei da hora da prova, que há de vir sobre toda a terra habitada, para pôr à prova os que moram na terra. Venho depressa. Persiste em apegar-te ao que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Revelação 3:10, 11) Embora os cristãos dos dias de João não fossem sobreviver até o dia do Senhor (que começou em 1914), sua confiança em que Jesus vinha lhes daria força para continuar a pregar. (Revelação 1:10; 2 Timóteo 4:2) A “coroa”, ou o prêmio da vida eterna, aguardava-os no céu. (Tiago 1:12; Revelação 11:18) Se fossem fiéis até a morte, ninguém os privaria desta recompensa. — Revelação 2:10.

16, 17. (a) O que é a “hora da prova, que há de vir sobre toda a terra habitada”? (b) Qual era a condição dos ungidos no começo da “hora da prova”?

16 O que, porém, é a “hora da prova”? Sem dúvida, esses cristãos na Ásia tiveram de suportar mais uma onda de terrível perseguição por parte da Roma imperial. * Todavia, o cumprimento maior é a hora de peneiração e de julgamento que finalmente chegou durante o dia do Senhor, atingindo seu clímax a partir de 1918. A prova tem sido a de determinar se a pessoa é a favor do Reino estabelecido de Deus ou a favor do mundo de Satanás. Ela dura um período relativamente curto, uma “hora”, mas ainda não acabou. Até acabar, nunca devemos esquecer-nos de que vivemos na “hora da prova”. — Lucas 21:34-36.

17 Em 1918, a classe de João, de cristãos ungidos — como aquela firme congregação em Filadélfia — viu-se confrontada com oposição da hodierna “sinagoga de Satanás”. Líderes religiosos da cristandade, que afirmavam ser judeus espirituais, ardilosamente manobraram os governantes para suprimir os verdadeiros cristãos. Não obstante, estes tentaram arduamente ‘guardar a palavra a respeito da perseverança de Jesus’; portanto, com ajuda espiritual, um significativo “pouco de poder”, sobreviveram e foram estimulados a entrar pela porta que então se abria diante deles. De que modo?

“Uma Porta Aberta”

18. Que designação Jesus fez em 1919, e como se tornaram os designados assim semelhantes ao mordomo fiel de Ezequias?

18 Em 1919, Jesus cumpriu a sua promessa e reconheceu o pequeno grupo de cristãos ungidos como seu “escravo fiel e discreto”. (Mateus 24:45-47) Estes obtiveram um privilégio similar ao usufruído pelo fiel mordomo Eliaquim, no tempo do Rei Ezequias. * Jeová disse a respeito de Eliaquim: “Eu vou pôr a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e ele terá de abrir sem que alguém feche e terá de fechar sem que alguém abra.” Eliaquim tinha pesadas responsabilidades a serviço de Ezequias, descendente régio de Davi. De maneira similar, hoje, pôs-se sobre os ombros da classe ungida de João “a chave da casa de Davi”, no sentido de ser incumbida dos interesses terrestres do Reino messiânico. Jeová fortaleceu seus servos para este privilégio, aumentando seu pouco de poder até se tornar uma energia dinâmica, suficiente para realizar um gigantesco testemunho global. — Isaías 22:20, 22; 40:29.

19. Como a classe de João cuidou das responsabilidades que Jesus lhe deu em 1919, e com que resultado?

19 A partir de 1919, os do restante ungido, seguindo o exemplo de Jesus, empreenderam uma vigorosa campanha de divulgação das boas novas do Reino. (Mateus 4:17; Romanos 10:18) Em resultado disso, alguns dos da hodierna sinagoga de Satanás, a cristandade, chegaram-se a este restante ungido, arrependeram-se e ‘curvaram-se’, reconhecendo a autoridade desse escravo. Eles também passaram a servir a Jeová em união com os mais antigos da classe de João. Isto prosseguiu até se ajuntar o pleno número dos irmãos ungidos de Jesus. Depois disso, “uma grande multidão  . . . de todas as nações” passou a ‘curvar-se’ diante do escravo ungido. (Revelação 7:3, 4, 9) Juntos, os do escravo e os desta grande multidão servem como um só rebanho de Testemunhas de Jeová.

20. Por que as Testemunhas de Jeová hoje precisam ser especialmente fortes na fé e ativas no serviço de Deus?

20 Unidas assim num vínculo de genuína afeição fraternal, como os cristãos em Filadélfia, as Testemunhas de Jeová reconhecem hoje que sua obra de pregação precisa ser feita com urgência. Dentro em breve, a grande tribulação porá término ao mundo iníquo de Satanás. Naquele tempo, que cada um de nós seja achado forte na fé e ativo no serviço de Deus, para que nosso nome não seja apagado do livro da vida, de Jeová. (Revelação 7:14) Tomemos bem a sério a admoestação de Jesus, dada à congregação em Filadélfia, a fim de nos apegarmos firmemente aos nossos privilégios de serviço e obtermos a recompensa da vida eterna.

As Bênçãos dos Vencedores

21. Como é que os cristãos ungidos hoje ‘guardam a palavra a respeito da perseverança de Jesus’, e que perspectiva os aguarda?

21 Hoje, os da classe de João têm ‘guardado a palavra a respeito da perseverança de Jesus’, isto é, eles têm seguido o exemplo dele e têm perseverado. (Hebreus 12:2, 3; 1 Pedro 2:21) Ficaram assim muito animados com as palavras adicionais de Jesus à congregação em Filadélfia: “Aquele que vencer — eu o farei coluna no templo do meu Deus, e ele, de modo algum, jamais sairá dele.” — Revelação 3:12a.

22. (a) O que é o templo do Deus de Jesus? (b) Como é que os cristãos ungidos que vencem se tornam colunas neste templo?

22 Quão grande é o privilégio de ser coluna no templo de Jeová! Na Jerusalém antiga, o templo literal era o centro da adoração de Jeová. Dentro do templo, o sumo sacerdote oferecia o sangue dos animais sacrificiais, num dia por ano, perante a milagrosa luz que representava a presença de Jeová no “Santíssimo”. (Hebreus 9:1-7) Por ocasião do batismo de Jesus, veio à existência outro templo, um grande arranjo espiritual semelhante a um templo, para a adoração de Jeová. O santíssimo deste templo existe no céu, onde Jesus apareceu devidamente “perante a pessoa de Deus”. (Hebreus 9:24) Jesus é o Sumo Sacerdote, e há apenas um sacrifício oferecido para cobrir completamente os pecados: o sangue derramado do homem perfeito Jesus. (Hebreus 7:26, 27; 9:25-28; 10:1-5, 12-14) Enquanto permanecem fiéis, os cristãos ungidos, na Terra, servem quais subsacerdotes nos pátios terrestres deste templo. (1 Pedro 2:9) Mas, depois de vencerem, eles também entram no santíssimo celestial e se tornam apoios irremovíveis, como colunas, do arranjo para a adoração, semelhante a um templo. (Hebreus 10:19; Revelação 20:6) Não há perigo de alguma vez ‘saírem dele’.

23. (a) Que promessa faz Jesus a seguir aos cristãos ungidos que vencem? (b) O que resulta de se escrever nos vencedores cristãos o nome de Jeová e o nome da nova Jerusalém?

23 Jesus prossegue, dizendo: “E escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte do meu Deus, e aquele meu novo nome.” (Revelação 3:12b) Sim, sobre estes vencedores escreve-se o nome de Jeová — Deus deles e de Jesus. Isto mostra claramente que Jeová e Jesus são duas pessoas distintas, não duas partes dum Deus trino, ou Trindade. (João 14:28; 20:17) Toda a criação terá de chegar a ver que estes ungidos pertencem a Jeová. São as suas testemunhas. Escreve-se neles também o nome da nova Jerusalém, a cidade celestial que desce do céu no sentido de estender seu governo benevolente sobre toda a humanidade fiel. (Revelação 21:9-14) Todos os das ovelhas cristãs, terrestres, saberão assim também que esses vencedores ungidos são cidadãos do Reino, a Jerusalém celestial. — Salmo 87:5, 6; Mateus 25:33, 34; Filipenses 3:20; Hebreus 12:22.

24. O que representa o novo nome de Jesus, e como é escrito nos fiéis cristãos ungidos?

24 Finalmente, os vencedores ungidos têm escrito neles o novo nome de Jesus. Este se refere ao novo cargo de Jesus e aos privilégios excepcionais que Jeová lhe concede. (Filipenses 2:9-11; Revelação 19:12) Ninguém mais chega a conhecer este nome, no sentido de que ninguém mais passa por essas experiências ou é incumbido de tais privilégios. Entretanto, quando Jesus escreve seu nome em seus irmãos fiéis, estes entram numa relação íntima com ele nesse domínio celestial e até mesmo compartilham seus privilégios. (Lucas 22:29, 30) Não é de admirar que Jesus conclua sua mensagem a tais ungidos por repetir a exortação: “Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às congregações.” — Revelação 3:13.

25. Como cada cristão hoje pode aplicar o princípio expresso no conselho que Jesus deu à congregação em Filadélfia?

25 Que grandioso encorajamento esta mensagem deve ter sido para os cristãos fiéis em Filadélfia! E certamente contém uma poderosa lição para os da classe de João hoje em dia, durante o dia do Senhor. Mas os seus princípios são importantes para todo cristão individual, quer dos ungidos, quer das outras ovelhas. (João 10:16) Cada um de nós faria bem em continuar a produzir frutos do Reino assim como aqueles cristãos em Filadélfia. Todos nós temos pelo menos um pouco de poder. Todos podemos fazer alguma coisa no serviço de Jeová. Portanto, usemos este poder! Quanto a maiores privilégios do Reino, estejamos atentos a entrar por toda porta que se nos abra. Podemos até mesmo orar a Jeová para que abra uma porta assim. (Colossenses 4:2, 3) Por seguirmos o modelo de perseverança de Jesus e por nos mostrarmos fiéis ao seu nome, nós também mostraremos que temos um ouvido que ouve o que o espírito santo de Deus diz às congregações.

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 13 No tempo de Paulo, Sóstenes, presidente da sinagoga judaica em Corinto, tornou-se irmão cristão. — Atos 18:17; 1 Coríntios 1:1.

^ parágrafo 14 A revista A Sentinela, publicada pelos da classe de João, continua a salientar a urgência de se aproveitar essa oportunidade e de participar o mais plenamente possível na pregação; por exemplo, veja os artigos “Que todos declarem a glória de Jeová” e “O som deles saiu por toda a terra”, no número de 1.º de janeiro de 2004. No número de 1.º de junho de 2004, no artigo “Quem glorifica a Deus é abençoado”, deu-se ênfase à entrada pela “porta aberta” do serviço de tempo integral. Em um mês de 2005 houve um auge de 1.093.552 pioneiros relatando tal serviço.

^ parágrafo 16 A Cyclopedia de McClintock e Strong (Volume X, página 519) relata: “O cristianismo forçosamente veio à atenção dos imperadores em vista dos tumultos criados entre a populaça por sacerdotes pagãos, os quais observavam sobressaltados o notável progresso desta fé; e Trajano [98-117 EC], concordemente, foi induzido a emitir decretos para efetuar a gradual supressão do novo ensino, o qual transformava os homens em odiadores dos deuses. A administração do Plínio mais moço como governador da Bitínia [que confinava com a província romana da Ásia, ao norte desta] complicou-se com os assuntos resultantes da rápida ampliação do cristianismo e da consequente fúria da população pagã dentro da sua província.”

^ parágrafo 18 O nome Ezequias significa “Jeová Fortalece”. Veja a nota sobre 2 Reis 16:20 na Tradução do Novo Mundo com Referências.

[Perguntas de Estudo]

[Quadro na página 63]

Muitos São Ajudados a Se Curvar

Dos 144.000 ungidos que hão de herdar o Reino celestial parece que um restante, a classe de João, de menos de 9.000 ainda deve completar a sua carreira na terra. Ao mesmo tempo, a grande multidão tem-se tornado mais de 6.600.000 pessoas. (Revelação 7:4, 9) O que contribuiu para este enorme aumento? As diversas escolas mantidas pelas Testemunhas de Jeová têm contribuído muito para isso. Bem diferentes dos seminários da cristandade, que ensinam filosofias mundanas e rebaixam a Bíblia, essas escolas das Testemunhas de Jeová inculcam na pessoa uma profunda fé na Palavra de Deus. Mostram a aplicação prática desta por uma vida limpa e de boa moral, e um dedicado serviço a Deus. Desde 1943, em todo o mundo, toda congregação das Testemunhas de Jeová realiza no seu Salão do Reino uma Escola do Ministério Teocrático local. Milhões frequentam esta escola toda semana, seguindo um programa unificado de educação bíblica.

Desde 1959, as Testemunhas de Jeová realizam também Escolas do Ministério do Reino para o treinamento de anciãos e servos ministeriais nas congregações. E desde 1977, as Escolas do Serviço de Pioneiro têm treinado centenas de milhares de irmãos e irmãs, os quais, com verdadeiro espírito filadelfeno, servem a Jeová por tempo integral na obra de pregação. Em 1987, iniciou-se a Escola de Treinamento Ministerial para a instrução de homens das Testemunhas, destinados a receberem designações especiais no campo mundial.

Notável entre as escolas mantidas pelas Testemunhas de Jeová encontra-se a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia. Esta escola missionária, situada no Estado de Nova York, EUA, desde 1943 tem formado duas turmas de estudantes quase todo ano. Ao todo, tem treinado mais de 7.000 ministros de Jeová para serviço missionário em outros países. Os formados nesta escola têm servido em mais de cem terras, em muitas delas tendo sido usados para iniciar a obra do Reino. Depois de cerca de 60 anos, alguns dos primeiros missionários ainda estão no seu posto, participando com missionários mais novos na promoção da expansão global da organização de Jeová. Quão maravilhosa tem sido esta expansão!

[Tabela na página 64]

Em 1919, o reinante Rei Jesus abriu uma porta de oportunidade para o serviço cristão. Um crescente número de cristãos devotados tem aproveitado esta oportunidade.

Ano Terras Cristãos Que Pregadores

Alcançadas Participaram de Tempo

com a Pregação na Pregação * Integral *

1918 14 3.868 591

1928 32 23.988 1.883

1938 52 47.143 4.112

1948 96 230.532 8.994

1958 175 717.088 23.772

1968 200 1.155.826 63.871

1978 205 2.086.698 115.389

1988 212 3.430.926 455.561

1998 233 5.544.059 698.781

2005 235 6.390.022 843.234

[Nota(s) de rodapé]

^ parágrafo 69 As cifras acima são médias mensais.

^ parágrafo 69 As cifras acima são médias mensais.

[Tabela na página 65]

A atividade das Testemunhas de Jeová é realizada de todo o coração. Por exemplo, considere as horas que gastam na pregação e no ensino, e o número enorme de estudos bíblicos gratuitos que dirigem nos lares das pessoas.

Ano Horas Gastas Estudos Bíblicos

na Pregação Dirigidos

(Total Anual) (Média Mensal)

1918 19.116 Não Há Registro

1928 2.866.164 Não Há Registro

1938 10.572.086 Não Há Registro

1948 49.832.205 130.281

1958 110.390.944 508.320

1968 208.666.762 977.503

1978 307.272.262 1.257.084

1988 785.521.697 3.237.160

1998 1.186.666.708 4.302.852

2005 1.278.235.504 6.061.534

[Foto na página 59]

Uma chave romana do primeiro século