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Quem conduzirá as nações à paz?

Quem conduzirá as nações à paz?

1, 2. Como se cumpre em nossos dias a profecia de Isaías 2:2-4?

ISAÍAS, capítulo 2, é muito mais do que uma profecia sobre o retorno do povo judeu a Jerusalém, após 70 anos de cativeiro em Babilônia. Deveras, a profecia se refere a nada menos do que à convergência de pessoas de todas as nações à adoração pura do único Deus verdadeiro, Jeová. Dá a entender a formação duma fraternidade internacional que presta serviço sagrado aceitável a Deus.

2 Uma transformação de tal magnitude, abrangendo pessoas de todas as partes do mundo, não só seria surpreendente, mas também visível, como se ocorresse num monte, bem à vista de todos. Isso é exatamente o que ocorre hoje em dia entre as Testemunhas de Jeová no mundo inteiro. Milhões de membros das religiões da cristandade aprenderam que Deus é um só, e pararam de adorar a Trindade. Na Índia, hindus têm abandonado seu panteão de deuses e miríades de ídolos, para adorar o verdadeiro Deus. O mesmo se dá com pessoas na África, em ilhas longínquas e no Oriente Médio. Os que subiram ao santo monte de Jeová, sua adoração pura, livraram-se de todo ódio racial, tribal e político; literalmente ‘não aprendem mais a guerra’. — Isaías 2:2-4.

A Identificação do Messias — Fonte de Controvérsia

3. De acordo com Isaías 11:10, que efeito teria o Messias sobre as nações?

3 Essa fraternidade internacional também se relaciona com o cumprimento do propósito de Deus para toda a humanidade: que pessoas de todas as nações abençoariam a si mesmas por meio da “semente” prometida, um descendente de Abraão, e assim adorariam a Deus em verdade e união. (Gênesis 3:15; 22:18, JP) Profecias posteriores indicaram que esta “semente” também havia de ser o ‘profeta semelhante a Moisés’, que mediaria um novo pacto, o qual serviria de base legal para que pessoas sinceras de todas as nações adorassem a Deus em união. (Deuteronômio 18:15, 18, 19; Jeremias 31:31-34) Além disso, justamente essa pessoa havia de ser o Messias, um governante da linhagem de Davi, cujo trono Deus estabeleceria para sempre. (1 Crônicas 17:11, 12) Segundo o profeta Isaías, o Messias seria a figura unificadora que uniria pessoas de todas as nações (hebraico: Goh·yím). Isaías 11:10 diz: “Terá de acontecer naquele dia, que a raiz de Jessé, que está postada como estandarte [“qual sinal de aviso”, NM] dos povos, as nações o procurarão; e seu lugar de descanso será glorioso.” — JP.

4. O que disse certo rabino sobre o efeito de Jesus sobre a raça humana?

4 A identidade do Messias tem sido debatida há séculos. Segundo Isaías 11:10 e outros textos, ele seria judeu, descendente do Rei Davi (filho de Jessé) e pessoas de todas as nações o aceitariam como legítimo Messias enviado por Deus. Referindo-se ao instrutor judeu Jesus, do primeiro século, o rabino H. G. Enelow escreveu: “Nenhum judeu sensível pode ser indiferente ao fato de que um judeu tenha tido um papel tão tremendo na educação e na orientação religiosa da raça humana.”10 Que outro judeu foi aceito como Messias por tantos gentios? Poderia algum outro judeu ter maior aceitação? Contudo, há pessoas que acham muito perturbadora a idéia de que Jesus seja o Messias. Vale a pena examinar seus motivos.

A Apostasia da Cristandade

5-7. Por que acham muitos ofensivos os próprios nomes Jesus e cristianismo?

5 Para a maioria dos não-cristãos, é a cristandade, cujos adeptos supostamente seguem os ensinos de Cristo, que tem causado aversão ao próprio nome Jesus. Foi em nome de Jesus que muitas nações sofreram às mãos da cristandade, mas sem dúvida os judeus foram os que mais sofreram.

6 Em nosso próprio tempo, o anti-semitismo na cristandade atingiu seu auge no Holocausto nazista. Embora houvesse muitos fatores envolvidos, não se pode desconsiderar o ódio religioso como um dos principais fatores. E se alguns na cristandade negarem isso, é inegável que havia “cristãos”, tanto católicos como protestantes, entre os que realizaram a carnificina ou fecharam os olhos a ela. Elie Wiesel resume o conceito judaico em seu livro A Jew Today (O Judeu Atual): “Como se explica que nem Hitler nem Himmler chegaram a ser excomungados da Igreja? Que Pio XII nunca achou necessário, para não dizermos indispensável, condenar Auschwitz e Treblinka? Que entre as S.S. grande parte eram crentes que permaneceram fiéis aos seus vínculos cristãos até o fim? Que havia matadores que se confessavam entre um massacre e outro? E que todos eles procediam de famílias cristãs e haviam recebido educação cristã?”11 Por conseguinte, quanta fé se devia esperar que o povo judeu demonstrasse em alguém cujo nome foi, durante séculos, ligado a toda humilhação e calamidade sofrida por esse povo?

7 Além da franca perseguição, que tipo de exemplo moral deram os países “cristãos” ao restante do mundo? Pouco mais do que guerras, Cruzadas e “santas” Inquisições. Até mesmo a Primeira e a Segunda Guerra Mundial tiveram início em terras “cristãs”. Pode-se dizer que a moralidade “cristã” tem sido exemplar? A AIDS, por exemplo, grassa em países onde a maioria da população professa o cristianismo. Os escândalos entre o clero da cristandade são notórios. Televangelistas imorais que acumulam milhões de dólares e vivem como reis, bem como clérigos homossexuais, alguns dos quais chegaram a ser processados por abusarem sexualmente de menores do sexo masculino, são só algumas das coisas que os não-cristãos crêem que caracterizam o cristianismo — frutos que maculam o nome de Jesus, a quem os “cristãos” alegam seguir.

8-10. (a) Por que a cristandade não pode de direito afirmar representar Jesus e o verdadeiro cristianismo? (b) Que advertência deram as Escrituras sobre uma apostasia dos ensinos verdadeiros de Jesus?

8 Adicionalmente, tanto o judaísmo como o islamismo sentem justificadamente repulsa pela idolatria que predomina na cristandade. Muitas das doutrinas não-bíblicas da cristandade, tais como a veneração de Maria como “Mãe de Deus”, também são objetáveis a essas religiões. A doutrina da Trindade, em especial, é encarada com desprezo pelos judeus como óbvia contradição da essência do judaísmo — o conceito monoteísta incorporado nas palavras: “OUVE, Ó ISRAEL: O SENHOR NOSSO DEUS, O SENHOR É UM SÓ.” — Deuteronômio 6:4, JP.

9 As perseguições praticadas pela cristandade, suas guerras, sua imoralidade, sua hipocrisia e suas doutrinas blasfemas são imperdoáveis, não só aos olhos dos não-cristãos, mas também aos olhos do Deus Todo-Poderoso. Por esse motivo as Testemunhas de Jeová, embora sigam a Jesus Cristo, não fazem parte da cristandade. A cristandade, por outro lado, não faz parte do verdadeiro cristianismo. Praticamente a única similaridade que há entre a cristandade e os primitivos cristãos é o uso do nome Jesus. Mas, se os ensinos de Jesus eram assim tão notavelmente bons e práticos, como surgiu tal apostasia?

10 Realmente, o próprio Jesus e os escritores das Escrituras Gregas Cristãs, erroneamente chamadas de Novo Testamento, profetizaram o surgimento de falsos cristãos e a apostasia dos ensinos verdadeiros de Jesus. (Atos 20:29, 30; 2 Tessalonicenses 2:1-12; 1 Timóteo 4:1-3; 2 Pedro 2:1, 2) De acordo com Mateus 7:21-23, o próprio Messias julgará esses apóstatas pelo que são, e lhes dirá: “Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei.” — NM; compare com Mateus 13:24-30, 37-43.

Por que Eram Necessárias Escrituras Adicionais?

11, 12. (a) O que são as Escrituras Gregas Cristãs? (b) Quem escreveu essas Escrituras? (c) Por que foi necessário Deus inspirar esses escritos?

11 De início, todos os seguidores de Jesus eram judeus. De fato, milhares de judeus no primeiro século, incluindo “uma grande multidão de sacerdotes”, aceitaram Jesus como o ‘profeta semelhante a Moisés’, o Messias. (Atos 2:5, 37, 41; 4:4; 6:7; Deuteronômio 18:18) Esses mesmos judeus tornaram-se o alicerce dum novo grupo internacional de adoradores de Jeová Deus, legalmente estabelecido à base dum “novo pacto”, mediado por esse profeta semelhante a Moisés. — Jeremias 31:31-34.

12 Com o novo pacto surgiu a necessidade de mais escritos inspirados que fornecessem informações adicionais necessárias para os que serviriam a Deus sob esse novo pacto. Esses escritos, as Escrituras Gregas Cristãs, foram todos feitos por judeus. Relatam a vida e os ensinos de Jesus, fornecem detalhes sobre muitas profecias registradas nas Escrituras Hebraicas, e esclarecem pontos sobre o Messias e seu papel no propósito divino. Além disso, incluem cartas que servem de conselho e encorajamento para o novo corpo internacional de adoradores. *

Foi Jesus o Prometido Messias?

13-16. O que convenceu muitos judeus do primeiro século que Jesus era o Messias?

13 Mas não foi Jesus rejeitado pelos líderes religiosos dos seus dias? Sim, e estes, por sua vez, influenciaram as massas. Mas não foram Jeremias e outros profetas também rejeitados pelos líderes religiosos de seus dias? (Jeremias 7:25, 26; 20:1-6; 2 Crônicas 36:15, 16) Os da geração de Jesus, que creram nele, que tiveram a oportunidade direta de examinar seus ensinos e suas obras, bem como as profecias a respeito dele, não foram dissuadidos pela oposição dos líderes religiosos, que viram seu monopólio religioso ameaçado. O que aqueles judeus sinceros testemunharam convenceu-os de que as profecias messiânicas se cumpriram em Jesus. Quais foram as fortes provas que fizeram com que aqueles judeus do primeiro século se dispusessem a arriscar tudo, até mesmo a vida, por declararem crer em Jesus como o prometido Messias? — João 9:22; 16:2.

14 Em primeiro lugar, a época se enquadrava. A profecia de Daniel, capítulo 9, sobre o Messias, indicava que ele surgiria antes da destruição do segundo templo. * — Daniel 9:24-27.

15 Em segundo lugar, o próprio homem se enquadrava. Ele pertencia à tribo de Judá e era descendente do Rei Davi. (Gênesis 49:10; 1 Crônicas 17:11-14; compare com Mateus 1:1-16; Lucas 3:23-31.) Também, nasceu em Belém, que, conforme os judeus do primeiro século comumente entendiam, era o local designado do nascimento do Messias. * (Miquéias 5:1 [5:2, NM]]; compare com Mateus 2:4-6; Lucas 2:1-7; João 7:42.) Todas essas eram importantes credenciais que os judeus dos dias de Jesus esperavam que o Messias tivesse como meio de identificá-lo.

16 Depois, o ensino do homem se enquadrava. Não era político ou legalista, mas espiritual e ético. * Expresso de forma bem simples, ele chegava ao âmago dos assuntos. Ademais, ousou valer-se apenas das Escrituras como autoridade final, e não dos dizeres de anteriores líderes religiosos, como era costume. Isso pasmava as multidões, pois “ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como seus escribas”. (Mateus 7:29, NM) Os relatos da vida de Jesus revelam uma personalidade tão vigorosa, e um ensino tão claro, que historiadores citam isso como um dos motivos pelos quais se pode afirmar que ele não foi nenhum personagem mitológico. *

17-20. (a) Que profecias das Escrituras Hebraicas falavam do tempo da vinda do Messias e de sua morte sacrificial? (b) Por que era necessário que o Messias morresse?

17 Várias profecias das Escrituras Hebraicas, há muito aceitas como messiânicas, cumpriram-se no sofrimento e na morte de Jesus. Tais profecias ligam a morte do Messias ao perdão de pecados. Nas Escrituras Gregas Cristãs, essa expiação fornecida pela morte do Messias é mencionada como ‘sacrifício de resgate’. (Mateus 20:28; Romanos 3:24) Quais foram algumas de tais profecias?

18 Note as palavras da profecia de Daniel 9:24, 25 (JP): “Setenta semanas são decretadas sobre o teu povo e sobre tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, e para pôr fim ao pecado, e para perdoar a iniqüidade, e para introduzir justiça eterna . . . até um ungido [“Messias”, em hebraico: Ma·shí·ahh], um príncipe.” Não se pode deixar de notar o elo estabelecido no texto entre o “Messias” (o Ungido) e o ‘cessar da transgressão e o pôr fim ao pecado.’ O versículo 26 de Daniel 9 prossegue dizendo que “após as sessenta e duas semanas um ungido [“Messias”, em hebraico: Ma·shí·ahh] será decepado”, em outras palavras, será morto. (Veja o quadro “ Quem Foi o ‘Ungido’? Quando Viria Ele?”.)

19 Outro texto relacionado com o ‘decepamento’, ou a morte, do Messias como sacrifício expiatório, acha-se em Isaías 52:13 a 53:12. (Veja o quadro “ ‘Meu Servo’ — Quem É Ele?”.) Rabinos do primeiro século aplicavam esse texto ao Messias, assim como Rambam e outros da Idade Média. O texto deixa perfeitamente claro que o perdão está ligado ao Messias e à sua morte.

20 Pelos motivos supracitados, o ensinamento de que a morte do Messias possibilitaria o completo perdão de pecados à vista de Deus foi prontamente entendido por muitos dos judeus do primeiro século. Eles sabiam que as Escrituras falavam da imperfeição inerente ao homem. (Eclesiastes 7:20) A necessidade dum sacrifício para expiar os pecados era uma lição percebida diariamente; estava implícita na própria estrutura e natureza do pacto da Lei. Os eventos descritos nos relatos da vida de Jesus o apresentam como homem perfeito cuja morte podia fornecer expiação para os pecados da humanidade. * (Mateus 20:28; Lucas 1:26-38) Quando as Escrituras Gregas Cristãs destacavam que os diversos sacrifícios da Lei prefiguravam esse um só sacrifício final e completo, deu-se um significado mais completo à inteira estrutura da Lei, bem como a outros trechos das Escrituras. * — Hebreus 10:1-10.

Semelhante a Moisés — Um Profeta Fidedigno

21, 22. (a) Como é que os eventos históricos sobre a destruição de Jerusalém provam que Jesus foi um profeta verdadeiro? (b) Como é que eventos históricos nos nossos dias também provam isso?

21 Além de explicarem a morte de Jesus como sacrifício de resgate, as Escrituras Gregas Cristãs também destacam seu papel como ‘profeta semelhante a Moisés’. (Deuteronômio 18:18; veja a seção “Qual É o Propósito de Deus para a Humanidade?,” parágrafos 17 a 19.) Como tal, ele profetizou a destruição de Jerusalém e instruiu seus discípulos a fugir da cidade quando a vissem cercada por exércitos. (Mateus 23:37-24:2; Lucas 21:20, 21) Mas como se pode fugir duma cidade quando ela está sitiada por tropas? O historiador judeu Yoseph ben Mattatiyahu (Josefo), ele próprio testemunha ocular dos eventos, registra a resposta: “Céstio [o comandante romano, em 66 EC] . . . subitamente retirou seus homens, abandonou a esperança, embora não tivesse sofrido nenhum revés, e, indo contra toda a lógica, retirou-se da Cidade.”13 Essa foi a oportunidade que os cristãos necessitavam para fugir da cidade. Quatro anos depois, em 70 EC, as tropas romanas, então sob o comando do general Tito, retornaram e sitiaram novamente a cidade. A respeito da cidade, Jesus profetizara que o inimigo construiria ‘uma fortificação de estacas pontiagudas e a cercaria, e a afligiria de todos os lados’. (Lucas 19:43, NM) Josefo confirma que Tito construiu tal fortificação de estacas pontiagudas, de quase 8 quilômetros de extensão, cortando todas as árvores dos campos num raio de cerca de 16 quilômetros. As profecias de Jesus instruíram de forma precisa como evitar a destruição às mãos dos romanos, e sua veracidade é provada pelo fato de que a vida de todos os que as acataram foi salva. — Lucas 21:20-24.

22 Jesus também profetizou que no futuro Deus acabaria com toda a iniqüidade e com os que a causam. Em Lucas 21:24 (NM), ele mencionou “os tempos designados das nações”, indicando que Deus estabelecera um limite sobre até que ponto toleraria o governo humano. * Jesus também predisse que os últimos dias do governo do homem seriam marcados por guerras, fome, terremotos, pestilência, crime e violência, e que antes do fim do governo humano se realizaria uma obra educacional no mundo inteiro para informar a pessoas de todas as nações que o governo de Deus já estava operando nos céus. (Veja Mateus 24:3-14; Lucas 21:10, 11.) As Testemunhas de Jeová crêem que esse grande sinal composto tem estado em evidência desde 1914, quando findaram “os tempos designados das nações”. Muito antes desse tempo elas já vinham anunciando que 1914 seria uma data marcante na história humana. Quando em agosto daquele ano teve início a Primeira Guerra Mundial, suas expectativas foram confirmadas. Na realidade, nenhuma das Testemunhas recebera quaisquer visões divinas; foi seu estudo diligente das Escrituras Sagradas que as levou a essa conclusão.

Nações Instruídas nos Caminhos da Paz

23. Como podia Jesus tornar-se o Rei nomeado do Reino de Deus?

23 Todavia, o valor do papel do Messias em prover um sacrifício de resgate e ser um profeta semelhante a Moisés seria apenas limitado se o aspecto final de seu papel na realização do propósito de Deus não se cumprisse — tornar-se ele o Rei nomeado do Reino de Deus. (Isaías 9:5, 6 [9:6, 7, NM]) Mas como poderia Jesus deter essa posição se ele morreu? Em harmonia com as profecias sobre o Messias, Deus ressuscitou Jesus no terceiro dia após sua morte. (Salmo 16:8-11; Isaías 53:10, 12; compare com Mateus 28:1-7; Lucas 24:44-46; Atos 2:24-32; 1 Coríntios 15:3-8.) Deus o trouxe de volta à vida, não como homem, visto que oferecera sua vida humana perfeita em sacrifício, mas como poderosa criatura espiritual, à direita de Deus, aguardando instruções adicionais. — Salmo 110:1; Atos 2:33-35; Hebreus 10:12, 13.

24-26. De que forma participam as Testemunhas de Jeová do cumprimento da profecia de Isaías??

24 O Rei Davi escreveu que quando o Messias começasse a reinar, o ‘povo de Deus se ofereceria voluntariamente’. (Salmo 110:3) Embora as condições do mundo tenham passado de mal a pior desde aquele ano marcado de 1914, também tem-se cumprido o aspecto positivo da profecia; o povo de Deus tem oferecido voluntariamente seu tempo para pregar ‘as boas novas do reino em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’. (Mateus 24:14, NM) Por exemplo, todo ano as Testemunhas gastam centenas de milhões de horas falando às pessoas sobre o Reino de Deus e dirigindo estudos bíblicos domiciliares gratuitos com os que se interessam em examinar os fatos.

25 Todo esse tempo é dado gratuitamente. Os que realizam essa obra procedem de todas as camadas sociais, de todas as idades e praticamente de todas as profissões imagináveis. Esses são os descritos em Isaías 2:3 pelas palavras: “Os muitos povos irão e dirão: ‘Vinde, subamos ao Monte do SENHOR [hebraico: יהוה, Jeová].’” Não se trata duma mera campanha para “ganhar almas”. Trata-se dum programa educacional mundial que tem dois objetivos: (1) Informar as pessoas de todas as nações de que o Reino de Deus está operando e dizer-lhes exatamente o que ele fará em breve, e (2) instruir, gratuitamente, todos os que desejarem examinar os fatos e servir ao Deus vivente conforme ele deseja. O êxito da obra e do cumprimento da profecia é certo. Por quê? Porque o próprio Jeová Deus está apoiando essa obra. — Zacarias 4:6.

26 Não é razoável encarar a obra das Testemunhas de Jeová como cumprimento dessa profecia de Isaías 2:3? Conhece alguém mais que realiza essa obra? Ou acha que é simples coincidência que milhões de pessoas arranjam tempo em sua vida para falar da mensagem profetizada uns dois mil anos atrás, uma mensagem que havia de ser anunciada num tempo de convulsões sem precedentes? Sim, nestes últimos dias, as Testemunhas de Jeová é que se tornaram a “luz das nações”. (Isaías 42:6; 49:6) São a única fraternidade internacional que serve unida e pacificamente a Jeová Deus sob a direção do Messias, “a raiz de Jessé”, a quem proclamam qual ‘sinal’ para as nações. — Isaías 11:10, NM, JP.

As Testemunhas de Jeová, duas delas vistas aqui à beira do mar da Galiléia, em Israel, estão ativas também no mundo inteiro, convidando pessoas de todas as nações a aprender mais sobre os propósitos e os requisitos de Deus.

^ parágrafo 12 Alguns alegam que esses escritos se contradizem ou contradizem as Escrituras Hebraicas. Contudo, o exame dessas supostas contradições prova que isso não é verdade. De fato, aplica-se aqui o mesmo princípio que se aplicou às supostas contradições contidas nas próprias Escrituras Hebraicas. (Veja a seção “A Bíblia — Inspirada por Deus?,” parágrafos 9 a 12.) Visto que todos os primeiros cristãos, incluindo os que escreveram os livros que constituem as Escrituras Gregas Cristãs, eram judeus, não fomentaram o anti-semitismo, como tampouco o fizeram os anteriores profetas judeus que denunciaram os líderes religiosos dos seus dias.

^ parágrafo 14 Entre os judeus do primeiro século, era consenso geral que essa profecia se cumpriria nos seus dias. (Lucas 3:15) Em sua obra De Termino Vitae (Sobre o Fim da Vida), um rabino do século 17, Menasseh ben Israel, escreveu: “Alguns aceitariam essas 70 semanas como significando que, depois de seu término, o Messias viria e os constituiria regentes do mundo inteiro. Deveras, todos que portavam armas contra os romanos naquele tempo eram dessa opinião.”

^ parágrafo 15 A antiga paráfrase aramaica, judaica, ou Targum, de Miquéias 5:1 declara: “De ti [Belém] sairá o Messias diante de mim.”

^ parágrafo 16 O historiador judeu Joseph Klausner escreveu: “Um homem como Jesus, para quem o ideal ético era tudo, era algo até então desconhecido do judaísmo daqueles dias. . . . Assim, seu ensino ético, pelo visto vai mais além do que o de Pirkē Aboth e o de outras publicações talmúdicas e midráxicas. Não se perde num mar de prescrições legais e de itens de informação secular.”12

^ parágrafo 16 Para um relato completo da vida e do ministério de Jesus, consulte o livro Jesus — O Caminho, a Verdade e a Vida.

^ parágrafo 20 O apóstolo Paulo referiu-se a Jesus como o ‘segundo Adão’, cuja morte trouxe a expiação pelo pecado herdado de Adão. (1 Coríntios 15:45-47; Romanos 5:12, 15-19) Para mais informações sobre por que tal provisão era essencial, veja a seção “Qual É o Propósito de Deus para a Humanidade?,” parágrafos 15 a 16 e nota.

^ parágrafo 20 Nesta luz, a inteira história de Abraão assume um novo significado. Deus não pedia a Abraão para matar seu filho só para testar sua fé, mas também para encenar um drama pictórico, a fim de que os homens entendessem que o próprio Deus iria fornecer um sacrifício, alguém que lhe era querido, para o benefício eterno da humanidade. A pessoa fornecida seria a própria Semente de Abraão, por meio de quem Deus prometera que ‘todas as nações da Terra abençoariam a si mesmas’. (Gênesis 22:10-12, 16-18; compare com João 3:16.) A similaridade e a idéia são claras e específicas demais para serem coincidência ou uma invenção engenhosa de homens.

^ parágrafo 22 Ao mencionar “os tempos designados das nações”, Jesus evidentemente se referia à profecia de Daniel 4:10-34 (4:10-37, NM). Para uma explicação cabal dessa profecia, consulte o assunto ““Como a profecia de Daniel predisse a chegada do Messias”, no apêndice do livro O Que a Bíblia Realmente Ensina?.