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Observando o Mundo

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Pavor de ficar magras

“Mulheres do norte de Camarões tomam indiscriminadamente remédio para engordar” com medo de ser confundidas com vítimas da Aids, diz uma reportagem do jornal Le Messager, conforme publicado na revista Courrier International. ‘Quando a pessoa adoece e perde peso, todos pensam logo que ela está com Aids, pois esse é um dos sintomas mais comuns da doença.’ Esta é também conhecida na África como a doença da magreza. As jovens que são magras preferem tomar esses remédios vendidos no mercado negro “sem receita médica” a serem discriminadas e tachadas de aidéticas, diz a fonte africana.

Vítimas infantis

‘Todo dia, 30.500 meninos e meninas com menos de cinco anos morrem de muitas causas evitáveis’, diz o relatório Situação Mundial da Infância 2000, do Fundo das Nações Unidas para a Infância. O jornal The Indian Express diz que “calculadamente dois milhões de crianças foram mortas e seis milhões foram feridas ou mutiladas em conflitos armados na última década, e ainda outros milhões são vítimas de abusos de direitos humanos”. Mais de 15 milhões de crianças são refugiadas, e mais de um milhão foram separadas de seus pais ou são órfãs. Além disso, a reportagem mostra que, segundo estudos conduzidos pela Organização Internacional do Trabalho, pelo menos 250 milhões de crianças entre 5 e 14 anos realizam trabalhos forçados, 20% delas em condições extremamente perigosas. Cerca de um milhão de crianças no mundo todo são obrigadas a trabalhar como prostitutas, e 250.000 crianças por mês são infectadas com o vírus do HIV. E dos 130 milhões de crianças que não têm acesso à escola, dois terços são do sexo feminino.

Dê seu nome a novas espécies

“Está procurando um presente muito especial para alguém que parece já ter tudo?”, pergunta a revista Science. “Não se desespere. Em troca de um donativo destinado à pesquisa sobre biodiversidade, poderá dar o nome dessa pessoa a uma nova espécie de orquídea, mosquito ou nudibrânquio. O nome ficará registrado e perpetuado na literatura científica para a posteridade.” Ou, se preferir, pode dar o seu próprio nome. Segundo pesquisas científicas, apenas um décimo ou menos das espécies hoje existentes foram mencionadas na literatura científica. Milhares de espécies coletadas estão em gavetas de museu, esperando receber um nome e que sua descrição saia numa revista científica. Pode-se agora recorrer a um site da Internet e olhar as fotos de espécies que ainda não têm nome, mas que já foram analisadas para publicação. E daí, mediante um donativo de 2.800 dólares, a pessoa pode dar um nome em latim à espécie de sua escolha. A organização chamada BIOPAT espera dessa forma levantar fundos tanto para a taxionomia como para a conservação de novas espécies.

Fumantes e não-fumantes expostos à poluição

A maioria dos jovens fumantes na Índia adquire o hábito bem cedo, segundo relatório feito pelo Instituto Tata de Pesquisas Fundamentais em Mumbai. Em média, crianças de rua sem supervisão parental começam com 8 anos, ao passo que as que vão à escola e têm supervisão começam com 11. No entanto, outra pesquisa em Mumbai mostrou que crianças que tinham boa supervisão parental e que nunca fumaram estavam inalando poluentes equivalentes a fumar dois maços de cigarros por dia. Conforme reportagem do jornal The Asian Age, Mumbai e Délhi estão entre as cinco cidades mais poluídas do mundo. Em Mumbai, com trânsito regular de cerca de 900.000 veículos nas ruas, mais 300.000 entrando e saindo da cidade todo dia, o índice de poluição do ar, conforme registrado, é de 600% a 800% maior do que o limite considerado permissível pela Organização Mundial da Saúde.

Moderna Bíblia manuscrita

Num custo estimado de 3 milhões de dólares, deu-se início à produção de uma Bíblia manuscrita decorada, a ser concluída em seis anos. Ela foi encomendada por monges beneditinos da Universidade St. John, de Minnesota, EUA. Na sua oficina no País de Gales, o calígrafo britânico Donald Jackson está supervisionando uma pequena equipe de calígrafos que trabalham com ele no projeto. Eles estão escrevendo em velino, usando penas de ganso e uma antiga tinta chinesa compacta feita de fuligem refinada misturada com goma. Um texto caligráfico criado em computador especialmente para esse trabalho será impresso e daí copiado à mão, acrescentando-se depois ilustrações e letras decoradas. A obra completa terá sete volumes e mais de 1.150 páginas, cada uma com cerca de 60 centímetros de altura e 40 centímetros de largura. A Bíblia escolhida para essa obra monumental, a primeira do gênero em 500 anos, é a New Revised Standard Version, em inglês. Mas a ordem dos livros da Bíblia foi alterada, e o primeiro volume começará com os Evangelhos. Mais tarde, planejam-se 100 exemplares de uma edição para colecionadores, que serão vendidos por um valor entre 60 mil e 80 mil dólares cada um.

Evidência da visita do apóstolo Paulo a Chipre?

“Em Pafos, na rochosa costa sudoeste da ensolarada ilha de Chipre, arqueólogos italianos disseram ter encontrado a mais antiga prova material da presença de Paulo na ilha”, diz a revista Biblical Archaeology Review. “Até agora, só o Novo Testamento fazia menção da visita do apóstolo à ilha. O relato diz que Paulo, na sua primeira viagem missionária, ‘navegou para Chipre’ onde percorreu ‘toda a ilha, chegando até Pafos’ (Atos 13:4-6).” A prova encontrada consiste num fragmento de placa de mármore que mostra duas linhas em grego. A linha de cima diz “LOY”, e a de baixo “OSTO”, ou seja, (PAU)LOY (AP)OSTO(LOY)”, ou “apóstolo Paulo”, segundo a reconstituição feita por arqueólogos, que a datam como do primeiro ou do segundo século EC. “O fragmento de Pafio [Pafos] nos permite começar a reconstituir o mapa das viagens de Paulo”, disse Filippo Giudice, chefe da equipe de arqueólogos.

Iguarias da vida silvestre

“A mudança nos estilos de vida e hábitos alimentares” está ameaçando a vida silvestre na China, diz a revista Down to Earth. A crescente crença de que certos tipos de animais silvestres são mais saudáveis do que outros alimentos causou uma grande demanda de iguarias exóticas. As cobras encabeçam a lista, e as venenosas custam o dobro das não-venenosas. Javalis, gatos-almiscarados, sapos, rãs, pítons, pangolins, antílopes-tibetanos e aves raras são muito apreciados e aparecem em cardápios de restaurantes em toda a China. Muitos desses animais fazem parte da lista dos ameaçados de extinção, o que os coloca na categoria dos protegidos pelo governo. Mesmo assim, alguns donos de restaurante colocam letreiros garantindo aos fregueses que os animais são realmente silvestres, não domesticados nem criados em laboratório. O governo chinês lançou uma campanha para proteger a vida silvestre do apetite desses pretensos gourmets divulgando o lema: “Diga não ao consumo de animais silvestres”.

Perigoso aos pássaros

“Os edifícios de escritórios e as torres de comunicação da América do Norte são assassinos silenciosos”, diz o The Globe and Mail, de Toronto, Canadá. “Acredita-se que o choque com estruturas como janelas de casas seja responsável pela morte anual de 100 milhões de pássaros no continente.” Não se sabe como, mas luzes de escritório deixadas acesas de noite confundem a capacidade de navegação das aves migratórias. Os peritos dizem que o problema é geral. “Não sei de nenhum lugar no país, ou no continente, onde não haja exemplos disso”, diz o ornitólogo David Willard. Grupos como o Programa de Conscientização do Perigo da Luz Deixada Acesa estão se esforçando para educar os funcionários de escritório a apagar a luz à noite.

Além disso, os canhões de luz usados para atrair pessoas a discotecas e outros locais de entretenimento confundem os animais de hábitos noturnos, diz o diário alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. As luzes perturbam o sensível sistema navegacional de aves e morcegos. Há registros de que, confusas, as aves desfazem a formação migratória, mudam de direção, soltam gritos estridentes de ansiedade e até interrompem totalmente a migração. Tem acontecido de aves desorientadas aterrissarem exaustas depois de ficar horas voando em círculos. Enfraquecidas, algumas chegam a morrer. O Instituto de Proteção às Aves de Frankfurt está exigindo a proibição dos canhões de luz.