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Observando o Mundo

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Transporte sem poluentes para o futuro

“Começa a ser comercializada a tecnologia da célula de combustível que promete revolucionar o mercado mundial de carros”, diz o jornal The Australian. Essa tecnologia é especialmente adequada para ônibus circulares porque produz menos ruído e não lança poluentes na atmosfera. Os ônibus, com capacidade para 70 passageiros, poderão percorrer 300 quilômetros sem reabastecer, a uma velocidade máxima de 80 quilômetros por hora. Serão oferecidos às empresas de transporte em toda a Europa a um preço inicial de 1 milhão de dólares cada um, e espera-se que estejam circulando a partir do fim do ano 2002. Futuramente, a célula de combustível também poderá ser usada em carros, mas ainda não se atingiu o estágio de produção. “Temos de reduzir o custo, o volume e o peso dos sistemas de células de combustível para que se tornem competitivos com sistemas de motor de combustão interna”, diz o professor Ferdinand Panik.

Crianças e ocultismo

“Matéria satânica e ocultista disponível na Internet representa um perigo a crianças e adolescentes”, diz um sindicato de professores, segundo o jornal The Independent, de Londres. De acordo com pesquisa feita para a Associação de Professores e Palestrantes, metade dos jovens entre 11 e 16 anos “tinham interesse no ocultismo e no sobrenatural”, quase um quarto eram “muito interessados” e 1 entre 6 disseram que “ficaram assustados” ao ver matéria sobre o ocultismo. Peter Smith, secretário-geral da associação, avisa: “As crianças podem escolher centenas de sites sobre feitiçaria, feitiços e técnicas de extração de sangue, sem nenhuma supervisão de adultos. . . . Trata-se de uma tendência muito preocupante. Pais e professores devem alertar a garotada dos perigos de mexer com o ocultismo antes que eles se envolvam demais.”

Do forno para a geladeira?

Não é bom deixar o alimento esfriar no balcão para depois guardar na geladeira, diz Bessie Berry, gerente do setor de atendimento ao consumidor da seção Carne e Aves do Departamento de Agricultura, dos Estados Unidos. “Mesmo os alimentos que acabam de sair do forno ou do fogão” devem ser refrigerados imediatamente se não vão ser consumidos na hora. Conforme explicado no Tufts University Health & Nutrition Letter, “quanto mais rápido você colocar alimentos cozidos no refrigerador, tanto mais rápido impedirá que quaisquer bactérias nocivas contidas neles se multipliquem”. Mas será que isso não estraga a geladeira nem sobrecarrega o motor? A Sra. Berry diz que não. As geladeiras modernas são projetadas de tal forma que podem receber alimentos quentes. O conceito de não levar alimento quente à geladeira talvez seja um legado do tempo das caixas domésticas de gelo, onde o calor fazia o gelo derreter. Mas vale lembrar que para refrigerar um item grande (um frango inteiro, uma panela de sopa ou um assado numa travessa funda) é preciso tomar duas precauções. Primeiro, divida o conteúdo em recipientes rasos; caso contrário, ele não vai esfriar rápido o suficiente por dentro para impedir a multiplicação de bactérias. E também não esqueça de deixar um espaço entre os itens quentes e os demais alimentos para que o ar possa circular, facilitando a refrigeração.

Vozes de computador ganham sentimento

Para que as vozes de computador sejam mais simpáticas, cientistas vêm procurando um meio de criar vozes com sentimento. Segundo o jornal alemão Gießener Allgemeine, uma equipe de pesquisadores da Universidade Técnica de Berlim analisou como as vozes mudam conforme o sentimento. Atores de teatro leram sentenças de conteúdo neutro com diferentes sentimentos: raiva, tristeza, tédio, alegria, medo ou repugnância. Depois as sentenças foram analisadas — sílaba por sílaba — quanto ao tom, à velocidade, à freqüência básica, ao volume e à clareza de articulação. Os resultados demonstraram que a alegria ou a raiva fazem aumentar o ritmo e o volume — as sílabas são bem pronunciadas e a articulação é clara. Já o tédio, o medo ou a tristeza tornam a fala mais lenta e indistinta, e o tom muda. O medo aumenta a altura do som em cerca de uma oitava. Na tristeza, as cordas vocais vibram suavemente e a voz fica mais rouca e mais baixa. Essas características foram aplicadas a vozes artificiais que foram depois analisadas para ver se os ouvintes conseguiriam “reconhecer o correto estado emocional”. O projeto interessou principalmente aos que trabalham com sintetização e reconhecimento automático de voz.

500 anos de devastação

O Brasil perdeu 37% de três de seus principais ecossistemas desde que a colonização começou cerca de 500 anos atrás. É isso que revela recente pesquisa do Fundo Mundial para a Natureza. Até o presente, “93% da mata atlântica, 50% do cerrado e 15% da Amazônia foram destruídas”, disse o jornal O Estado de S. Paulo. Garo Batmanian, secretário-executivo do fundo no Brasil, disse: “Quando os portugueses aqui chegaram, depararam-se com a floresta exuberante e uma quantidade imensa de água como nunca tinham visto. A partir disso, criou-se o mito de que nesta terra tudo que se planta dá, e não era preciso adaptar a tecnologia européia à realidade local.” Isso, disse, foi o início da devastação da mata atlântica.

Lixo no mar

Uma garrafa de vidro jogada no mar demora mil anos para se decompor e desaparecer. Lenços de papel levam três meses e palitos de fósforo, seis. Tocos de cigarro poluem o mar por um período que varia de 1 a 5 anos; sacos plásticos, de 10 a 20 anos; artigos de náilon, de 30 a 40 anos; latas, 500 anos e poliestireno, 1.000 anos. Essas estimativas são apenas alguns dados fornecidos por Legambiente, uma associação italiana de proteção ao meio ambiente, para incentivar os banhistas a respeitar a natureza ao ir à praia. “Será que é preciso dar esses avisos?”, pergunta o jornal Corriere della Sera. Ele responde: As 605 toneladas de lixo coletadas pelos voluntários do movimento Praia Limpa, no litoral italiano, de 1990 até hoje mostram que sim.”

Selos personalizados

“Lançados no Canadá selos autopromocionais, a última novidade para uma era voltada para o ego”, diz o The New York Times. As pessoas podem agora ter um selo com “a foto do bebê, do recém-formado, do casal feliz ou do cão leal”. Os interessados podem enviar um formulário anexando a foto e o pagamento. Em troca recebem uma folha com 25 molduras impressas em dourado, com a palavra “Canadá” e o valor da postagem, e uma outra folha com reproduções da foto que podem ser coladas dentro das molduras. Mas esses selos custam mais do que o dobro dos comuns. Há também adesivos com dizeres que “permitem que você personalize a correspondência de acordo com a disposição de ânimo ou a mensagem”, disse Micheline Montreuil, diretora de produtos filatélicos dos Correios do Canadá. Para não ficar atrás, a Austrália, Cingapura, a Grã-Bretanha e a Suíça também criaram as suas versões de selos personalizados. Vai ser difícil os colecionadores ficarem em dia com toda essa infinidade de selos.

O que mata mais: doenças ou desastres?

Embora desastres naturais como enchentes e terremotos ganhem mais publicidade, as doenças infecciosas matam muito mais, diz um relatório da Cruz Vermelha. Comentando sobre isso, o The New York Times diz: “No ano passado as doenças infecciosas como a Aids, a tuberculose e a malária mataram 160 vezes mais pessoas do que os terremotos da Turquia, os ciclones na Índia e as enchentes na Venezuela . . . Estima-se que essas três doenças tenham matado 150 milhões de pessoas desde 1945 em comparação com 23 milhões que morreram em guerras no mesmo período.” De acordo com Peter Walker, autor do relatório, a causa básica do problema é a crise na saúde pública. “Em quase todos os países, aparentemente existe um sistema de saúde, mas longe dos grandes centros, não há nada”, disse. Os 13 milhões de mortes no ano passado, provocados por doenças infecciosas, poderiam ter sido evitados se fossem gastos apenas cinco dólares por pessoa em assistência de saúde. O artigo conclui: “O dinheiro aplicado em mudar o comportamento das pessoas salva mais vidas do que o gasto em projetos caros como hospitais e equipamentos sofisticados.”