Pular para conteúdo

Pular para sumário

Observando o Mundo

Observando o Mundo

Observando o Mundo

Fóssil falsificado

“Ele decorou durante 116 anos um dos salões do Museu Nacional do País de Gales, em Cardiff — trata-se do esqueleto fossilizado de um predador com 200 milhões de anos que vivia nos oceanos durante o período jurássico”, comenta o jornal britânico The Guardian. “Os curadores de Cardiff acharam que os restos desse carnívoro marinho, o ictiossauro, precisavam de uns retoques. Perceberam então que haviam sido enganados.” “Quando retiramos cinco demãos de tinta, constatamos que se tratava de uma farsa bem elaborada”, disse Caroline Buttler, responsável pela conservação no museu. “Era uma combinação de dois tipos de ictiossauro e uma tentativa esperta de falsificação.” Em vez de jogar fora o fóssil, o museu vai exibi-lo como exemplo dum fóssil falsificado.

A chave é preservar o habitat

“Proteger o habitat [é a] chave para preservar a vida selvagem”, diz o jornal Times of Zambia. O relatório afirma que o que mais contribui para a diminuição da vida selvagem é a destruição do habitat. “Exploração excessiva de pastagens, queimadas, erosão do solo [e] plantações” são algumas das causas. “Obviamente, a agricultura é importante e de maneira alguma poderíamos sobreviver sem ela”, explica o artigo. Mas em regiões onde a agricultura “não é tão benéfica por causa do solo empobrecido”, os habitats poderiam ser preservados, comenta o Times. Quando se trazem animais domésticos para essas regiões, eles têm problemas com parasitas, como carrapatos e micuins, mas “os animais selvagens têm um jeito natural de lidar com essas pragas”. Eles se esfregam na lama ou na terra, ou ainda, deixam que os pássaros apanhem os parasitas.

Túmulos personalizados

“Túmulos excêntricos são a mais nova moda funerária”, divulga a revista francesa L’Express. Idealizadores de túmulos se dispõem a produzir monumentos personalizados em 25 cores, novos desenhos e novos materiais, como vitral ou metal. Alguns monumentos prontos incluem esculturas de um pára-quedas, um cão, uma vaca, destroços de um trem e um barril enorme — a pedido de um comerciante de vinho. Uma grande empresa afirma que faz pelo menos 80 réplicas de motocicletas por ano a fim de decorar os túmulos. Segundo o artigo, leis municipais talvez permitam apenas o uso duma lápide ou duma placa mortuária, mas as leis federais francesas defendem o direito de culto e concedem aos donos de sepulturas a “liberdade de construção”.

Cuidado com o chumbo nas bijuterias

“Se sua filhinha gosta de colocar na boca bijuterias que contêm chumbo, é melhor jogá-las fora”, avisa um relatório do órgão Health Canada. Testes de laboratório feitos em bijuterias baratas — aquelas feitas especialmente para crianças — revelam que a maioria das amostras estava contaminada com níveis de chumbo entre 50% e 100%. “Absorver mesmo que uma pequena quantidade de chumbo pode ter efeitos prejudiciais sobre o intelecto e o comportamento de bebês e crianças pequenas”, diz o relatório. A presença do chumbo é, sem dúvida, difícil de detectar sem um kit para testes. Tendo em vista o preço baixo das bijuterias para crianças, a melhor conduta nesses casos pode ser aquela recomendada pelo jornal National Post: “Na dúvida, jogue fora.”

Tribunal dá ganho de causa a Testemunhas na Rússia

O jornal The New York Times, de 24 de fevereiro de 2001, anunciou: “As Testemunhas de Jeová tiveram hoje [23 de fevereiro] uma vitória num tribunal de Moscou que pode repercutir extensamente. A vitória foi contra promotores que tentavam proscrever o grupo por causa de uma lei de 1997, proibindo seitas que promovem o ódio e a intolerância.” O julgamento havia sido suspenso em 12 de março de 1999, e cinco especialistas foram designados para pesquisar as crenças das Testemunhas de Jeová. O caso ficou em recesso por quase dois anos. Depois que o processo foi reativado em 6 de fevereiro de 2001, levou menos de três semanas para o tribunal constatar que as acusações da promotoria eram infundadas. Mas a promotoria pediu que o tribunal municipal de Moscou ordenasse um novo julgamento. Esse pedido foi concedido em 30 de maio, e o caso foi novamente encaminhado ao tribunal para que fosse julgado outra vez. “A Igreja Ortodoxa Russa, que se opõe ferrenhamente a atividades missionárias”, disse o jornal Los Angeles Times, “era um dos principais defensores da lei de 1997 sobre religiões, que obrigou diversas denominações a enfrentar um difícil processo de legalização”.

O lixo e a Cidade do México

Trinta por cento do lixo da Cidade do México fica nas vias públicas e se transforma em poluentes perigosos, relatou há pouco tempo o jornal El Universal, da Cidade do México. Aarón Mastache Mondragón, secretário do meio ambiente, indicou que apenas 10% do lixo da Cidade do México é reciclado e que cerca de 48% não é biodegradável. Baseado em informações do Instituto Nacional de Reciclagem, um bilhete de cartolina demora um mês para se desintegrar; um galho de bambu, de um a três meses; uma toalha de algodão, de um a cinco meses; uma meia de lã, um ano; madeira pintada, um pouco mais de um ano; uma lata de conserva, cerca de 8 anos; uma lata de alumínio, de 200 a 500 anos; e uma garrafa de vidro, mais de um milhão de anos.

Roupas doadas dão lucro

“Só uma pequeníssima quantidade” de roupas doadas chega realmente às mãos dos que passam necessidade, comenta o jornal alemão Südwest Presse. Na Alemanha, anualmente são doadas mais de 500.000 toneladas de roupa para os necessitados. Mas, em geral, as organizações que as coletam vendem-nas para empresas, fazendo com que as cifras do comércio de roupas usadas cheguem a centenas de milhões de marcos alemães. Nem sempre essas organizações sabem do paradeiro das doações. O artigo afirma: “Se quiser ter certeza de que suas roupas realmente beneficiarão os pobres, você mesmo terá de fazer as doações ou então enviá-las a pessoas confiáveis nas regiões afetadas.”

Por que as crianças têm problemas para se comunicar

Segundo o jornal Berliner Morgenpost, o porta-voz da associação dos pediatras de Berlim atribui o problema de comunicação dos jovens ao fato de se excederem em ver televisão e usar o computador. Ele disse que as crianças, especialmente as pré-escolares, devem gastar menos tempo vendo televisão ou sentadas em frente do computador e mais tempo se comunicando e sendo estimuladas por pessoas reais. Além disso, novas pesquisas, anuncia The Sunday Times da Grã-Bretanha, sugerem que “um número crescente de pessoas nos seus 20 ou 30 anos estão sofrendo de perda drástica da memória” e da incapacidade de “distinguir entre os fatos relevantes e irrelevantes” por causa do “aumento da confiança depositada na tecnologia de computadores”.

Os lagos alpinos estão contaminados

Os lagos alpinos não estão tão limpos quanto se imaginava. “Até os lagos mais altos, como o Schwarzsee, em Sölden [Áustria], estão cheios de poluentes”, relata a revista alemã natur & kosmos. Os peixes nos lagos a grandes altitudes têm uma concentração de DDT mil vezes maior do que os em baixas altitudes. Por quê? Nos países tropicais, substâncias químicas venenosas ficam em suspensão quando evaporam e são transportadas por correntes de ar para outras partes do mundo. Em regiões frias, como é o caso dos lagos alpinos, as partículas de DDT se condensam e caem em forma de precipitação atmosférica. Os “gélidos lagos alpinos funcionam como armadilhas congelantes”, diz a revista, “porque capturam o DDT da atmosfera”. O DDT — um inseticida tóxico tanto para humanos quanto para animais — já foi abolido na Europa há mais de 20 anos, mas ainda é utilizado nos países em desenvolvimento.

Idiomas em extinção

Um projeto brasileiro e alemão pretende documentar idiomas nativos do Brasil ameaçados de extinção, relata o jornal brasileiro Folha de S. Paulo. Pesquisadores esperam preservar as línguas trumaí, aueté e cuicuro criando um banco de dados digital com textos e sons. Segundo o lingüista Aryon Rodrigues, sobraram apenas 180 dos 1.200 idiomas nativos do Brasil. Destes, pelo menos 50 são falados por menos de cem pessoas. No caso de um idioma, o macu, o único falante é um viúvo de 70 anos que mora no norte do Brasil. Rodrigues diz que a preservação de idiomas nativos é vital para preservar a cultura de um povo.