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Observando o Mundo

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“Você acredita em anjos?”

Entre os mais de 500 residentes entrevistados em Quebec, Canadá, 66% responderam que sim à pergunta acima. O jornal canadense Le Journal de Montréal relatou que um pesquisador atribui a bem-difundida crença no sobrenatural não apenas à Igreja Católica, mas também à grande influência budista na província de Quebec. Por outro lado, o sociólogo Martin Geoffroy ficou muito surpreso de apenas um terço dos entrevistados ter admitido crer no Diabo. “O fator preocupante é o positivismo”, declara ele. “Nós acreditamos nos anjos, mas não no Diabo. Nós excluímos o negativo.”

Negócios com pornografia

“A indústria da pornografia é muito mais rendosa do que as do futebol americano, do basquete e do beisebol juntas. Os norte-americanos gastam por ano muito mais com pornografia do que com entradas de cinema e de todos os outros tipos de espetáculo”, declarou o The New York Times Magazine. “Nos Estados Unidos, calcula-se que essa indústria em um sentido bem amplo chegue a movimentar entre 10 e 14 bilhões de dólares por ano. Isso inclui canais eróticos, filmes pelo serviço pay-per-view, quer via cabo quer via satélite, sites na Internet, filmes em hotéis, telessexo, acessórios eróticos e . . . revistas.” O artigo acrescenta: “Com um movimento de 10 bilhões de dólares, a indústria da pornografia deixou de ser um show secundário. Ela se tornou a atração principal deixando para trás a tradicional indústria do teatro da Broadway que movimenta apenas 600 milhões de dólares.” No ano passado, por exemplo, Hollywood produziu 400 filmes, ao passo que a indústria da pornografia despejou no mercado 11.000 vídeos “adultos”. O interessante é que, quando entrevistados, são poucos os americanos que têm coragem de admitir que os vêem. “Nada se compara à indústria da pornografia”, diz o artigo. “A pornografia, por incrível que pareça, é o único programa que oficialmente não tem audiência, mas nunca sai do ar.”

E o nível de água em Londres que não pára de subir?

“A água subterrânea ameaça submergir Londres e para evitar isso estão sendo feitas perfurações no solo para extrair a água”, diz a revista The Economist. No início do século 20, estimava-se que o lençol freático sob Trafalgar Square estivesse a uns 90 metros abaixo do solo. Só que nessa época as indústrias extraíam do solo milhões de litros de água. O nível da água subiu e está a apenas 40 metros abaixo da famosa praça. A água vem subindo uns 3 metros por ano e nesse ritmo poderá vir a apresentar um risco de proporções trágicas para o sistema metroviário de Londres, seus quilômetros e quilômetros de fiação e os alicerces dos prédios. Calcula-se que ao todo será necessário fazer cerca de 50 perfurações. “O Instituto do Meio Ambiente estima que hoje a extração de água do lençol subterrâneo que fica sob Londres seja de cerca de [50 milhões de litros] por dia”, diz a revista. Mas isso não é suficiente. A situação só se estabilizará se essa quantidade for dobrada nos próximos dez anos.

Os piores assassinos

“Em escala global, as doenças causadas por vírus, por bactérias e por parasitas continuam sendo as principais causas de morte”, declara o jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Na realidade, três dessas doenças — a Aids, a malária e a tuberculose — são responsáveis por “várias centenas de milhões de pessoas infectadas a cada ano; dez milhões das quais acabam morrendo”. O jornal acrescenta: “Em meados do século 20, muitos especialistas acreditavam que em pouco tempo as doenças infecciosas não mais seriam uma ameaça. Mas com o surto da Aids, da doença da vaca louca e da febre aftosa, o risco de infecção por micróbios continua a ser uma dura realidade para o homem e o animal. . . . Para a surpresa de todos, em várias regiões do mundo surgiram vírus e bactérias altamente nocivos.” É verdade que esses agentes patogênicos, em si, muitas vezes são os responsáveis. Mas é bom lembrar que existe também o fator humano — o estilo de vida e os hábitos que favorecem o aparecimento e a disseminação desses microorganismos.

“Não somos tão extraordinários assim”

“Nunca fomos tão rebaixados”, declara a revista New Scientist. “Seqüenciar o genoma humano é uma conquista que nos causa muito orgulho. Só que o conhecimento desse código revela que não somos tão extraordinários assim. Agora sabemos que em matéria de genes temos apenas cinco vezes mais do que a bactéria, um terço a mais do que a larva e cerca de o dobro a mais que uma mosca.” Não só isso, mas “por volta de 40% dos nossos genes são semelhantes aos do nematódeo, 60% aos da mosca-das-frutas e 90% aos do camundongo”. Conhecer o genoma humano muda também o nosso conceito sobre raças, diz a revista. Em questão de genética, duas pessoas parecidas e da mesma raça podem diferir muito mais do que duas que não sejam nada parecidas e de grupos étnicos bem diferentes. Luigi Cavalli-Sforza, da Universidade Stanford, disse: “Seria um contra-senso acharmos que existem diferenças entre as raças ou até mesmo que haja raças diferentes diante de tantas dessemelhanças entre pessoas da mesma raça.”

A Rádio Vaticano reduz sua potência de transmissão

“A Rádio Vaticano concordou em reduzir a potência de transmissão em conseqüência da preocupação de muitos com os possíveis riscos à saúde”, diz a revista New Scientist. Isso deve significar uma diminuição de 50% no tempo de transmissão de ondas médias e uma redução na potência do sinal. A radiodifusão diária é feita em 60 idiomas através de todo o globo em uma ampla gama de freqüências. Há 50 anos, por ocasião da construção da emissora, as 33 antenas foram colocadas em locais quase desabitados, fora da área urbana de Roma, Itália. Hoje, há cerca de 100.000 pessoas morando nas proximidades e muitos atribuem a incidência de leucemia na localidade às transmissões de alta potência. A emissora não tem repetidores para amplificar a potência de transmissão dos sinais, nos países além-mar. Ao estabelecer novas normas de radiação em 1998, a Itália solicitou ao Vaticano que reduzisse os níveis de potência da emissora. O Vaticano não acredita na existência de riscos à saúde e por ser um Estado independente sabe que a Itália não tem nenhum direito de interferir, mas mesmo assim decidiu reduzir a potência de transmissão como “um ato de boa fé”, declarou a revista.

Água mineral ou água da torneira?

“O fato de haver mais de 700 marcas de água mineral mostra como ela é popular no mundo”, relata o jornal The New York Times. Só que, “em muitos casos, fora o preço da água mineral, a única diferença entre uma água e a outra é a garrafa”. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) comentou que “em muitos países a água mineral não é mais segura ou saudável do que a água da torneira e, ainda por cima, custa mil vezes mais caro”. Além de ser econômica, a água da torneira é uma proteção para o meio ambiente. O consumo anual de plástico usado para a fabricação de garrafas chega a 1,5 milhão de toneladas. E “durante os processos de fabricação e de destinação final são liberadas substâncias químicas tóxicas e gases que contribuem para as mudanças climáticas”. Segundo o Dr. Biksham Gujja, chefe do Programa Internacional da Água Potável, do WWF, “na Europa e nos Estados Unidos há mais normas que regem a fiscalização da água da torneira do que as das indústrias que engarrafam água mineral”.

Igrejas saqueadas

“Mesmo com a adoção de uma legislação mais severa, o roubo e o tráfico de objetos religiosos na Europa não diminuíram”, comentou o jornal católico francês La Croix. Entre os objetos roubados há crucifixos, mobília, artefatos de ouro e de prata, esculturas, pinturas e até mesmo altares. Nos últimos anos, segundo dados do Conselho Internacional dos Museus, só na República Tcheca foram roubados entre 30.000 e 40.000 objetos, e na Itália, mais de 88.000. A França, com as suas 87 catedrais, também é um paraíso para os assaltantes. Entre 1907 e 1996, cerca de 2.000 itens considerados “patrimônio histórico” foram roubados das instituições religiosas francesas, e desses, menos de 10% foram recuperados. É difícil de controlar esse tipo de saque, tendo em vista que o acesso às igrejas é livre e a segurança é quase inexistente.

Mapeada a Alexandria antiga

Foram necessários cinco anos de escavações e de levantamento topográfico submarino para mapear a Alexandria antiga. O mapa mostra a localização dos palácios dos faraós, dos estaleiros e dos templos. O arqueólogo francês Franck Goddio e sua equipe usaram desenhos baseados em descrições fornecidas pelos mergulhadores além de mapeamento eletrônico da cidade submersa. Como ficaram surpresos com os resultados! “Logo após os primeiros levantamentos eletrônicos do porto, percebemos que a topografia do distrito da antiga Alexandria era totalmente diferente do que imaginávamos”, disse Goddio.