Observando o Mundo
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Chá antiviral
Os resultados preliminares de estudos feitos em laboratório revelam que “uma grande variedade de chás comercializados parece inativar e até matar os vírus”, relata a Reuters Health Information. Foram testados vários tipos de chá verde e preto, tanto quentes como gelados, em tecido animal contaminado com vírus como o herpes simples 1 e 2 e o T1 (bacteriano). Segundo o Dr. Milton Schiffenbauer, pesquisador da Universidade Pace em Nova York, “o chá gelado ou quente destrói ou inativa o vírus [herpes] em alguns minutos”. Os resultados foram semelhantes com o vírus T1. Ainda não se sabe como o chá interfere na sobrevivência desses vírus. Os pesquisadores notaram que, mesmo bem diluído, o chá continuava a ser eficaz. O chá preto revelou ter um efeito mais potente do que o chá verde.
Perigos ocultos na França
Estima-se que 1,3 milhão de toneladas de dispositivos letais da Primeira e da Segunda Guerra Mundial esteja ainda enterrado na França, relata o jornal Le Figaro. O antigo front está repleto de bombas e de projéteis químicos da época, que continuam a ser uma ameaça para as pessoas e para o meio ambiente. Na ocasião esses locais eram terrenos baldios, mas hoje são áreas residenciais ou industriais. As equipes que retiram as bombas recebem milhares de chamadas por ano. Mesmo assim ocorrem centenas de acidentes e mais de 600 peritos morreram no cumprimento do dever entre 1945 e 1985. No passo atual, os especialistas calculam que poderá levar 700 anos para se livrar de todo o arsenal enterrado.
Haja água para os turistas!
“Com a enxurrada de turistas, muitos resorts no mundo estão com problemas sérios. Os turistas exigem mais piscinas e mais campos de golfe. Só que para providenciar isso, não há água que chegue”, diz o jornal The Guardian, de Londres. “É um problema de grande escala, global”, disse Tricia Barnett, do Tourism Concern. “Há vilarejos inteiros [na África] com apenas uma torneira, mas nos hotéis os quartos têm torneira e chuveiro.” Uma organização de conservação global calcula que um turista na Espanha gasta 880 litros de água por dia, ao passo que um residente local gasta apenas 250 litros. Em países áridos, um campo de golfe com 18 buracos requer a mesma quantidade de água que uma cidade de 10.000 pessoas! A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que a água consumida por 100 turistas em 55 dias seria suficiente para cultivar arroz para alimentar 100 habitantes de um vilarejo por 15 anos.
Os riscos do fumo
“De cada oito não-fumantes que morrem de câncer do pulmão, um era fumante passivo”, afirma Naohito Yamaguchi, do Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Câncer, no Japão. Os cientistas basearam-se em um estudo feito com 52.000 pessoas que morreram de câncer do pulmão. Uma outra “pesquisa mais demorada mostrou que há maior incidência de monóxido de carbono tóxico e de agentes cancerígenos na fumaça inalada pelo fumante passivo do que na absorvida pelo próprio fumante”, diz o jornal Asahi Shimbun. Em 1999, um estudo patrocinado pelo governo, no Japão, avaliou 14.000 pessoas e descobriu que são fumantes passivos 35% dos que trabalham fora e dos que freqüentam a escola e 28% dos que ficam em casa. “Para que os fumantes se conscientizem do quanto estão prejudicando os não-fumantes, é preciso tomar medidas sérias para se separar os dois grupos”, disse Yamaguchi.
Tráfico de escravos não é coisa do passado
“Segundo a mais recente pesquisa de certo acadêmico vinculado a uma faculdade no Reino Unido, nunca na história humana a escravidão foi tão difundida no mundo como é hoje”, relatou o jornal The Independent, de Londres. O titular de sociologia Kevin Bales, da Universidade de Surrey, em Roehampton, “calculou que 27 milhões de pessoas agora vivem em regime de escravidão, mais do que durante o Império Romano ou no auge do comércio transatlântico de escravos”, diz o jornal. É verdade que os métodos de escravidão são diferentes dos de 150 anos atrás, mas hoje milhões são “controlados por
pessoas que usam de violência ou ameaçam usá-la, e não são remunerados”, diz Bales. A forma mais comum de escravidão hoje é por contrato. As gangues organizadas cobram uma taxa para arrumar a passagem para outro país e prometem um emprego bem-remunerado ao chegar lá. Mas, tendo sido introduzidas clandestinamente no país, essas pessoas começam a ser exploradas. Elas são obrigadas a trabalhar para pagar a dívida executando trabalhos servis.Exercício diminui a depressão
“Para alguns pacientes com depressão, o exercício físico é mais eficaz do que um tratamento-padrão com medicamentos”, diz o boletim The Harvard Mental Health Letter ao comentar uma pesquisa realizada no Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Três grupos de 50 pessoas com depressão profunda receberam terapias diferentes por quatro meses. Um grupo tomou antidepressivos, outro fez apenas exercícios físicos e o terceiro tomou antidepressivos e fez exercícios físicos. Passados quatro meses, entre 60% e 70% dos pacientes nos três grupos “não estavam mais clinicamente deprimidos”, disse o boletim. Mas um acompanhamento de seis meses revelou que os pacientes que fizeram exercícios físicos “estavam em melhor forma tanto física como emocionalmente, e com uma taxa de recaída de apenas 8%”. É uma taxa bem baixa quando comparada com a de 38% dos que tomaram antidepressivos e de 31% dos que tomaram antidepressivos e fizeram exercícios físicos.
Os recifes de coral da Jamaica
Tudo indica que os ouriços-do-mar nas águas que banham a costa norte da Jamaica estão voltando, diz um artigo do jornal The Dallas Morning News. “Os cientistas descobriram muitos corais novos, inclusive os dos tipos mais resistentes e que formam recifes, convivendo com os ouriços-do-mar.” Os recifes estão lutando para sobreviver desde que uma grande quantidade de ouriços-do-mar da espécie Diadema antillarum morreu de repente, em 1983 e 1984. Algumas espécies de ouriços-do-mar controlam o aumento de algas marinhas. Sem eles, as algas acabam com os recifes de coral. Mas “novos estudos mostram que o Diadema voltou a proliferar e os corais também”, relata o jornal. A bióloga marinha Nancy Knowlton diz que essa recuperação é “a melhor notícia nas últimas décadas, vinda dos recifes de coral do Caribe”.
Bolinhas de plástico envenenam criaturas marinhas
“Criaturas marinhas morrem envenenadas por ingerirem minúsculas bolinhas de plástico que flutuam nos oceanos”, relata a revista New Scientist. As indústrias de produtos químicos enviam por via marítima carregamentos de polímeros no formato de bolinhas para os fabricantes no mundo todo. Eles, por sua vez, as derretem e as usam na fabricação de produtos de plástico. Mas milhares de toneladas acabam no mar. São resíduos das fábricas, das cidades e também dos navios — quer de carga perdida, quer de carga lançada ao mar. Os pesquisadores da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, descobriram que essas bolinhas contêm altas concentrações de substâncias químicas tóxicas absorvidas da água do mar. E essas substâncias prejudicam os sistemas imunológico, reprodutivo e hormonal dos animais. As aves, os peixes e as tartarugas comem essas bolinhas achando que são ovos de peixe ou outro alimento. É preocupante pensar em como isso vai repercutir na ampla cadeia alimentar.
Dívidas com telefone
Há australianos “com apenas 18 anos declarando-se falidos devido a contas astronômicas de telefone celular”, diz o jornal The Sunday Telegraph. Eles se deixam levar pela propaganda agressiva e pelo crédito fácil. O resultado é que há muitos jovens com contas de telefone que chegam a milhares de dólares. Comentando essa tendência cada vez maior, John Watkins, o ministro do Fair Trade (Justo Comércio) da Austrália, disse: “Hoje em dia, há jovens que ao terminarem o segundo grau já estão cheios de dívidas e com o nome sujo na praça. Não é uma forma nada boa de começar a vida.” O artigo dá algumas dicas aos jovens de como evitar cair nessa cilada: procure informar-se bem sobre o custo das chamadas; verifique a possibilidade de adquirir um celular pré-pago; tente ligar nos horários de tarifa reduzida.