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Observando o Mundo

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Crianças-Soldados

“Mais de 300.000 crianças, algumas com apenas 7 anos, estão engajadas em conflitos armados em 41 países mundo afora”, diz um comunicado da Associated Press. A maioria está na faixa de 15 a 18 anos. “Essas crianças são colocadas nas linhas de frente de conflitos, são usadas para detectar minas terrestres e também servem como espiões, carregadores e escravos sexuais, conforme relatório da Coalizão para Acabar com o Recrutamento de Crianças-Soldados.” Muitas vezes as crianças são drogadas para não terem medo. As que se recusam a tomar drogas são mortas, disse um soldado rebelde de 14 anos, em Serra Leoa. Um jovem do norte da África relatou a sua participação num conflito armado quando tinha 15 anos, em 1999: “Eles colocaram todos os jovens de 15 e 16 anos na linha de frente ao passo que o exército recuava. Éramos eu e mais 40. Lutei por 24 horas. Quando notei que só haviam restado três dos meus colegas, saí correndo.” O relatório da Coalizão declara que os governos recrutam crianças e jovens, em vez de adultos, devido ao fato de “não custarem muito, serem facilmente substituídos, poderem ser doutrinados sem grandes dificuldades para matar e obedecer cegamente”.

Recorde de traduções da Bíblia

“A Bíblia completa ou em partes está agora disponível em 2.261 idiomas, um aumento de 28 versões nos últimos 12 meses”, relatou a Sociedade Bíblica Britânica. “[A Bíblia] completa existe em 383 idiomas — 13 a mais do que há um ano.” As Escrituras Hebraicas ou as Gregas completas, também conhecidas por Velho e Novo Testamento, são publicadas agora em 987 idiomas.

Prisão perpétua na colméia

“As abelhas africanas criaram uma tática estranha e ao mesmo tempo funcional para cuidar dos intrusos”, diz a revista New Scientist. “Elas simplesmente os prendem em celas dentro das colméias. Esse sistema penal mantém os parasitas sob controle e, conforme a situação, dá tempo para a colônia de abelhas escapar.” Os especialistas “estudaram as abelhas na África do Sul para ver como se protegem contra o pequeno besouro de colméia, Aethina tumida, que chega a atingir metade do tamanho duma abelha”. Peter Neumann, um dos pesquisadores, descreve o besouro como tendo “o corpo blindado”. Isso explica por que a única saída para as abelhas é prender o besouro. “Enquanto algumas abelhas constroem a prisão, outras ficam de guarda para não deixar o besouro escapar”, explica Neumann. A construção leva até quatro dias e a matéria-prima usada é resina de árvores. Mas as abelhas de origem européia, incluindo as norte-americanas, não usam essa estratégia. É por isso que, quando o besouro, introduzido acidentalmente nos Estados Unidos há cerca de cinco anos, invade uma colméia, pode-se dizer que ela está “perdida”.

Novo elemento químico superpesado

Os químicos têm “um novo elemento básico na tabela periódica dos elementos químicos: o hássio, um metal pesado”, relata o jornal alemão Süddeutsche Zeitung. Pela primeira vez, cientistas do Gesellschaft für Schwerionenforschung (Centro de Pesquisas do Íon Pesado) em Darmstadt, Alemanha, conseguiram fundir átomos de hássio e de oxigênio formando um novo composto químico. O nome hássio vem de Hessen, um Estado da Alemanha, e não ocorre naturalmente. Foi produzido pela primeira vez em 1984 por físicos nucleares. Tanto o hássio como o seu novo composto são radioativos, instáveis e de curta duração. É por isso que no momento não são de nenhum valor prático.

Riscos das transfusões de sangue

“Uma entre cada três transfusões não deveria ter sido administrada segundo as diretrizes do Departamento de Saúde [de Nova Gales do Sul]”, relatou o jornal australiano Sydney Morning Herald. “O procedimento correto segundo essas diretrizes é dar uma transfusão de sangue a pacientes com nível de hemoglobina igual ou inferior a sete.” O Dr. Ross Wilson, que fez um estudo sobre o sangue, explicou que “dar uma transfusão de sangue sem necessidade pode causar a morte do paciente por falência cardíaca”. Em um estudo realizado por ele há seis anos, “cerca de 18.000 (australianos) morriam por ano devido a complicações em resultado direto do tratamento médico recebido”. O Dr. Wilson recomenda que se fale com os médicos a respeito das diretrizes de saúde sobre transfusões toda vez que eles quiserem dar sangue. Ele também diz que os pacientes devem ser informados sobre as diretrizes para que possam questionar pessoalmente os seus médicos.

Pornografia na Internet — penas mais rígidas

“A corte criminal de maior instância na Alemanha anunciou . . . que não há diferença entre distribuir pornografia infantil na Internet e circulá-la em matéria impressa, e que esse ato será passível de sentença de prisão de até 15 anos”, relatou a Associated Press. O artigo explicou que “a decisão da Corte Federal de Justiça estabeleceu um precedente na Alemanha. No passado, o país não dispunha de diretrizes legais para punir as pessoas que distribuíam imagens pornográficas de crianças pela Internet”. Com isso o tribunal superior derrubou uma decisão da corte estadual de que distribuir pornografia infantil na Internet não é um grave atentado ao pudor como o é distribuir na forma impressa.

A maconha e o coração

“Os usuários de maconha, de meia-idade, correm risco cinco vezes maior de ter um ataque cardíaco na primeira hora após ter fumado a droga”, diz o jornal canadense The Globe and Mail em uma reportagem sobre um novo estudo. “Fumar maconha provoca aumento da freqüência cardíaca — em geral dobrando o número de batimentos — e ao mesmo tempo altera a pressão sanguínea . . . Pode também levar a um ataque cardíaco por causar a formação de um coágulo, obstruindo o fluxo de sangue para o músculo cardíaco.” O Dr. Harold Kalant, da Universidade de Toronto, disse: “No caso de pessoas de mais idade, o trabalho extra para o coração é um fator de risco que pode levar a um ataque cardíaco.” A cocaína é mais perigosa ainda, diz a reportagem, visto que aumenta 25 vezes o risco de ataque cardíaco na primeira hora após o uso.

Como é mesmo o nome da rosa?

Não está nada fácil dar nome à infinidade de novas variedades de plantas que vêm sendo cultivadas. “Já existem cerca de 100.000 lírios (hemerocales) com nome”, diz The Wall Street Journal, “e pelo menos o mesmo tanto de rosas e mais de 14.000 dálias. Os que dão nomes às plantas já se apropriaram de todos os substantivos e adjetivos poéticos mais conhecidos, como: beleza, rubro, deleite, sonho, glória, rainha, nascente, crepúsculo, veludo, perfumada, encanto e magia; já os juntaram de quase todas as formas possíveis e os registraram. Atualmente, eles são forçados a apelar para nomes comerciais mais criativos ou ousados”. Prova disso é que “hoje, nas lojas de jardinagem”, diz o Journal, “você acha a íris Taco Supremo, a rosa Machão, o lírio Aba-Daba-Do, o lírio Grito Primordial e a dália Kung Fu”. Você pode até dar o seu nome a uma flor, só que custa caro! Uma companhia que cultiva rosas cobra 10.000 dólares para isso. Só exige que seja um nome de bom gosto. Uma outra companhia cobra 75.000 dólares, mas inclui algumas mordomias extras, incluindo um fim de semana em Los Angeles.

Animais monitoram a poluição

A minhoca é o organismo ideal para se medir a poluição do ar e do solo, diz o zoólogo Steve Hopkin. É um animal simples, barato e que existe em grande quantidade, mas executa um serviço muito melhor do que dispositivos artificiais sofisticados. O mexilhão comum é usado para medir a qualidade da água. O mexilhão-monitor, dispositivo do tamanho de um balde e que contém oito mexilhões vivos, foi eficaz para medir a poluição dos rios Reno e Danúbio. “Os mexilhões logo detectam súbitos aumentos na concentração de um poluente”, disse Kees Kramer, projetista do dispositivo. A reação deles a milhares de contaminantes químicos é se fechar na concha. Isso por sua vez aciona um alarme no mexilhão-monitor. A principal vantagem desses monitores é o fato de medirem o efeito da contaminação em organismos vivos, segundo artigo no jornal espanhol El País.