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Observando o Mundo

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Calçados de couro de peixe?

Nas montanhas dos Andes, no Peru, há uma nova indústria que usa a pele de truta como couro para fabricar calçados, diz o jornal El Comercio, de Lima. A preparação do couro envolve limpar e curtir com produtos naturais a pele de peixe, que vem das incubadoras ou das indústrias de criação de trutas. Depois elas são untadas com óleo e tingidas com produtos naturais como a cúrcuma, a cochinilha e o achiote. Esse processo não destrói o belo padrão, em forma de losango, das peles. O couro pode ser usado para fabricar “porta-níqueis, carteiras, pulseiras de relógio e capas para celulares”. Barbara León, engenheira industrial responsável pelo projeto, disse: “O importante é que não se usa nenhum produto artificial, como o cromo, no curtimento. Isso evita problemas de contaminação e torna o couro da truta um produto ecologicamente correto.”

‘Religião está num plano secundário’

Uma pesquisa recente entre a população urbana carente no Brasil revelou que, entre os 67% de adultos que dizem ser católicos, apenas 35% professam crer em Jesus, em Maria e nas doutrinas da Igreja. E apenas uns 30% vão à missa toda semana. Esse estudo patrocinado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil mostra também que muitos discordam da postura da Igreja sobre o sexo pré-marital (44%), o divórcio (59%), um novo casamento (63%) e o uso de métodos contraceptivos (73%). Segundo o teólogo Severino Vicente, a Igreja está perdendo terreno devido à falta de sacerdotes, à participação cada vez menor no sistema educacional do Brasil e ao ensino superficial de doutrinas. Ele declarou: “A nova geração de católicos foi educada no relativismo e colocou a religião num plano secundário.”

Cuidado — perigo em casa!

Estatísticas com base nos registros hospitalares para 1999, publicadas pelo Departamento de Comércio e Indústria da Grã-Bretanha, revelaram que naquele ano “76 pessoas morreram por semana vítimas de acidentes domésticos — mais do que nos acidentes de trânsito”, relata o jornal londrino The Guardian. Entre as causas mais freqüentes de morte estavam “as ferramentas, as escadas, os tapetes e as chaleiras com água fervente”. Mais de 3.000 pessoas por ano acabaram na sala de emergência por terem tropeçado em cestos de roupa suja. Mais de 10.000 foram hospitalizadas por acidentes ocorridos enquanto vestiam as meias. Mais de 13.000 se machucaram na cozinha ao preparar verduras e legumes. Cerca de 100.000 acidentes estavam relacionados com o álcool. A porta-voz da Real Sociedade Britânica para a Prevenção de Acidentes disse: “Nós estamos em guarda no trabalho e no trânsito, mas em casa baixamos a guarda. Você pode se machucar, e muito, se puxar o abafador de cima do bule de chá e com isso sem querer entorná-lo, derrubando toda a água quente no pé.”

Conservante viking

Há mil anos os vikings pegavam água das turfeiras para levar nas viagens marítimas. Isso porque essa água ficava fresca por muitos meses. E em terra os escandinavos tinham por costume conservar o peixe e os legumes, como a cenoura e o nabo, nas turfeiras. Os cientistas achavam que eram os taninos ou a falta de oxigênio nas turfeiras que conservavam a matéria orgânica por mais tempo. Agora, segundo a CNN, o Dr. Terence Painter, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Noruega, e seus dois colegas conseguiram isolar um açúcar complexo encontrado na turfeira. Eles acreditam que esse seja o verdadeiro conservante. Para provar como é eficaz, eles enterraram algumas peles de salmão em celulose de madeira, outras na turfeira, e algumas foram passadas no extrato de musgo. “O peixe guardado na turfeira ou passado no extrato de musgo chegou a durar um mês, ao passo que o peixe não-tratado cheirava mal depois de dois dias”, disse a reportagem.

Smog aumenta o risco de ataque cardíaco

“O smog denso que cobre muitas cidades canadenses no verão pode causar ataques cardíacos em questão de duas horas”, relata o jornal National Post, do Canadá. Essa mistura de névoa com fumaça contém partículas — poluentes minúsculos, invisíveis, emitidos principalmente por automóveis, por usinas geradoras de energia e por lareiras. “Depois de duas horas de exposição à poluição do ar que continha partículas, constatou-se um aumento de 48% de risco de ataque cardíaco em pacientes suscetíveis aos problemas de coração, como no caso dos diabéticos, dos doentes cardíacos e dos idosos”, disse o jornal. “Em 24 horas o risco aumentou para 62%.” O Dr. Murray Mittleman, da Faculdade de Medicina de Harvard, sugere o que fazer quando for dado aviso de alta concentração de smog: “Procure passar mais tempo dentro de casa, de preferência com o ar-condicionado ligado.” “Essas partículas são tão minúsculas que nada impede que penetrem no ar dentro de casa. Mas o filtro do ar-condicionado as elimina.”

O cochilo tem um poder e tanto

Segundo o professor britânico Jim Horne, especialista em sono da Universidade Loughborough, o melhor remédio para a sonolência depois do almoço é “um cochilo de dez minutos”, noticia o jornal The Times, de Londres. Horne diz: “É igual a qualquer outro tratamento: quanto menos você demora em tratar do problema de saúde, mais eficaz se torna a terapia.” Certas companhias nos Estados Unidos têm quartos de cochilo com camas, cobertores, travesseiros e um fundo “musical” com sons tranqüilizantes para o pessoal, além de despertadores que tocam a cada 20 minutos. Mas o professor Horne avisa que se você cochilar por muito tempo, digamos por 25 minutos, você pode acordar se sentindo pior do que antes. “Depois de dez minutos o corpo começa a achar que é noite e com isso se condiciona ao sono pesado.”

Obesidade e o câncer

“A obesidade é a principal causa evitável de câncer entre os não-fumantes do Ocidente”, relatou o jornal The Times, de Londres. Cinqüenta anos de pesquisa revelaram que uma mudança no estilo de vida, incluindo a perda de peso no caso dos obesos, pode diminuir pela metade os casos de câncer entre os não-fumantes. “Se você não fuma, os dois maiores riscos são excesso de peso e os vírus que causam o câncer no estômago e o câncer cervical”, diz o professor Julian Peto, do Instituto de Pesquisa do Câncer, na Grã-Bretanha. “Experimentos com animais colocados em dieta revelaram uma grande redução no risco de câncer.” Os médicos consideram a pessoa obesa quando ela está 20% acima do peso ideal para a sua idade, sexo, altura e estrutura corporal.

Viver juntos antes de se casar

“Os pais que viveram juntos antes de se casar têm duas vezes mais probabilidade de se separar”, diz o jornal National Post, do Canadá. Heather Juby, co-autora de um estudo realizado por Statistics Canada, disse que os pesquisadores esperavam descobrir que o fato de um casal ter um filho seria sinal de compromisso entre eles. “Mas”, ela disse, “os casais que estão mais abertos à idéia de coabitar também estão mais abertos à de se separar”. A pesquisa revelou que 25,4% dos que viviam juntos, antes de se casar, se separaram, comparados com os 13,6% dos pais que não viviam juntos antes do casamento. “Essas pessoas que vivem junto têm menos estabilidade no relacionamento”, disse Juby, “visto que pessoas dispostas a [coabitar] são as que talvez não dêem tanto valor ao compromisso do casamento”.

Rir ainda é o melhor remédio!

“Constatou-se que uma dose diária de comédia durante quatro semanas reduz, e muito, os sintomas de depressão”, relata o jornal londrino The Independent. “Entre muitos pacientes que por recomendação médica passaram 30 minutos por dia escutando fitas com gravações de comediantes, alguns foram curados. Outros tiveram uma melhora de 50%.” Mais de 100 estudos realizados nos Estados Unidos indicaram que o riso induzido pelo humor pode ser benéfico. E não só para os deprimidos, mas para os alérgicos, os hipertensos, os que estão com o sistema imunológico debilitado e até mesmo os portadores de câncer e de artrite. Não é nenhuma novidade que o riso proporciona bem-estar. O que continua um mistério é como ele atua no organismo. Mas o psicoterapeuta Dr. Ed Dunkleblau aconselha que se tenha certa cautela: evite o humor ofensivo e sarcástico e procure não exagerar. Há o risco de o paciente achar que não se está levando a sério o problema dele.