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Observando o Mundo

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Protelar faz mal à saúde

“O hábito de deixar as coisas para a última hora pode prejudicar sua saúde”, diz um estudo mencionado no jornal The Vancouver Sun. Conforme apresentado em recente conferência da Sociedade Americana de Psicologia, em Toronto, Canadá, um estudo de 200 universitários canadenses “indicou que os procrastinadores se colocavam sob tanta pressão que acabavam sofrendo de mais doenças relacionadas ao estresse do que os demais. . . . Ao se aproximar o dia da prova, o nível de estresse entre eles era muito elevado. A atitude despreocupada havia sido substituída por uma maior incidência de dores de cabeça, dores na coluna, resfriados, insônia e alergias. Eles também tinham mais problemas respiratórios, infecções e enxaquecas”.

Tomates resistentes ao sal

“Pesquisadores conseguiram desenvolver, mediante a engenharia genética, o primeiro tomate do mundo que cresce em água salgada — um avanço que pode ajudar a solucionar um dos maiores problemas na agricultura”, diz washingtonpost.com. O tomate com tolerância ao sal foi desenvolvido a partir da manipulação de um gene de uma planta da família do repolho. O gene implantado faz com que o tomateiro não assimile o sal, mas o “deposite em cavidades de armazenamento, o que lhe permite crescer em lugares que seriam considerados impróprios para a agricultura”. Segundo a reportagem, “os tomateiros geneticamente modificados crescem em solo irrigado por água com teor de sal 50% acima do normal”. Espera-se que eles também cresçam em solos pouco irrigados pela chuva. O relatório acrescenta que “uma utilidade adicional desses tomateiros (ou de outros produtos agrícolas geneticamente modificados para resistir ao sal) é recuperar solos saturados de sal”.

Crianças com tendências suicidas

O número de telefonemas de crianças com tendências suicidas que pedem ajuda pela linha direta da entidade britânica ChildLine dobrou, de 346 em 1990/91, para 701 em 1998/99, diz o jornal The Guardian, de Londres. “Situações extremas de desespero” eram “causadas por intimidação na escola por parte de valentões, abusos físicos e sexuais, morte de alguém na família ou estresse relacionado com exames escolares”. De acordo com a entidade, “o conceito comum de que as tentativas de suicídio são apenas uma forma de chamar atenção é perigoso. Não há nenhuma base no mito de que os que falam em suicídio não o praticam. Muitas crianças que recorreram à ChildLine disseram que a sua aflição era agravada pelo fato de os pais ou outros que cuidam delas não se importarem com elas”. Depois da primeira tentativa de suicídio, “a família fica tão aliviada de a criança ter sobrevivido . . . que presume que o problema deixou de existir. Então, tragicamente, ocorre de novo”, geralmente poucos meses após a primeira tentativa. Embora o número de meninas que tentam o suicídio seja maior do que o de meninos na proporção de 4 para 1, o número de meninos que consumam o suicídio é bem maior. A maioria dos que ligaram para a entidade tinha de 13 a 18 anos, mas os mais jovens tinham apenas 6.

Isca para mosquito

Uma firma de Cingapura está fabricando um aparelho que elimina os mosquitos sem usar inseticidas. Trata-se de uma caixa preta de plástico, com 38 centímetros de altura, que “irradia calor e dióxido de carbono de uma forma bem semelhante ao corpo humano”, diz a revista The Economist, de Londres. Visto que os mosquitos localizam suas vítimas guiando-se pelo calor do corpo e pelo dióxido de carbono exalado na respiração, o aparelho “faz com que os mosquitos achem que estão diante de um banquete”. A caixa é aquecida com resistência elétrica e libera dióxido de carbono por meio de um pequeno cartucho. Luzes brilhantes dentro da caixa atraem o inseto que entra por uma pequena abertura. Ali dentro, o jato de ar de um ventilador o empurra para baixo, fazendo com que ele caia num recipiente com água, onde morre afogado. O aparelho pode aprisionar 1.200 mosquitos numa noite e pode ser regulado para atrair o mosquito Anopheles, transmissor da malária, ou o Aedes, que veicula a febre amarela e a dengue. Uma vantagem adicional do aparelho é que insetos inofensivos, como as borboletas, não são atingidos.

Homens devem comer mais peixe

Homens que comem bastante peixe com alto teor de gordura, como salmão, arenque e cavala, correm duas a três vezes menos risco de desenvolver câncer de próstata em comparação com os que raramente comem peixe, dizem os pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo. O estudo, que abrangeu um período de 30 anos e 6.272 candidatos, levou em conta fatores de risco como o tabagismo. Os pesquisadores concluíram que “os chamados ácidos graxos ômega-3 [presentes principalmente em peixes gordurosos] aparentemente impedem o desenvolvimento do câncer de próstata”. Os mesmos ácidos graxos “também reduzem o risco de ataque cardíaco”, diz o relatório. Assim sendo, os peritos recomendam comer peixe “uma ou duas vezes por semana”.

Farelo de arroz salva árvores

O farelo de arroz — combustível alternativo utilizado nas olarias do norte do Peru — está impedindo que muitas alfarrobeiras, ameaçadas de extinção, sejam derrubadas para servir de lenha, diz o jornal El Comercio, do Peru. O fato de 21 olarias estarem empregando o farelo de arroz (refugo de produto agrícola) como combustível também contribuiu para a redução da emissão de monóxido de carbono. Além disso, os fornos rebocados com uma pasta isolante de areia, argila e melado, que reduz a perda de calorias, têm a sua eficiência aumentada em 15%. Fazem-se também experimentos para incluir cinzas de farelo de arroz na fabricação dos tijolos, a fim de torná-los mais resistentes. “Isso também reduz a poluição e o problema de onde estocar os resíduos”, diz o jornal.

Crianças e saúde mental

“As estatísticas mostram que uma em cada cinco crianças terá algum problema relacionado com a saúde mental até os 11 anos”, diz o jornal The Gazette, de Montreal, Canadá. “A saúde mental depende de equilibrar os aspectos social, físico, espiritual e emocional da vida.” Segundo Sandy Bray, coordenadora da educação comunitária da Associação Canadense de Saúde Mental, devíamos estar tão preocupados com a saúde mental quanto com a nossa saúde física. Ela diz ainda: “Se continuarmos a deixar a saúde mental em último lugar na nossa lista de prioridades, o resultado será depressão, ansiedade e estresse.” Os pais são incentivados a ser mais proativos em zelar pela saúde mental das crianças, programando tempo para os filhos e tomando as refeições com eles. Outras sugestões que contribuem para a saúde mental de todos incluem dormir o suficiente, ter boa alimentação, manter bom condicionamento físico, reservar tempo para as coisas que gosta, passar tempo com os amigos, rir, fazer trabalho voluntário, dar e aceitar elogios, saber ouvir e não cobrar demais de si mesmo quando comete erros.

Alto preço da pesca excessiva

“Certo estudo revelou que o homem causou um apocalipse da vida marinha numa escala nunca antes imaginada, levando à extinção milhares de espécies em decorrência da pesca excessiva”, diz o The Times, de Londres. “A eficácia dos métodos de pesca de grandes animais marinhos e de moluscos desequilibrou cadeias alimentares e destruiu ecossistemas a tal ponto que a vida marinha nunca mais será a mesma”, diz a pesquisa. A reportagem menciona que, quando o capitão John Smith navegou nas águas da baía de Chesapeake, na costa leste dos Estados Unidos, em 1607, um canhão que caiu do navio “ficou bem visível a mais de nove metros de profundidade”. Segundo os pesquisadores, as águas eram cristalinas no passado devido a “vastos recifes de ostras [que] filtravam toda a água na baía a cada três dias, controlando os níveis de micróbios e de algas”. Na época, as águas eram repletas de “baleias-cinzentas, golfinhos, peixes-bois, lontras, tartarugas marinhas, aligatores e esturjões gigantes”. Hoje restam na região apenas “uma pequena fração das espécies” antigamente encontradas.

Um peixe que escala rochas

Segundo a revista Natural History, uma equipe de ictiologistas (cientistas que estudam os peixes) brasileiros observou uma espécie dos caracídeos da América do Sul que realiza o feito aparentemente impossível de escalar, debaixo de uma queda-d’água, um penhasco úmido e escorregadio, da altura de um prédio de cinco andares. “Pesquisadores observaram como esse peixe de quatro centímetros de comprimento consegue realizar essa façanha nas rápidas correntes dos rios de água doce no Espírito Santo, Região Leste do Brasil.” Descobriu-se que ele se fixa na superfície rochosa na base da queda-d’água utilizando seus dois grandes pares de barbatanas e pouco a pouco escala o penhasco de 15 metros de altura, “com fortes movimentos laterais”, repousando a intervalos regulares. “Os cientistas acham que esse comportamento ajuda a manter suas populações nas regiões elevadas e isoladas”, diz a reportagem. Mas os caracídeos não são os únicos peixes que escalam rochas; outras espécies incluem os gobiídeos tropicais e os cipriniformes asiáticos.