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Observando o Mundo

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Mapeamento do leito oceânico

Cientistas no Instituto de Oceanografia de Bedford, Nova Escócia, estão entre os primeiros a adaptar a tecnologia existente para mapear o leito oceânico, segundo o jornal canadense The Financial Post. A tecnologia permite que os cientistas criem uma imagem tridimensional do leito oceânico por meio de ondas sonoras de feixes múltiplos. No estágio final, “câmeras de vídeo operadas por controle remoto são enviadas ao leito oceânico para colher amostras”. Segundo a reportagem, “os benefícios do mapeamento do leito oceânico têm enorme potencial”. Espécies que vivem no fundo do mar podem ser “pescadas e manipuladas com segurança sem afetar outras partes do leito oceânico. As empresas de telecomunicações podem traçar com mais segurança a melhor trajetória para a colocação de cabos submarinos. As companhias petrolíferas terão mais facilidade em posicionar sondas de perfuração em lugares seguros e produtivos”. Esse mapeamento permitirá que se extraia areia e cascalho do fundo do mar, onde se encontram em grande quantidade. Isso “poderá ser mais barato e seguro em alguns casos” do que extrair pedra de pedreiras, diz o jornal.

Como encarar as doenças mentais

“No mundo, 1 de cada 4 pessoas terá distúrbios mentais ou neurológicos em alguma ocasião na vida”, relatou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Existem tratamentos para muitas dessas desordens, mas dois terços dos que têm problemas não procuram ajuda de profissionais. “A doença mental não deve ser encarada como uma falha da pessoa”, disse a Dra. Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS. “Se é que existe uma falha, ela está na maneira em que encaramos pessoas com problemas mentais e cerebrais.” Ela acrescentou: “Espero que esse relatório ajude a tirar todos os temores e idéias fixas antigos das pessoas e, quanto à saúde pública, marque o início de uma nova era no campo dos distúrbios mentais.” As tendências na questão de saúde mostram que “os distúrbios depressivos . . . devem ocupar o segundo lugar até 2020, logo depois das doenças cardíacas isquêmicas, e na frente de todas as outras enfermidades”, disse a OMS. Com o tratamento correto, as pessoas que têm distúrbios mentais “podem levar uma vida produtiva e exercer um papel vital na comunidade”.

Riscos do fumar passivo

“Apenas 30 minutos de exposição à fumaça de um fumante pode danificar o coração de um não-fumante saudável”, disse o jornal canadense The Globe and Mail, em uma reportagem sobre recente estudo no Japão. Pesquisadores da Universidade de Osaka usaram uma nova tecnologia de ultra-som para medir diretamente os efeitos nocivos que a fumaça do cigarro causa ao fumante passivo, mais exatamente às células endoteliais que revestem internamente as cavidades cardíacas e os vasos sanguíneos. Essas células, quando saudáveis, tornam possível a boa circulação do sangue evitando a formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos e a formação de coágulos. Eles descobriram que o fluxo sanguíneo no coração dos não-fumantes “era 20% melhor do que no dos fumantes. Mas depois de ficarem expostos à fumaça do cigarro por apenas 30 minutos”, seu fluxo sanguíneo ficou igual ao dos fumantes. Segundo o pesquisador Dr. Ryo Otsuka, “essa é uma prova clara do efeito nocivo que o fumar passivo causa à circulação coronária dos não-fumantes”.

“Incenso pode prejudicar sua saúde”

“A fragrância adocicada do incenso pode prejudicar sua saúde”, noticiou a revista New Scientist. “Queimar incenso em casa, ou no templo e na igreja para ajudar na meditação ou como remédio — uma prática dos budistas, dos hindus, e dos cristãos — expõe as pessoas a níveis nocivos de fumaça com altas concentrações de substâncias químicas cancerígenas.” Ta Chang Lin e sua equipe de investigadores da Universidade Nacional Cheng Kung, em Tainan, Taiwan, “colheu amostras de ar de dentro e de fora de um templo na cidade de Tainan e as comparou com amostras de ar de uma interseção de ruas”, diz o relatório. “Os níveis totais de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos dentro do templo eram 19 vezes mais altos do que os de fora e um pouco mais altos que os da interseção.” Segundo a revista, constatou-se que um desses componentes, “o benzopireno, que se acredita causar câncer pulmonar nos fumantes”, foi encontrado em níveis que chegavam “a ser 45 vezes mais altos do que em casas onde as pessoas fumam”.

Novo método de restauração de mármore

“Cientistas descobriram uma técnica revolucionária para produzir mármore a partir de bactérias, em apenas alguns dias”, divulgou o jornal londrino The Times. Minúsculas bactérias que vivem no solo são colonizadas em laboratório e criadas em cultura líquida com pectina. Quando se esgotam os nutrientes minerais, as bactérias morrem e produzem puro carbonato de cálcio — mármore — líquido. Essa solução é borrifada em esculturas e em outras superfícies de mármore deterioradas por serem antigas ou por estarem expostas às intempéries. Ela forma uma película que penetra na superfície e não permite que a pedra rache. John Larson, chefe da conservação de esculturas dos Museus e Galerias Nacionais, em Merseyside, Inglaterra, disse que, com a falta de mármore de primeira, essa nova técnica tem a vantagem de ser rápida e de produzir grandes quantidades de solução a um custo muito baixo, sem efeitos colaterais nocivos.

Roubo em nome de Deus

“Sou inspetora de títulos há 20 anos e já vi mais dinheiro ser roubado em nome de Deus do que de outra maneira”, disse Deborah Bortner, presidente da Associação Norte-Americana de Administradores de Títulos e Valores. “Quando for investir, não deve baixar a guarda só porque alguém apela para a sua religião ou para a sua fé.” Segundo a revista Christian Century, “nos últimos três anos, os inspetores de títulos de 27 estados processaram centenas de indivíduos e companhias que usaram crenças espirituais ou religiosas para ganhar a confiança dos investidores . . . Um caso notório que durou [mais de cinco anos]” foi o de uma fundação protestante que “levantou mais de 590 milhões de dólares à custa de mais de 13.000 investidores do país. Os inspetores de títulos fecharam a fundação em 1999 e três dos diretores confessaram a culpa pelas acusações de fraude”. Três outros casos “são responsáveis por um total de 1,5 bilhão em perdas”, divulgou a revista.

Aquecimento global e os desastres

“Após ter relatado um grande aumento na ocorrência de desastres causados pelas condições atmosféricas no fim da década de 90”, a Cruz Vermelha acha que “a ajuda humanitária internacional não vai dar conta de prestar assistência às vítimas do impacto causado pelo aquecimento global”, disse o jornal londrino Guardian Weekly. “No World Disasters Report, anual, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho disse que o número de enchentes, tempestades, deslizamentos de terra e secas que era cerca de 200 por ano em 1996, foi subindo até alcançar 392 em 2000.” Temendo um aumento bem maior de desastres naturais, o diretor das operações de ajuda humanitária, Roger Bracke, disse: “Há um limite natural ao que essa assistência pode fazer; o que nos preocupa é que chegará uma hora em que não vamos mais poder prestar ajuda a ninguém.” Segundo o artigo, “as enchentes foram responsáveis por mais de dois terços dos [211 milhões] em média de pessoas atingidas pelos desastres naturais na última década. A fome causada por secas afetou mais de um quinto [desse número], e foi a principal causa das mortes: cerca de 42% de todas as baixas causadas por desastres naturais”.

Novo atlas da poluição de luz

“A Via-Láctea sumiu”, noticiou uma reportagem na revista Science, “não devido a um fenômeno cósmico, mas em razão de toda a iluminação nas cidades que crescem tanto que acabam ofuscando o brilho das estrelas da nossa galáxia, não permitindo que a maioria dos europeus e dos americanos as contemple. Essa enxurrada de iluminação artificial interfere nas observações dos astrônomos, deixando-os angustiados”. Para diminuir sua frustração, cientistas da Itália e dos Estados Unidos compilaram um novo atlas que mostra focos de poluição de luz no mundo. Diferentemente dos mapas anteriores que apenas mostravam a localização das “luzes pontilhando os continentes à noite”, o novo atlas, que pode ser acessado pela Internet, “inclui mapas continentais e alguns mais detalhados, indicando, por exemplo, a visibilidade das estrelas em diversas partes da Europa”, diz o artigo.