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Observando o Mundo

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Ratos versus humanos — a disputa pelo alimento

Segundo a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica, da Austrália (CSIRO), nascem no mundo dez ratos para cada bebê humano. Isso significa um aumento diário de 360.000 bocas humanas para alimentar e de 3.600.000 roedores esfomeados. Exemplo disso vê-se na Indonésia, com uma população de cerca de 230 milhões de pessoas. O alimento básico de 60% delas é o arroz. Mas 15% das safras desse cereal são consumidas pelos ratos. “Em outras palavras, o arroz consumido pelos ratos alimentaria mais de 20 milhões de indonésios por um ano”, disse o Dr. Grant Singleton, cientista da CSIRO.

Os franceses e a paranormalidade

Apesar de levarem fama de racionalistas, muitos franceses ainda acreditam em fenômenos paranormais. Segundo reportagem no diário francês Le Monde, pesquisadores descobriram que “um terço da população acredita que a personalidade da pessoa é regida pelo zodíaco ao passo que um quarto põe fé nas predições do horóscopo”. Cerca de 50% acredita em curas pela fé e em telepatia. O curioso é a pesquisa ter revelado que o interesse pela ciência não descarta a crença na paranormalidade. Muito pelo contrário. Notou-se que os que mais questionam esses fenômenos são os que têm menos conhecimento científico.

Intermação assassina

A revista Time, comentando a morte por intermação do famoso esportista Korey Stringer, explicou que, quando está quente e úmido, a transpiração da pessoa que faz grande esforço físico às vezes não chega a evaporar em tempo para esfriar o corpo. E com isso ocorre um violento aumento na temperatura do corpo, que pode ser fatal. Isso é intermação. Os sintomas incluem tontura, dor de cabeça, náusea, fraqueza, confusão mental, pulso rápido e a pele quente, seca e vermelha. Para socorrer a pessoa é preciso imediatamente esfriar o corpo com água gelada, bolsa de gelo, ou apelar para outros meios. Mas sempre é melhor prevenir do que remediar. “Procure não fazer exercícios no período mais quente do dia. Use roupa bem solta para que o ar possa circular pelo corpo. E não se esqueça de tomar muito líquido”, especialmente água, recomenda a revista. “O álcool, chá e bebidas com cola são diuréticos e podem aumentar a perda de líquido.”

Práticas escusas da indústria tabagista

Documentos secretos de companhias de cigarros revelam que elas “levaram fumantes a crer que os cigarros contêm teor mais baixo de alcatrão e de nicotina do que na realidade”, relatou a revista britânica New Scientist. Para citar um exemplo, em 1990 a União Européia impôs um limite de 15 miligramas de alcatrão por cigarro e também restringiu o teor de nicotina. Para atender a essa exigência, documentos de uma empresa revelam que a saída para não alterar a composição do cigarro foi manipular os padrões mudando o método de medir as substâncias. Mas como elas conseguiram se safar com isso? “A indústria tabagista não teve problemas porque na realidade é ela que controla a comissão tabagista que prescreve esses testes”, noticiou o artigo. Stella Bialous, da Organização Mundial da Saúde, declarou: “Isso ilustra bem porque, em matéria de proteção ao público, regulamentos como esses de nada servem.”

O mais antigo anúncio em papel

Arqueólogos chineses descobriram anúncios impressos que são os mais antigos até o momento, noticiou o People’s Daily On-line, da China. São dois pedaços de papel de embrulho, que devem ter uns 700 anos. Pelo visto foram usados para embalar pigmento para tinta a óleo. Foram achados nas escavações em um túmulo na província de Hunan, na China. “Há 70 caracteres chineses no topo do papel, à direita, descrevendo a variedade, qualidade e características do produto, e consta também o endereço da loja”, diz o artigo. Alguns dizeres são incrivelmente semelhantes aos de anúncios atuais, como este: “Comparada a outras tintas a óleo, o matiz da nossa é inigualável.” O artigo observou ainda que foi no século 12 que o papel começou a ser usado na Europa e que foi só no século 15 que Gutenberg inventou a tipografia. E tendo isso em vista, acrescentou: “Na China, a fabricação de papel remonta a 105 AD, quando Ts’ai Lun criou uma folha de papel; e quanto à impressão, no nono século a China imprimia com pranchas de madeira.”

Comércio nas igrejas

As igrejas não vêem aumento na assistência e recebem cada vez menos donativos. Nos Estados Unidos, a saída para muitas igrejas está sendo abrir negócios para poder pagar as contas. “Esse é o futuro das igrejas que têm iniciativa”, disse Stephen Munsey, pastor sênior do Centro da Família Cristã, em Munster, Indiana. Segundo o jornal The Wall Street Journal, as atividades comerciais das igrejas vão desde vender café e roscas, na entrada da igreja, até restaurantes no pátio. Uma igreja em Jacksonville, Flórida, abriu um shopping center nas proximidades. O shopping tem agência de viagens, salão de beleza e um restaurante especializado em cozinha soul (tradicional dos negros americanos). O bispo e fundador da igreja, Vaughn McLaughlin, disse: “Jesus quer que usemos as dádivas que ele nos deu, fazendo-as render.” Ele acrescentou que no ano 2000, os negócios da igreja renderam mais de dois milhões de dólares.

Maconha não faz mal?

“As afirmações de alguns de que a maconha não faz mal caíram por terra. Há um novo relatório que adverte que a droga está cada vez mais possante e que em longo prazo pode prejudicar e muito a saúde”, segundo artigo no jornal londrino The Independent. A professora Heather Ashton, da Universidade de Newcastle, Inglaterra, disse: “A maconha faz mal a quase todos os órgãos do corpo humano. É uma combinação de muitos dos efeitos do álcool, de tranqüilizantes, de opiáceos e de alucinógenos.” Sabe-se que ela compromete o desempenho ao volante. Muitas vezes provoca graves doenças mentais, incluindo a esquizofrenia; é cinco vezes mais prejudicial aos pulmões do que os cigarros; é a causa de alguns tipos raros de câncer da garganta; e já causou ataques cardíacos fulminantes em jovens. Na década de 60 um cigarro de maconha costumava conter 10 miligramas de THC, substância química que prejudica o cérebro. “Hoje, com o cultivo e com as combinações de enxertos mais modernos, o cigarro de maconha chega a conter 150 miligramas de THC e, quando incrementado com óleo de haxixe, pode chegar a 300 miligramas”, explica o jornal.

Você entende seu médico?

“A comunicação do paciente com o médico anda com problemas”, diz o jornal brasileiro Folha de S. Paulo. Foi feita uma pesquisa no pronto-socorro pediátrico de um hospital em São Paulo e observou-se que 25% dos acompanhantes das crianças saíam do consultório sem entender o que havia acontecido lá dentro, 24% não conseguiam ler o que estava escrito na receita por causa da grafia do médico e 90% não sabiam sequer o nome do médico. Há vários fatores que levam a esse problema de comunicação. Um deles é que pacientes saem da consulta médica “desconfiados e com dúvidas sobre o diagnóstico feito” após atendimento “rápido e impessoal”. Outro fator é o uso excessivo de termos técnicos. E por último, os exames hoje tornam desnecessário que o médico pergunte muita coisa ao paciente. O artigo cita uma psiquiatra que mencionou um outro fator — a “armadura emocional” que muitos médicos acabam criando em torno de si “para se defender da dor, do sofrimento, da angústia e do medo da morte”.

Canja — remédio natural para resfriado

A canja é um remédio caseiro antigo indicado para resfriados e para outros males respiratórios. O Dr. Irwin Ziment, pneumologista na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, no livro Food—Your Miracle Medicine (Alimentos São Remédios Milagrosos), explica: “O frango, como a maioria dos alimentos protéicos, contém um aminoácido natural chamado cisteína, que é liberado durante a preparação da sopa. A composição da cisteína é muito parecida com a da acetilcisteína, droga prescrita para pacientes com bronquite e infecções respiratórias.” Originalmente, ela era extraída das penas e da pele de frango. É agente mucolítico que reduz a viscosidade das secreções do nariz, garganta e pulmões. A canja age quase que da mesma forma. Para tornar a sopa mais descongestionante, o Dr. Ziment sugere acrescentar alho, cebola e condimentos fortes como a pimenta-malagueta.