Observando o Mundo
Observando o Mundo
A mais antiga universidade do mundo?
Uma equipe de arqueólogos poloneses e egípcios fez escavações no local da antiga universidade de Alexandria, no Egito. Segundo o jornal Los Angeles Times, eles encontraram três salas de conferências — todas de tamanho igual — onde ao todo caberiam 5 mil estudantes. Essas salas, diz o jornal, “têm bancos, em degraus, enfileirados ao longo das paredes das salas, unindo-se às vezes em forma de ‘U’”. No centro há um assento elevado, provavelmente para o conferencista. “É a primeira vez que um complexo de salões de conferências foi descoberto em qualquer local greco-romano em toda a área mediterrânea”, diz o arqueólogo Zahi Hawass, presidente do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. Hawass define-o como “talvez a mais antiga universidade do mundo”.
Sorvete de alho?
O alho há muito vem sendo apreciado pelas suas propriedades medicinais. A Universidade Estadual Mariano Marcos, no norte das Filipinas, inventou agora sorvete de alho para fins de “saúde”, noticia o jornal Philippine Star. Espera-se que o novo produto beneficie os que sofrem de doenças às quais, diz-se, o alho trás alívio. Entre essas doenças estão resfriado comum, febres, pressão arterial alta, problemas respiratórios, reumatismo, picada de cobra, dor de dente, tuberculose, tosse comprida, ferimentos e até mesmo calvície. Portanto, está servido a tomar sorvete de alho?
As regiões árticas — outrora subtropicais
Uma equipe internacional de cientistas que vem perfurando o leito do oceano Ártico entre a Sibéria e a Groenlândia diz que aquela região tinha outrora um clima subtropical. A Arctic Coring Expedition precisou da ajuda de três navios quebra-gelos nesse trabalho e obteve amostras de sedimentos de quase 400 metros abaixo do leito do oceano. Os pequeníssimos fósseis de plantas e animais marinhos encontrados nessas amostras indicam que as temperaturas do oceano eram antes de uns 20 graus centígrados, em vez de 1,5 grau centígrado negativo atualmente. Segundo o Professor Jan Backman, citado nas notícias da BBC, “a história primitiva da bacia da região ártica será reavaliada com base nos resultados científicos coletados nesta expedição”.
Quadro digital nas escolas
Em mais de 21 mil salas de aulas em escolas primárias no México, os tradicionais quadro-negro, giz e apagador estão sendo substituídos por um quadro eletrônico conectado a um computador, noticia o jornal El Universal da Cidade do México. O quadro, que mede quase dois metros de largura e um metro de altura, está sendo usado agora para alunos do quinto e sexto graus. Sete livros digitalizados estão disponíveis para ensinar história, ciência, matemática, geografia e outras matérias. Vídeos podem também ser mostrados no quadro. Em resultado disso, os alunos da classe de uma professora “visitaram as pirâmides de Tikal e de Palenque, viram as tradições dos maias e ouviram a música [deles]”. Quais os benefícios? “As crianças prestam mais atenção, aprendem e participam mais”, diz a professora.
Um milhão de suicídios por ano
Quase metade de todas as mortes violentas em todo o mundo são por suicídios. O número de pessoas que se matam por ano chega a ser de um milhão, cifra esta que em 2001 ultrapassou o número de todas as mortes por assassinatos e em guerras. Para cada suicídio, há cerca de 10 a 20 tentativas de suicídio que falharam. Esses números foram publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base em Genebra, Suíça. A OMS mostra que para cada morte “há dezenas de famílias e amigos cuja vida foi devastada emocional, social e economicamente”. A reportagem observa que fatores que protegem contra o suicídio incluem “elevada auto-estima”, apoio de amigos e da família, relacionamentos estáveis e devoção religiosa ou espiritual.
Avisos de tempestades de areia
O uso de veículos de tração nas quatro rodas nos desertos “tem contribuído dez vezes mais para o aumento de tempestades de areia em todo o globo e para estragar o meio ambiente e a saúde humana”, declara o jornal The Times de Londres. Os veículos fragmentam a superfície frágil dos desertos, fazendo com que partículas de areia sejam lançadas ao ar. “Há um número enorme desses veículos que transitam agora através dos desertos”, diz o Professor Andrew Goudie, da Universidade de Oxford. “No Oriente Médio, os nômades que costumavam andar de camelo usam agora veículos com tração nas quatro rodas para cuidar de seus rebanhos.” Além de lançarem para o ar a areia dos desertos, adverte Goudie, “as tempestades de areia removem herbicidas e pesticidas do solo agrícola e dos leitos de lagos secos e os lançam na atmosfera”. As partículas no ar transportam também alergênios e esporos, que podem causar graves problemas de saúde. Os ambientalistas estão preocupados temendo que partes da África sofram um fenômeno similar ao ocorrido nas regiões sujeitas a tempestades de areia nos anos 30, em resultado de serem excessivamente aradas, bem como por causa da seca, que destruiu pradarias nos Estados Unidos.
Alpinistas pagam pela sua imprudência
Cada ano morrem centenas de pessoas escalando montanhas. Algumas se tornam vítimas de rochas que caem ou por causa de problemas de saúde imprevisíveis, como um ataque cardíaco. Contudo, segundo o jornal alemão Leipziger Volkszeitung, uma das principais causas de morte nas montanhas é a imprudência. O problema não se limita aos jovens e aos inexperientes. Segundo Miggi Biner, presidente da Associação Zermatt de Guias nas Montanhas, na Suíça, “experientes ou inexperientes — muitas vezes é uma questão de superestimar a própria habilidade ou não prestar atenção suficiente ao clima e às condições”. Alguns que levam telefones celulares se sentem indevidamente seguros, pensando que haverá sempre um helicóptero disponível para socorrê-los em qualquer emergência.
Ondas de tamanho monstruoso
Diz-se que em média dois navios grandes por semana afundam em alguma parte do globo. Mesmo enormes navios petroleiros e navios gigantescos que transportam contêineres, com mais de 200 metros de comprimento, têm sido vítimas do mar. Acredita-se que muitos desses desastres são causados por enormes ondas perigosas. Relatos sobre ondas violentíssimas do oceano, capazes de afundar enormes navios, há muito foram descartadas simplesmente como histórias exageradas contadas por marujos. Mas um projeto de pesquisa da União Européia tem dado crédito a tais histórias. Imagens de radar feitas por satélites, tiradas de oceanos, foram examinadas à procura de ondas gigantescas. Segundo o Süddeutsche Zeitung, Wolfgang Rosenthal, líder do projeto, diz: “Provamos que ondas monstruosas são mais comuns do que se imaginava.” Durante um período de três semanas, sua equipe identificou pelo menos dez. Essas ondas são quase verticais, podem elevar-se a até 40 metros e quebrar-se sobre um navio, danificando-o seriamente ou até mesmo o afundando. Poucos navios conseguem resistir a elas. “Agora precisamos ver se é possível fazer previsão das ondas”, diz Rosenthal.