SELTERS, Alemanha — As Testemunhas de Jeová foram o destaque no aniversário de 71 anos da libertação de todos os prisioneiros de Brandemburgo-Görden, na Alemanha. O evento aconteceu em 24 de abril de 2016.

A cerimônia, organizada pela Fundação Memorial de Brandemburgo, foi realizada na prisão Brandenburg an der Havel (mostrada na foto acima), que fica a uns 90 quilômetros a oeste de Berlim. Mais de 200 pessoas estiveram presentes ao evento. Daniela Trochowski, secretária estadual da Fazenda em Brandemburgo, fez uma palestra. Ela explicou: “Aqui, as Testemunhas de Jeová foram castigadas com a morte . . . porque se recusavam a dizer ‘Heil Hitler’, não se envolviam em eventos e organizações do governo e se recusavam a servir no exército.”

Durante o nazismo, Adolf Hitler, que era o chanceler da Alemanha, classificou as Testemunhas de Jeová como uma ‘raça que deveria ser exterminada’. Das cerca de 2 mil pessoas assassinadas na prisão de Brandemburgo-Görden (nome da prisão na época do nazismo) entre 1940 e 1945, 127 eram Testemunhas de Jeová. Isso fez das Testemunhas de Jeová o grupo com mais mortos naquela prisão.

Como parte do evento de 24 de abril, um dos representantes da sede das Testemunhas de Jeová na Alemanha, Jochen Feßenbecker, entrevistou Werner Speidel. Werner Speidel falou de seu irmão, Sigurd, que foi uma das Testemunhas de Jeová mortas na prisão de Brandemburgo-Görden. Em 27 de janeiro de 1943, menos de três meses depois de ser sentenciado por uma corte marcial, Sigurd foi decapitado aos 19 anos. Durante a entrevista, Jochen Feßenbecker leu a carta de despedida que Sigurd escreveu horas antes de ser executado. Daí, Werner Speidel contou como a família reagiu ao ler as últimas palavras de Sigurd. Werner disse: “Nós não ficamos apavorados. Na verdade, sentimos muito orgulho de Sigurd. Ele foi fiel até o fim e enfrentou a morte com coragem.”

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