Quando a guerra na Ucrânia começou, Iryna Makukha, uma irmã solteira de 46 anos, foi para a estação de trem na cidade de Kharkiv. Ela decidiu que seria mais seguro sair do país. No meio da confusão, as pessoas entravam nos trens sem saber para onde ele estava indo. O trem em que Iryna estava saiu da estação com as janelas cobertas para reduzir o risco de ataque. Só depois que o trem saiu da estação foi que ela descobriu que estava indo para a Eslováquia.

Agora, Iryna está morando na República Tcheca. Ela chegou na capital, Praga, em 3 de março de 2022. Ela conseguiu um trabalho como profissional de limpeza e divide apartamento com outras duas irmãs da Ucrânia, que também são refugiadas. Iryna está aprendendo tcheco e voltou para o serviço de tempo integral, ao qual ela tem se dedicado nos últimos 20 anos.

Iryna conta: “Eu vi com os meus próprios olhos como Jeová cuida de nós por meio do seu povo. Isso tem fortalecido muito a minha fé.”

Quase 23 mil irmãos tomaram a decisão de buscar refúgio em outros países. Por um lado, os que decidiram morar fora da Ucrânia encontraram um lugar mais seguro. Mas, por outro, eles enfrentam desafios. Eles ainda precisam encontrar emprego e moradia, conseguir documentos e matricular seus filhos na escola; tudo isso enquanto aprendem um novo idioma. Eles sabem que manter a rotina espiritual e estar em contato com os irmãos tem feito toda a diferença durante esse período turbulento.

Anatoli e Olena Perceac e a filha deles, Alina, de 17 anos, estão recomeçando a vida na Romênia. Eles se mudaram para esse país em 6 de março de 2022, depois que bombas destruíram parte do bairro deles na província de Mykolaiv, na Ucrânia. Como Anatoli é cidadão da Moldávia, ele conseguiu permissão para se mudar com sua família para a Romênia. Olena descreve a experiência de se mudar para outro país como “ter de arrancar uma árvore com suas raízes e mudá-la para outro lugar”.

Com a ajuda dos irmãos da Romênia, essa família agora tem seu próprio apartamento. Além disso, Anatoli e Olena encontraram emprego, e Alina conseguiu completar pela internet as tarefas da sua escola na Ucrânia.

Além de ajudar essa família de forma prática, os irmãos da Romênia estão cuidando das necessidades emocionais e espirituais deles. Os irmãos e irmãs estão sempre passando tempo com a família, para que eles não se sintam sozinhos em um país estrangeiro. Olena e Alina estão aprendendo romeno por meio do aplicativo JW Language e por participar na pregação com os irmãos de sua nova congregação. Já Anatoli fala romeno desde criança.

Anatoli disse: “Nós vimos a mão de Jeová desde o começo. Por meio da organização e do apoio dos irmãos e irmãs, podemos sentir o amor de Jeová.”

Alina Havryliuk, de Vinnytsia, Ucrânia, ficou viúva antes da guerra e tem um filho único de 16 anos chamado Vladyslav. Os dois chegaram em Suwałki, na Polônia, em 27 de fevereiro. Ela diz: “No começo, fiquei me perguntando onde a gente ia morar e como ia se manter. Mas eu também tinha certeza de que Jeová ia cuidar de mim e do meu filho.”

Alina tem 37 anos, e assim que chegou começou a procurar um emprego que não fosse atrapalhar sua assistência às reuniões. Ela conseguiu emprego como profissional de limpeza em uma escola. Ela conta: “O mais importante é que esse trabalho me dá mais oportunidades de participar no ministério e me permite sustentar minha família.”

Alina e Vladyslav estão aprendendo polonês e servem como pioneiros auxiliares por tempo indeterminado em uma congregação de língua polonesa. Vladyslav também conseguiu se matricular numa escola de ensino médio.

Nossos irmãos da Ucrânia estão passando por grandes mudanças e desafios, mas Jeová continua dando a eles poder além do normal. Eles estão vendo como são verdadeiras as palavras de 2 Coríntios 4:8: “Somos pressionados de todos os modos, mas não apertados sem poder nos mover; ficamos perplexos, mas não inteiramente sem saída.”